Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 24
Duelo - parte dois


Notas iniciais do capítulo

Gente ,e spero que gostem do cap. :D
agora começa a tomar um novo rumo!!

Boa leitura *-*



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Quando dei por mim já estava com o telefone na mão. Meu pai e minha mãe me encarando, o Jake se levantando. O ódio borbulhava pelos meus olhos.

 

Quem essa garota pensa que é? Pra ligar para a  minha casa! Eu vou ter que a por em seu lugar. Ela tem que parar de dar em cima do Jake.

 

“Olá.” Eu rangi os dentes, minha voz saiu estranha.

 

“Nessie? Tudo bem?” a falsidade dela me fez esmurrar a parede.

 

Meu pai segurou meu punho, me impedindo de esmurrar mais algumas vezes a parede.

 

“Sabe se o Jacob vai de carro para a escola?” ela estava me perguntando o que?

 

“Claro. Ele sempre ME leva para a escola de carro!” eu praticamente gritei.

 

“Eu posso falar com ele?” ela insistiu. Meu olhar fuzilou o Jake que deu os ombros.

 

“Não, ele não quer falar com você.” Eu cuspi.

 

“Então a gente se ver na aula. Beijos.” Bati o telefone com força excessiva, o que fez ele e  base desmancharem.

 

Me virei, e todos me olhavam assustados. Meu pai não estava acreditando no tamanho do ódio que eu sinto por essa criatura.  Me sentei deixando as lagrimas escorem, lagrimas de raiva. Eu estava sendo consumida pela vontade de enforcar a Sophie.

 

“Nessie, ela só queria uma carona.” Minha mãe me abraçou.

 

“Uma carona? Ela fica se insinuando para ele o tempo todo! Ela so falta escrever na testa que esta doida pelo MEU jake!” eu gritava.

 

“ Ela é ridícula, e alem disso eu nem me lembro a cor dos cabelos dela.” Jake me abraçou. Seu cheiro me invadindo, sua pele tocando a minha.

 

Olhei para o meu pai, queria saber se era verdade. Meu pai consentiu com a cabeça, afirmando que era verdade o que o Jake dizia. Fiquei mais calma, e me soltei nos braços do Jake. É tão bom ter ele em volta de mim.

 

Assim que chegamos na escola, Mishely e Anna estavam me esperando. As cumprimentei como de costume, Mishely estava furiosa porque eu não participei do concurso de fantasias. Estava me desculpando quando avistei a Shofhie. O Ódio gritou dentro de mim.

 

Joguei minha mochila na mão da Anna e caminhei ate a Sofhie. O Jake tinha ido ao banheiro, o que me daria alguns segundos de vantagem. Sofhie estava de costas para mim. O ódio pintando meu rosto de vermelho. Sophie se virou sorrindo.

 

“Nessie.” Ela balançou os cabelos.

 

“Não diga meu nome.” Eu cuspi.

 

“O que foi?” ela arregalou os olhos. Conseguia sentir o cheiro do medo dela.

 

“Eu cansei. Cansei de você dar em cima do meu namorado, cansei de você fazer piadinhas ao meu respeito, cansei. E cansei principalmente de fingir não esta vendo tudo isso!” eu gritei no meio do corredor, o que fez alguns alunos se agruparem em nossa volta.

 

“Não posso fazer nada se você não é mulher suficiente para se garantir.” Ela deu os ombros.

 

Perdi completamente todo o foco, eu não conseguia mais pensar em nada. So na vontade de cortar a cabeça dela com minhas unhas. Ela se virou,, dando as costas para mim. Então eu me descontrolei e agarrei nos cabelos dela, a jogando contra o armário atrás de mim. Ela caiu sentada no chão, as costas bateram fortemente contra o armário, o que me trouxe de volta para a realidade, eu posso ter-la matado.

 

Ela se levantou rapidamente. Talvez não tenha sido com tanta força. ela caminhou ate mim, pude notar que as costas dela tinham deixado um marca na porta do armário. Era para ela ter se partido em duas.

 

Sophie me acertou um tapa, que me fez cambalear para o lado. Estava doendo, não era para doer. Não era nem para eu sentir. Uma frágil humana, contra a pele dura feito granito. Não era nem para fazer cócegas.  Mas estava doendo, era uma dor leve, mas ainda era dor.

