Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 35
Mundo de dor - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa pela demora! Mas essas festas de final de ano estão me deixando louca!! UHAUHAUAHU
Boa leitura



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Quando abri os olhos vi meus pai em posição de ataque e o jake entrando em fase. Ambos paralisados. Meu coração explodiu no peito sabendo o que estava acontecendo. Minha respiração ficou densa, enquanto meu corpo inteiro tremia diante dos três pares de olhos vermelhos se aproximando.

 

Eu temi essa cena por tantos dias, e quando eu menos esperei ela se realizou. Eu estava sendo arrancada,  da minha família da minha vida. Meu mundo estava sendo condenado. As lagrimas me encontraram, e eu me coloquei em posição de ataque. A raiva saindo de mim em forma de lagrimas, eu me desesperando.

 

Alec me olhava sem expressão, a Jane sorria, mostrando os dentes brancos em minha direção. Thomas apenas me olhava, o que já era o bastante, seu olhar penetrava minha alma, me tornando a vitima. Minhas pernas tremendo. Minha cabeça ficava rodando, oscilando entre o medo deles me machucarem, com o medo de machucarem minha família, o jake, ou então as minhas coisinhas.

 

Um rosnado saiu ecoando de mim, e eu tremia. Meu corpo dava os sinais de que eu estava amedrontada. Thomas se aproximou vagarosamente. Acabando com os meus nervos. Eu encarei o mar, fugir a nado me pareceu uma boa idéia, mas eu me dei conta de que não seria. Eu não tenho tanto fôlego quanto um vampiro e poderia me afogar.

 

Olhei a floresta, antes que eu desse meu segundo passo eles já teriam me alcançado. Não tinha como fugir, era ficar e lutar. Lutar pela vida dos que amo. Respirei fundo, soltando mais um rosnado.

 

“Creio que isso não fará bem para os bebês.” Thomas sorriu. Ela já sabia.

 

“Não toque em mim1” eu gritei, me curvando mais ainda.

 

“Não vou te machucar, nem a eles.” Ela apontou para meus pais.

 

Minhas mãos foram por instinto ate meu ventre, com a falsa ilusão que conseguiria proteger os pequenos seres ainda tão dependentes de mim.

 

“Muito menos a eles.” Thomas sorriu ainda mais abertamente.

 

“O que você quer?” eu me endireitei, ficando reta, mais ainda me preparando para um ataque.

 

“Você, e seus filhos.” Ele disse dando os ombros.

 

Minha espinha estremeceu, ele queria meus filhos. O desejo no olhar dele me dizia o quanto ele esperava por isso. O quanto ele desejava o poder. Mas por que meus bebês?  Nós nem sabemos o que eles serão. Como ele pode ter certeza que serão úteis.

 

“Como sabe?” eu apertei meu ventre.

 

“Um tanto lógico não? Você é a mistura de duas raças, e nasceu tão talentosa. Podendo andar sob o sol, podendo gerar filhos, possuindo a força, a velocidade.” Ele sorria.

 

“Mas  eu sou mortal.” Eu falei seria.

 

“Só porque quer.” Ele deu os ombros. “ Imagine eles, a mistura de três raças, a força, a velocidade, o poder de curar, de matar, ler mentes.” Ele fechava os olhos, imaginado o que eles seriam, e meu medo aumentava.

 

“Você não pode, eles são meus!” eu gritei.

 

“Claro, e é por isso que você virá junto.” Ele me estendeu a mão, dei um passo para trás.

 

“Foi Aro que te mandou aqui?” minha cabeça estava doendo, e o ar estava cada vez mais difícil de respirar.

 

“Meu pai não tem nada haver com isso!” jane rosnou ao longe.

 

“Como?” eu me vi confusa.

 

“Vamos dizer, que isso é assunto meu.” Thomas recolheu a mão que estava suspensa no ar esperando pela minha e se virou, acenando com a cabeça para o Alec.

 

Então uma fina nuvem se aproximou de mim, me deixando isolada. Tudo ficou mudo, e escuro. Não sentia mais os cheiros. Tentei correr, mas um par de braços me segurou, me erguendo do chão. Eu comecei a me debater, acertando o ser que me carregava com chutes e socos. Os minutos se passavam.

