“Vamos, você tem que trocar de roupa, já esta na hora.” Meu corpo inteiro tremeu com a ideia de ficar a sós com o Jake. Eu ansiava por isso.

Não vesti o vestido que a Alice tinha preparado, e sim um jeans com uma camiseta e um casaco. A Alice fez biquinho, por eu dispensar o vestido rosa choque que ela tinha separado. Soltei meu cabelo, a festa já estava quase no fim. E nós já estávamos saindo.

“Suas malas já estão no carro.” Emmett avisou.

Me despedi de todo mundo, entrando no carro junto com o Jake, meu pai e minha mãe nos bancos da frente. Eu suspirei, estava cansada, me ajeitei nos braços do Jake. Ele acariciava minha face.

Meu pai e minha mãe iriam nos levar ate a ilha Esme, nós não sabemos o caminho, e não queremos perder tempo olhando mapas. Meus pais iram ficar em algum hotel na primeira noite, para nos dar liberdade.

Já havíamos chegado no aeroporto, já estava na hora do nosso vôo, atravessamos o aeroporto rapidamente, carregando duas malas, o resto já estava todo na ilha. Enquanto o jake e meu pai foram catalogar as malas, eu fui ate o banheiro com a minha mãe. Queria lavar o rosto, estava cansada.

“Aproveite o vôo para descansar.” Minha mãe segurava meus cabelos enquanto eu mergulhava meu rosto na água fria.

“Eu estava tão ansiosa para minha primeira noite.” Minha mãe sorria, fechando os olhos, lembrando.

Eu não respondi, por mais que eu estivesse ansiosa, não seria a primeira. Mas a segunda, e dessa vez seria em uma cama, com lençóis, travesseiros... mas acho que vou sentir falta da floresta, da lua. Hoje a lua esta minguante.

“Oh! Me esqueci, você já tem experiência.” Minha mãe sorriu, mas me olhava seria.

“É.” Eu abaixei a cabeça, secando o rosto.

“Alice encheu minha mala de peças provocantes.”

“Ainda não vi minhas malas, mas as meninas me deram uma camisola vermelha.” Eu me corei.

“Duvido que irão ter tempo de usar.” Ela deu os ombros e abriu a porta.

“Mãe.” Eu falei entre os risos saindo do banheiro.

“Assim vamos perder o avião!” Jake agarrou na minha mão me puxando para o embarque, meu pai estava serio.

O avião ainda estava no solo, quando eu adormeci nos braços do Jake, e só fui acordar quando ele estava pousando. Jake ainda dormia profundamente abraçado a mim. tentei não me mexer de forma brusca, mas assim que ergui minha cabeça ele me abraçou ainda com mais força. se ajeitando no banco.

“Calma, Jake.” Eu beijei seu rosto.

Ele respirou fundo, me beijando em resposta. Um beijo rápido. Ela havia se assustado, todos andávamos assustados ultimamente. Com medo, por mim, e pelas coisinhas.

Sem perceber levei minhas mãos ate meu ventre, acariciando o pequeno volume, ainda invisível por cima das roupas.

“O que foi? Esta tudo bem com você? E com eles?” Jake também colocou a mão na minha barriga.

“Esta tudo perfeito, so estou com fome.” Eu sorri.

“Comemos no aeroporto.” Ele sorriu.

Meus pais estavam um pouco afastados de nós, conversando em sussurros. Assim que saímos do avião, fomos direto ate uma lanchonete. O sol já estava se pondo. Seria o tempo exato de comermos antes de sair do aeroporto.

“Vou pegar as malas.” Meu pai avisou.

“Acho que deveria comer alguma coisa saudável.” Minha mãe resmungava enquanto eu devorava as batatas e sorvete.

“Ela vai passar a comer legumes.” JAke falou serio.

“Você também.” Minha mãe falou serio cruzando os braços.

“Mas ela esta grávida, não eu!” Ele rebateu.

“Você vai ter um ataque cardíaco se continuar se alimentando assim.” Minha mãe apontou para as pizzas e o bacon na bandeja do jake.

“Não enche Bella.” Ele deu os ombros.

“Não gosto de legumes.” Protestei.

“Nessie, você não pode viver de ovos e besteiras. Tem que ingerir algumas vitaminas.” Minha mãe recolheu as bandejas vazias.

Não respondi mais nada, minha mãe ganharia mesmo. Teria que me acostumar a comer legumes e verduras. Ainda bem que é por pouco tempo. Dei uma batidinha de leve na barriga.

