Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 18
Conto de Fadas - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Gente mil perdões pela demora. e mil perdões pelos erros de ortografia, é que eu não rvisei o capitulo antes de postar. Mas agora ja esta revisado :)

boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/43611/chapter/18

Rose puxava, esticava e prendia meus cabelos enquanto minha mãe me maquiava. Eu estava particularmente nervosa, e ao mesmo tempo ansiosa. Comecei a escutar os resmungos do jake.

“Eu não vou usar isso!”

“Pare de besteira! Você adora se exibir!” Alice o advertia.

“Isso é ofensa! Eu não vou sair assim!” ele já estava quase gritando. Comecei a me perguntar o motivo da discussão, será que a fantasia era tão ruim assim? Senti uma pontada de medo. Cheguei a me arrepender de ter pedido a Alice para que escolhesse as fantasias, ela é realmente terrível.

Ambas me soltaram, e me colocaram de pé. Rapidamente me vestiram, me calçaram e então me conduziram ate o espelho. Quando me olhei, todo o arrependimento de ter pedido a Alice para me arrumar foi deixado de lado. Tinha que admitir, estava mesmo linda. Comecei a me olhar outra vez, começando pelos pés. Estava usando sapatilhas pretas, entrando em contraste com as meias soquetes brancas. Minhas pernas estavam exageradamente a mostras. O vestido era mesmo muito curto. Que lindo vestido. Era de um azul céu, com babados brancos, era justo no busto e arqueado na bainha. O decote também estava exagerado. Meus cabelos estavam com a metade presa, deixando os outros cachos caídos sobre meus ombros.

“Você esta tão deslumbrante!” Rose vibrou.

“Obrigada. Mas quem eu sou?” eu ainda não reconhecia aquela fantasia.

No mesmo instante, Alice abriu a porta do quarto e me agarrou pelo pulso me levando para a sala. Meu pai que estava sentado se levantou quando eu apareci. O ciúme foi evidente, queimava em seus olhos.

“Edward! Você já tinha visto a fantasia! Não vai fazer essa cara!” Alice mostrou a língua.

“Mas ainda não estava recheada!” Emmett gargalhou.

O olhar do meu pai começou a mudar, de ciúme para admiração. Ele ate tentou sorrir, em vão. Minha mãe se aproximou dele. Alice subiu novamente as escadas e voltou com uma segunda caixa, dessa vez menor. Agora eu saberia quem eu sou. Ela abriu a caixa e tirou lá de dentro um tecido vermelho, tinha um brilho maravilhoso. Facilmente ela jogou a capa sobre mim, ajeitando o capuz em meus cabelos. Deu um pequeno laço, na altura dos ombros. Eu sabia bem de que estava fantasiada. Mas não estava muito contende...

“Se eu sou a Chapeuzinho vermelho o Jake deve ser...” Emmett me interrompeu, apontando para o corredor e gritando.

“O lobo mal!” todos começaram a rir. Inclusive eu.

Jake estava lindo. Usava uma bermuda rasgada e uma camisa também rasgada. No alto da cabeça tinha um par de orelhas de lobo, do mesmo tom de castanho de seu pelo, quando ele se transformava. O trabalho de Alice na maquiagem foi realmente espetacular! Seu nariz tinha sido transformado em um legitimo focinho. Ele estava igual os lobisomens do cinema, só faltava os pêlos, mais sinceramente não acho que ter pelos espalhados pelo corpo o deixaria mais bonito do que ele realmente é.

Jake me olhava com um olhar profundo, ele não estava satisfeito com a fantasia. De certa forma era uma ofensa a ele. Mesmo assim, ele sorriu quando reparou minha fantasia. Os grandes e brancos dentes em contraste com a pele avermelhada me tiraram o ar. Ele se aproximou de mim, me olhando nós olhos. Seu cheiro estava me invadindo, a minha vontade de beijá-lo estava crescendo assustadoramente. Já estava me inclinado para perto de seus lábios quando meu pai rosnou.

“Vão se atrasar.” Meu pai olhou para Jake com repreensão.

“O presente!” Eu lembrei-me, como chegaria em um aniversário sem presentes?

“Toma.” Alice estendeu uma outra caixinha para mim.

“Obrigado tia! Por tudo.” Eu me atirei nos braços dela. Não sei o que seria de mim sem ela.

“Eu sei que arraso!” ela brincou beijando minha testa. “ Agora vão!”