 

Continuei nisso por algum tempo, e nada acontecia. O ser so me apertava ainda mais, eu comecei  a gritar, usando toda a força que existia em meu peito, todo o ar de meus pulmões. E então senti o ser me soltar e cai no chão duro, parecia madeira.

 

Eu tentei me levantar, mas alguém me acertou, me fazendo cair novamente. Minha cabeça ainda estava doendo, mas o ar já não estava pesado. Já não estava mais acelerada. Uma crise de tosse me atingiu. assim que ela passou, voltei  a gritar e a espernear  e então a luz voltou, agredindo meus olhos a tanto tempo na escuridão.

 

O som voltou antes que eu conseguisse definir o que estava vendo, mas todos estavam praticamente em silencio. O cheiro de sal queimou meu nariz. As imagens enfim se ajeitaram.

 

Eu estava em algum tipo de navio, Thomas estava sentado a minha frente, e Alec ao seu lado, jane estava olhando o mar. Eu tentei me levantar, estava cansada.

 

“Poderia parar de gritar?” Thomas pediu, juntando as sobrancelhas.

 

“Não.” Eu bufei..

 

“Ninguém vai te ouvir.” Ele disse sorrindo.

 

“Vocês iram!” eu cuspi. Ele fechou a cara.

 

“Não vai fazer nada além de nos irritar.” Ele revirou os olhos.

 

“Que seja.” Eu gritei, e então tudo voltou a escuridão, a surdez e os cheiros sumiram.

 

Bati com uma das mãos com força no assoalho. E então uma dor insana me atingiu, me fazendo curvar no chão. Meu corpo inteiro parecia estar sendo queimado, quebrado, arrancado. Eu me contorcia, minha cabeça parecia estar sendo arrancada, o ar parecia quebrar meus pulmões. Me debatia em meio aos gritos infames, nada se comparava com essa tortura.

 

Minhas mãos voaram ate meu ventre contorcido. Não queria deixar essa dor mortal chegar ate minhas coisinhas, não queria ver eles passarem ´por isso. E então a dor se ampliou. E eu gritei ainda com mais força, milhares de agulhas me perfurando, todos meus ossos sendo esfarelados, toda minha carne sendo prensada. 

 

A dor se ampliou ainda mais, e então tudo se apagou de vez. eu encontrei a inconsciência.

 

Minha cabeça latejava, e eu forcei meus olhos a se abrirem, encontrando a escuridão. Eu ainda estava cega. Meu estomago estava revirado, e o meu corpo balançava junto com o chão duro onde eu me encostava, o barco ainda se movia. E era de pequeno porte pela violência do balanço.

 

A lembrança da dor me fez tremer, era insano pensar que sobrevivi aquilo. Era totalmente inacreditável, a dor me consumindo, consumindo minha vida.

 

Fechei meus olhos, e me concentrei em não vomitar. O esforço foi em vão, senti o liquido quente remexer em mim, e eu levantei bruscamente me apoiando sobre os cotovelos e deixando o acido escorrer pelos meus lábios.

 

Assim que senti meu estomago vazio, puxei meu corpo pára longe do vomito, me sentando e abraçando as pernas. Formando uma bola. Meus pensamentos ainda não tinham se alinhado corretamente, e as náuseas não passavam. Eu tentava pensar, mais a dor em minha cabeça me impedia.

 

Notei o som das ondas quebrando na lateral do barco, e me estiquei quando percebi que estava escutando, não era para isso esta acontecendo. Antes de erguer minha cabeça de entre as pernas, respirei fundo, mas o cheiro que eu encontrei foi do sal, e do meu vomito. Não consegui identificar o cheiro de nenhum deles. E então ergui a cabeça abrindo os olhos.

 

Estava tudo ainda meio escuro, eu estava no porão. Meus olhos se acostumaram com a iluminação precária, e eu avistei o vampiro sentado diante de mim, os olhos vermelhos brilhando na escuridão e o cabelo castanho cuidadosamente arrumado. Tentei me arrastar para trás, mas o casco do navio me impediu.

 

Então Alec levou o dedo indicador diante dos lábios, me mandando fazer silencio. E esticou um copo com água na minha direção. Eu virei o rosto não iria aceitar nada que viesse dele, muito menos algum liquido desconhecido. Ele pos o copo ao meu lado e voltou a se sentar em sua posição de vigia.

