Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 26
Entrega - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Descula a demora :C É que foi meu aniversario esse fds :C ai ficou dificil de escrever :C mas para compensar, vou escrever um bonus na visão do Ed :D

BOA LEITURA :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/43611/chapter/26

Ouvia as gotas de chuva tocaram minha pele. E ao longe ouvir algo que parecia ser a batida de um grande coração. As batidas eram desregulares, como se o coração lutasse para manter as batidas. Uma dor forte partiu todo o meu ser.

 

Ouvi o som de passos, tão leves. So podiam ser de vampiro.Vampiro esse que não me importou. Desejei ainda com mais força que a morte me apunhala-se logo.  Talvez esse vampiro estivesse vindo trazer meu alivio, minha tão suplicada morte.

 

Fechei os olhos e rezei. Pela primeira vez em minha vida. Eu supliquei a um Deus que junto com esse vampiro viesse a minha libertação.  Um segundo se passou desde que eu ouvi a batido do coração, e  então minhas preces foram atendidas.

 

O mesmo vento frio corria meu corpo levando minha vida, trouxe com ele dois cheiros. O primeiro era do meu pai, o que explicava os passos tão leves e serenos. Mas foi o outro que fez meu coração golpear o peito. Jake. O cheiro estava estranho, tinha alguma coisa diferente. Mas no fundo eu sabia, era ele. Meu Jake. E estava vivo.

 

Uma onda percorreu todo o meu corpo e eu me levantei, com dificuldade. Meu corpo estava pesado e doendo. Eu não sabia se acreditava ou não, eu podia estar morta ou viva, não me importei.  Eu queria vê-lo, mesmo que fosse uma miragem da morte.

 

Lutei para manter os olhos abertos,  minha cabeça estava rodando. Mas quando avistei meu pai, aos vinte metros de onde eu me encontrava, descendo o jake das costas eu corri.

 

Minhas pernas não me respondiam muito bem, parei a dois metros do Jake. Meu pai já tinha ido embora. As lagrimas explodindo. O jake estava com a calça do Emmett. Seu peito tinha quatro linhas grossas e rosas o atravessando. Garras.  Uma de suas sobrancelhas estava alta e cortada, caindo levemente sobre o olho direito.

 

Meu coração explodia. Ele que a pouco estava parando, agora golpeava meu peito como nunca antes tinha feito. Toda a dor que existia em meu peito, tinha se triplicado e se transformado em alegria.

 

Seria uma ilusão? Não me importava. Eu iria me prender a essa ilusão com todas as minhas forças. Ele sorriu levemente, e eu me joguei em seus braços. Sentindo seu calor, ouvindo as batidas desregular de seu coração.

 

“Ai.” Ele gemeu, me fazendo solta-lo com agonia.

 

“Clavícula quebrada.” Ele sorriu.

 

Ainda me negava a acreditar que ele estava vivo, que ele era real. Mas sentir seu calor, fez todos os fios serem recolocados, e as adagas se dissolverem dentro desse amor surreal.  Seus olhos estavam ainda mais pretos, demonstravam um sentimento totalmente novo. Seus dedos quente, deslizaram sobre minha face, me fazendo fechar os olhos. Meu coração estava histérico.

 

“Eu te amo.” Ele sussurrou.

 

“Te amo.” Minha voz saiu fraca, arranhando a minha garganta.

 

Jake me puxou suavemente, me abraçando carinhosamente. Seu cheiro estava diferente, um pouco alterado. Respirei fundo tentando identificar, e ai veio a reposta. Morfina. Junto com o peso da palavra, vieram as lembranças de que ele tinha passado por um duelo. Nesse instante me agarrei firmemente nele, ele prendeu outro gemido.

 

“Pensei que tinha te perdido.” As lagrimas desceram pela minha face, queimando minha pele.

 

“Nessie.” O Jake segurou meu rosto entre as grandes mãos cor de canela.

 

Os lábios fartos tão próximos, me ergui nas pontas dos pés, me esforçando para alcançar seus lábios, ele se curvou e me beijou ternamente. O gosto dele se fixando na minha língua. Senti meu coração falhar.

 

O amor surreal que nos unia explodiu no meu peito, me iluminado, trazendo as cores que haviam sido perdidas. Lancei meus braços em torno de seu pescoço. O prendendo a mim. O beijo não foi tão longo como eu desejei, nós não estávamos com muito fôlego.