 

Me lembrei das brincadeiras com o Emmett, e então fechei minha mãe em uma bola, a levantei ate a altura dos ombros, girando meu corpo para trás, para logo em seguida acertar um de direita no nariz dela. Ela caiu outra vez. o sangue escorrendo.

 

O cheiro...

 

Fedia, o sangue dela fedia. E isso aumentou ainda mais a minha raiva. Dei um passo para frente, levantei um dos meus pés, acertando um chute em suas costelas. Esperei pelo barulho dos ossos quebrando, mas não houve. Já me preparava para mais um chute quando fui erguida do chão pelo Jake.

 

Tentei me debater para poder descer e acabar com ela. Mas o jake não permitiu. Me levando para o ginásio. Eu estava nervosa, não estava dando conta do ocorrido. Ate que Jake me abraçou ainda mais forte, para logo em seguida me por no chão. Olhou em meus olhos.

 

“Onde você esta com a cabeça? Você pode ter-la matado!” Jake me sacudia pelos ombros.

 

“Eu não entendo...” a ficha começou a cair. Ela não pode ter suportado aquilo tudo sem nem um costela quebrada.

 

“O que? Como você controlou sua força, ou como você quase quebrou a menina em duas?” Jake me abraçava, e me beijava no rosto enquanto falava.

 

“Eu não controlei.” Eu estava confusa, o odio ainda gritava em mim.

 

“Como?” Jake me soltou, olhando firme dentro dos meus olhos.

 

“Eu bati com toda minha força, e ela se levantou normalmente.” Eu sou mesmo fraca.

 

“Não é possível!” Jake bateu com uma das mãos na cabeça.

 

Toquei a face do jake e o mostrei a dor que senti quando ela me atingiu, mostrei a força que usei e como ela parecia ser resistente. Mostrei como sangue dela fedia para mim. Assim que terminei ele me abraçou e pegou o meu celular. Não demorou muito e o diretor me chamou. Sabia o que me aguardava.

 

Não foi muito pior do que no primeiro dia de aula. Me deu a advertência e deu o mesmo discurso. Mas eu estava curiosa para saber o que tinha acontecido, como eu não tinha matado a Sophie.

 

Eu não tinha certeza se estava feliz ou com raiva dela ter sobrevivido, e ainda por cima sem nenhum grande dano. Eu poderia ter pelo menos deixado alguma cicatriz. O nariz logo vai melhorar, e ela vai estar bonita outra vez.

 

Não estava reconhecendo meus próprios sentimentos.

 

Passei as aulas antes do almoço na detenção. Era so escrever algumas coisas. Minha memória ficou repetindo varias cenas... as com Thomas, as com Sophie. O tempo passou rapidamente. Então eu senti o cheiro delicioso, dei um salto na cadeira e avistei meu pai entrando na sala.

 

“O que esta fazendo aqui?”

 

“Jacob me contou o que aconteceu. Me mostre.” Ele esticou o braço. Então passei as imagens e as sensações da briga.

 

Meu pai ficou me observando por algum tempo em silencio. Ate que me abraçou e olhou nos meus olhos. Se afastando logo em seguida.

 

“Esta de castigo.” Essa frase tem soado nos meus ouvidos tanto ultimamente.

 

“Só isso?” Eu levantei uma das sobrancelhas.

 

“Quer um sermão?” ele sorriu e se sentou novamente.

 

“Quero entender.” Eu cruzei os braços em frente ao peito.

 

“Carlisle acha que os Volturi não estavam mentindo.” Ele não precisou dizer mais nenhuma palavra.

 

Tudo começou a fazer sentido. Sophie não era humana, pelo menos não por completa. O pai dela deve ser o tal Filho da Lua. Isso explicaria tudo. A força, a pele resistente, o cheiro insuportável. Ela é minha real inimiga, e ainda quer o meu namorado.

 

Mas algo não se encaixa. Ela não se transformou. Todo final de semana tem festas, e ela comparece a todas. Com lua cheia ou sem. E nunca se transformou. Mishely teria me contado se tivesse visto alguma coisa estranha. Outro elo quebrado, é o fato do pai dela ser um dos homens mais ricos da cidade, e não um Filho da Lua. Teria que conversar com a Mishely, talvez ele não seja o pai verdadeiro dela.

 

“Talvez haja diferenças entre os membros dessa espécie. Assim como há entre Você e o Nahuel. Ele possui veneno, e chegou a idade adulta. Você não.” Meu pai me olhava curioso.

 

“Ela é uma ameaça?” senti medo de ter provocado a Sophie.