 

“Alec, ela já acordou?” Jane entrou como uma boneca no porão, e imediatamente eu fui privada de meus sentidos.

 

Logo senti a água do copo ser jogada em minha face, e não reagi apenas abracei minhas pernas, tentando não pensar, não lembrar. Acabei adormecendo. Acordei inúmeras vezes, ou pelo menos acho que fiz isso, já que não conseguia distinguir quando estava com os olhos abertos ou não.

 

Mas senti dois braços me envolverem, me erguendo do chão, esses braços não eram tão firmes como os de antes, pareciam mais finos, mais delicados, mais femininos. Eu não gritei, nem me debati. Estava sem energia, e minha boca estava seca, me arrependi de não ter aceito a água. Isso podia estar prejudicando meus filhos.

 

Fui carregada por alguns minutos, o vampiro corria comigo em seus braços. O vento estava frio, o que me fez imaginar onde eu poderia estar. Mas logo senti todo o meu peso tocar o chão.

 

E então eu voltei a ter sentidos. Estava claro, era dia. Estava em um tipo de casa, ou abrigo, as paredes eram de um marrom opaco, e então notei que não haviam janelas, e sim um grande candelabro no centro do teto. No cômodo havia uma cama, e uma porta. o que indicava que era um banheiro.

 

Jane não estava no cômodo, apenas Alec, que estava encostado na porta, que provavelmente era por onde eu tinha chegado. Thomas me olhava, encostado na parede em minha frente, sorrindo. Eu odiava cada sorriso que era distribuído por esses lábios.

 

“Gostou das acomodações?” Ele sorriu se direcionando em minha direção.

 

Não respondi, apenas me encolhi. Acariciando minha pequena barriga. Ele se aproximou ainda mais, com passos leves. Eu me neguei a levantar o rosto. E então ele agarrou meu cabelo, me forçando a olhar para ele. os olhos vermelho derramando veneno.

 

“Acho melhor se acostumar, é aqui que vai ficar ate aceitar ser minha mulher.” Ele lançou minha cabeça para trás, me fazendo balançar.

 

“quanto tempo ate eles nascerem?” ele me perguntou, eu não respondi.

 

“Quanto tempo?” ele insistiu, sem alterar o tom da voz.

 

“não quer falar? Vou te dar um certo incentivo. Jane.” Ele chamou, e então a dor voltou, me consumindo.

 

Alguns segundos se passaram e a dor se foi, eu estava tremendo no chão, meu corpo tendo colapsos. Minha respiração falhava, meu coração estava acelerado.

 

“já pensou?” ele sorria. Eu fechei os olhos me preparando para mais uma dose de dor,  então ela voltou.

 

Dessa vez permaneceu por mais tempo, eu já estava definhando quando ela cessou, meus gritos ainda ecoavam pelo cômodo, e meu corpo remexia no chão.  Eu não suportaria muito mais disso, mas eu também não falaria nada, não diria uma palavra.

Não daria nada do que ele pedisse. Morrerei em silencio.

 

E mais uma vez a dor me consumiu, mais em meio aos gritos, eu pude ouvir a voz da Jane.

 

“Isso pode afetar as criaturas.” Ela disse seria.

 

E então a dor parou, e meus gritos também. Minha carne inteira parecia  estar se desprendendo dos ossos. Meu peito fazia um movimento vago de subir e descer atrás de ar, e eu tentava abrir os olhos, mas era quase que impossível. Eu ainda tremia por dentro, me sentindo inútil.

 

Senti a mão do Thomas me erguer pelos cabelo, ate me sentar. Minhas pernas bambas diante  da dor ainda presente em minhas veias.  Ele me olhou nos olhos, para depois gargalhar.

 

“Deixe me ver.” Ele direcionou a mão ate meus seios, mais ao em vez de toca-los, pegou o cordão que o jake havia me dado.

 

Minhas mãos atacaram as dele, ele não tocaria onde o jake havia tocado. Minhas unhas em atrito com a pele de granito, provocando um som fino e irritante. Esperei pela dor, mas ela não veio. Lutava para tirar das mãos dele o meu colar, que ainda estava preso em meu pescoço.