 

Jake me conduziu ate o chão, me sentando em sua frente. Ele teve algumas dificuldades para conseguir sentar-se. Meus olhos se prenderam nas marcas em seu peito, ainda recentes. Algumas imagens do Jake sendo atingido me fizeram tremer. Ainda não conseguia entender como ele tinha sobrevivido.

 

“Como? O que aconteceu?” Minha voz ainda estava alterada.

 

“Quer mesmo saber?” o jake me acomodou  em seu peito.

 

Não. Eu não queria que as imagens do jake sendo atingido pelo Thomas, ficasse assombrando meus sonhos. Essa tarde ficaria para o resto da minha vida me acompanhando, me assombrando. Não conseguiria mais acreditar na vida eterna ao lado do Jake, um dia meu paraíso terminaria.

 

“Ele morreu?” Meu desejo era que ele respondesse não, eu queria ter o gosto de tirar a vida dele.

 

“Não.” Jake rosnou.

 

Cumprirei  a minha promessa. Primeiro o Thomas, depois a Jane. Privarei os dois de existir. Meu ódio era profundo, vindo do fundo da minha alma. Não sei se é sadio odiar tanto uma pessoa como eu o odeio.

 

“Seu pai disse que estava desejando a morte.” JAke rosnou levemente.

 

Não consigo viver sem você.

 

“Nessie” JAke suspirou. “ Você vai ter que aprender, um dia minha hora vai chegar.” Ele respirou pesadamente.

 

NÂO! Nós vamos morrer juntos.

 

“Nessie, você sabe que isso é impossível.”  Me ergui, fitando os olhos negros banhados pelas lagrimas.

 

Eu também sou meio-humana. Eu morro. Se eu quiser eu morro.

 

“Nunca. Me prometa que nunca vai se matar?” ele me apertou com força contra o peito.

 

Não, não posso prometer algo que não vou cumprir.

 

“Anda Nessie.” Me esforcei para me erguer outra vez, as lagrimas desciam em conjunto, tanto na minha face quanto na dele.

 

Não.

 

“Merda Nessie! Promete!” ele praticamente rosnava.

 

Para Jake! Eu não vou prometer.

 

Eu não vou fazer uma promessa que tenho certeza que vou quebrar. Não é justo ele me pedir uma coisa dessas, ele não pode. Minha vida depende da dele. Meu coração precisa ouvir o dele para bater. Eu sou conseqüência dele.

 

Jake socou o chão com força, e me agarrou em seguida. Me beijando furiosamente. Nesse momento a felicidade era tamanha, que me esqueci de tudo. Dos Volturi, da morte, do Thomas... só conseguia enxergar o Jake.

 

Jake me abraçava com força, apertando a  minha cintura. eu não retribuía na mesma proporção, tinha medo de machucá-lo.  Mas ele parecia não se importar. Ele me apertava cada vez mais forte. Rapidamente sua temperatura aumentou. O calor de seu corpo estava secando as minhas roupas molhadas. So agora me dei conta de que a chuva já havia terminado.

 

Não consegui me conter por muito tempo, e logo avancei no Jake. O beijando com toda a minha vontade, toda a minha felicidade por ele estar vivo. Jake me puxou ainda com mais força, me sentando em seu colo. Minhas pernas se fechando em volta de sua cintura.

 

Meu corpo ainda doía, mas meu desejo era maior. Jake não parecia ter acabado de lutar, ele não media a força com que me apertava. Minhas mãos alcançaram seu cabelo. Meus dedos entrelaçados entre as mechas, me davam o controle sobre ele. eu não conseguia respirar direito, mas não pensava em parar.

 

O medo apontou em meu peito. O medo estúpido e infantil. Mas dessa vez não me cedi, tentei lutar contra ele, e não foi difícil. Logo ele foi massacrado pelo medo de perder o Jake.

 

Reclinei minhas costas para trás, afastando meu corpo do dele, demorei alguns segundos para conseguir desgrudar meus lábios dos dele. Ele me encarou sorrindo, já esperava que isso acontecesse. Ele já sabia que eu iria travar, ou pelo menos esperava por isso.

 

Corei quando senti a excitação do Jake sob mim, ele percebeu.

 

“Desculpa.” Ele passou a mão no cabelo, jogando a cabeça para trás. Puxando o ar com força.

 

Rapidamente retirei minha camiseta. Jake não conseguiu esconder a mistura de felicidade com surpresa. Me fitou nos olhos, eu ainda corada com a situação.

 

“Tem certeza?” Ele segurou na minha cintura.

