Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 22
Medo - parte 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpa, mas não deu para responder todos os reviews ainda, (vou responder assim que acabar de postar *-*)

olha só gente, acho importante deixar isso bem claro. na maioria das fics, a Nessie tem um quedinha pelo Alec ou pelo Nahuel. Na Cold Wind não vai ser assim não. Só achei legal avisar, para quem gosta desses triângulos não se e decepcionar. Mas tem uma surpresa *-*
pelo menos ainda não li isso em nenhuma fic :D

Boa leitura :D



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Eu sabia que todos estavam na sala. Mas meus olhos ficaram presos nos dele. Não conseguia pensar, não conseguia entender.  Uma voz dentro de mim gritava que ele era perigo. Meu corpo respondeu tremendo, e instintivamente abracei o Jake. Ele me apertou forte, mais mesmo assim meus olhos ainda estavam presos naquele olhar. O medo me consumia.

 

A cor do sangue. A cor da morte. O rubro me assustava, na mesma proporção que me fascinava. Eu não entendia, eu simplesmente odiava aquele par de olhos. O mundo inteiro parecia ter parado, quando a voz doce do Aro chamou meu nome. Então meus olhos desprenderam dos do desconhecido. E eu encarei o resto da sala.

 

 Aro e Renata estavam ao fundo junto com Carlisle e Esme. Jane e Alec estavam próximos a janela, acompanhados de Jasper, Emmett. Já minha mãe, e meu pai, Alice e Rose estavam sentados em volta do desconhecido.

 

O vampiro dono dos olhos que me davam arrepios, era loiro, com umas mechas de cabelo caídas sobre a testa. O queixo era fino, acompanhado de lábios bem desenhados. As feições eram delicadas, a sua beleza podia ser comparada com a de uma mulher. Tamanha beleza me causava repulsa.

 

Ele deve ser mesmo muito talentoso. Aro não costuma sair de Volterra, para ele ter se deslocado ate aqui, e porque queria ter a certeza de que nada daria errado. E ninguém melhor do que ele para convencer um vampiro de se juntar aos Volturi. O que me intrigou ainda mais, foi o fato de ninguém ter ouvido falar desse talentoso antes. E ele não parecia ser um recém criado, pelo menos não esta me atacando.

 

“Nessie, como você cresceu.” Aro veio em minha direção, Jake se colocou na minha frente..

 

Aro estendeu a mão, esperando que eu a tocasse. Eu neguei com a  cabeça. Eu não deixaria ele ver minha vida. Eu não o queria descobrindo o quanto o Jake é importante para mim. Aro vendo que eu não iria cumprimentá-lo, recolheu a mão.

 

“Pena que não sabe escolher as companhias.” Jane cantou. Jake rosnou e tremeu.

 

“Estava realmente muito curioso para ver o que você tinha se tornado.” Aro sorria falsamente.

 

“Essa é a meio-humana?” O desconhecido perguntou me encarando outra vez.

 

Jake rosnou ainda mais alto. Aro se afastou um pouco, deixando espaço para que o vampiro pudesse me ver por inteira. Meu pai soltou um pequeno gruindo.

 

“Esse é Thomas, o mais novo membro do meu clã.” Aro nos apresentou, eu me escondi por completa atrás do Jake.

 

“Linda, ate mesmo de pijamas.” Thomas sorriu.

A vergonha fez meu rosto quase se iguala a cor dos olhos doas vampiros nessa sala. Jake tremeu descontroladamente, me apertei a ele com força tentando impedir que ele se transformasse. Mostrei a ele imagens nossas, nos beijando. Ele sorriu. Como se estivesse se exibindo.

 

“Não pode ser! Esse cachorro vê a ‘coisinha’ como um parceira?” Alec me olhou erguendo uma das sobrancelhas.

 

A raiva do pequeno anjo de cabelos castanhos me fez sair de trás do Jake. Eu sabia o quanto eles iriam odiar o fato de que uma meio-vampira ser parceira de um lobo. Mas eu não podia deixar que eles desmerecerem o homem que eu amo.

 

“Não, ele não me vê como parceira. Eu sou a parceira dele.” Eu rosnei encarando o Alec e a Jane.

 

“Um pouco fora dos padrões.” Aro questionou.

 

“Eu sou fora dos padrões.” Cuspi as palavras.

 

“Não acho que veio ate aqui questionar as escolhas da minha filha.” Meu pai se pronunciou.

 

“claro que não. Eu vim para vê-la e para fazer algumas perguntas ao Carlisle.” Aro fez sinal para que Renata se sentasse, ele estava tentando demonstrar confiança.

 

Minha mãe mantinha o escudo, enquanto meu pai encara o Thomas, que ainda me olhava. Tinha algum sentimento que eu não estava conseguindo reconhecer mergulhado dentro dos olhos rubro.

 

“Você disse que gostaria de ver a Nessie antes de nos conversarmos, como já a viu.Acho  que podemos conversar.” Carlisle se mantinha em uma postura educada.

 

“Oh, claro. Primeiramente, queria saber, se durante seus séculos de vida, você já encontrou com algum Filho da Lua?” Aro se sentou em uma das poltronas.

