POV Charlie.

Dormi mal e acordei pior ainda. Acho que saber tudo de uma vez só pode fazer mais mal do que bem... É difícil saber. Quando percebei que horas eram, lembrei-me de quando acordava as 06h30min para me arrumar para a escola. Naquela época eu reclamava muito... Hoje percebo quanta falta me faz.
Decidi dar uma volta. Acabei indo parar no refeitório e ouvi vozes. Escondi-me e fiquei ouvindo, já que eu sou muito bisbilhoteira.

– Rick não... É suicídio. - Exclamou Lori.

– Pode parecer que sim, mas não é... Não vão nem perceber que entramos... Faremos tudo em silencio.

– Eu também acho suicídio... Mas to dentro. - T-Dog parecia sonolento.

– Além do mais, os ex- prisioneiros irão nos ajudar... Não posso deixar Daryl e Carol lá... - Rick estava decido.

– Se queria me acalmar não funcionou Rick... - Lori disse.

Houve um silencio então eu me aproximei mais.

– Vou levar os prisioneiros... Glenn e T-Dog vão comigo... Carl, Charlie, Maggie e Beth vão cuidar das coisas por aqui, manter você e o Hershel seguro.

–Não fale de mim como se eu fosse um inútil Rick. - Hershel falou num tom calmo e divertido. Eu nem percebi que ele estava lá.

–Não é isso Hershel...- Rick foi cortado.

– Também acho perigoso vocês confiarem nessas pessoas, principalmente naquele Thomas e Andrew. -Hershel comentou.

– O que vocês querem que eu faça? Deixá-los aqui... Sem saber se eles podem ou não tentar algo contra vocês? Prefiro arriscar. - Rick disse.

– Mas essa duvida sempre vai estar presente Rick... Não podemos viver com essas pessoas para sempre, não são confiáveis. - Lori disse.

Outro período de silencio. Dessa vez durou mais tempo.

– Eu estive pensado... Se eles mostrarem não serem boas pessoas, irei matá-los. - Rick estava decido.

– matá-los? Como assim Rick, você não pode fazer isso, seria desumano... Não é certo... - T-Dog estava revoltado.

– Desumano?...- Rick parecia incrédulo. - Hoje em dia, nada mais é certo... A única coisa da qual tenho certeza é de que farei qualquer coisa para manterem todos seguros, não importa o quão desumano seja.

T-Dog não disse nada, mas pude ouvir passos se aproximando e supôs que fosse ele... Percebi também que seria descoberta ali, então seria considerada criança demais... Levantei-me e sai correndo corredor adentro. Se fosse rápida o bastante, T-Dog nem notaria que havia alguém ali.

Absorvi tudo aquilo do que conversaram. Rick, Glenn e T-Dog estavam indo para uma guerra da qual provavelmente não sairiam vivos... E eu não podia fazer nada a não ser ficar e proteger a prisão... Se for esse lugar que aquele tal governador quer, por que não entregar logo, de uma vez?

Não.. Não ia ficar sem fazer nada. Voltei até onde todos estavam e me revelei.

– Eu quero ajudar. - Disse sem pestanejar.

Rick e Lori me encaram incrédulos.

– Ajudar com o que Charlie?- Rick perguntou pendendo a cabeça para o lado.

– Quero ir com vocês resgatar Daryl e Carol... Não adianta recusar, eu vou a pé se for preciso.

Lori ficou pálida por um instante.

– Querida, você não pode ir... Rick diga a ela que ela não pode ir.

Rick olhou para sua esposa e depois se virou para mim.

– Não vou arriscar te levando junto Charlie, é arriscado demais e preciso da cooperação de vocês aqui na prisão... Toda ajuda é bem vinda.

– Mas posso ajudar indo na missão, prometo que darei meu melhor. - Eu exclamei.

– Não acho que esteja pronta para ir numa missão ainda, principalmente quando estamos lidando com pessoas perigosas Charlie... Você fica... - Ele semicerrou os olhos.- Já esta decidido.

Ele, Lori e Hershel estavam saindo quando me deu um ataque de fúria.

– Não preciso da sua compaixão Rick... Sei me cuidar, não quero que pense que precisa cuidar de mim só por que sou filha do Shane, que agora esta morto... - Gritei com todo meu fôlego.

Todos pararam. Lori foi a primeira a se virar. Em seguida foi Hershel e por fim Rick.