 

Um barulho se fez, e as mãos dele soltaram as minhas. O colar em minhas mãos, mas so havia a armação do pingente, a pedra negra em forma de coração não estava la. meus olhos se encheram de lagrimas, e então ele gargalhou. Erguendo a pequena pedra entre os dedos brancos.

 

“Eu te ofereci o mundo e você negou. Ele te oferece isso e você se entrega?” ele esfarelou minha pedra com os dedos, e eu gritei, como se sentisse meu coração ser esfarelado junto.

 

Meu corpo inteiro era composto por dor. Não somente a física, mais como a da alma. E se já não bastasse o estado decadente em que eu me encontrava, Thomas ainda insultava o meu Jake.

 

“Eu ainda vou arrancar a sua cabeça.” Eu disse entre os dentes.

 

Um vulto branco acertou minha face, a jogando de encontro ao chão. A mão do Thomas. Ele havia me batido. As lagrimas escorriam e as minhas mãos tremulas alcançaram a face esbofeteada. Eu sorri, estava desesperada, mais o riso veio fácil.

 

“Ele nunca me encostaria a mão. Não desse modo brutal.” Eu disse, enquanto me encolhia no chão.

 

“Ele nunca te daria o que estou disposto a dar.” Ele disse serio, enquanto saia do cômodo, Alec e Jane o seguindo.

 

Me vi sozinha. Meu corpo inteiro tremendo pela dor suportada. Minhas mãos correram ate meu vente, acariciando a pele pálida.  Me curvei ainda mais, tentando ficar totalmente na frente do meu ventre, impedindo que qualquer um alcançasse minhas coisinhas.

 

O medo de pensar no que eles fariam com minhas coisinhas, me fazia soluçar ainda mais. Eu não permitiria, eu daria minha vida para tirar minhas coisinhas desse ninho de víboras. Meu peito doía a cada respiração, eu não suportaria ver Thomas ou Jane perto dos meus pequenos.

 

So após alguns minutos sozinha me deixei, desabar. A realidade me agredindo, eu estava longo do Jake. E não sabia por quanto tempo isso duraria. Eu já esperava por isso, eu já sabia que eles virima algum dia, mas nos braços do Jake eu me sentia segura. Ainda tinha esperanças de escapar desse monstro, mas agora via que era impossível.

 

Meu coração era apunhalado pelas adagas, milhares delas como na noite que pensei ter perdido o Jake. Mas hoje eu estava certa que o perderia, com o tempo. E nem o prazer da morte eu não podia desejar, não havia so meu coração hoje, haviam mais dois. Que eu não conseguiria privar de conhecer o mundo.

 

Meu corpo se contorcia, buscando o conforto inexistente. Mais uma vez eu estava entrando em um mundo novo. Composto apenas pela dor  e pelo vazio. Eu não tinha mais a minha família, eu não tinha mais o Jake, e não teria minhas coisinhas por muito tempo. Eu Só tinha a dor me consumindo, e as adagas me rasgando.

 

As promessas não cumpridas de meu pai, do Jake.. tudo ficava assombrando a minha cabeça, me deixando ainda mais assustada. Tudo tinha sido tão rápido, tudo tinha acontecido tão rapidamente. Em um momento estava feliz, casada, no outro estou desmoronando, sozinha.

 

Minhas mãos voltaram ate o ventre, como se me dissessem que eu não estou sozinha. Afinal, tenho dois seres dentro de mim, seres esses que carregam o jake com eles. Acariciava minha  barriga, sentindo a pequena ondulação.

 

Enquanto eles estiverem dentro de mim, eles estarão seguros, agüentarei o que for preciso para não dizer uma palavra, para não dar ao Thomas o que ele quer. Tenho dois meses, para pensar em um jeito de escapar, e rezar para meus pais me acharem.

 

Minha cabeça estava dolorida, e meu estomago estava incerto, revirando. Meu corpo inteiro latejava, e eu sentia as adagas entrarem cada vez mais fundo dentro do meu peito. A escuridão onde eu me encontrava era confortadora, comparada com o vazio que ia se formando dentro de mim. eu tentei me encolher ainda mais.

 

Meu coração batia fortemente, desesperadamente. E entre a minha respiração pesada e envolta em soluços eu ouvia os coraçõeszinhos batendo, o que me fez sorrir. Eles estavam bem. E foi ouvindo esse doce som que eu adormeci.

