Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 19
Conto de Fadas - parte 3


Notas iniciais do capítulo

Gente me desculpem pela ortográfia do capitulo anterior, mas agora ele ja foi revisado:D e esse aki também.

Boa leituta



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Paramos o carro em uma estradinha de terra tomada pelo mato. Ninguém vinha aqui por muito tempo. Então Jake saiu do carro. Eu me assustei o que ele estava fazendo? Mas logo ele abriu a porta de trás e se sentou no bando de trás. Olhei para ele sorrindo.

 

“Ai é apertado.” Ele sorriu.

 

“Ou você é grande?” Eu pulei para o bando de trás, sentando ao lado de Jake.

 

JAke não esperou nem eu me sentar direito e me atacou. Sua língua invadindo a  minha boca com pressa. Ele me puxou, me fazendo sentar em seu colo. Não era muito confortável, o teto do carro é muito baixo e o jake muito alto. Mas não estava me importando com nada, apenas com o Jake me beijando.

 

Uma das mãos do Jake estava nos meus cabelos, me puxando para mais perto dele, e  a outra na minha cintura. Meus joelhos estavam apoiados no banco do carro, um de cada lado das pernas do jake, me deixando quase na altura dele.

 

O corpo do Jake já estava queimando, eu já estava sentindo a sua excitação quando ele parou e começou a rir. Eu tinha feito alguma coisa errada?

 

“O que foi?” Eu perguntei olhando em seus olhos.

 

“Estou prestes a quebrar uma das regras.” Suas mãos estavam apoiadas na minha cintura.

 

“Que regras?” Arquiei uma das sobrancelhas.

 

“Que seu pai me impôs.” Jake gargalhou.

 

Meu pai tinha imposto regras? Que absurdo! Eu não iria cumpri-las, nem Jake.

 

“Que tipo de regras?” Comecei a beijar o pescoço de Jake, que se arrepiou com o beijo.

 

“Não importa, eu nunca dei ouvidos a ele mesmo.” Jake me puxou com força.

 

Eu tinha medo do que meu pai faria com ele depois dele quebrar as tais regras, mas a minha vontade dele era maior. Eu sou simplesmente uma egoísta nata. E também eu não sei que regras são essas. O que será?

 

Devagar, um das mãos do Jake começou a descer, alcançando logo uma das minhas coxas. Que ele apertou com força. Me fazendo tremer. Essa era a tal regra? Não me importava, eu só queria que ele continuasse. Sua outra mão começou a subir, entre a capa e o vestido. Eu já sabia onde ele pretendia chegar. Eu não me incomodei, ou melhor eu ansiei para que ele chegasse logo. E ele chegou. Sua mão comportava meu seio inteiro. Seu toque fez um arrepio descer da minha cabeça ate meus pés. E ele ainda estava com a mão por cima do vestido.

 

A outra mão de Jake que estava na minha coxa, correu rapidamente para o outro seio. Nossos corações estavam batendo com força e velocidade. Nossas respirações ficando fracas e falhas. Então as mãos de jake começaram a desfazer o laço que prendia a capa.

 

Uma onda de medo tomou conta de mim. Eu desejava o Jake e ao mesmo tempo tinha medo. Um medo irracional, que me paralisou, fiquei rígida feito uma pedra. Eu não conseguia nem mais corresponder o beijo do JAke. Então ele parou, e tirou as mãos dos meus seios. Me fitando com a culpa nos olhos.

 

“Acho melhor voltarmos para casa.” Eu pulei para o bando da frente, Jake não disse nada apenas deu a volta no carro. Se sentando em frente ao volante.

 

“Desculpa.” Ele se culpou pelo meu medo infantil.

 

“Eu gostei.” Eu sorri delicadamente.

 

“Então... o que aconteceu?” ele sorriu, mas logo depois ficou serio, preocupado.

 

“Não foi nada... eu só não estou com pressa.” Eu menti.

 

“Me desculpe, eu não queria ir rápido demais, ou melhor queria. Mas só quando você quiser.” Ele roçou o dedo na minha bochecha. Me fazendo sorrir.

 

Como eu podia ser tão idiota? Para que ter medo de amar? Eu sou mesmo uma grande imbecil! Eu o amo tanto, porque não consigo me entregar a ele? Eu simplesmente estou me odiando nesse momento, estou fazendo ele se sentir culpado. Eu não posso fazer isso. Ele não merece isso.