“Vocês vão ter que comer legumes também.” Eu sorria olhando para minha regata.

“É a primeira vez que você fala com eles.” Meu pai comentou atrás de mim, me assustando.

“Eles já podem me ouvir?” Eu perguntei esperançosa.

“Não, eles são bebês de três meses, não possui esse nível de atividade cerebral.” Eu encolhi os ombros, queria tanto que eles me ouvissem.

“Vamos, já escureceu.” Minha mãe não conseguia sorrir naturalmente, ela ainda não estava feliz.

Assim que saímos do ar condicionado do aeroporto senti um choque em minha pele. Estava quente, muito quente. Eu me assustei com  a temperatura. Nos nem tínhamos entrado no carro e minha nuca estava molhada. Jake também parecia estar desconfortável com tamanho calor.

“Vocês se acostumam.” Meu pai sorriu.

Imediatamente liguei o ar condicionado do carro, me sentindo quase em casa. Já não estava mais cansada, so ansiosa agora. Queria me ajeitar nos braços do jake, mas a idéia dele estar com quase quinquenta graus não me agradou. Meu pai gargalhou.

“Estão com calor?” Minha mãe olhou preocupada.

“Um pouco.” Eu sorri.

“Acho que tinha ‘calor’ suficiente.” Minha mãe também sorriu.

Jake também não tentou me abraçar, devia estar pensando o mesmo que eu. Mas eu ainda era alguns graus mais ‘fria’ do que ele. a cidade é linda, nisso não há duvidas. Eu sorri, com as luzes na orla da praia.

Assim que chegamos na lancha, eu me sentei bem na frente, querendo receber o vento mais úmido e frio que vinha do oceano. Estava fresco ali, o calor não era tão esmagador quando estávamos perto do mar.  Minha mãe ficou ao lado do meu pai a pequena viagem ate a ilha, Jake ficou sentado ao meu lado, apreciando a brisa fresca.

Meus pais não desceram da lancha, Jake desceu com as malas primeiro. Eu fiquei para me despedir dos meus pais.meu pai me abraçou, olhando em meus olhos.

“Amanha pela manha nos estaremos de volta.” Elem e consolava, estava com medo, de me deixar sozinha com o jake.

“O Jake pode me proteger.” Eu sorri.

“Nem eu sei se consigo Nessie.” Ele se culpou, por ser incapaz diante do Thomas. Isso me preocupava, ninguém iria conseguir pará-lo.

“Se ele fizer alguma coisa que te incomodar.” Meu pai falava entre do dentes olhando para o jake que já voltava sem as malas para me buscar.

“Pai, ele é meu marido.” Eu disse sorrindo.

“Eu sei.” Ele tentou sorrir.

“Nessie, minha querida.” Minha mãe me puxou para os braços dela.

“Qualquer coisa que você sentir, qualquer coisa de diferente com os bebês, você nos avise.” Ele peia enquanto acaricia meus cabelos.

“As coisinhas vão gostar daqui.” Eu disse brincando.

“Não goste que os chame assim, eu odiava quando eles de chamavam assim.” Ela resmungou.

“eu não sei o que são, como vou chama-los?”

“Eles são bebês Nessie, os chame assim.” Ela me disse seria, eu sorri.

“Se cuide, e não se sinta forçada a fazer nada que não queira.” Ela me beijou a testa.

Eu queria. Eu sempre quis, sempre fui do Jake. Não teria medo de nada, e nem me sentiria obrigada a fazer nada. Eu sempre estarei enlouquecida para me encontrar em seus braços, me fazer dele inúmeras vezes.

“O Quarto ao lado do dos bebês é o de vocês.” Minha mãe me beijou pela ultima vez e se virou.

“Te amo Nessie.” Ela voltou correndo e soluçando, me abraçando novamente.

Te amo mãe. Eu amo vocês.

Meu pai tirou ela dos meus braços, a conduzindo de volta para a lancha. E eu fiquei ali parada olhando a lancha de afastar ate não consegui mais avista-la. Jake me abraçou, beijando meu pescoço. O céu estava pintado de um azul limpo, quase se entregando ao negro da noite.

Jake passou os braços pelas minhas pernas me erguendo do chão, e me carregando no colo pela areia branca. Eu gargalhava. Enfim estava casada com o Jake, enfim eu era uma Black. Renesmee Cullen Black. Meu nome de casada ficava rodeando minha cabeça.

