The Walking Dead - Matar ou morrer escrita por WolfWalker


Capítulo 15
Não temam os mortos, mas sim os vivos... Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpe a demora viu... E que eu não conseguia entrar no nyah e depois, quando eu consegui, não estava inspirada a escrever :/....

Mas agora voltei com tudo uhullll

Espero que gostem viu, fiz com carinho bjs



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Michonne estava inquieta. Em pé no quanto da sala, ela observava tudo atentamente em busca de algo que pudesse servir como arma. Não tinha conseguido muita coisa até aquele momento. Apenas um pedaço de madeira do que um dia fora uma cadeira.
De repente, a porta se abriu, revelando um homem desconhecido para Michonne até então.

– Merle me contou o que você fez com aquele bicho... Você é bem durona.

Michonne o fuzilou. Ela percebeu que ele segurava algo atrás das costas.

– Mas eu não vim aqui para falar sobre isso... - Ele percebeu que ela tentava descobrir o que ele segurava. - Vim para me desculpar da atitude irresponsável de Merle, ele só estava te testando.

– Me testando para que?- Ela perguntou, não mudando sua expressão.

– Para ver se você tinha o perfil que eu preciso. - Ele disse com um sorriso.

– E para que você precisa de mim?- Michonne estava com uma pulga atrás da orelha.

O sorriso estampado em seu rosto desapareceu.

– Eu não sei se você percebeu, eu acredito que não, mas eu sou o líder aqui. Por isso preciso de pessoas qualificadas que possam proteger as mais fracas. E você se encaixa nesse perfil... - Ele olhou para o lado. - Tivemos algumas baixas essa semana.

Dessa vez foi ela quem riu.

– Não vou trabalhar para você, se é o que pretendia conseguir de mim. Não sei se você percebeu, eu acho que não - Ela falou com ironia - Mas a sociedade caiu.Não existe mais governo, política, trabalho. Tudo acabou.

Ele se aproximou dois passos.

– Isso não é um trabalho... É a chance de você fazer algo pelo bem dos outros...

– Se sacrificando pelo bem dos outros, você quer dizer. - Ela o cortou.

– Talvez, mas... - Ele pareceu ficar irritado. - Todos estamos sujeitos a se sacrificar por alguém, hoje em dia.

– Eu não. - Ela respondeu levantando o queixo.

– Duvido... - Ele falou com convicção. - Sei que aquela tal de Andrea é sua amiga. Ela me disse.

Michonne o fuzilou novamente.

– Se você tiver feito alguma coisa com ela, eu...

– Não se preocupe. - Ele a cortou. - Ela esta bem.

– Então por que não posso ve-la?

– Quem disse que não pode ve-la?- Ele perguntou, dando de ombros.

– Então posso?

– Se aceitar a minha proposta, poderá ve-la agora mesmo... Prometo. - Ele voltou para trás, deixando visível o que segurava. A Katana de Michonne.- Se aceitar, terá isso de volta também.

– Pensei que eu tivesse iberdade...- Ela o olhou de cima abaixo.- Quer dizer que todos os moradores vivem assim, presos?

Ele bufou.

– Pense no assunto. - Ele saiu sem dar chance de resposta a Michonne.

.........................................

Daryl e Carol estavam sentados, abraçados. Carol estava com a cabeça apoiada no ombro de Daryl, que passava a mão gentilmente em seus cabelos.

– Vamos sair dessa, você vai ver.- Ele sussurrou.

– Não sei... Rick nem ao menos sabe onde estamos. - Carol murmurou.

– Mas o governador sabe onde estamos alojados... Tenho certeza de que ira até para fazer chantagens.

Carol suspirou.

–Vamos morrer aqui, não vamos?- Ela perguntou erguendo a cabeça para olhar para Daryl.

– Não... Rick vai vir... Não duvide disso. - Daryl exclamou, se levantando. - Só temos que pensar como ele ira agir, assim ficara mais fácil.

– Daryl, Rick tem a Lori e o Carl para cuidar, sem contar o Glenn, a Maggie, a Beth, O Hershel, T-Dog... Por que ele iria se arriscar a vir nos salvar. - Carol se levantou.

