Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 25
Duelo - parte 3


Notas iniciais do capítulo

Esse cap. ta bastante triste. mas POR FAVOR não me odeiem, nem parem de ler a fic! esperem pelo proximo cap. ok? Só para lembrar... ainda falta bastante capitulos antes do final da Fic .
è isso, espero que gostem!

Boa leitura :D



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O cheiro me atacou com força, me fazendo desequilibrar de cima das costas do meu pai. Se não fosse pela parada que meu pai deu, me jogando para frente, me prendendo em seus braços eu teria caído. Meu coração estava inquieto.

 

Me virei assustada, e me deparei com o jake em forma humana, me olhando, ao seu lado Thomas e mais a frente, Jane e Alec. Jake estava vivo. Lagrimas explodiram com força de meus olhos. Me soltei dos braços do meu pai e me lancei ao encontro do Jake.

 

Eu não conseguia respirar, ou então pensar. Eu só queria senti-lo, nada mais. Eu o abracei com toda minha força. ele me ergueu do chão me  abraçando ainda mais forte, para logo em seguida me por no chão.

 

“Leve ela daqui.” Jake encarava meu pai.

 

“Não! Você vem comigo!” eu segurei na mão do Jake e tentei puxá-lo, ele não se moveu.

 

As lagrimas voltaram ainda com mais força. eu o puxava, me esforçava e ele não se mexia. Ele não pode fazer isso, ele não pode lutar. Ele não pode me deixar! Soltei o Jake e me virei para o Thomas, que se divertia com a cena.

 

“O que você falou pra ele?” eu berrava, e chorava.

 

“Eu só propus um pequeno duelo. Você merece o melhor, ou seja quem vencer.” Ele sorriu abertamente.

 

“O Jake é o meu melhor!” eu me lancei nos braços do Jake.

 

“Então porque o medo?” A voz da Jane me fez tremer. Eu a mataria.

 

“Nessie, ele esta certo. Eu posso não ser o melhor para você.” Comecei a socar o peito do Jake, ele não pode estar dizendo isso.

 

“Jake para! Eu te amo! Não acredite nele!” Eu gritava e batia nele. Ele não se movia.

 

“Qual foi a ameaça?” eu gritei correndo para os braços do meu pai.

 

Meu pai não respondeu, ele abaixou a cabeça.

 

“Edward não.” Jake pediu.

 

Pai!

 

“Se ele não aceitasse, Thomas te mataria.” Meu pai pesou ainda mais as palavras.

 

O ódio que eu sentia pelo Thomas se ampliou. Eu desejei com todas as minhas forças acabar com isso que ele chama de vida. Minha vontade foi se o atacar, mas ai a voz do Jake me chamou de volta a realidade.

 

“Eu te amo.” O jake sussurrava.

 

“Então desiste disso! Ele não vai cumprir! Ele vai vir atrás de mim de qualquer jeito!” eu me joguei nos braços do jake, o forçando a me abraçar.

 

“Eu tenho palavra.” Thomas bufou.

 

“Pai.” Eu clamei.

 

“Ele esta sendo sincero.” Meu pai consentiu.

 

“Não me importa! Eu não vou te perder!” eu gritava para o Jake.

 

“Eu sempre vou ser seu.” Ele beijou minha testa.

 

“Não JAke, você não vai! Você vai estar morto!” eu me debatia, o acertando cada vez com mais força.

 

“Nós não sabemos.” Meu pai lutava para acreditar nas próprias palavras.

 

“O Jake é humano! Ele morre!” Eu gritava cada vez mais alto. “ O Thomas não!” as lagrimas já estavam me impedindo de enxergar com clareza.

 

“Pensei que ele fosse um cachorro.” Jane brincou.

 

“Jake não..” eu já estava ficando sem forças, meu coração estava cada vez mais apertado, mais apunhalado.

 

“Eu não posso deixar ele te encostar.” As lagrimas escorriam pela Face do Jake.