 

Eu não respondi, o beijei. Em um movimento Jake arrancou meu sutiã. Seus lábios quentes forçando os meus. Meu corpo reagia de uma forma que eu não esperava. Era tudo tão diferente.  A temperatura do Jake chegava perto dos 70°c. Me queimando por fora, enquanto o desejo me queima por dentro.

 

Jake me girou, senti minhas costas tocarem o chão úmido da floresta. Logo o corpo do Jake estava sobre o meu. Jake desceu os lábios pelo meu maxilar, percorrendo toda a minha clavícula. Nesse momento eu tive a certeza de que seria eternamente do dele...

 

                                                  ------

 

Um raio de sol tocou minha face. Abri meus olhos com alguma dificuldade. As lembranças de todos os acontecimentos do dia anterior me fizeram fechar os olhos outra vez, com força. Tentei me virar e não consegui, Jake estava me mantendo pressa em seu abraço. Tudo tinha realmente acontecido.

 

Eu pertencia inteiramente ao Jake...

 

O cheiro da floresta me invadindo, se misturando com o cheiro do Jake. Os pequenos raios de sol que conseguiam driblar as folhagem das árvores tocando a chão, formavam um cenário mágico. Nem parecia a mesma floresta sombria e escura de ontem a noite.

 

As lembranças queriam voltar, e dessa vez permitir. A delicadeza, o desejo, o prazer. Não conseguia entender o porquê tinha medo de me entregar desse jeito. A dor foi momentânea  e quase que imperceptível, simplesmente nada comparada a dor de pensar em perder o Jake.

 

Tentei conter um sorriso, em vão ele escapou com força. Senti o Jake me apertar ainda mais, e tocar minha orelha com os lábios. Me virei, vagarosamente, tocando a face do Jake.

 

Estou entorpecida com tamanha felicidade.

 

“Te garanto que a minha é maior.” Ele sorriu.

 

Como pode saber?

 

“Você não se lembra?” ele ergueu uma das sobrancelhas.

 

Do que esta falando?

 

“Ontem... você não se fechou. Você me mostrou tudo o que estava sentindo.”

 

Me encolhi no peito do Jake. A vergonha era enorme, meu rosto queimava. Eu não consegui controlar meu próprio dom. Soquei o chão da floresta.

 

“Calma, eu gostei de ver.” Jake acariciou minha face. Me tranqüilizando.

 

A vergonha foi embora aos poucos. Não tinha motivo para sentir vergonha. Se o Jake se diz mais feliz do que eu estou, foi tudo perfeito. Eu sempre imaginei um quarto com as paredes brancas, um cama de casal repleta de pétalas de rosas, nos dois com roupas caras. Mas agora, a floresta parecia o melhor cenário.  As arvores tingidas de negro pela noite, a lua sendo visível apenas por uma abertura retangular entre as copas das árvores. O vento frio varrendo as folhas das árvores, as gotículas de água deixadas pela chuva refletindo o brilho prata da lua.

 

Em meio as lembranças, uma me fez gargalhar. Então Jake se levantou, apoiando o cotovelo no chão e a cabeça na mão. Me fitando curioso, ergueu os lábios mostrando o lindo sorriso branco.

 

“O que foi? Qual a graça?” Ele ergueu uma das sobrancelhas.

 

Estiquei meus dedos tocando sua face. Mostrei a ele a minha lembrança. Ele não riu, ficou serio me fitando, enquanto eu gargalhava. Logo se rendeu e soltou um pequeno sorriso bobo.

 

“O que tem de mais?” Ele lançou sua outra mão sobre minha barriga.

 

“Você estava uivando!” eu continuava rindo.

 

“Eu não mordo nem grito.” Ele deu os ombros e começou deslizar a ponto de seus dedos através da minha barriga.

 

Um arrepio percorreu minha espinha. Jake sorriu e beijou meu ombro, minha vontade de ter-lo outra vez estava crescendo, mas eu teria que esperar, estava preocupada. Sentei-me de frente para o jake, vestindo minha camiseta.

 

“Não. Você fica melhor sem.” Jake fez biquinho.

 

Eu ri, e procurei minha calça. Me levantei me vestindo. Jake se levantou também, mas não se vestiu. Caminhou ate mim, me abraçando. Seu cheiro ainda não tinha voltado ao normal. Enruguei o nariz, me jogando em seu peito.

 

“Porque tanta morfina?”

 

“Vamos dizer que o estrago foi grande.” Ele riu. Meu coração doeu.