Daryl se virou para encará-la.

– Rick é nosso amigo, não nos deixaria para trás... Além do mais, por que esta tão pessimista?

– Eu não sei... Não consigo pensar direito. - Ela se sentou, exausta. -Acho que é por que não durmo a horas.

Daryl se abaixou ao seu lado.

– Não se preocupe, estou aqui para te proteger.

Carol sorriu. Logo, a porta se abriu, revelando Merle do outro lado, com um sorriso estampado no rosto.

– Desculpe estragar o clima... - Ele olhou com ar de deboche.- Mas o governador tem planos para você, irmãozinho.

Daryl o encarou.

– O que?

Merle deu passagem.

– Você saberá...

...................................................

Daryl não queria deixar Carol sozinha, mas Merle prometeu não mexer com ela. Ambos estavam andando por uma rua escura, pouco iluminada. Daryl percebeu que estavam andando por trás das casas e entre os becos, ele podia ver alguns barris com fogo saindo de seu interior, iluminado tão pouco que nem fazia diferença.
Logo, Merle o puxou para uma dentro de uma porta. A escuridão tomava conta da sala e, de repente, uma luz de ascendeu, revelando O Governador encostado na parede Norte, com os braços cruzados.

– Olá Daryl... - Ele falou.

Daryl não respondeu.

– Bom vou direto ao assunto - Ele desencostou da parede. - Se fizer o que eu digo, terá sua liberdade.

Daryl não parecia nem um pouco interessado, algo dizia a ele que era furada.

– Não farei nadado que me pedir.

O Governador parecia entediado.

– Você pode não ligar para sua liberdade, mas é sua amiga? Seria muito ruim se algo acontecesse a ela, não seria?

Daryl se impulsionou para frente, mas foi barrado por seu irmão.

– Se fizer alguma coisa a ela, eu vou arrancar seus olhos.

O Governador estava entretido.

– Tudo depende de você... Se fizer o que eu digo, os dois poderão voltar para sua ``prisão´´ em segurança.

– O que você quer?- Daryl cuspiu as palavras.

– Lute na arena... - Ele percebeu o olhar confuso de Daryl- É um pequeno entretenimento que temos aqui, distrai as pessoas... - Ele continuou. - Se ganhar, terá sua liberdade. - O Governador falou direto e claro, sem pestanejar.

Daryl praguejou e Merle parecia surpreso.

– Não foi isso que combinados, Governador. - Exclamou Merle, nervoso.

– Não interessa Merle, eu decido... Então, vai lutar ou não?- Ele perguntou se dirigindo a Daryl.

– Se eu ganhar vai nos soltar? Andrea e a Outra também, Michonne?- Daryl falou devagar.

O Governador assentiu.

–E quando a luta termina?- Daryl gaguejou.

– Quando sobrar o ultimo homem de pé. O outro vai servir para outros fins...- O Governador estava com um ar sombrio.

– Mas... -Merle foi interrompido.

– Quando vai ser? Daryl perguntou.

– Amanha, à noite... Esteja pronto... Pode levá-lo, Merle.

Merle encarou o homem que salvou sua vida e agora, arriscava a vida de seu irmão.

– Vamos, murmurou para Daryl enquanto o empurrava. - Vamos voltar.

Daryl aceitou sem se queixar. Se somente assim poderia salvar a Vida de Carol, assim seria...

.........................................

Enquanto isso, Rick passou o resto da noite, pensando em um plano. Inúmeras coisas haviam passado por sua cabeça. Desde abrir fogo contra o inimigo no dia determinado por ele, até armar uma emboscada. Mas nada parecia funcionar.
De repente, percebeu que alguém se aproximava. Ao se virar, viu que era Charlie. Sonolenta, ela se aproximou e se sentou na sua frente.

– Será que agora pode me dizer o que houve com minha mãe?- Ela perguntou.

Rick esfregou as têmporas.

– Charlie podemos ter essa conversa depois, tenho coisas para resolver e...

– Não, já esperei demais por respostas... - Ela olhou para o chão. Por favor.

Ele a encarou.

– Façamos o seguinte, vá dormir e conversaremos amanha, certo?- Ele sugeriu.

