Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 23
Duelo - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que esse cap. responda algumas de suas perguntas *---*
e acima de tudo, espero que gostem!! qualquer duvida, deixa o review, que eu esclareço :D

boa leitura :*



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Tudo tinha congelado. Minha primeira reação foi me agarrar ao Jake. Saltei para longe dele, quando notei que ele estava paralisado. A imagem do Jake no meio da transformação me assustou. A pele se rasgando, os dentes crescendo. Era uma imagem incrível.

 

Olhei todo o resto, tudo e todos estavam congelados. As partículas do ar quase não se movimentavam. Meu coração batia ferozmente. O que estava acontecendo?

 

Entre todos os vampiros paralisados, um se moveu. Sorrindo. Veio na minha direção, minha vontade era de correr. Tentei saltar a escada, mas eu estava fraca, minhas pernas falaram. Ele já estava ao meu lado quando me ergui do chão.

 

Os olhos rubros me encarando. Não tive outra reação a não ser o atacar. Não foi uma idéia inteligente. Ele rapidamente me imobilizou com um abraço. Eu chorava, gritava, Mas ninguém me ouvia. Todos estavam nas mesmas posições. O tempo havia parado.

 

“Só quero conversar.” Thomas encostou os lábios na minha orelha.

 

“Mas eu não! Tire suas mãos de mim!” Eu gritava, ele sorria.

 

“Tão geniosa.” Ele me apertou ainda mais.

 

“O que você fez com eles?” Eu me debatia.

 

“Se você ficar quieta eu te explico.” Me debati mais algumas vezes, e então o cansaço me tocou e eu cedi.

 

“Agora podemos conversar.” Ele me soltou.

 

Olhei a face de meu pai, ele estava atacando. Ele tinha escutado o que Thomas pretendia fazer. Parar o tempo. Sem duvida um peça rara. Aro tinha os motivos para sair ele mesmo de Volterra. Mas eu ainda não consigo entender como ele consegue fazer isso.

 

“Você para o tempo?” Ele gargalhou.

 

“Não. Isso é impossível. Eu acelero meu corpo e o de mais quem eu quiser. Ou seja, o  tempo esta passando normalmente, nós que estamos acelerados.” Ele caminhou ate a Rose petrificada.

 

“Não toque nela!” eu gritei.

 

“Tocar? Isso não tem conseqüências quando estou acelerado. Não posso atacar alguém que esteja na velocidade normal.” Ele bufou, demonstrando o quanto desejava que pudesse atacar desse modo.

 

Os Volturis seriam invencíveis. Thomas poderia matar quantos quisesse e eles nem perceberiam. O dom ele é ainda mais cruel do que o do Alec. Não teria como alguém impedir. Nem mesmo minha mãe conseguiu.

 

“Mas o escudo.” Quase não tinha mais som a minha fala.

 

“Meu dom não é mental, e sim físico.” Ele se aproximou novamente de mim.

 

“O que você quer?” Eu me afastei dele.

 

“Você.” Ele tentou me tocar, mas eu o impedi.

 

Os olhos vermelhos me encarando, me deixando sem saída. Agora eu compreendia o sentimento, era desejo, não por mim e sim pelo poder. Ele não me queria porque gostava de mim, mas porque eu sou diferente. Senti meus estomago revirar com o cheiro dele.

 

“Você é linda.” Ele se aproximou ainda mais de mim.

 

“Não é por isso que você me quer.” Eu cuspi as palavras.

 

“Não. Eu quero filhos.” Ele segurou meu rosto, me prendendo no olhar.

 

“Você é repulsivo.” Minha voz saia falha.

 

Uma mistura de medo e nojo me corrompia. Eu queria me livrar do toque dele, mas eu estava cada vez mais fraca. Forcei meus olhos a desviarem dos dele, encontrando os do Jake. A força brotou dentro de mim, me fazendo tirar as mãos frias do meu rosto.

 

“Não me toque.” Eu rosnei.

 

Ele começou a caminhar, passando entre a minha família. Brincando com os dedos sobre a face de cada um deles. O ódio estava se tornando insuportável. Tentei correr, mas não consegui. Ele gargalhava enquanto eu lutava para puxar o ar.

 

“Não se preocupe, é sempre assim. Não posso manter ninguém acelerado por muito tempo. Mas eu ainda tenho algumas coisas para falar.” Ele se sentou na escada, alguns degraus abaixo do Jake.