 

“Creio que não.” Carlisle se demonstrou curioso.

 

“Nós achávamos que eles estavam instintos. Mas ouvimos alguns rumores sobre uma garota que foi mordida por um vampiro e não se transformou. Mandei alguns amigos investigarem, e então ouve a surpresa.” Aro se calou.

 

Nesse momento a curiosidade já me tomava por inteiro. Eu sabia que era impossível que algum humano fosse imune ao veneno. Uma gota que caísse no sangue, não tinha como escapar. A transformação ocorreria.

 

“Ela é uma mestiça, ou seja como a pequena Nessie.” Aro levou uma mão ate a fonte.

 

“Meio-vampira?” Carlsile perguntou.

 

“Não meu caro. O pai dela era um Filho da Lua.”

 

“Não compreendo. Os Filhos da Lua, não passam os genes para os descendentes. Não tem como ele ser uma mística. Os filhos de um Filho da Lua, são humanos normais.” Carlsile coçava  o queixo em quanto falava.

 

“Também pensei nisso meu querido amigo. Mas o caso dessa pequena menina era diferente.” Aro olhou para o meu pai.

 

“A não ser que ele a tenha concebido enquanto estivesse transformado.” Meu pai falou serio.

 

“Matou a charada.” Alec sorriu.

 

“Os genes teriam sido passados para o feto. Mas isso é praticamente impossível.” Carlisle concluiu.

 

“Não se o Filho da lua em questão, for como seu filho Edward.” Jane sorria diabolicamente.

 

“Onde ela esta?” Carlisle já estava querendo levar mais a fundo essa questão.

 

“Morta. Foi eu mesma que o fiz.” Jane e auto glorificava.

 

O meu medo dela se amplificou. Como ela pode ser tão cruel. Um demônio disfarçado de anjo. O jeito como ela soletra as palavras cruéis, me faz querer gritar. De todos os Volturi, ela é a que mais me da medo. Ela não vê problemas em matar qualquer pessoa. Nela eu sei que não há mais um coração.

 

“Então presumo que não há mais o que se fazer, já podem ir.” Jake resmungou, enquanto meu pai rosnou para ele.

 

Se essa historia da mestiça for verdade, meu pai e Carlisle vão ficar fascinados. Afinal os Filhos da Lua, perdem completamente o controle quando se transformam. Se um deles conseguiu gerar um filho, outros também poderão. E a antiga guerra entre os vampiros e os Filhos da Lua pode recomeçar.

 

“Ela tinha alguma das características do pai?” Carlisle se assentou.

 

“Oh, sim. Ela tinha  a pele resistente, não tanto como a nossa, e o metabolismo avançado, como o seu amigo Jacob. E o mais importante, ela se transformava.” Aro concluiu.

 

“Esse foi o motivo da morte da garota?” Meu pai encarou Jane.

 

“Ela tentou me atacar, então eu resolvi.” Jake subia os lábios, deixando a mostra os terríveis dentes.

 

jane era como as minhas tias: a mesma pele, os mesmos dentes. Mas nela tudo me causava arrepios. Mas o olhar de Thomas sobre mim, ainda era mais penetrante, mas assustador.

 

Jake me apertava cada vez mais em seu peito. Já estava difícil de respirar, mais eu não iria me queixar.  Estava sendo tomada pelo seu cheiro, que era tão mais gostoso do que o dos vampiros que nos visitavam.

 

“A questão, é que queremos pedir a ajuda de vocês.” Aro sorriu.

 

“Não vejo como poderíamos ajudar.” Carlisle se levantou.

 

“Pelo que sabemos, a pai da garota morava no Canadá antes de mudar para a Índia. Como vocês são um clã grande, podem ficar observando os acontecimento por aqui.” Aro continuava sentado, como se não quisesse ir embora.

 

“Não vejo problemas com isso.” Carlisle concordou.

 

Mas tarde perguntaria ao meu pai, se era verdade ou se era só uma desculpa para vir  nos ver, analisar nossa casa, para quem sabe um futuro ataque. Mas por enquanto minha preocupação estava em outras coisas. Jane e Thomas.

 

“Já vão?” Jake perguntou.

 

Jane se levantou e deu alguns passos na direção do Jake, parando bem na sua frente. Ele rosnava, ela sorria. Meus tios já estavam prestes a se aproximar. Jake tremia assustadoramente. Enquanto encarava os olhos rubros.

 

“Acho bom parar de tentar nos expulsar, ou talvez a Nessie fique viúva antes mesmo de se casar.” Jane sorriu e começou a se afastar.

 

“Tenta.” Jake rosnou. Ele tremia descontroladamente, quase não conseguia me manter em pé ao seu lado. Olhei para o Jasper, ele estava concentrado, provavelmente tentando acalmar o Jake.

 

“Ela não vai estar sozinha.” O Alec cantou, erguendo-se do sofá.

 

“Nem ele.” Emmett se pronunciou.

 

Eu me agarrei com força no Jake, tentando manter ele preso no meu abraço. O que não era tão facil, já que meus braços quase não davam a volta em sua cintura.  Mas continuei apertando com força.