–Não me trate como se eu fosse uma criança... - Ela gritou. - Você faz isso com Carl também, nos trata como se fossemos fracos,mas não somos.

Ele a encarou, mas ela não soube identificar o que se passava na sua mente naquele momento.

– Só não quero que tenham que tomar decisões difíceis, não agora. Mas sei que vocês são fortes, mas fortes do que qualquer um aqui...- Ele desviou o olhar.- Não quero que percam as coisas boas da vida.

–Coisas boas, eu perder?... - Ela riu, parecia bem acordada agora.- Nunca tive nada bom...

– Charlie...

–Não venha me dizer que eu sou egoísta, você não sabe o que eu passei, não sabe... - Ela se levantou e passou por Rick.

Mas antes de sair ela se virou e disse.

– Sempre tentei ter uma vida normal, mas sempre faltava alguma coisa... Alguma coisa como um pai e uma mãe de verdade... - Ela olhou para o chão. - Desculpe ter te interrompido, as vezes eu sou meio impaciente e...Uma idiota que sempre estraga tudo.- Mas antes que ela pudesse sair, Rick a chamou.

– Sabia que mais cedo ou mais tarde teria essa conversa com você... - Ele suspirou. - Acho que chegou o momento.

Ela o encarou tremula.

– Então você vai me contar?... Tudo?

Ele assentiu e apontou para a cadeira.

– Sente-se.

Ela aceitou.

Rick se endireitou na cadeira. Era como se procurasse as palavras certas.
– Antes de tudo, o que exatamente você sabe sobre sua mãe?- Rick perguntou a observando.

– Eu... Eu sei que Ela me abandonou quando nasci... Minha tia nunca falou muito sobre isso, parecia magoá-la. - Charlie abaixou a cabeça e encarou o chão. -Não sei por que tanto drama em falar sobre isso, bastava dizer que ela nunca quis ter filhos.

– Como você deve saber- Ele suspirou. - Seu pai e eu éramos muito amigos. Num dia de folga dele, resolvemos sair para comemorar, já que Lori estava esperando um bebe...- Rick sorriu ao se lembrar disso.- Fomos a um barzinho perto da minha casa onde costumávamos nos reunir em ocasiões assim. Eu não bebi quase nada naquela noite, mas o Shane... Ele bebeu demais. - Rick pareceu pensar em algo. - Me pergunto agora se naquela época ele já pensava em seduzir minha mulher. - Rick se calou ao ver a expressão desolada no rosto de Charlie. - Desculpe.

``Eu disse a ele para maneirar na bebida, mas ele não me ouviu. Estava tão bêbado que tentava agarrar qualquer mulher que passasse perto dele. Foi quando ele... Foi quando ele viu sua mãe entrar no recinto. - Rick encarou Charlie. Ele pensou de deveria continuar

–Continue. - Ela falou como se tivesse lido o pensamento dele.

– Bom... Ele foi até ela. Foi como se estivesse enfeitiçado. Pouco depois, vi os dois saindo do bar. Eu levantei e os segui, mas quando cheguei lá fora os perdi de vista. - Ele parecia arrependido. -Voltei para casa mas não consegui dormir. No dia seguinte, Shane chegou atrasado ao trabalho. Ele estava péssimo e pediu para ir com ele tomar um café. No caminho, ele me contou que a moça era na verdade... Rick hesitou... - Ela tinha na verdade 17 anos.
Charlie sentiu um frio percorrer a espinha.
– Quer dizer... - Ela gaguejou.- Quer dizer que meu pai... Rick a cortou.
– Calma Charlie, me deixaeu continuar... Ele me disse que só soube da idade dela depois que dormiram juntos...- Rick desviou o olhar, Charlie havia começado a chorar.- Quer mesmo que eu continue?
Ela assentiu.

– Decidimos deixar isso entre nos. Pensávamos que era apenas uma...

– Prostituta. - Charlie disse seca.

Rick tentou ignorar.

– Dois dias depois, Ela apareceu querendo falar com o Shane. Eu não fui com ele, mas percebi que estava acompanhada, provavelmente de sua tia. Quando Shane entrou parecia atordoado. Eu perguntei o que era, mas ele se recusou a falar.