 

Meu coração se apertou. Mas o medo ainda estava lá. Me inclinei e o beijei. Quando o beijo terminou Jake ligou o carro. Ele me olhou sorrindo, ele não tinha ficado chateado. Ou pelos menos não mais. Mas isso não me impedia de sentir o quão eu fui idiota.

 

“ Para casa?” Ele me perguntou arrancando com o carro.

 

“É.” Eu continuei olhando para ele, seus músculos se definindo com o simples movimento de girar o volante.

 

“Que foi?” ele já estava ficando envergonhado com os meus olhares.

 

“Nada.” Eu sorri e liguei o rádio.

 

Já estávamos quase em casa, quando Jake começou a rir. Me sentei virada para ele. Estava curiosa, o que tinha acontecido para ele estar tão feliz?

 

“Ta feliz?”

 

“Também. Mas não estou rindo disso.” Ele continuava rindo.

 

“Do que então?” ele me olhou, e soltou um sorriso enorme.

 

“Da cara que seu pai fazer quando ver que eu quebrei a regra.” Ele gargalhou quando terminou  a frase.

 

Meu pai. Ele vai querer matar o Jake.  Me encolhi no banco coma idéia do meu pai matando o Jake. Não quero pensar nisso. Ele pode ser compreensivo e racional como hoje no aeroporto. Ele se mostrou tão calmo.

 

Tentava esconder o nervosismo, mais era em vão. Eu estava aponto de rancar os fios do meu cabelo. Não queria provocar nenhuma briga em casa. Meu pai já é estressado o suficiente, não precisa de mais motivos.

 

Avistei a nossa casa. Meu corpo inteiro gelou com a figura do meu pai do lado de fora, nos esperando. Olhei para o jake e ele simplesmente deu os ombros. Ele não se importava com o que eu pai faria. Queria ser assim. Mas não sou.

 

Descemos do carro e fomos caminhando de mãos dadas ate onde meu pai estava. O ódio nos olhos do meu pai, era um sinal claro de que ele já sabia de tudo. O jeito com que ele apertava o maxilar. Ele veio ao nosso encontro. Me puxou pelo braço, me obrigando a sair do lado do Jake.

 

“Você não consegue cumprir as regras nem no primeiro dia?” meu pai cuspia as palavras.

 

“Calma Edward, não aconteceu nada de mais.” Jake deu os ombros.

 

“Nada de mais? Colocar essas mãos sujas nos seios da minha filha não é nada então?” meu pai gritava.

 

Minha mãe surgiu acompanhada do resto da família, todos encaram horrorizados meu pai. Menos Emmett que gargalhava. Rose fuzilou Jake com os olhos. Ela o mataria se não tivesse tantas testemunhas. Minha mãe tentou abraçar meu pai, mais ele não permitiu.

 

“Não Carlisle. Eu não vou atacá-lo, embora eu deseje muito isso.” Meu pai me apertou junto a ele.

 

“Pai! Chega!” eu tentei gritar, mas minha voz foi abafada pelo peito frio do meu pai.

 

“Chega? Eu ainda nem comecei.” Ele estremecia.

 

“Edward..” minha mãe tentou, mas nem ela seria capaz de tal proeza.

 

“Bloqueia esse imundo!” meu pai pediu a minha mãe.

 

Eu desejei saber o que o jake estava pensando que meu pai não quis ouvir. Talvez ele estivesse pensando no que teria acontecido se eu não tivesse travado por causa do medo. Meu pai rosnou com os meus pensamentos.

 

“Edward! Qual é? Você sabia que seria assim!” Jake não parecia estar assustado.

 

“Ela tem seis anos!” meu pai esbravejou.

 

“Faço sete daqui a três meses!” eu gritei.

 

“Ainda vai ser uma criança.” Meu pai me soltou.

 

Bati meu pé com força no chão. Meu rosto já estava queimando de raiva. Meu pai não podia tentar me controlar desse jeito. Eu já sei cuidar de mim mesma. Eu posso ter seis anos, mas não penso desse jeito. E acho que o desejo que eu senti hoje pelo Jake prova isso.

 

“Eu não vou seguir nenhuma regra estúpida. Eu vou seguir as vontades e o tempo da Nessie.” Jake me puxou para seu peito.

 

“E se ela quiser casar amanha? Ou então quiser ir para a faculdade? Ou namorar um humano?” meu pai soltava faíscas pelos olhos.