 

“Você ira machucar a Nessie.” Bastou essas palavras do meu pai, para que o Jake parasse de tremer. A transformação comigo tão próxima, podia resultar em alguns arranhões.

 

“Nós não queremos transtornos.” Aro se desculpou.

 

“Então tome conta deles.” Rose bufou.

 

“Eu não sou criança.” Jane apertou os olhos, desfazendo o sorriso.

 

“Acho melhor irem embora.” Carlisle se mostrou no comando da situação.

 

“Acho que já podemos ir. Mas com uma condição, que você nos visitem em Volterra.” Aro se despediu do Carlisle.

 

“Quem sabe.” Esme sorriu.

 

“Nem fudendo.” Jake rosnou. Minha mãe o encarou, repreendendo pelo palavreado chulo.

 

“Não o convidamos.” Jane cantarolou.

 

“Não cometa tamanha confusão minha pequena. Ele e membro da família de Carlisle, ou seja ele também esta convidado.” Aro encarou Jake. Jane bufou. Jake revirou os olhos.

 

Aro passou por mim, acenando com a cabeça. Renata passou olhando para o chão. Ja Alec e Jane, me encararam, Jane ate fingiu mandar um beijo. Do qual insinuei  esta com ânsia de vomito.

 

Thomas passou por mim,  me olhando de um jeito que me fez se sentir envergonhada. Me escondendo ainda mais atrás do Jake. Parecia uma ratinha assustada se escondendo atrás de um dos pés da mesa. Mas jake parecia se sentir feliz vendo que eu precisava dele para me sentir segura.

Eu e Jake fomos os últimos a sair da sala, todos já estavam em frente a casa, esperando que os nosso visitantes fossem embora. Quando Aro se volta para Carlisle.

 

“Ela pode gerar filhos?” Meu corpo inteiro paralisou no meio da escada, com o jake ao meu lado. Me apertando ainda mais contra o seu peito.

 

“Tudo nos indica que sim. O sistema reprodutor dela é completo.”

 

“Crianças curiosas serão essas, a mãe meio-vampira e o pai um lobo.” Aro concluiu me encarando.

 

O medo tomou conta de mim. Ele estava interressado em saber dos meus futuros filhos... eu nunca o deixaria chegar perto dos meus filhos.

 

A cena da clareira em Forks a seis anos foi toda revivida por mim em dois segundos. A angustia da minha mãe, o desespero do meu pai, o medo do Jake, e minha insegurança. O medo que eu tinha de não agradar a eles. Eu em cima das costas do jake, com a pequena mochila nas minhas costas, estava a espera do pior.

 

Não vou permiti que meu filho passe por isso. Não quero que ele tenha pesadelos com isso todas as noites como eu tive ate meus três anos. Não quero que o Aro se quer ouse aparecer para atrapalhar minha vida.

 

“Talvez daqui alguns séculos você mate a sua curiosidade.” Meu pai cuspia as palavras.

 

“Não temos pressa, não é mesmo.” Aro sorriu singelamente.

 

“Mas uma pergunta Edward, como conseguiu não matá-la?” Aro apontou para minha mãe.

 

“Eu a amo.” Meu pai correu para a frente da minha mãe, que ainda se concentrava no escudo.

 

“Talvez seja essa a questão. As esposas de Volterra estão exigentes.” Aro gargalhou.

 

“Você tentou gerar uma criança?” Carlisle perguntou.

 

“Oh sim. Eu pessoalmente duas vezes. Mas as humanas sempre terminam em pedaços.” Aro olhava firma para minha mãe.

 

A repulsa me invadiu. Ele estava usando as humanas como reprodutoras, para gerar bebês para as esposas. Ele não pensa em nenhum minuto que elas vão amar os fetos. Os fetos iram as amar. assim como eu amo minha mãe desde que pensei pela primeira vez. a voz dela conversando comigo, o toque da mão dela sobre a pele esticada do ventre.

 

Fiquei feliz por nenhum deles estarem conseguindo conceber um filho.

 

“Podemos ir?” Jane olhava de um jeito diferente para Aro, era uma mistura de admiração, com gratidão, com respeito, com amor, com carinho.

 

“Claro.” Aro olhou a ultima vez para mim e se virou para a floresta.

 

O único que ainda permanecia me encarando era Thomas. Olhei rapidamente para o meu pai, que erguia umas das mãos em garra e apontava para ele. Jake também pareceu perceber alguma coisa e me empurrou pegando espaço para se transformar.

 

Uma luz forte me cegou, fazendo-me cair de joelhos no degrau. O ar ficou mais pesado, dificl de respirar. E foi então que tudo parou.

 


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Notas finais do capítulo

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gente eu sou completamente apaixonada pelos Reviews *-*
ai fico toda boba!! UAHUAHAUH'
então por favor, continuem deixando :D

e tipo, gente da um pulinho na minha fic : Immensity
a historia é bem legal *-*

se não gostarem dela, deixem reviews falando, que ai eu deleto ok ?

beijoos meus amores *-*