Charlie estava com as pernas para cima, cruzadas e apoiando os cotovelos nos joelhos.

– Só algum tempo depois eu soube o que houve, Shane me contou... Ele disse que não tinham usado preservativos e que ele estava bêbado demais para perceber que era apenas uma adolesecente.

– Me deixaeu adivinhar... Shane a desprezou e ela disse que ia denunciá-lo, por isso ele resolveu me assumir. - Charlie não estava mais triste, parecia estar com raiva.

– Não... Shane sempre se ofereceu para ajudar, mas ela não quis, disse que ira viajar para o interior e lá criaria sua filha sozinha. Shane ficou sem notícias dela por um bom tempo, até que...

– Até que...

Rick Suspirou.

– Ele recebeu uma vista... Era uma mulher bem parecida com sua mãe, segundo ele, só que mais velha. Ela segurava um bebe nos braços e disse que era dele. Ele não acreditou logo de cara, mas depois ele percebeu que o tempo em que ficou sem noticias de sua mãe foi tempo suficiente para você nascer.

– E quem era aquela mulher?- Charlie perguntou. Rick temia que aquilo tudo, aquelas informações todas pudessem deixá-la confusa e perturbada.

– Era sua avó...

–Minha avó... Como assim?

Rick estava exausto.

– Charlie, no dia em que você nasceu, sua mãe teve uma complicação no parto e. - Ele encarou Charlie e sentiu pena... Ela faleceu.

Charlie estava imóvel... Faleceu? Como assim... E aquela foto que ela tinha, de seu pai a segurando e uma mulher ao seu lado... Quem era?

– Mas... Mas eu tenho uma coisa aqui... - Ela remexeu nos bolsos e alcançou algo, um papel dobrado. Ela o entregou a Rick. - Se ela morreu, quem é essa na foto?

Rick analisou a foto por um momento.

– Essa deve ser sua avó... Sua mãe já havia morrido... - Ele entregou o papel a ela. - Charlie, sinto muito ter que lhe contar isso.

Ela pegou a foto. Tentou enxergar a mãe através daquela mulher, mas não sentiu nada. Que diferença faria.

– Por que... Por que então minha tia me disse a vida inteira que ela tinha me abandonado, quando na verdade ela morreu?

–Eu não sei... Shane deveria saber... Talvez fosse menos doloroso, para você aposto. Charlie, naquela época ter um filho tão novo é...

– Não precisa dizer mais nada... - Ela se levantou... - Mas, você disse que meu pai conheceu minha mãe no dia em que você soube que Lori estava grávida... Mas eu sou mais velha que o Carl... - Ela desviou de assunto rapidamente, surpreendendo Rick.

– Foi nossa primeira tentativa... E não deu certo. - Uma sombra passou pelo seu rosto ao se lembrar e Charlie se sentiu mal por isso.

– Desculpe, eu não queria fazê-lo lembrar...

–Tudo bem... - Ele se levantou. - Já superamos, graças ao Carl. - Ele sorriu. - É melhor ir se deitar, aposto que saber disso tudo não é fácil.
Charlie não olhou para ele.

– Talvez.

E saiu, deixando uma sensação de solidão.

De repente, uma Idea passou pela mente de Rick. Eles não necessariamente precisavam esperar dois dias para tomarem uma decisão. Rick já havia tomado. Não sairiam da prisão. Mas provavelmente essa não seria a resposta que o Governador estivesse esperando. Daryl e Carol com certeza pagariam com suas vidas, a não ser que Rick atacasse a cidade do Governador de surpresa. Eles podem não ser muitos, mas podem causar um belo tumulto, o suficiente para tirarem Daryl e Carol de lá.
Mas, mesmo assim, Rick sabia que não era tão fácil. O Governador com certeza iria contra-atacar.

Exausto, Rick andou em direção ao corredor escuro, passando a mão pelos cabelos molhados de suor. Teria que pensar em algo, rápido. E ao mesmo tempo, sentia que algo havia mudado em Charlie, algo para pior.


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Notas finais do capítulo

E agora...

Acompanhem o proximo...

TWD forever



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