Todos se despediram de mim e recomendaram que eu me divertisse. Exceto meu pai, que deu um discurso de como namorados devem se comportar, para falar a verdade não prestei atenção. Meu pai me fuzilou quando percebeu que eu estava ansiosa para ele parar de falar. Ele fez questão de nos acompanhar ate o carro.

“Não se esqueça, limite!” Jake riu com o comentário. Eu não compreendi o que meu pai estava querendo dizer, e sinceramente prefiro não entender.

“Pode deixar sogro!” Jake gargalhou e meu pai o olhou fuzilando.

Como eu gostaria de ler mentes, saber os segredos mais íntimos dos outros. Oh, não isso não seria muito legal, eu estaria invadindo a privacidade das pessoas, assim como meu pai invade a minha, elas não ficariam felizes. Não é justo.

“Eu não pedi por isso.” Eu pai beijou minha bochecha a se afastou do carro.

Jake acelerou, ele não conseguia esconder que estava emburrado, mais ele não diria nada. Ele queria me agradar. Ele não desistiria de ir a essa festa, não se isso fosse me deixar triste. Ele me olhou, e sorriu. Eu devia estar fazendo cara de boba.

“Você esta linda. Adorei o decote.” Ele sorriu e me puxou para perto dele com um braço, enquanto o outro controlava a direção.

Meu rosto já estava queimando. Eu olhei para a camisa de Jake e foi ai que notei que metade de seu peito estava a mostra. O ciúme me cutucou. Eu gostava quando ele andava assim, mas so quando somente eu podia ver. A idéia de ter outras garotas o observando me fez ranger os dentes.

“O que foi?”

“Você esta lindo, e se mostrando além da conta.” Eu cruzei os braços no peito.

“A culpa e da pigmeu.” Ele se defendeu. “Eu sempre ando assim, ou ate com menas coisas.” Ele sorriu.

“Mas a Sophie não esta olhando!” eu cuspi.

“Nem o Eric.” Ele ficou serio. Definitivamente o ciúme era algo comum entre nós.

“Não quero mais ir nessa festa.” Eu resmunguei,

“É só a gente voltar.” Jake pareceu gostar da idéia.

Eu não queria ir a festa, mas também não queria voltar para casa. Queria ficar a sós com o Jake. Pensei em chamá-lo para irmos ate a floresta ou algo do tipo. Olhei para minhas mãos e vi a caixinha, talvez passar na festa primeiro não seja uma má idéia. Afinal tenho que mostrar a Sofhie que o jake é meu. E nada melhor do que desfilar com ele na frente dela, mesmo sabendo que ela vai olhar cada músculo dele com aquela cara de fome.

“Não, eu quero ir na festa primeiro.” Eu sorri movimentando meus dedos por toda a extensão do braço de Jake. Ele se arrepiou diante do toque.

“Você realmente não bate bem.” Ele riu e me apertou contra seu peito.

Não demorou muito e chegamos, o estacionamento da escola estava repleto de carros. Um número bem maior do que quando estamos tendo aula. Não tinha mais vagas para parar o carro, então Jake estacionou na rua seguinte a da escola. A noite estava bonita. A lua estava quase completamente a mostra, so uma pequena nuvem que encobria parte dela.

Jake me abarcou e fomos caminhando ate o prédio da escola. Estava repleto de garotos fantasiados pelos corredores. Havia muito piratas, príncipes, marinheiros, super-herois. Já as meninas se resumiam em garotas de roupas intimas com orelhas de animais. Sophie deve ser uma dessas. Começamos a procurar pela aniversariante.

Quando avistei Sophie, meu rosto queimou. O ódio me controlando. Onde ela estava com a cabeça? Ela achava que eu ou minha família éramos fantasias?

Seu vestido era curto igual ao meu, mas ela estava usando uma meia-calça branca, tentando esconder a pele levemente bronzeada, o tom vinho do vestido ate que era bonito. O modelo do vestido é do século xv, a não ser pelo comprimento. As mangas compridas e largas, em contraste com o espartilho preto. Seu corpo estava muito bem marcado pelo desenho do vestido. Os seios fartos estavam quase pulando para fora do decote. Seu colo estava maquiado, com um pó pálido, igual ao do rosto. Ela tentava alcançar a palidez da minha família, mas não conseguiu. As olheiras estavam perfeitas, e recebiam o acompanhamento de lentes brancas. Um erro imenso. Nenhum de nós tem os olhos brancos. Isso é coisa de filme. A maquiagem carregada a estava deixando vulgar. Assim que ela nos avistou ela veio correndo, sem tirar os olhos do meu Jake.