 

Me afastei olhando o peito do Jake. Não tinha mais as marcas rosas. A sobrancelha também já tinha se curado. Ele estava novo. A não ser por alguns arranhões nos ombros, mas aqueles eu me lembro. Tinham sido feitos por mim. E já estavam sumindo, talvez mais uma hora ou duas e já teriam sido esquecidos.

 

“Seu ombro?” Sabia que o Jake demorava um pouco mais para curar os ossos quebrados.

 

“Inteiro.” Ele sorriu dando um tapinha no ombro.

 

Não disse nada, apenas o abracei. Ele tinha saído vitorioso, mas eu sabia que não demoraria ate os Volturi voltarem para me levar. Eu aproveitarei cada segundo, não sei qual vai ser o ultimo. Talvez eles ainda estejam por perto...

 

“Eles foram embora?” me apertei ainda mais no Jake. Não queria sentir mais medo.

 

“Não passam de sanguessugas nojentos. Medrosos.” Não me importei do modo com o Jake os tratou. Eles não eram como a minha família.

 

“Precisamos voltar. Minha mãe deve estar preocupada.” O soltei.

 

“É mesmo. A Bells deve estar louca.” Ele riu e pegou a calça do Emmett. Logo em seguida a amarrou na perna.

 

“O que aconteceu com sua calça?”  Perguntei enquanto prendia meu cabelo.

 

“explodiu.” Ele fez alguns sons com a boca, imitando o som da calça rasgando. Eu gargalhei.

 

Olhei para o chão e vi as marcas dos meus dedos na terra. Me virei com força, acertando o jake no peito. Ele deu um passo para trás.

 

“Nunca mais faça isso!” eu batia nele, logo comecei a chorar. Recordando do desespero.

 

“Calma!” ele segurou meus punhos.

 

“Calma? Você queria se matar!” eu soluçava.

 

“já passou.” Ele me abraçou.

 

Eu queria acreditar nisso, mas não conseguia.  Eu sabia que não tinha terminado ainda. Sofreria muito antes de ter uma vida feliz ao lado do Jake. Me agarrei ao Jake o beijando com força, as lagrimas se acalmando. Assim que o beijo terminou me afastei.

 

“Você não tem esse direito.”  Minha voz falhando.  Ele não disse nada.

 

Ele se transformou e se abaixou, me deixando subir em suas costas. Assim que ele começou a correr em direção a nossa casa, meu coração se apertou. Meu pai vai matá-lo. Minha mãe vai acabar comigo. Me agarrei ainda mais forte ao pelo do Jake. Eu não me arrependia. Eu iria enfrente-los de frente.

 

Jake sobreviveu ao Thomas, mas ele vai conseguir sobreviver a Bella Cullen ? Minha mãe vai atacá-lo, assim como fez quando soube do Imprint, mas não vai ter o Seth para defende-lo. Tomara que o Emmett consiga a segurar.

 

A medida que reconhecia que estávamos chegando eu sentia mais medo. Medo do que eles iram fazer com o Jake. Eles não podem, ele não tem esse direito. JAje parou algumas arvores dentro da floresta. Saltei de suas costas, ele rapidamente voltou ao normal. Vestindo a calça e saindo de trás de uma arvore.

 

Ele veio ate mim, me abraçando com força. correu as mãos pelo meu cabelo, mergulhando seu nariz em meu pescoço. Segurou meu rosto entre as mãos.

 

“Eu te amo mais que a mim mesmo.” Os olhos negros ainda mais convidativos.

 

Eu te amo além da vida.

 

Nós nos beijamos rapidamente, e então o cheiro da minha família se aproximando chamou a minha atenção. Nos soltamos e começamos a caminha na direção deles. Todos estavam nos esperando, em frente a casa. Jake puxou minha mão.

 

Assim que entramos no campo de vista deles, meu pai correu em nossa direção. Jake me pos atrás dele, me protegendo. Mas não era eu que precisava de proteção. Meu pai parou na nossa frente, os olhos cheios de vida. Os outros se aproximaram também.

 

“Nessie.” Meu pai sorriu. Para logo em seguida rosnar e atingi o Jake com um soco, que lançou o jake por cerca de dose metros no ar, ate atingir uma árvore. A árvore se partiu em duas com o impacto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

****************************************************

espero que tenham gostado *-----------*
gente, eles vão s elembrando do que aconteceu essa noite no decorrer dos capitulos.

Amo cada dia mais os Reviews *--------------*
serio gente :D como eu amo!!
então por favor, continuem deixando ok?

beijooos amores *-*