 

“Creio que não, ela não sabe que não é humana.” Meu pai beijou minha testa e se levantou.

 

“Mas para garantir, não se aproxime dela.” Ele colocou a cadeira no lugar.

 

“Pai, desculpe-me.” Eu abracei minhas pernas.

 

Não estava pedindo desculpas pela briga, e sim por tudo. Eu tenho feito tanta coisa que so tem prejudicado ainda mais a minha família. Eu só queria poder ajudar ao em vez de atrapalhar. Eu sou um peso, que só atraio problemas.

 

“Não se preocupe. Você ainda atrai menos problemas do que sua mãe atraia.”

 

Meu pai sorriu e saiu da sala, pela velocidade que estava usando, os diretores não sabiam da visita dele. Me inclinei na cadeira, pensando no que tinha acabado de acontecer. Eu tinha descoberto que existe uma meio-lobisomem ao meu lado. Não me admiro que ela ainda não tenha desconfiado, ela não é muito inteligente.

 

Outro cheiro que eu amava invadiu a sala. Jake. Ele se aproximou de mim, me dando a mão. Levantei-me e me inclinei para beijá-lo. Mas a Mishely invadiu a sala antes. Gritando.

 

“Nessie! Você bateu na Sophie! Foi lindo!” ela me abraçava.

 

“Ela te machucou? Nossa a escola inteira não fala em outra coisa.” Ela começou a falar no ritmo de quando tinha palavras sufocando a garganta.

 

“Não acredito.” Me afundei no peito do Jake.

 

“O que você queria? Você quase quebrou o armário!” Mishely sorria.

 

“Mishely, você sabe se a Sophie é adotada?” eu queria saber se existia mesmo essa possibilidade, a possibilidade dela não ser humana.

 

“Não, mas o pai verdadeiro dela morreu antes dela nascer.” Mishely me olhava sem entender o por que da pergunta.

 

Fomos para o refeitório, eu sabia o que me aguardava. Assim que entrei pela porta, vários alunos se levantaram e partiram na minha direção. Meu rosto corou instintivamente. Antes que começasse o interrogatório,  o Jake me abarcou com força e olhou para os alunos. Jake apertava os olhos, deixando apenas duas pequenas linhas pretas. Ninguém ousou dizer uma palavra, rapidamente se sentaram. Jake sorriu levemente e me conduziu ate a nossa mesa.

 

Mishely e Anna se sentaram conosco. Elas comentavam da festa, de como tudo tinha sido perfeito. Falaram dos casais que se formaram, dos casais que se desentenderam. Eu tentava prestar atenção, mais minha mente vagava para longe.

 

Olhei para Jake comendo, ele sorriu com a boca cheia. Eu gargalhei com a cena.

 

Você é tudo que eu preciso.

 

Jake parou de comer, e se aproximou para me beijar. Senti um vento frio me tocar. Fechei meus olhos confusa. E quando os abri, Jake havia sumido. Meu coração disparou fortemente, o ar me faltou. Uma voz dentro de mim só gritava um nome, THOMAS. Eu o odiava acima de tudo. Ele tinha roubado o meu Jake.

 

Sem pensar levantei da mesa e corri pelo refeitório. Era como se uma adaga tivesse atingido meu coração. Ele estava se despedaçando. Não sabia o que faria. Eu so conseguia correr na velocidade humana ate o estacionamento. Meu corpo inteiro estava doendo com as idéia que me vinham a cabeça.

 

Não sei por quanto tempo o Jake ficou acelerado, não sei o que aconteceu. Ele pode estar morto. Um bolo brotou no eu peito, apertando meu coração, passou pela minha garganta arranhando-a, para poder explodir pela minha boca, acompanhado por inúmeras lagrimas.

 

“NÃO”

 

Eu estava tendo problemas em me manter de pé. Minhas pernas estavam se embolando. E enfim cheguei no carro. não tinha pego as chaves, então soquei a janela. Abrindo-o. me sentei no diante do volante, nunca tinha feito uma ligação direta em minha vida. Então logo desisti e sai do carro. Entrei na floresta e comecei a correr de verdade.

 

Algo dentro de mim me dizia que o jake estava vivo. Era isso que me fazia correr sem rumo. Não sabia para onde meu coração estava me levando. Eu só queria correr e encontrar o Jake.