Jake estava olhando para ela de uma forma estranha. Sem pensar dei uma cotovelada nele. Ele me olhou assustado.

"Ela esta bonita ?"

Ele revirou os olhos e soltou uma gargalhada.

“Ela esta vestida de vampira?” apertei os olhos.

“É o que parece.” Eu cuspi as palavras e encarei Sophie que já estava quase a nossa frente.

“Sejam bem vindos!” Sophie so olhava na direção de Jake, para que usar o plural então?

“Feliz aniversario.” Eu estendi o presente.

Ela olhou com desdenho, pegou a pequena caixinha e começou a abrir. Rasgou o papel, e então encontrou um pequeno colar com um pingente. Assim que notei o desenho do pingente, tive que segurar a gargalhada. Aposto que ela não tinha idéia do que significava as linhas embaralhadas, que formavam um lindo desenho.

Sophie se atirou nos braços do Jake, ele não retribuiu o abraço, pelo contrario, ficou me olhando com os olhos arregalados. Quase chegou a ser engraçado, se o ciúme não estivesse me corroendo por dentro. Rapidamente Jake a afastou com os braços se posicionou ao meu lado. Sophie não tenta nem disfarçar que esta dando em cima do Jake, ela escancara para quem quiser ver. Ela não vale nada. Não é de se estranhar que o Eric não assuma um compromisso serio com ela.

“Aproveitem a festa.” Ela piscou para o Jake e saio em direção ao resto dos convidados.

“Por que você prendeu o riso?” Jake me abraçou.

“Vaca.” Finalmente soltei a gargalhada que estava pressa em mim.

“O que tem isso?” Jake sorriu, querendo rir também.

“O pingente do cordão da Sophie, e o símbolo das vacas em uma das religiões da Índia.” Eu voltei a rir.

“Como você sabe?” Ele ergueu uma sobrancelha.

“Meu pai me ensinou muitas coisas...” eu sorri, descansando da gargalhada.

“coitada da garota.” JAke riu.

Ele era inocente, pelo menos quando se tratava das garotas estarem se jogando em cima dele, ele nunca percebia. Por um certo lado eu gostava dessa situação, já que assim não tinha como ele olhar para elas. Eu sinto ciúmes de todas, não sei direito qual era o tipo do Jake, mas duvido que era as ruivas pequenas e branquelas. Talvez as branquelas ate podiam ser, já que ele se apaixonou pela minha mãe.

“Nessie! Você esta realmente magnífica!” Mishely gritava enquanto empurrava algumas pessoas para chegar ate nós.

Revirei meus olhos com o escândalo que ela fez. Ela realmente me lembrava a Alice. Ela estava usando um vestido listrado de amarelo e preto, um par de antenas na cabeça e um par de asas. Uma abelha. Criativo. Junto dela estava uma menina de cabelos curtos e castanhos, ela era esguia e usava óculos. Mas era muito bonita. Ela usava uma fantasia idêntica a da Mishely.

“você esta linda!” ela sorria.

“Você também.” Olhei para a desconhecida.

“Essa é a Anna, você vai adorar ela!” Mishely sorriu.

“Prazer.” Eu a abracei, seu cheiro era tão doce.

“Jake esta um graça!” Mishely sorria.

Engraçado como que com o elogio dela eu não me importei, talvez porque eu sei que ela é um amor de pessoa, e não esta de olho nele. Jake me abraçou, envergonhado. Então eu sorri e me agarrei aos braços de Jake.

“meninas eu já vou indo.” Os três me olharam assustados.

“Já? Mas ainda nem teve o concurso!” mishely me olhou sem entender.

“Não estou muito bem.” Jake me apertou, mas não disse nada.

“A não Nessie! Fica doente outro dia!” Anna resmungou, era como se ela já se considerasse minha amiga.

“Beijos gente.” Eu comecei a andar em direção ao corredor, queria ficar sozinha com o meu Jake.

“Nós ainda nem dançamos...” Ele zombou de mim.

“Ainda nem nós beijamos.” Eu retruquei imitando sua voz..

Rapidamente Jake me girou e me beijou, com força, com intensidade. Sua mão foi rapidamente ate a minha cintura, me apertando. Tudo perdeu o som, so conseguia escutar o meu coração e o do Jake, batendo com força. Então Jake me soltou.