 

“Grande coisa! Quando você morrer, eu morro junto!” eu berrava, atirada nos braços do Jake.

“Edward tome conta dela.” JAke me abraçava.

 

“Não!” eu já não conseguia dizer mais nenhuma palavra.

 

“JAke você não precisa, nós não vamos deixar ele encostar nela.” Meu pai rangia os dentes.

 

“Vocês não podem impedir. Eu vi o que ele faz, não tem como escapar.” Jake me apertava ainda com mais força.

 

Jake estava escolhendo morrer, para que eu não corresse rico algum. Mas ele não tem esse direito. Ele não pode me deixar vazia desse jeito. Ele esta me machucando ainda mais fazendo isso, eu prefiro morrer do que vê-lo morrer.

 

“Eu vou com você, eu me caso. Te dou quantos filhos quiser, mas deixe ele em paz!” Me rendi ao Thomas.

 

“Nessie, não!” Jake rosnou.

 

“Desculpe, mas agora é tarde.” Thomas sorriu.

 

A culpa é minha. Eu devia ter aceitado dar os filhos que ele queria, eu devia ter fugido com ele. Eu estaria sofrendo, morrendo. Mas Jake estaria vivo. É isso que importa. Não a minha vida, mais a dele.

 

“Ele morreria sem você.” Meu pai tocou minha face, ensopada pelas lagrimas.

 

“Eu morrei sem ele.” Eu já não estava mas sentindo meu coração. Se eu ainda tiver um a essa altura.

 

Os cheiros me alertaram, e então eu tive uma ultima esperança. Minha mãe, ele pararia o JAke. Ela não ira deixar ele lutar. Ela não vai deixar ele se matar por um motivo tão insolente. Ela vai me ajudar a impedir que isso aconteça.

 

Quando todos invadiram a clareira, eu berrei.

 

“Mãe! Não deixa o Jake lutar! Ele vai se matar!” minha mãe correu ate nós, abraçando a mim e ao Jake ao mesmo tempo.

 

“Eu não vou permitir.” Ela disse seria, olhando nos olhos do Jake.

 

E então veio a dor, me consumindo por inteira. Algo estava me consumindo de dentro para fora. Era terrível,  só não era pior do que a idéia de perder o Jake. Na mesma velocidade que a dor veio, ela se foi. E então eu ouvi os gritos.

 

“Nunca mais toque na minha filha!” minha mãe tentava alcançar a Jane, mas era impedida pelo meu pai.

 

“Tecnicamente, eu não toquei.” Ela sorria.

 

“Edward tira elas daqui.” Jake me apertou pela ultima vez.

 

O fim estava próximo, a morte estava certa. Não teria como ele vencer. A cada vez que Thomas fosse ser atingido ele se aceleraria, escapando. E aparecendo em um ponto estratégico, acertando o meu Jake. As imagens se formando na minha cabeça, a dor no meu peito. Eu gritei.

 

Senti o abraço de alguém me arrancar dos braços do Jake. Reconheci o abraço frio, Emmett. Me debatia, gritava, esperneava. Gritei pela minha mãe, e só então vi que ela também estava gritando, e sendo detida pela Rose.

 

“Vocês não podem! Façam alguma coisa!” eu me engasgava com as palavras.

 

“Podemos entrar em um acordo.” Carlisle tentou.

 

“O acordo já foi selado.” Alec se pronunciou.

 

“Emmett, brigue come ele, segure ele.” Eu implorava.

 

Emmett fez menção se aproximar do Thomas. Mas meu pai o impediu.

 

“Vocês podem assistir, ou então so ficar sabendo do resultado.” Thomas sorriu.

 

Não tinha como o deter. Se tentássemos ele iria  acelerar o Jake. Ele é o demônio, o demônio que arruinou minha vida. Os gritos já saiam da minha boca, sem eu perceber. Gritar e chorar já fazia parte de mim. Eu não conseguia me controlar, eu não conseguia aceitar.