Jake deu um pequeno chute na porta, para poder afasta-la. ele caminhou comigo por dentro da casa escura. Mesmo estando um pouco escuro eu podia perceber o quando era linda. Simplesmente linda. Ele caminhou comigo ate o nosso quarto. todo em branco, com pétalas de rosas na cama como eu sempre havia imaginado.

“Enfim sós.”Ele brinco me jogando na cama.

Jake começou a me beijar com vontade. Eu quase não tive forças para para-lo, mas eu queria lago especial dessa vez. queria vestir a camisola vermelha, queria tomar um banho e tirar o suor do meu corpo.

“Preciso de um banho.” Eu disse entre os beijos.

“E também.” Ele se ergueu da cama me levando com ele, minhas pernas envolvidas na sua cintura. ele me carregava ate o banheiro.

Não era isso que eu queria, eu não queria um banho desses, pelo menos não agora, talvez pela manha. Essa idéia me animou. Mas eu desviei meus lábios dos do Jake outra vez.

“Sozinha.” Estava sem fôlego.

“Nessie, não.” Ele me apertava com força e ansiedade. Era quase que impossível parar.

“Vai ser rápido.” Eu desci de sua cintura, me afastando dele aos poucos.

“Eu também preciso de um banho.” Ela arrancou a camisa, o que me fez esquecer por um segundo de camisola, de banho de tudo.

Já estava outra vez nos braços dele quando a razão me tocou. E me afastei dele outra vez, ele riu. E sai andando do banheiro.

“JÁ sei, Sozinha.” Ele tentou imitar a minha voz. Eu sorri.

Abri o chuveiro e entrei, a água no mais frio possível. O banho não durou cinco minutos, eu também não estava disposta a adiar por mais tempo. Não me sequei, a água fria no meu corpo quente poderia ajudar a não sentir tanto calor.

Sai do banheiro enrolada na toalha, Jake não estava no quarto. deva estar tomando banho em outro quarto. rapidamente abri minha mala procurando pelo presente das minhas amigas. O vesti rapidamente, o vermelho era intenso e ficava bonito em contraste com a minha pele rosada.

Parei diante do espelho para observar o resultado. A camisola era toda de renda, o que deixava meu corpo a mostra. Minha barriga apontava uma pequena bolinha sob a camisola transparente.

O cheiro do Jake chegou alguns segundos antes dele, ele estava com uma toalha nas mãos secando os cabelos e mais nada. Ele sorriu quando viu a camisola. Ele lançou a toalha que tinha nas mãos no chão me puxou para junto dele, me apertando.

“Eu te amo Nessie.” Ele sussurrava enquanto explorava meus pescoço com a lingua e minhas pernas com as mãos.

Sempre te amarei Jake.

Ele me ergueu do chão, me lançando sobre a cama. Seus lábios nos meus com ansiedade. Suas mãos em meus seios. Já não havia camisola nesse momento. Seus lábios desenhando a curva dos meus seios. Tentei me manter bloqueada, mas não consegui. Assim que ele voltou com os lábios para os meus, apertando minhas coxas eu me soltei.

Deixava todas as minhas emoções correr pelas minhas mãos, pelo meu corpo inteiro chegando ate a pele vermelha e suado do jake. Minhas unhas encontrando as costas do Jake, enquanto ele me preenchia.

Eu tinha encontrado o meu paraíso. Era aqui e agora ao lado dele. Meu corpo inteiro pertencia a ele, e o dele a mim. não tinha tabus, não existia vergonha. Nós éramos um só. Nossa vontade, nosso amor parecia não ter fim.

E foi assim ate eu explodir, para logo desfalecer nos braços cansados do Jake. Nos adormecemos.

Quando abri os olhos ainda estava escuro, Jake dormia profundamente. Me levantei devagar. Estava coberta de suor. Meu cabelo estava colado nas costas, e os lençóis molhados pelo suor de ambos os corpos.

Caminhei a te o banheiro, lavei meus rosto e liguei o chuveiro, um banho seria indispensável. Assim que água fria tocou meu corpo eu estremeci. Fechei os olhos e deixei a água cavar meu corpo cansado. Estava distraída ouvindo as gotas de água tocar minha pele quando os braços do Jake me envolveram.

O corpo quente dele tocando o meu, enquanto a água fria descia entre nós.

“Me prometeu um banho.” Ele sorria.

“Prometi?” eu lancei meus braços por volta de seu pescoço.

“Acho que temos que aproveitar bem.” Ele começou a beijar meus lábios de devagar.