– O que?...- Hershel ficou pálido.

– Charlie... - Rick começou. - Me preocupo com todos igualmente...Ser filha do Shane não te faz diferente de ninguém... Mas agora percebo que você é bem parecida com ele, o que me faz pensar se... - Ele se interrompeu com um suspiro e olhou para Hershel.- Vamos sair em uma hora.- E seguiu corredor adentro.
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Fui correndo para meu quarto... Quer dizer, cela. Senti como se Rick me considerasse uma ameaça, mas não entendo o porquê. Afinal, Meu pai era o melhor amigo dele, não?
Tudo estava confuso na minha cabeça... O que há de errado comigo? Será que eu não posso conviver com as pessoas sem fazer com que sintam raiva ou pena de mim? Como aconteceu com o Harrison?
De repente, senti que alguém se aproximava. Era Carl.

– Charlie, posso falar com você?

Assenti. Embora não estivesse em condições de conversar com alguém.

– O que você quer?...

– Achei que fossemos amigos.

Senti algo estranho na voz de Carl. Quando me virei, vi que seus olhos estavam vermelhos e molhados.

– Mas nos somos...

–Não me venha com essa Charlie... Por que nunca me contou que era filha do Shane? Sabe o que isso significa para mim?- Carl gritou.

– Carl, não te devo satisfação... - Me virei, mas Carl foi mais rápido e me segurou pelos ombros e me virou. Ficamos cara a cara e de repente, num ato inimaginável, ele me beijou... Senti sua boca na minha, uma sensação estranha e diferente. Nunca havia beijado ninguém... E achei que nunca o faria.

Com um empurrão, afastei Carl. Ainda atordoada, tentava entender tudo aquilo.

– Por que... Por que fez isso?- Perguntei.

– Shane foi a pessoa que eu mais odiei na vida, justamente por tentar matar meu pai e ter ficado com minha mãe... Se isso não é um motivo para você ter me contado isso, então não sei o que é...

–O que?...- Perguntei surpresa. -Acha mesmo que eu sabia disso?...- De repente, lembrei das coisas de que Rick me contou, por que ele não contou sobre isso?- Se eu soubesse, acha que ainda estaria aqui?.

Num segundo, num movimento totalmente involuntário, dei uma tapa na cara de Carl e sai correndo, sem rumo, sem saber para onde ir.

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Devido ao meu desespero, nem percebi que estava do lado de fora da prisão, bem na hora em que Rick e os outros estavam arrumando as coisas para partirem.
Todos estavam prontos para sair. Rick estava levando dois carros. T-Dog levaria Axel e Big Tyne. Rick e Glenn levariam Thomas e Andrew, os mais perigosos em minha opinião.
Antes de sair, Rick se despediu de Carl e Lori. Assim como Glenn se despediu de Maggie e dos outros.
Tudo veio a tona na minha mente de repente. Tudo que aconteceu com minha mãe... O que meu pai havia feito... Tudo se misturou e eu achei que minha cabeça fosse explodir. Infelizmente, não percebi que Rick havia me visto e estava se aproximando.

– Charlie... Eu só queria lhe pedir desculpas, aquilo que disse a você amis cedo não foi justo... Você não tem culpa do que seu pai fez e nem vale a pena reviver tudo.

– Nem precisa, seu filho fez o favor de me contar... Coisa que você poderia ter feito.

Rick ficou chateado.

– Charlie, seja o que for que ele tenha dito... -Eu o interrompi.

– É melhor ir... - Me virei e sai, deixando Rick sozinho.

Enquanto eu andava de volta para dentro, tive uma sensação ruim, igual aquela que antecedeu o desastre na fazenda.

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POV Narrador.

Não foi fácil encontrar a tal cidade. O Governador não havia deixado rastro algum e estava escurecendo, o que tornava tudo mais difícil.
Thomas e Andrew já estavam ficando impaciente, o que deixava Rick ainda mais apreensivo. Glenn segurava uma pistola firme na mão, pronto para qualquer tipo de reação.

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Enquanto isso, O Governador preparava o espetáculo da noite, cuja principal atração seria uma surpresa.
Antes do show, ele decidiu visitar Michonne, para ver se ela havia se decidido. Ao entrar na sala, percebeu algo errado. Ela não estava lá e única janela presente no local estava quebrada. Desesperado, pensando em todas as possibilidades possíveis, ele nem se deu ao luxo de entrar e vasculhar o lugar, certo de que ela havia fugido.