 

“Te ofereço Volterra, depois o mundo. Tudo pode ser seu. Isso é claro, se você estiver ao meu lado.” Ele jogava o cabelo, que caia sobre os olhos para trás.

 

“Muito obrigada, mas eu não quero.” Eu cruzei os braços.

 

Não aceitaria nada que viesse de um monstro como ele. Ele podia ter tudo, então porque me queria? Se ele quer ter filhos,  ele que arrume outra meio-vampira. Porque o meu destino já esta traçado e é ao lado do Jake. Ninguém nunca vai poder mudar isso.

 

“Tem medo de mim?” ele se levantou e caminhou na minha direção.

 

“Não.” Eu menti, meu coração chegava a falhar de tanto pavor. Mas eu não seria ingênua de assumir esse medo que estava me apertando por dentro.

 

“Então o que é?” Ele segurou meu rosto outra vez.

 

As mãos frias tocando minha pele, os olhos mergulhados nos meus. Meu corpo inteiro tremeu em resposta. Já não sabia se eu temia mais ele ou a Jane. Os dois me pareciam não ter alma.

 

A respiração fria tocando minha pele. O movimento dos dedos frios. Algumas lagrimas escaparam dos meus olhos, tais lagrimas que ele secou. Mas a dor de ver minha família na mão dele fez questão de deixar escapar outras.

 

“Eu te amo.” Ele sussurrou em meu ouvido.

 

“Não, você ama o que eu posso te oferecer.” Eu gaguejei.

 

“Não sou um príncipe. Mas e você. o que ama?” ele se aproximou ainda mais da minha face.

 

“O Jake.” Eu disse firme e forte.

 

Thomas me soltou. Apertou os dentes. Me arrependi de ter dito o nome do Jake. Ele poderia tentar alguma coisa com o Jacob, eu não suportaria. Eu não deixaria. Ele não pode tocá-lo. Daria minha vida pelo Jake.

 

“Então o problema todo é ele? É esse cachorro fedido?” ele apontava para o jake.

 

“Não. O problema aqui é você.” Eu tentei socá-lo, em vão. Ele segurou minha mão. A apertando.

 

Eu me curvei pela dor que ele estava me causando. Soltei um leve gemido, que fez ele gargalhar. Os olhos cor de sangue me fazendo sentir ainda mais medo. Eu o mataria. Foi o que uma voz dentro de mim gritou. E eu consenti. Eu o mataria com as minhas próprias mãos.

 

“você não pode amar um cachorro. Isso é coisa de criança, logo você vai perceber que ao meu lado que é o seu lugar.” Ele sorria.

 

“Nunca! O Jake é a minha vida.” Eu rosnei, soltando minha mão do aperto da dele.

 

“Eu posso ser sua vida!” ele revirou os olhos.

 

“Não! Não pode! Você quer que seja uma reprodutora!” eu gritei.

 

“Pare de drama! O cachorro também vai querer filhos!” Ele me pegou pelo braço, usava força excessiva.

 

“E eu terei orgulho de os dar! Mas quando eu estiver pronta! E eles serâo frutos do nosso amor! Não de uma ambição ridícula.” Eu tentei me soltar, mas ele me apertou ainda mais.

 

“ Cala a boca!” ele estava ficando irritado.

 

“Faz todo mundo voltar ao normal agora!” eu gritava, tentando parecer segura, quando na verdade eu estava à beira de voltar a chorar.

 

Então ele me puxou, encostando os lábios frios nos meus. A língua tentando invadir a minha boca. Eu me debatia tentando escapar do abraço, mas ele não me permitia. Segurava meu queixo com uma das mãos, o apertando. Ate que eu cedi, deixando a língua dele invadir minha boca, para logo em seguida cravar meus dentes em sua língua.

 

Ele me empurrou com força, laçando-me a dez metros de distancia, meu corpo golpeou uma árvore, que não se mexeu. Então entendi o que ele tinha dito sobre não consegui causar dano as pessoas que estivessem na velocidade normal. Se eu não estivesse acelerada, meu corpo teria partido a árvore em duas.

 

Ele se aproximou de mim novamente, me erguendo do chão, já que eu não tinha mais forças para isso. Todas as minhas forças estavam reunidas no movimento de respirar. Me encarou com os olhos sedentos de sangue. E então sorriu.