 

Saber que o homem que você ama morreu já e trágico o suficiente para te privar de sorrir, mas saber que foi por sua causa, e que você não conseguiu impedir é o fim de sua alma.

 

Minha ultima cartada, minha ultima chance de manter o Jake vivo. Eu segurei os gritos dentro do meu peito e então dei a ordem.

 

“Não lute Jake.” JAke me olhou com os olhos cheios de lagrimas. Ele abaixou a cabeça olhando o chão e então se transformou.

 

“Nessie, retire isso. Ele não vai lutar, mas o Thomas vai. Ele vai morrer sem poder nem se defender.” Meu pai me olhava com os olhos tristes. Ele sabia o que era perder quem se ama.

 

Eu lutei contra as palavras, não queria dizer, mas precisava. Fechei os olhos com força.

 

“Pode lutar.” Acompanhando as palavras vieram as adagas, cortando meu coração. Não tinha como eu impedir. Jake estava decidido. Minha vida estava condenada.

 

Tentei mais uma vez sair do apertado abraço do Emmett, em vão. Escutei a voz calma do Jasper, que tentava em vão nos acalmar. Eu estava na beira de um colapso.

 

“Eu confio no Jake.” Alice sorriu.

 

“Me deixem impedir! Eu estou mandando! Me solta!” minha mãe se debatia contra a Rose.

 

“Quem vencer leva a garota.” A voz de Jane saiu grossa, irritada.

 

“Eu não sou um premio!” eu berrei ainda com mais força.

 

“Ninguém disse isso.” Thomas me mandou um beijo.

 

“O que te faz achar que vamos deixar você levá-la?” Esme se agarrava ao Carlsile.

 

“Espero que honrei a palavra do cachorro, caso contrario quando vocês notarem, ela já vai estar a kms de distancia..” Thomas colocou o cabelo para trás.

 

A morte do jake seria em vão, perdendo ou não, Thomas iria me roubar. Mas não teria o que deseja, eu me mataria antes. Senti que iria começar, o Jake rosnando, o Thomas se afastando de Jane e  Alec. Eu não suportaria ver o jake morrer, eu não suportaria ver ele sofrer. Meu coração deu uma batida fraca.

 

Me deixe ir embora, não quero ver isso.

 

Emmett me colocou no chão. Eu já não tinha mais esperanças, eu já não queria mais viver. Juntei todas as minhas forças, canalizando todo meu ódio e amor em um único grito, uma única frase..

 

“ EU TE AMO.”

 

Corri. Corri floresta a dentro, levando minhas pernas ao máximo. Meu corpo inteiro doía cada vez que a adaga acertava meu coração. Eu tentava fugir, fugir da dor. Mas a cada passo ficava mais forte. Eu gritava e chorava, não conseguia conter o ódio que brotava em meu peito.

 

Escutei o estrondo, o choque dos corpos no ar. Meu coração apertou ainda mais. Jake estava morrendo.  E eu sem poder fazer nada, presa  a um corpo fraco e inútil. Eu corri, ainda com mais força. ate não consegui mais escutar as estrondos da briga. Meu corpo desabou sobre o chão da floresta.

 

Me curvei em um bola. A adaga já não tinha mais o que perfurar, já não existia mas Nessie. Era apenas um corpo vazio. Composto por ódio e dor. O ódio crescia dentro de mim. A voz dentro de mim gritava pela morte de Thomas e Jane. E eu jurei a mim mesmo, que acabaria com a existência de ambos com as minhas mãos. Eles me tiraram o que mais amei. Eles tiraram o que eu sou.

 

Lancei minhas mãos na terra, afundando meus dedos na lama. A chuva começou já forte, e eu encarei a lua. As lagrimas se misturando as gotas de chuva. Eu já não sentia meu corpo, uma onda de fraqueza me atingiu. Já não tinha fôlego para berrar.