– Droga. - Ele exclamou e saiu correndo da sala.

Mas havia algo no qual ele não reparou. No canto da sala, havia um amontoado de malas e Michonne estava encolhida ali, esperando que o plano funcionasse.
Satisfeita, Michonne se aproximou da borda para ver se estava realmente sozinha e se a porta estava aberta... Supresso com o suposto desaparecimento da prisioneira, O Governador pouco se importaria em fechar a porta.
Por sorte, Michonne estava certa. Com cuidado, ela se aproximou da porta e percebeu que a porta dava para um pequeno corredor pouco iluminado. Andando sorrateiramente, Michonne ouviu vozes vindo de outra porta um pouco mais a frete da sua cela. Devagar, ela tentou ouvir o que falavam.

–... Isso é Ridículo, Daryl... Você vai morrer lá, não faça isso.

Houve-se um silêncio.

– Carol, e se Rick não vier, morreremos aqui...

– Podemos dar um jeito, não precisa fazer isso..

Michonne já havia ouvido o bastante... Num gesto rápido e planejado, Michonne chutou a porta com toda sua força, a escancarando sem dó.
A sua frente, Daryl e Carol de pé, prontos para lutar.

–Não se preocupem, só quero ajudar. -Michonne levantou as mãos.

–Você... Você estava com a Andrea certo... Onde ela esta?- Perguntou Carol, aflita.

–Não sei... Mas vou descobrir vocês podem ir... Só precisam sair logo daqui, antes que eles peguem vocês novamente.

– Você não pode ficar aqui sozinha, iremos te ajudar... Andrea era nossa amiga também... - Exclamou Daryl indo até a porta.

De repente, murmúrios começaram a ecoar do corredor, estavam vindo.

– Rápido, precisamos sair daqui... - Michonne disse em silencio, dando passagem.

Carol e Daryl correram. Michonne estava logo atrás.

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Ao escurecer, a estrada estreita cercada de bosques e tornou sombria e escura. Os altos pinheiros muitas vezes chegavam a obstruir a luz da lua, tornado o farol o único ponto de iluminação.
Logo, era possível avistar um cruzamento pavimentado e mais a frente, uma grande muralha se erguia sob a fraca luz do luar. Rick foi diminuindo a velocidade aos poucos, até que parou definitivamente.
Ele se virou e encarou Thomas e Andrew que olhavam pela janelas laterais do carro.

– E então... Qual é o plano?- Perguntou Thomas.

– Entrar com o mínimo de cuidado possível e tentar localizar Daryl e Carol... Quando os acharmos, sairemos do mesmo jeito que entramos: Despercebidos. - Rick sussurrou.

– Até parece que é fácil assim... Do jeito que é essa fortaleza, deve ter guarda até para os guardas... - Thomas riu.

– Só usaremos munição caso necessário... E só quando eu mandar, entendido?- Perguntou Rick encarando Thomas e depois Andrew.

– Como quiser, chefia.

– Ótimo... - Rick olhou para Glenn, que concordou.

Eles desceram do carro e andaram alguns quilômetros a pé. Seria arriscado demais se aproximar tanto assim. Esgueirando-se por entre carros queimados e latas de lixo reviradas, os sete homens foram se aproximando cuidadosamente da cidade murada. Agachados atrás de um carro sujo, Rick analisou a situação.

– Escutem todos... Pelo que eu vi, há somente dois homens, um de cada lado da muralha... - Thomas o interrompeu.

–São três na verdade... Um esta bem no centro da muralha olhando diretamente para cá... Se você tiver um plano B essa seria à hora perfeita para compartilhá-lo conosco.

Rick o encarou.

– Vamos continuar com o plano... Talvez se formos por trás, achemos alguma abertura...

– Rick... E se nos dividíssemos?- Perguntou T-Dog.

– Eu... Eu não acho uma boa idéia T-Dog... - Rick olhou para cada um dos prisioneiros.

– Acho que teríamos uma chance. - Falou Andrew.

–Depende de o Cauboi ai aceitar... Ou esta com medinho?- Thomas Provocou enquanto dava outra espiada nos guardas.

