Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 20
Medo - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo pode parecer meio chato, mais é preciso para vocês entenderem o seguinte :D então leiam com carinho!

Boa leitura :D



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“Como assim?” me joguei no sofá.

 

“A culpa é minha Edward, não dela.’ Jake me defendeu.

 

“Você disse que não tinha mais regras.” Eu bufei.

 

“E não tem. Você esta de castigo porque disse que iria para um lugar e foi para o outro.” Meu pai tinha arranjado a desculpa perfeita. Ódio.

 

“Mas..” Minha mãe não me deixou terminar.

 

“Nessie.” Ela disse meu nome firme.

 

“Quanto tempo?” Jake se sentou ao meu lado.

 

“O final de semana.” Agradeci imensamente a minha mãe. Se fosse meu paia responder provavelmente seria um mês ou dois.

 

“Bella.” Meu pai a chamou, mas ela não reconsiderou.

 

Eu odeio ficar de castigo. Mesmo isso quase nunca acontecendo. Porém não acho que  é tão ruim, pelo menos quando seu namorado mora com você. Não tem como meus pais me proibirem de o ver. Tentei não pensar muito nisso, ou então mue pai podia mudar meu castigo. E mandar o jake para La Push. Isso seria um castigo dos mais cruéis.

 

“Vou dormi.” Eu me levantei puxando o Jake pela mão.

 

Todos se despediram de mim, e dos meus pais. Caminhamos na velocidade humana para nossa casa. Meu pai resmungava alguma coisa no caminho. Minha mãe tentava parecer tranqüila. Jake foi assobiando um antiga canção Quileut. Assim que chegamos me despedi deles, e do Jake. Estava cansada.

 

“Tranque a porta do quarto querida.” Meu pai ordenou olhando para o Jake.

 

“Pai!” O que ele estava pensando? Ele acha que o Jake iria no meu quarto no meio da noite com dois vampiros no outro cômodo?

 

“Eu não tenho o costume de invadir o quarto das garotas no meio da noite e ficar se agarrando, enquanto o pai delas fica assistindo o jogo na sala.” Jake dizia rindo.

 

Minha mãe segurou a risada, e  meu pai o rosnado. Fui para o meu quarto e tranquei a bendita porta, como se uma simples tranca iria adiantar alguma coisa. Mas tudo bem. Adormeci rapidamente.

 

Acordei meio zonza. Já estava bem claro. Levantei-me e fui tomar um banho. Assim que sai do banho notei que só estava meu pai em casa. Me arrumei e fui ate a sala, onde ele se encontrava.

 

“Bom dia.” Eu beijei seu rosto. A raiva dele parecia ter passado.

 

“Como consigo ficar bravo com você?” ele me abraçou.

 

Cadê a mamãe?

 

“Esta esperando por nós junto com todo o resto da família.”

 

“O que vamos fazer hoje?”

 

“Nós vamos caçar, mas você vai tirar sangue.” Espremi os olhos.

 

“Não faz essa cara. Eu e Carlisle queremos saber como anda seu metabolismo.” Meu pai se levantou, e começamos a correr.

 

Eu já estava acostumada a tirar sangue, Carlisle faz isso de três em três meses. O modo que não é muito tradicional. Minha pele é como o mármore, não há como perfurar, a não ser por dentes de vampiros ou lobisomens. Então quem tem que me morder é o Jake, já que o resto da minha família não pode. Em primeiro, nenhum deles se acha forte o suficiente para sentir o gosto do meu sangue. Embora eu acho que eles conseguiriam, principalmente minha mãe, nenhum deles gostariam de correr o risco.  Em segundo, porque não sabem como meu corpo reagiria ao veneno, poderia ocasionar uma mudança completa ou então minha morte.

 

Jake não gosta nem um pouco de ter que me morder. Ele se sente mal em ter que me machucar. Mas meu pai já o convenceu que é importante fazer isso. Minha mãe e outra  que não suporta ver Jake me mordendo.

 

Assim que chegamos, todos saíram da casa. Sempre que eu ia tirar sangue, eles preferiam ir caçar. Carlisle diz que o cheiro do meu sangue é ainda melhor do que o dos humanos. O que pode causar um acidente. Então so ficamos, eu, jake e Carlisle.