“Vamos sair daqui.” Jake disse encarando alguns meninos que estavam rindo um pouco depois de nós.

“Ta ok.” Eu sorri. Ainda sentindo a língua do jake dentro da minha boca.

“Só vou pegar alguma coisa para beber e comer, um minuto.” Ele me beijou de leve e correu para dentro da quadra.

Logo senti o cheiro conhecido, e não demorou muito para o Eric surgir no meio do corredor. Ele sorriu para mim, mostrei a língua. Então ele fez sinal pata seus amigos entraram na quadra e veio na minha direção. Sua fantasia de marinheiro era ridícula.

“Cadê o lobo mal?” Ele zombou dando uma golada em sua cerveja.

“TA vindo.’ Fui ríspida. Ele riu.

“Que pernas!” ele olhou para minhas pernas, meu rosto queimou, com uma mistura de raiva e vergonha.

“Não tem nada para fazer la dentro não?” Eu apontei para a porta da Quadra.

“Se você entrar comigo, talvez eu tenha..” ele se inclinou na minha direção.

Muito obrigada, mas eu vou continuar esperando o Jake.” Eu rosnei com as palavras.

“O índio?” Ele zombou.

“Não gosto de gente sem sal.” Olhei para ele. Ele percebeu o que eu queria dizer e se afastou.

“Você ainda vai me implorar para beijá-la.” Ele gargalhou. O álcool deve ter subido a cabeça dele.

“Sonha.” Eu cuspi.

Ele se virou cambaleou e entrou na quadra, não demorou mais de 30 segundos ate o Jake voltar, coma boca e a mão repletas de salgadinhos. Fiz cara de nojo, ele ficaria com gosto de comida humana na boca. Mas isso não me impediria de beijá-lo.

Ele estendeu um braço, indicando que era pra mim abraçá-lo, e eu o fiz. Caminhamos assim para fora do prédio. Assim que chegamos no estacionamento ele já tinha devorado todos os salgadinhos. Então ele parou do nada e me olhou nos olhos.

“Tenho que voltar la dentro.” Ele disse pesando as palavras.

“Porque?” Não estava entendendo.

“Lavar a boca.” Ele me abraçou e correu para dentro do prédio.

Só não pode aparecer outro garoto para me cantar. Eu sou do Jake e só. É difícil perceber. Não demorou muito e o jake voltou, sorrindo. Ele correu e me pegou no colo, correndo comigo ate o carro. Meu rosto queimou com a lembrança do comprimento do meu vestido. Então eu comecei a socar jake que me pos no chão ao lado da porta do carona.

“Meu vestido!” Eu resmunguei.

“A deixa disso! Já vi muita mais que isso!” Ele riu e entrou no carro.

Como assim ele já viu muito mais que isso? Ele anda me espiando? Não é possível, meu pai teria atacado-o. Não estava conseguindo entender o que ele estava dizendo, então entrei no carro, com a cara de assustada. Ele me olhou e gargalhou.

“Ness, eu já te vi de biquíni, pijama, fraudas, etc. ate já te dei banho!” ele gargalhou.

“Como assim? Você me deu banho?” eu senti meu rosto queimar.

“Você era um bebê Ness.” Eu abria boca e fechei.

“Meu pai deixou?” ele gargalhou.

“Ele sabia que eu não pensava em você como mulher ou algo assim.” Ele ligou o carro.

“Meu Deus.” Eu sussurrei.

“Aposto que muita coisa mudou.” Ele começou a rir outra vez, se é que ele tinha parado.

“JAke!” eu falei seria, mais logo comecei a rir.

“Para onde madame?” JAke mudou de assunto rapidamente .

Ainda não tinha pensando para onde a gente ia, só sabia que seria para longe do meu pai. Então pensei por alguns segundos e cheguei a conclusão mais obvia de qualquer adolescente de dezesseis anos que quer dar um amasso no namorado.

“Para qualquer estrada... deserta.” Jake quase pulou no banco com o som das minhas palavras. Mas não disse nada, apenas começou a dirigir feito louco. Ele estava com pressa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

****************************************

gente me perdoem por não estar respondendo os reviews, mas e que aconteceu tanta coisa.... mas prometo que vou voltar a responder apartir de agora :D

por favor continuem mandando :D eu amo cada um deles !

beijoos