Rick pondera por alguns instantes. Ele olha ao redor, tentando achar outro caminho que não seja esse. Ele não queria se dividir, pois precisava ficar de olho nos prisioneiros...

– Não, vamos continuar juntos... - Ele se levantou. - Vamos dar a volta e entrar por trás, deve haver alguma entrada que eles não estejam vigiando.

Glenn e T-Dog aceitaram, assim como Axel e Big Tiny. Já Thomas e Andrew parecem decepcionados.

– Vamos logo... - Rick se levantou.-Temos uma longa noite pela frente.

Em poucos minutos, eles acharam uma abertura na parede leste da cidade. Thomas e Glenn entraram primeiro; Rick e Andrew foram logo atrás e por fim T-Dog e Big Tiny.
A entrada dava num beco escuro e fedido, cujo cheiro era uma mistura de fezes e carne podre. Andando devagar pelo corredor, chegaram a rua principal. Andando cuidadosamente, o grupo começou a avançar, mas parou quando ouviram vozes se aproximando.

– Recuem! Recuem! - Ordenou Rick.

Todos voltaram correndo para o beco. Por pouco quem quer que estivesse vindo não os avistou, pois parecia preocupado com outra coisa.

– Porcaria... Vou matar aquela desgraçada... - Gritou o Homem que devido à escuridão da noite, não era possível ver muito bem.

– Calma chefe, ela deve estar por aqui em algum lugar.

– E o Merle? Já o chamaram? Quero falar com ele, talvez ele tenha um trabalhinho hoje a noite.

– Como assim?- Perguntou o homem mais baixo.

– Se ela estiver por aqui, como falou, ele vai achá-la... - Ele parou abruptamente.- Quer saber, não vou me estressar...Afinal, temos uma luta histórica hoje, não quero atrasá-la por nada... Vamos voltar Martinez e preparar tudo.

O homem chamado Martinez assente, embora pareça relutante, e eles dão meia volta.

– O que será que aconteceu?- Glenn sussurrou para Rick.

– Pelo visto, seja lá quem fugiu deve ser perigosa... Ele tem um problema nas mãos... Vai ser mais fácil assim. Entramos sem sermos percebidos e saímos do mesmo jeito.

– Até parece; - Murmura Thomas, fazendo Rick se virar e o encarar.

– Se quiser ficar com a gente, vai ter que ser do meu jeito, entendeu?

– Não tivemos escolha... Então não me venha com essa historia de ```Se fizer tudo direitinho vai ganhar um biscoitinho´´ meu chapa... Pouco me importo com aquele caipira e com aquela vadia.

Num segundo, Rick já estava largando a arma no chão, fazendo um barulho razoavelmente capaz de chamar atenção e indo para cima de Thomas, o encostando na parede com a mão em seu pescoço.

– Não pense que eu não o mataria agora mesmo... É como eu disse, são minhas regras, pouco me importo se você gosta ou não, o que me importa e se você vai fazer, sem reclamar. - Rick encostou a arma na nuca de Thomas.- Será que é tão difícil entender?

– Tire essas mãos de cima de mim chefia... - Thomas ameaçou.- Foram vocês que começaram quando invadiram nossa prisão.

– Não começamos nada... Limpamos o lugar, então ele é nosso agora... Se não esta satisfeito, a porta esta aberta... Vá. - Rick se afastou.

O clima esquentou. Glenn e T-Dog estavam nervosos.

– Rick, devem ter ouvido... - Glenn Foi interrompido.

– Quem esta ai?- Perguntou um homem.

– Droga... Murmurou Rick.

Os segundos seguintes foram mais rápidos ainda. Thomas sacou a arma e passou o braço pelo pescoço de Rick, fazendo-o de refém.

– Estamos aqui... - Ele gritou.- Se quiser sair vivo...- Ele sussurrou no ouvido de Rick.- É melhor ficar quietinho.

Glenn tentou intervir, mas Andrew o derrubou no chão.

– Fica quietinho ai, Japonês. - Rosnou Andrew.

– Sou Coreano. - Resmungou Glenn, sufocado pelo peso em cima dele.

– Quem esta ai?- Perguntou o homem novamente.

– Estamos saindo... - Ele sussurrou novamente para Rick.- Qualquer movimento e atiro na sua cabeça, ouviu?-Rick não disse nada. - ouviu?- Gritou Thomas, apertando a arma na nuca de Rick, que assentiu. -Ótimo.