 

Jake estava emburrado. Mas assim que meu pai se afastou o suficiente, eu o abracei.

 

Assim que isso acabar, vai demorar ate eles voltarem.

 

Jake sorriu e me abraçou ainda mais forte. Carlisle fez sinal para irmos para a parte de trás da casa.

 

“Pronta Nessie?” Carlsile sempre tão atento.

 

“Aham.” Jake me soltou e correu ate algumas árvores.

 

Rapidamente o grande lobo surgiu. Parou ao nosso lado. Estiquei minha mão, encontrando a boca do Jake aberta. Os grandes e brancos dentes me esperando. A dor pelo que ele ia fazer nos olhos negros do lobo. Ele sofria mais do que eu com isso. Jake começou a jogar a minha mão de um lado para o outro com a língua, tentando ajeitá-la de um modo que so o seu canino perfure um dos meus dedos. Assim que conseguiu, Jake fechou os olhos e forçou a mordida.

 

O som da minha pele sendo rasgada ecoou. A dor foi suportada. Jake cuspiu minha mãe, apenas duas perfurações. Na ultima vez foram sete. Jake esta melhorando nisso. Carslisle lavou minha mão e colheu um pouco do sangue. Logo em seguida fez um curativo. Dentro de três dias já estaria completamente curado.

 

Minha pele era forte como a de um vampiro, mas não se recuperava tão rapidamente.

 

“Parabéns Jacob. Apenas duas perfurações.” Carlisle bateu de leve na cabeça de Jake que correu para dentro das arvores.

 

Assim que ele voltou, Carlisle já tinha subido para examinar minha amostra. Me aproximei de Jake, abraçando-o. Ele me beijou, ternamente. Assim que o beijo terminou ele me olhou nos olhos. Eu conhecia aquele olhar. Preocupação.

 

“Nessie, o Seth disse que iria chamar a Leah, eles querem a minha opinião sobre alguma coisa. Vou ter que resolver isso primeiro. Assim que eu terminar a gente pode ficar juntos.” Não consegui esconder meu olhar de desapontamento.

 

Eu sabia o tamanho da responsabilidade que o Jake tinha sobre o bando, mas mesmo assim eu fiquei chateada. Eu estava planejando passar algumas horas com ele. Quando percebi que esse meu egoísmo estava o deixando triste, eu forcei um sorriso.

 

Não demora. Eu vou ajudar o Carlisle.

 

Eu me esforcei ao máximo para sustentar o sorrio. Então veio a recompensa, o enorme sorriso da face de Jake, fez tudo valer a pena. JAke então me abraçou e me beijou, saindo correndo logo em seguida.

 

Tentei me animar coma idéia que ele ia voltar logo. Que logo teríamos os nosso poucos minutos de privacidade. E então eu estaria em seus braços, sentindo seu calor. Seus lábios nos meus.

 

“Nessie.” A voz de Carlisle me trouxe de volta para a realidade.

 

“Já acabou?” entrei na sala.

 

“Não. Mas pelo que parece, nenhuma das suas células envelheceram.” Me sentei no sofá com a noticia.

 

“Quer subir e me ajudar?” Carlisle parou no meio das escadas.

 

“Já estou indo.” Sorri falsamente. Queria ficar sozinha.

 

Assim que Carlisle desapareceu, deixei uma lagrima escapar. Eu ainda tinha esperanças de amadurecer. Estava satisfeita em ter eternamente dezesseis anos ate a noite passada, agora minha opinião mudou.. Queria ter a idade física do Jake. Um dia ele vai se enjoar do meu corpo de adolescente. Vai querer uma mulher. A Sophie vai ser uma mulher... enquanto eu ainda vou usar pijama de bolinhas.

 

Sequei a lagrima que tinha escapado, e subia as escadas. Não queria dar motivos para o Carlisle se preocupar. Assim que entrei em sua sala, ele estava analisando a amostra. Não se virou para falar comigo.

 

“Quer ajudar?”

 

“Não. Acho que vou ler.”  Não estava com animo para observar meu próprio sangue..

 

“Pode pegar o que quiser.” Não vi seu sorriso, mais pude senti-lo.