 

Eu estava amarrada em uma cama, mas não eram cortas que me mantinhas presas e sim braços. Eu não conseguia ver a quem pertenciam, mas pelo toque gelado era um vampiro. Ele me mantinha pressa a essa cama. Eu remexia, eu gritava. Mas não adiantava.

 

Um som forte vinha da minha direita, e então eu me virei, avistando dois pequenos bebês, cor de canela sobre uma cama. Eles ainda tinham o umbigo, o que mostrava que eram recém nascidos. Eu tentei sorrir. Eles gritavam, e se mexiam vagarosamente.

 

Thomas surgiu atrás deles, sorrindo. Ele me olhava imóvel na cama, e sorria. Ele tinha conseguido, tinha levado meus pequenos. Eu tentava me soltar ainda com mais força, e então ele ergueu um dos pequenos, e eu pude ver direito. Eles eram lindos, e humanos.

 

“Completamente humanos.” Thomas bufou.

 

“Me devolva eles!” eu implorei, esticando minhas mãos na direção dele.

 

“Eles não te pertencem.” Ele deu os ombros.

 

“Eles são apenas humanos.” Eu o lembrei, não serviriam para nada.

 

“É uma pena, mas tenho que admitir que o cheiro deles é tentador.” Eu me estremeci com a frase.

 

Tentei me erguer mais uma vez, mas nesse momento Thomas atacou meu bebê, enfiando os dentes brancos na pele avermelhada do meu filho, e sugando o seu sangue. eu me agitava ainda mais. Meu filho desfalecendo nas mãos do Thomas. Meu pequeno bebê.

 

Eu acordei gritando e assustada, minhas mãos apertando meu ventre a procura do pequeno ovinho. E me tranqüilizei quando encontrei. Me sentei rapidamente, secando as lagrimas. E então aporta foi aberta com violência.

 

“Bom dia.” Thomas disse falsamente.

 

“Vim me despedir, Aro me espera.” Ele sorriu e tentou passar a mão sobre meus cabelos, eu me virei bruscamente escapando de seu toque gelado.

 

“Jane ira te alimentar.” Ele disse seco e saiu.

 

A palavra alimentar me fez lembrar que eu não comia a mais de dois dias, meus estomago estava vazio e sensível. Mas a fome estava la.

 

Jane então entrou com a face retorcida pelo ódio. Parou diante de mim, e revirou os olhos.

 

“Sede?” ela perguntou entre os dentes.

 

“Fome.” Eu disse entre os dentes.

 

“Fome?” a face dela mudou, ela agora estava apenas curiosa.

 

“Os bebês, eles comem.” Eu disse temendo sua reação.

 

“Algo especifico?” me surpreendi com as palavras dela, ela não xingou, apenas perguntou.

 

“Não.” Eu não estava em condições de pedir ovos ou algo do tipo, qualquer coisa já estaria bom.

 

Ela se virou e bateu a porta do quarto. me deixando sozinha novamente. Me movimentei ate a porta, tentando sentir o cheiro de mais alguém, mas não encontrei. Apenas Jane estava lá, Alec tinha partido com o Thomas. Eu não conseguia entender o por que de Jane ter ficado para tomar conta de mim. ela não parece ser do tipo que aceita ficar para trás.

 

Ouvis os passos de Jane e me afastei da porta, então ela entrou me fuzilando. Nas mãos tinha uma bandeja, com uma jarra de leite e dois pães. Ela me passou a bandeja.

 

“Não tente escapar, não quero ter que te parar.” Ela me ameaçou, e as lembranças da dor me fizeram tremer.

 

“Por que você ficou sozinha?” eu perguntei, me preparando para uma resposta brutal.


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Notas finais do capítulo

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e ai curtiram??
espero que sim, foi feito com muiito carinho!!

obrigada por todos os reviews, e peço que deixem mais alguns nesse aqui *---------*
POr favor

ja ia me esquecendo :FIC NOVA *-------* da uma passadinha la, vale a pena:

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/53732/Dark_Red

Feliz natal (atrasadissimo) e Feliz ano novo
Conto com vcs em 2010 amores *--------*

beijooos :*