Devagar, eles saíram do beco, se revelando para o homem. Infelizmente, Rick e os demais o conheciam. Era o Governador.

– Ora, ora... Parece que iriam descumprir o acordo hein... Achei que fosse um homem de palavras...ham... Rick não é?

Rick não respondeu. O Governador se voltou para os prisioneiros. Seu olhar se repousou sobre Axel, que parecia tremer. Big Tiny estava se segurando para não soltar T-Dog e se entregar, assegurando sua vida.

– E quem são vocês?- Perguntou O Governador.

– Sou Thomas, aquele ali e o Andrew e aqueles dois são Axel e Big Tiny... E esses aqui- Thomas soltou Rick, fazendo o ficar de joelhos... - São seus prisioneiros.

O Homem Chamado Governador sorriu.

– Parece que seu plano, seja ele qual for, foi por água abaixo, não Rick?

Rick não respondeu.

– Que foi? O gato comeu sua língua?- O Governador se abaixou e encarou Rick nos olhos. - Esse é o fim da linha para você e seus amigos.

Rick levantou o Rosto e numa fração de segundos, já havia dado uma cabeçada no nariz do Governador, que cambaleou para trás, segurando o nariz ferido.
Thomas se assustou e puxou o gatilho da arma, mas Glenn conseguiu se soltar e o empurrou, fazendo a arma desviar de Rick, mas não pode evitar o disparo, que acertou uma lata de lixo, fazendo um grande barulho.

– Vão, corram. - Rick gritou para Glenn e T-Dog, que imediatamente saíram correndo, sem olhar para trás. Mas antes Que Rick pudesse acompanhá-los, Thomas o acertou com uma coronhada, fazendo-o desmaiar.

Ele se virou para Axel e Big Tiny, que estavam parados atônitos.

–vão atrás daqueles caras antes que fujam...- Nenhum deles saiu do lugar.-Agora ou mato vocês.

– Eu não vou Thomas, isso é errado e. - Axel não conseguiu terminar. Thomas o silenciou com um tiro antes que pudesse completar o que dizia. Ele olhou para Andrew e Big Tiny- Vão.

Eles saíram correndo, enquanto Thomas ia prestar socorro ao Governador.

– Esse desgraçado... O Governador chutou Rick nas costelas, fazendo-o gritar de dor. Rick estava meio inconsciente devido a coronhada que recebeu. - você vai pagar... - Rosnou o Governador.

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Enquanto isso, O vento frio da noite dava um ar de lugar abandonado do lado de fora dos enormes prédios de Woodbury. Carol, Daryl e Michonne já não corriam mais pela rua; se esgueiravam pelos becos, evitando chamar atenção indesejada.
Michonne ia a frente, fazendo gestos para os outros a seguissem. Ao chegarem ao muro, Michonne falou:

– Vão à frente... Achem seus amigos...

Daryl que estava ajudando Carol a escalar o muro se virou e encarou Michonne.

– Não vou deixá-la aqui sozinha... Esses caras não estão de brincadeira.

– Sei disso... Mas estão com Andrea aqui, em algum lugar... - Ela deu um sorris forçado. - E além disso, pegaram minha espada e a quero de volta.

– Podemos ajudá-la.- Falou Carol.

– Não, só iriam me atrapalhar... - Vou ficar bem... Achem seus amigos.

–Andrea também é nossa amiga... - Daryl retrucou...- Vamos com você.

No meio da discussão, ouviram um disparo, seguido de gritos de pessoas. Daryl olhou através de Michonne, para as filas e mais filas de prédios esperando ver algo.

– O que foi isso?- Perguntou Carol.

Logo, Daryl pode ouvir alguém gritar e reconheceu a voz.

– É o Rick... Eles estão aqui... Temos que ir até eles... - Daryl desviou de Michonne, mas parou ao perceber que alguém virava a esquina a uns 15 metros de distancia.- Droga, tem alguém vindo.

– O que vamos fazer?Rick deve estar precisando de ajuda. - Carol exclamou, se juntando a Daryl...

– Vamos arriscar... Ele veio até aqui para nos salvar... Vamos...

Michonne se virou e olhou para o muro, como se estivesse se despedindo de alguém, mas com a sensação de que iria voltar.

– Vamos ajudar seu amigo.- Ela disse.

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