 

O desespero começou a me atormentar, as incertezas, as perguntas. Eu queria saber onde esta o Jake, uma onda de ódio me cobriu por inteira, eu jurava a mim mesma que mataria o Thomas e depois a Jane, depois cada um dos malditos Volturi. Eles não podem mexer com o Jake.

 

Minhas pernas já não estavam sendo controladas por mim. As lagrimas insistiam em descer. Meu peito doía, e meu coração era esfaqueado. A adaga parecia cada hora entrar mais fundo para dentro de mim. Eu não sabia mais o que fazer. A confusão tinha tomado conta da minha mente. Um cheiro despertou minha atenção. Mas ele era mais rápido.

 

Fui tomada por um abraço gelado. Fechei os olhos, me sentindo segura e ao mesmo tempo vazia. Meu pai me separou dele rapidamente, me jogando em suas costas. Eu ainda estava assustada e perturbada.

 

Foi o Thomas.

 

Meu pai corria o mais rápido que eu já tinha visto ele correr.

 

“Alice teve uma visão.” Meu pai murmurava, enquanto se esforçava para correr mais rápido.

 

Alice não pode ver o Jake.

 

“Não foi ele quem ela viu, foi o Thomas.” Meu pai apertava os dentes.

 

O que ele fez com o Jake?

 

“O chamou para um duelo. Thomas é do tempo em que se conquistava uma dama com um duelo.” A adaga atravessou meu coração outra vez.

 

Ele não pode... eu não... o Jake morreu?

 

Eu não sabia se queria ouvir uma resposta, eu so queria que tudo isso fosse um pesadelo. Eu não estava conseguindo entender o que estava acontecendo. Meu coração batia ferozmente me dizendo que o Jake estava vivo, enquanto uma voz dentro de mim clamava por vingança.

 

“Não. E eu não vou permitir que ele morra.” Meu pai grunhiu.

 

Meu pai estava determinado a impedir que qualquer coisa acontecesse com o Jake. Nunca pensei em meu pai lutando pelo Jake. Mas é o que parecia que iria acontecer.

 

Quais deles estão com o Thomas?

 

“Jane e Alec.” Meu pai apertou ainda mais o ritmo da corrida.

 

Não sabemos se eles estão acelerados.

 

Eu tentava pensar que tudo daria certo, mais não conseguia. Era como se a morte fosse um fato. Eu não conseguiria viver sem o jake. Eu não iria querer continuar sem ele.

 

“Thomas não consegue manter o Jake acelerado por muito tempo.” Eu não tinha pensado nessa possibilidade.

 

O JAke é um lobo, o que praticamente anula os poderes de um vampiro. Um alivio me invadiu. Talvez não fosse tarde de mais. Talvez eu conseguisse salvar aquele que amo. Meu coração golpeou meu peito em resposta, ele estava conseguindo se manter pulsando, mesmo com a adaga atravessando-o.

 

“Todos estão a caminho.” Meu pai acelerou ainda mais a corrida.

 

Não vão conseguir chegar a tempo.

 

“Eles não, mas nós sim.” meu pai estava voando, não conseguia ouvir seus pés tocando o chão, a velocidade era impossível.

 

Do que adianta, somos dois.

 

As lagrimas voltaram a escorrer com força.

 

“Nós não vamos impedi-los, apenas atrasá-los  enquanto os outros não chegam.” Meu pai se jogou para a frente, correndo ainda mais rápido.

 

Eu já não estava conseguindo me segurar direito nas costas do meu pai, o vento estava quase que me esmagando. Era difícil de respirar, era dificil de me manter consciente. Eu lutava para agüentar firme, o cheiro do Jake me invadindo, junto com o do Thomas.

 

Por que o Jake aceitou?

 

“Ele faria qualquer coisa para te manter segura.”

 

Ele pode morrer!

 

Lagrimas desciam pelo meu queixo. Eram as palavras do desespero. Eu não conseguia me controlar.

 

“Ele sabia qual era a conseqüência. Ele não se importou.” Nesse momento meu mundo desabou.


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Notas finais do capítulo

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Espero que tenham gostado *-*
gente, olha só eu ja estou com o proximo quase pronto!!
se der eu posto amanha mesmo!
mas gente, caprichem nos reviews tah!!
Eu sou completamente viciada neles *-*

(ainda não fui assistir New Moom :C to ficando desesperada!! devo ir amanha *--------* [/ ta isso não tinha nada haver, mas eu quis desabafar...]

beijoos e não esqueçam meus reviews *-*