“Meus pais.” Eu sorri concordando.

“Não, agora eles não podem falar nada. O problema é eles.” Ele olhou para minha barriga.

“O que tem as coisinhas?” eu sorri enquanto ele me espremia contra a parede.

“Daqui a pouco você vai ficar enorme, e não vai dar mais.” Ele riu.

“Depois eles saem e eu fico magra outra vez.” eu gargalhei, o medo de como eles fariam para sair não passou pela minha cabeça.

“e ai vem trocar fraudas, mamadeiras...” ele acariciava minha nuca.

“O Rose vaia adorar fazer isso.” Eu o calei com um beijo intenso.

A água fria deixava um rastro ameno no meu corpo quente. Que em seguida era queimado pela pele em chamas do Jake. Meu corpo encontrando o dele, minha alma pertencendo a dele. O calor do corpo dele não me incomodava, mesmo sentindo minha pele queimar, devido ao calor excessivo do Brasil.

Meu cabelo molhado chicoteava, hora minha face, hora a face do Jake. A dor não existia. Nossa diferença na altura e tão gritante, mas nessa hora some. Quarenta centímetros esses que não fazem falta, que são completamente descartados pelos braços do jake me erguendo do chão. E novamente me fazendo dele.

Nosso banho foi terminado nos lençóis, que agora estavam completamente molhados. E nos braços do jake adormeci, me sentindo segura, completa. O sono foi tranqüilo, limpo. Em muitas noites, essa foi a primeira que consigo dormi tranqüila, sem temer pelas minhas coisinhas.

Jake distribuía beijos pelo meu colo. Eu acordei sorrindo. Os lençóis já haviam secados devido ao calor do meu corpo e do Jake. Eu estava novamente suada. Jake me beijou delicadamente.

“Seu pais já chegaram.” Ele sorriu se levantando, e eu percebi que ele estava com o cabelo molhado e de bermuda.

“A quanto tempo?” Eu sorri me sentando na cama, erguendo um lençol para tampar meus seios.

“Vinte minutos.” Ele estendeu uma toalha para mim.

Me levantei levando o lençol comigo, passei pelo Jake o beijando.

Avisa eles que so vou tomar um banho.

Eu pedi entrando no banheiro, deixei o lençol cair no chão e caminhei para dentro do chuveiro. Enquanto a água tirava o suor de mim, eu sorria. Não conseguia agir de outro modo.eu estava casada com Jake.

Eu tenho sete anos, já estou casada. e grávida de gêmeos. Minha vida é mesmo corrida. Eu sorria observando meu reflexo no boxe. Meus cabelos estavam passando a cintura, já esta na hora de cortar novamente.

Terminei de me vestir e fui ao encontro dos meus pais. Eles estavam na cozinha,  e o cheiro de ovos so fez meu sorriso aumentar ainda mais.

“Bom dia.” Eu sorri me sentando na bancada.

“Bom dia,” os dois fizeram coro.

“Mãe, você poderia cortar meu cabelo?” eu pedi, ela me olhou nervosa.

“Nessie esta lindo assim!” ela protestou.

“Esta muito comprido.” Eu fiz biquinho.

“Esta bem.” Ela concordou me servindo os ovos que meu pai havia preparado.

Estavam deliciosos, comi rapidamente o prato de ovos. As coisinhas tem o apetite do Jake. Jake também tomou seu café, três vezes maior do que o meu. Assim que terminamos minha mãe cortou meu cabelo um pouco acima da cintura, o que me daria dois meses antes dele ultrapassar minha cintura outra vez.

Estávamos na praia. O sol fazia meus pais brilharem como diamantes, eu brilhava tão pouco quase que não da para notar. A pele do Jake se destacava entre nós, o moreno avermelhado diante da areia branca, e do céu azul. Aqui parecia ser o lugar perfeito para ele.

Nos corríamos pela areia, eu estava de shorts e camiseta. Estávamos brincando como duas crianças, que logo teriam mais duas para brincar . Estava olhando o mar quando ouve o clarão, minha cabeça girou e eu cai de joelhos. Vomitando com força. todo aquele liquido atravessando a minha garganta, jorrando para fora de mim.

Quando abri os olhos vi meus pai em posição de ataque e o jake entrando em fase. Ambos paralisados. Meu coração explodiu no peito sabendo o que estava acontecendo. Minha respiração ficou densa, enquanto meu corpo inteiro tremia diante dos três pares de olhos vermelhos se aproximando.