 

“Se ela quiser casar agora eu caso. Faculdade? Não deve ser tão ruim assim, acho que agüento. Se ela não quiser mais ficar comigo, eu a deixo livre. Eu sempre vou estar do lado dela, diferente de você, que abandona as pessoas.” Meu pai estremeceu.

 

 Jake tocou no único ponto em que meu pai não suporta. Os meses que ele passou longe da minha mãe, a deixando sozinha, desprotegida. Ele se arrepende amargamente do que fez. não sei como ele consegue conviver com esse remorso. Remorso tão grande quão o de ter pensado em fazer um aborto em minha mãe. Mas eu não o culpo por isso, ele não sabia o que eu seria, e o amor dele pela minha mãe é igual ao meu pelo Jake. Não suportaríamos perder-los.

 

“Como você consegue amar tanto esse cachorro?” o semblante do meu pai mudou de raiva para angustia. “ chega a ser doentio.”

 

“O que você esperava Edward? Ela é filha da Bella, que morreu por você. E de você mesmo, que agüentou a sede para poder ficar perto da Bella. Vocês três são doentios quando se trata de amar. E se já não bastasse, o Jacob vê e Nessie como o centro do universo.” Alice fazia gestos para dar ênfase  as palavras.

 

“Ela esta certa filho.” Esme tentou se aproximar do meu pai, mas Carlisle a impediu.

 

Eu senti um bolo se formar dentro de mim, um bolo que se transformou em lagrimas e explodiu em um grito. Minha mãe empurrou meu pai e me tirou dos braços do Jake me aconchegando em seu colo. Comecei a soluçar.

 

“ Olha o que você fez!” minha mãe encarou meu pai.

 

“Não a defenda Bella.” Meu pai já estava começando a se render.

 

“Ela é minha filha Eduard Cullen.” Minha mãe continuava o fuzilando.

 

E eu comecei a me sentir ainda pior. Meus pais nunca brigavam, e eu não queria ser o motivo das brigas deles. Eu não queria causar essa confusão, eu só queria viver o amor, assim como meu pai e minha mãe. Eu so queria estar com o Jake. Só isso. Porque tem que ser tão difícil?

 

“Precisamos conversar Edward.” Carlisle, pela primeira vez depois o começo da discussão, falou com meu pai.

 

“ Não acho que seja necessário.” Meu pai resmungou.

 

“Edward.” Minha mãe estava concentrada, estava retirando o elástico dela mesma.

 

Meu pai olhou fixo para o jake, depois correu os olhos ate mim. Só depois resolveu seguir Carlisle para dentro da floresta. O resto da minha família entrou na casa. Cada um assumindo um posto, estavam tentando fingir que nada estava acontecendo. Jake foi direto para a cozinha, eu fiquei na janela. Olhando a lua. Que já estava escondia, quase que completamente, atrás das nuvens.

 

Rose ficava se remexendo no sofá. Ela tentava se conter e não vim falar comigo. Eu fingia não estar percebendo, ate que minha mãe tocou meu ombro. Me virei devagar em sua direção.

 

“Meu amor, se você não se importa eu gostaria de conversar com o Jacob.” Minha mãe parecia calma, mas mesmo assim eu gelei.

 

Se você prometer que não vai arrancar um dos braços dele.

 

Minha mãe sorriu.

 

“Primeiro eu gostaria de ver o que aconteceu.” Puxei meu ombro.

 

Eu não estava muito a vontade de mostrar o que aconteceu a minha mãe, não que tivéssemos feito algo muito pesado. Já que meu pai já gritou que ele tocou meus seios. Mas mostrando o que aconteceu, também vou mostrar como me senti. E isso me deixa extremamente envergonhada.

 

Minha mãe continuava parada, esperando que eu a mostrasse. Os olhos dourados pedintes. Ela era minha mãe. Não tinha como eu negar. Estiquei meus dedos e toquei seu rosto. Mostrei tudo, cada toque, cada desejo.

 

“Ok, sem arrancar os braços.” Ela respirou fundo quando acabou.

 

“Rose, podia conversar com a Renesmee por mim? Eu gostaria de conversar com o Jacob.” Minha mãe me beijou e seguiu para a cozinha.

 

Rose se levantou, ainda surpresa com o pedido de minha mãe. Ela esticou a mão para mim, me convidando para subir, toquei sua mão fria e subimos as escadas. Assim que entramos na sala do Carlisle, ela se sentou e me puxou para sentar ao seu lado.