 

“eu gosto das arriscas.” Ele me soltou e começou a caminhar para onde minha família se encontrava.

 

“Vou dar um jeito nesse cachorro, ai você vai ser minha.” Ele piscou.

 

Tentei correr para perto do Jake, mas antes que eu alcançasse a escada ouve novamente o clarão. Senti a grama tocar meus joelhos. Ainda estava cega quando meus pulmões se inflaram com ar leve. Minhas mãos tocaram a terra. Ergui meus olhos e vi o grande lobo e meu pai saltarem no mesmo instante para o local onde o Thomes havia estado.

 

O som do choque entre meu pai e o Jake foi imenso. A cena foi exatamente como eu imaginei que seria quando eu e Jake nos beijamos. Mas o final foi diferente, cada um indo para um lado, e minha família sem entender nada procurando respostas nos olhos do meu pai.

 

Me virei, procurando pelos Volturi, eles já não estavam mais por perto. O que quer dizer que logo depois de me desacelerar, Thomas acelerou sua nova família. Minha mãe me levantou do chão, Jake se posicionou ao meu lado, rosnando ou chorando era difícil de diferenciar.

 

“O que aconteceu minha querida ?” Minha mãe me abraçava.

 

“Tire o escudo Bella.” Meu pai pediu.

 

‘Pai por favor, deixe eu mostrar a mamãe o que aconteceu. Não quero que ela sofra ou se preocupe com essas ameaças. Nem ela nem o jake. Só eu e você vamos saber disso. Se eles souberem, vão querer ir atrás deles, e podem não voltar.’

 

Eu implorava em meus pensamentos para que meu pai não desmentisse minha historia. E sabia que o único jeito se consegui silencio, era colocar minha mãe em perigo. Eu sabia que ele entenderia que minha mãe iria atrás do Thomas, se soubesse o que ele quer. Ela correria perigo fazendo isso, o que seria o suficiente para que meu pai guardasse esse segredo por algum tempo.

 

Estiquei os braços, deixando todos me tocarem ao mesmo tempo, Jake encostou o focinho no meu pescoço. Mostrei a eles o tempo parando, Thomas me explicando como funciona o poder dele, ele falando que queria Volterra e só. Não mostraria mais nada.

 

“Foi só isso Nessie?” Alice me olhou decepcionada.

 

“Foi.” Eu tentei parecer tranqüila.

 

“Aro vai ter problemas com esse rapaz.” Jasper concluiu.

 

“Talvez.” Carlisle abraçou a Esme.

 

“Aquela historia toda de Filho da Lua é verdade?” Emmett se virou para Carlisle.

 

“Pode ser que seja, ou talvez não. Não tenho certeza, mas talvez seja uma boa ideia pesquisar sobre isso.” Carlisle concluiu.

 

“A parte da garota, acho que é verdade. Mas o resto, sobre pedir nossa ajuda e mentira. Ele so queria ver a Nessie.” Rose bufou.

 

“Eu não vi nada nas visões que dizia que tinha mestiços de Lobisomens por ai.’ Alice se defendeu.

 

“Não podemos concluir nada.” Meu pai estava triste, a dor de saber o que eu não estava sendo sincera, estava o corroendo.

 

“Preciso caçar.” Eu sussurrei.

 

A minha garganta já estava queimando. E o esforço que eu tinha feito para respirar quando estava acelerada tinha acabado com o resto de energia que eu tinha. Eu estava cansada e faminta. Precisava caçar para depois voltar a dormir. O dia parecia ter sido tão longo para mim.

 

Jake se pronunciou. Se abaixou deixando que eu subisse sobre suas costas, assim que me acomodei dele correu para dentro das arvores. Mas um cheiro familiar estava nos acompanhando. Rose. Ela também estava indo caçar conosco.  Provavelmente ficou com medo de que os Volturi ainda estivessem por perto.

 

Não demorou muito e o cheiro da minha mãe, e do Emmett também apareceu. Todos estavam com medo. Entre os cheiros da minha família, um novo cheiro pareceu. Que fez minha garganta queimar ainda mais.