 

Carlisle adorava quando qualquer um de nós líamos. Acho que por essa influencia que todos somos fanáticos por livros, tirando o Jake. Sentei-me em sua mesa. Tinha um livro sobre anatomia aberto. Comei a folheá-lo, me deparei com a pagina que falava sobre o sistema reprodutor feminino.

 

Já tinha aprendido sobre isso com minha mãe, quando ela e meu pai estavam me ensinando o conteúdo da quinta serie. Lembro-me como meu pai passou para minha mãe esse capitulo, ele nem quis ficar assistindo a aula. Disse que ele não queria me ver fazendo perguntas indelicadas. Eu não perguntei nada, eu entendi perfeitamente tudo.

 

A maior confusão foi o sistema reprodutor masculino, meu pai não quis explicar, minha mãe ficou nervosa, envergonhada. Então perguntei ao Emmett, a explicação foi um pouco detalhada de mais. Eu ainda era uma criança, não entendi quase nada. Mas quando meu pai descobriu, ficou furioso com o Emmett. Quase que ouve um ou dois braços arrancados.

 

Corria os olhos pela pagina quando me deparei com a palavra ‘Hímen’. Eu sabia o que era. Os relatos da pequena dor que é causada pelo seu rompimento na primeira relação, o pequeno sangramento. Foi ai que enrijeci. As lembranças da força que o Jake fez para cortar minha pele agora a pouco me invadiram. Minha pele era dura, feito granito.

 

Fiquei meio sem graça de perguntar ao Carlisle, mas ele era medico. É a pessoa ideal para me ajudar nesse momento. Então respirei fundo.

 

“Vô.” Ele virou a cadeira me encarando.

 

“Sim.” Eu não conseguia encará-lo, meu rosto queimava de vergonha.

 

Meu pai ia saber dessa conversa quando voltasse, pela minha mente ou pela do meu avô. Ele iria ficar ainda mais furioso. Mas eu estava preocupada, curiosa.

 

“A minha pele é tão resistente. É quase imperfurável. O meu corpo é assim por inteiro?” torcia para que ele entendesse sem eu ter que ser mais direta.

 

“Presumo que sim, mas porque isso agora?” eu corri meus olhos para o livro.

 

Meu avô se levantou e veio ate mim. Parou ao meu lado e olhou a pagina. No mesmo instante puxou a cadeira e se sentou ao meu lado. Levou as mãos ate as temperas, massageando-as.  Seus olhos  se voltaram para mim e ele sorriu de leve.

 

“Tudo indica que seja mais residente que a de uma humana.” Ele sorriu “ Não acho que devia ser eu a conversar com você sobre isso.”

 

“Não quero uma conversa de pais, quero a de um médico.” Eu sorri.

 

“Essa não é a minha especialidade, mas posso tentar.O que te preocupa?” Ele ficou serio, como se eu fosse uma paciente tradicional.

 

“Se já é tão difícil perfurar minha pele com pressas, imagina....” não terminei a frase, por mais que ele fosse meu medico nesse momento, ele ainda era o meu avô.

 

“Isso é um fato. Um humano não conseguiria. Mas acho que não haverá problemas para um lobo. Afinal seu sistema reprodutor é completo. Você pode ter filhos. E isso seria inútil se seu hímen fosse imperfurável.” Um álivio me tomou.

 

Mas eu ainda estava preocupada, um pouco com a dor e com a idéia que eu poderia machucar o Jake. Então respirei fundo outra vez e ergui uma sobrancelha.

 

“Vai doer muito?” Carlisle riu.

 

“Isso depende de você e dele.”

 

“eu posso.. pode acontecer... o Jake corre o risco de se machucar?” Carlisle riu outra vez.

 

“Minha querida, sua pele e tão macia... você é tão delicada.” E dura, ele esqueceu e dizer. “Não precisa se preocupar com essas coisas. Tudo vai acontecer da melhor forma possível.” O alivio me inundou.

 

“Não acho que seu pai vai ficar feliz com essa conversa.” Carlsile me olhou, se levantando. Ele já estava envergonhado de mais.