 

Maior do que meu ódio pelos Volturi, é o meu medo de ser obrigada a viver sem o Jake. Medo esse que dilacerava meu interior. É impossível que alguém suporte esse medo, impossível que alguém sobreviva com esse vazio.

 

Meu peito se apertava a cada segundo. Eu não viveria sem o Jake. E não teria trabalho para me matar, eu ainda sou humana. A morte pode vim como conseqüência.

 

Já não conseguia puxar o ar com clareza, era difícil ate manter os olhos abertos. Eu estava desejando a morte, como nunca desejei nada em minha vida. Não tinha sentido eu existir. Minha vida chegaria ao fim, quando a do Jake  fosse arrancada pelo Thomas..

 

A dor que estava me consumindo por dentro aumentava cada vez mais, e o desejo da morte acompanhava na mesmo proporção.  Juntei minhas forças e gritei, gritei a minha dor. Cravando meus dedos ainda mais profundamente na terra úmida. Meu mundo tinha acabado.

 

O ar já entrava cortando minha garganta, e o meu corpo pesava. Não tinha forças para continuar com os olhos abertos. Meu corpo deslizou, caindo suavemente sobre as folhas. Meus olhos se fecharam. Cada gota da chuva que tocava meu corpo, era como uma agulhava que entranhava na minha pele. Tudo parecia doer ainda mais.

 

Senti que minha promessa não seria cumprida. A morte estava próxima, eu sentia. Eu não correria, eu não lutaria, eu aceitaria. Era o que eu implorava, eu suplicava. Ser privada de respirar em um mundo do qual o Jake não fazia mais parte.

 

Um buraco foi me engolindo, engolindo minha alma. Buraco esse que nascia onde um coração havia batido por alegria, agora batia por teimosia. Minha alma inteira implorava que existisse um depois, que não terminasse assim. Eu teria uma chance de reviver esse amo, que foi brutalmente interrompido.

 

Mas uma vez a adaga me entranhou.

 

As lembranças me acertavam com força. hora trazendo cenas felizes ao lado do Jake, ele dizendo que me ama, outra hora a minha tentativa frustrada de impedir esse duelo. A lembrança dos lábios do jake tocando os meus... Levei minhas mãos, sujas de terra, ate os lábios, tentando reviver o cheiro, o gosto do Jake.

 

O nojo me inavadiu, o gosto que eu tinha nos lábios era do Thomas. Ele foi o ultimo a me beijar. A lembrança dele me invadindo com a língua... a repulsa me atingiu. A marca dele estava em mim. Eu morreria sem o gosto do jake em mim. Ele era para ser o único homem que tocaria meus lábios,  mas meu destino foi mudado. O ódio crescia dentro de mim.

 

Sentia cada fio de vida que existia dentro de mim ser arrebentado, um a um, e em resposta eu soltava um gemido, um lamento por não ter conseguido impedir a morte do jake. Sentia meu corpo falecer aos poucos, a morte parecia tão serena....

 

Apertei meu peito, com as mãos sujas de terra, estava pronta. Pronta para desistir da minha existência. Sete anos, incompletos, foram o suficiente para me ensinar, a amar, a ser amada, a morrer....

 

Já não restavam muitos fios de vida em mim, mas de algum modo consegui gritar. As lagrimas nunca pararam de cair.

 

Mais um fio foi arrebentado...

 

A adaga perfurou o mais profundo possível.

 

Meu coração bateu fracamente.

 

Um vento frio varreu todo o meu corpo, levando com ele mais um fio.

 

Suspirei...

 


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Notas finais do capítulo

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triste néh ?
mais POR FAVOR! esperem pelo proximo cpitulo tah!
prometo que vale a pena!


muito obrigada pelos Reviews *-*

To indo ver NM hoje *---------------------*
ai vou infartar ate la :C
UHAUAHUAHAUhu'

beijoos
não esqueçam dos Reviews ok?
s2