 

Eu e Jake caçamos os cervos. O resto da minha família ficou nos vigiando. Para terem certeza que nada nos atacaria. Assim que terminei de saciar minha sede, nos voltamos para casa. Estava necessitada de um longo banho, e ainda mais necessitada de dormir. Estava exausta, e ainda não estava nem na metade do dia.

 

Tomei meu banho, e vesti um pijama limpo. Estava secando meus cabelos quando meu pai entrou no meu quarto. Ele estava com a dor nos olhos. Se sentou em minha cama, e começou a acariciar um dos meus ursinhos.

 

“Você me pediu e eu estou cumprindo. Mas se houver qualquer coisa que me faça achar que você esta em perigo eu vou contar a verdade.” Meu pai ainda não sabia de toda  a verdade. Eu evitava pensar no ocorrido. Ele só sabia que o Thomas me queria como esposa, não sabia o porquê.

 

“Obrigada pai.” Eu sorri me joguei em seu colo.

 

“Eu te amo.” Ele me abraçou apertado.

 

‘Eu também te amo pai.” Ficamos assim por alguns segundos.

 

O jake pode dormi aqui?

 

Meu pai me soltou, me colocando ao seu lado e levantando.

 

“Não. Foi só ontem.” Ele rosnava.

 

“Ele não fez nada.” Eu tentei defende-lo.

 

“Não é não.” Eu bufei e deitei na cama.

 

Não demorou ate que eu me perdesse na inconsciência.

 

Acordei com o Jake beijando minha testa. O abracei imediatamente. Queria senti-lo perto de mim. Queria beijá-lo. Já que ontem ele ficou fazendo ronda em forma de lobo assim que me deixou em casa, depois da caçada.

 

“Levanta, temos aula hoje.” Eu tentei abrir os olhos.

 

“Hoje é domingo.” Eu sorri.

 

“Não, você dormiu o domingo inteiro.” Ele gargalhou e eu saltei da cama.

 

“Como assim?” eu dormi mais quase 48 horas, isso não é possível.

 

“Seu pai acha, que quando você foi acelerada, consumiu muita das suas forças, por você ser meio-humana.” Jake alisava meus cabelos.

 

A lembrança da dificuldade de respirar, de dificuldade de me manter em pé. Eu realmente fiquei exausta. Jake teve ate que abater os cervos para mim, eu so me dei ao trabalho de sugar o sangue cremoso.

 

O cheiro de ovos mexidos me fez lamber os lábios. Beijei a bochecha do Jake e corri para o banheiro. O banho foi rápido. Vesti qualquer jeans e uma camiseta. Pegando um dos casacos e correndo ate a cozinha. Meu pai estava acabando de fazer os ovos, e minha mãe estava pondo a mesa.

 

“Bom dia” eu cumprimentei meus pais e me sentei na mesa.

 

“Bom dia.” Os dois disseram juntos.

 

“Alguma novidade?”

 

“Não querida.” Meu pai me respondeu colocando a minha porção de ovos no meu parto e a frigideira no lugar onde o jake se sentaria.

 

Jake chegou na cozinha com o cabelo molhado, o que ressaltava o seu cheiro. Me beijou na testa e se sentou em frente a frigideira. Ele comeu rapidamente, acabando antes de mim. Minha mãe e meu pai ficaram abraçados nos vendo comer.

 

De repente o telefone tocou. Era estranho alguém nos ligar. Geralmente so o pessoal de La Push ou do hospital. Minha mãe foi atender. Todos ficamos calados, esperando para ver quem era.

 

“Alô.” A voz doce de minha mãe ecoou na cozinha.

 

“Bom dia. É da casa do Jacob sim, quem deseja?” Jake me olhou assustado.

 

Provavelmente é da escola, querendo avisar sobre as detenções. Então voltei a comer. Meu pai caminhou ate mais perto da minha mãe. Eu tentei ouvir a pessoa que estava no outro lado da linha, mais o cheiro dos ovos estava me distraindo.

 

“Shophie.?” Minha mãe se virou para nós. O som do garfo que estava na minha mãe tocando o chão ecoou pela casa.


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Notas finais do capítulo

***********************************

e ai gostaram ??
espero que sim!!

como eu amo cada review *--------------*
nem tem como esplicar!! me deixa tão feliz saber que gostam do que escrevo :D
aiiii *-----------*
continuem deixando ta bom?

beijooos

e gente, faz uma forcinha e da uma passada la: Immensity
minha fic *-*

S2