 

Meu rosto nem estava mais queimando, só estava vermelho agora. Levantei-me e abracei Carlisle. Estava completamente aliviada por ele ter me ajudado tanto. Assim que o soltei eu ameacei sair da sala, quando ele me chamou.

 

“Nessie, seu pai mandou eu não deixar vocês saírem de casa. Então fique na casa.” Ele sorriu e se sentou em frente à amostra.

 

“Tudo bem.” Eu desci as escadas com pressa.

 

Me sentei na escada da sala, esperando o Jake surgir entre as árvores, não demorou muito e consegui ouvi o barulho das patas, depois o grande coração batendo. Então vi o lindo homem cor de canela saindo das arvores. O short preto, os olhos cor de piche. Meu sorriso foi crescendo na medida que o dele também crescia.

 

Jake se sentou ao meu lado na escada, passando o braço por cima dos meus ombros. Beijou minha bochecha. Seus lábios úmidos e macios. Seu corpo quente tocando o meu. Como eu o amo.

 

“O que eles queriam?”  perguntei brincando com seus músculos.

 

“É que chegou um garoto em La push, Os pais dele se mudaram de lá assim que ele completou dez anos, tentando impedir que ele se transformasse. Ate que um dia ele estava discutindo com o pai e cabum! Explodiu um lodo cor de mogno. Então eles resolveram voltar para La Push.” Jake mexia em meus cabelos enquanto narrava a historia.

 

“Eles te chamaram para ajudar ele a aceitar?” eu sabia como era difícil entender que você não é como os outros.

 

“Não, e que ele acabou caindo em nosso bando. Sabe como o Seth é.” Jake revirou os olhos.

 

“Ele esta bem?”

 

“ Ate de mais. Já teve seu imprint. Seth ta um fera por ele não ter o dele ainda.” Tinha pena do Seth, ele quer tanto o imprint.

 

“Mas e você o que fez?” Jake me beijou delicadamente.

 

Nada de interessante.

 

Nos beijamos por algum tempo, ate que uma onda de curiosidade me pegou. Me desgrudei do Jake devagar. Olhando em seus olhos, não queria ofende-lo, mas eu queria saber. Não me importa a resposta, não vai mudar nada. Eu só quero saber.

 

Posso te perguntar uma coisa? Promete que não vai ficar chateado comigo?

 

“Sou todo seu.” Ele abriu os braços dando ênfase as palavras.

 

“Com quantas garotas você já transou?” Abaixei meu olhar no instante que terminei a frase. Meu rosto fervendo com o acumulo de sangue.

Jake me olhou assustado. Percebi que devia estar com vergonha de me responder. Eu poderia dar uma ordem a ele, mas não quis. Esperei ate ele me olhar nos olhos e responder.

 

“Nenhuma Nessie.” Ele sorriu. “Eu tenho vinte quatro anos e só beijei duas garotas ate hoje.” Ele gargalhou.

 

Eu já devia ter imaginado isso. A minha mãe foi sua primeira paixão, e não aconteceu nada entre eles. Depois ocorreu o imprint. Eu não tinha sido a primeira a beijá-lo, mais seria a primeira mulher que ele conheceria. Meu ego inflou extraordinariamente.

 

A minha vontade de consumi o Jake se ampliou. Eu queria poder dar a ele tudo que pode haver nessa hora. Queria ser dele, e só. Não iria deixar esse medo me encontrar outra vez.

“Eu só beijei um.” Eu brinquei.

 

“Você tem seis anos!” ele gargalhou

 

“É... então eu estou na frente!” ele parou de sorrir e me encarou.

 

“Você quer beijar mais alguém?” Duas linhas se formaram entre as suas sobrancelhas.

 

“Claro que não seu bobo!” eu me inclinei para beijá-lo.

Nos nos beijamos por algum tempo. Meu coração já começava a acelerar quando paramos.

 

“Então o que quer fazer?” Ele voltou a me abraçar.

 

“Não sei.. o que você quer fazer?” ele ergueu uma das sobrancelhas e me pegou no colo, correndo comigo pela escada para dentro da sala.


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Notas finais do capítulo

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já disse que eu AMO DE PAIXÂO os reviews que você deixam pra mim? *-----------------*

então gente continuem deixando ok ?

isso me deixa tão animada em continuar!!!

beijoos s2