 

Rose rodava os olhos, mexia nos cabelos. Ela estava tentando encontrar as palavras. Ela queria xingar o Jake, eu sabia disso. Mas ela estava tentando xingar de uma forma mais educada. Pelo menos é o que parece.

 

“Você não pode fazer as coisas porque ele quer...” eu não deixei ela terminar, toquei a sua face e a mostrei tudo.

 

“Ele não pode... você não pode... você ainda é a minha criança.” Ela me olhava com os olhos arregalados.

 

Eu não fiz nada. E mesmo se tivesse feito. Eu sempre vou ser a mesma Nessie.

 

“Não, você vai crescer e se tornar a Nessie. Vai deixar de ser a nossa Nessie.” Rose começou a soluçar e me abraçou.

 

“Tudo culpa daquele cachorro.” Ela bufou.

 

É a culpa deve ser dele, por eu o amar tanto assim. Ele é minha vida.

 

“Você fala igualzinho ao seu pai.” Rose ate sorriu em meio aos soluços.

 

“Por que logo ele?” Ela me fitou.

 

Eu não sabia responde-la. Eu não sei o porque certo que me apaixonei pelo Jake. Eu sempre o amei, sempre. Desde da primeira vez que eu o vi. Sentado na escada, pronto para me atacar. Os olhos negros. Eu o amei, e o sentimento de posse me completou. Meu coração sempre foi dele, só que de formas diferentes. Primeiro como um irmão, ele cuidava de mim. Mas meu pequeno coração já disparava quando ele se aproximava. Fui crescendo e ele virou meu melhor amigo. Esse sentimento de necessidade ia aumentando a cada dia. Eu não conseguia ficar longe dele. Ate o meu aniversario de cinco anos. Quando eu estava com aparência de treze. Ele me abraçou e beijou meu pescoço. So então me dei conta que ele não era só um amigo.

 

Continuei em silencio. Eu não conseguia responder o porque se ser ele. Era impossível. Ele era o meu coração e só. Não tinha explicação.

 

Não sei.

 

“Assim que você começou a suspirar quando ele chegava perto, eu e seu pai tínhamos a esperança de que isso tudo passasse, que só você só estivesse passando por uma paixão de criança. Mas agora eu vejo que nunca vai passar. Vocês vão se martirizar, igualzinho seus pais faziam.” Rose suspirou e me abraçou ainda mais forte, me afastando e me olhando nos olhos.

 

“Esse amor e impossível. Ate mais do que era o do Edward e a Bella, ele podia ter a transformado no primeiro dia. Ele que foi burro. Mas vocês, vão sempre ser inimigos. Não tem como negar.”

 

O peso das palavras, me fizeram chorar. Eu sabia como seria difícil, eu sabia como ninguém aceitaria, eu sabia como estava pondo a vida de muitos em conflito por isso. Eu sabia o quanto nós iríamos sofrer. Mas não tinha como eu evitar. Eu o amo sem limites.

 

Nosso amor era impossível, assim como era impossível uma criança metade humana, metade vampiro.

 

Senti o cheiro de Cralisle e meu pai voltando. Me separei de Rose e ameacei levantar-me. Ela sorriu e se levantou também. Ela estava satisfeita em não ter xingado o Jake de inúmeros palavrões como era o seu costume. Descemos as escadas,e encontrei todos na sala, meu pai olhava dentro dos olhos do Jacob.

 

“Só existe um regra a partir de agora.” Meu pai olhou no fundo dos olhos da minha mãe.

 

“A Bella vai manter o Jacob sempre bloqueado.” Jake sorriu com  a nova regra do meu pai.

 

Não seria difícil para minha mãe, ela é forte o suficiente para fazer o que meu pai pediu sem se dar conta. Mas se Jake vai ter sua privacidade porque eu não posso ter a minha?

 

“ E eu?” Meu pai revirou os olhos.

 

“Só o Jacob.” Ele cuspiu. Eu bufei.

 

“E por falar nisso, esta de castigo mocinha.” . Eu bati o pé com força no chão.


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Notas finais do capítulo

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Queria agradacer pelo toque da ortográfia, muito obrigada mesmo. eu não tinha relido o capitulo e não sabia que estava tão cheio de erros. Eu tentei revisar esse aki, so que estava meio com pressa, então se tiver qualquer erro, desculpa.


e continuem mandando reviews *----------*
amo cada um deles!!

e se tiver mais alguma coisa que querem que eu corrija, e so avisar! ;)

beijoss