The Walking Dead - Matar ou morrer escrita por WolfWalker


Capítulo 14
Não temam os mortos, mas sim os vivos... Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, acheui que não ia conseguir postar hoje mas deu tudo certo....

Agora que as aulas começaram, não sei que vou postar toda terça mas prometo tentar.

Obrigada a todos que acopanham que que favoritaram, graças a vocês e que eu continuo escrevendo essa fic que eu amo. Bjs e obrigada



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POV Narrador:

Rick permanecia tenso... E surpreso.

– Não temos nada sobre o que conversar... - Ele olhou de relance para Merle e percebeu que segurava algo nas mãos, mas não soube identificar o que era, pois estava embalado num saco preto.

O Governador parecia entretido.

– Temos muito do que conversar.... - Ele olhou através de Rick. -Meu pessoal me contou sobre o que vocês fizeram aqui, estou impressionado.

Rick parecia incomodado com alguma coisa. Algo estava errado. Começou a analisar a situação. Daryl e Carol não haviam voltado ainda e do nada apareceu Merle aqui, acompanhado de um cara que a primeira vista parece ser uma boa pessoa, mas algo nele incomodava Rick.

– Então... - o Governador sacou uma arma e atirou em dois Walkers que se aproximavam. - Podemos entrar para conversar?

Rick pareceu incerto por um momento.

– Se haver algo de que devemos conversar, faremos isso aqui... - Rick parecia exausto. Nunca imaginou que em tão pouco tempo enfrentaria tantos problemas.

De repente, uma sombra passou pelo rosto do Governador. Mas foi embora na mesma velocidade em que se apoderou de se rosto, uma fração de segundos que não passou despercebido por Rick.

– Muito bem... Mas temo que nossa conversa demore um pouco mais do que imagina. - O Governador gesticulou para que Rick se apresentasse.

– Rick... Grimes... Sou policial. - Ele se apresentou. - Poderia ir logo ao assunto?

Na torre, ao norte, Carol estava abaixado, com sua espingarda apontada diretamente para a cabeça do Governador.

– O que você acha que eles querem Carl?-Charlie perguntou, aflita.

Carl não respondeu.

– Carl?- Chamou Charlie.

– Xiii..- Carl levantou o dedo, indicando para que ela ficasse quieta.

Charlie assentiu e voltou seu olhar para Merle. Ela estava de olho nele desde que tinham chegado. Sentia repulsa ao olhar para ele.
De repente, a lembrança de seu pai veio a tona em sua mente, como se fosse uma foto tirada recentemente, e com ela veio a imagem dele junto de Lori... Os dois juntos, tendo um caso, enquanto ela lutava para sobreviver, sofrendo pela morte de sua tia...

– Não, droga... Droga, para, para... - Charlie gritava enquanto se sentava, colocando sua cabeça entre os joelhos e chorando.

– Charlie, o que foi o que aconteceu?- Carl foi em direção a ela.

Com a movimentação, o Governador olhou para cima, em direção a torre. Rick percebeu e chamou sua atenção.

– Ainda não entendi aonde você quer chegar...

O Governador voltou a encarar Rick.

–Não queremos problemas... Sei muito bem que você tem que manter seu grupo seguro, eu mesmo tenho que cuidar de uma cidade inteira... - Ele atirou em mais dois Zumbis.

– Como soube desse lugar? Sua cidade fica aqui perto?- Perguntou Rick, com a mão em sua arma na cintura.

O Governador percebeu e olhou rapidamente para Merle,que assentiu.

– Uma fonte.

Rick o encarou.

– Uma fonte?

– Você é um policial não é... Deve saber o que é uma fonte. - O Governador possuía um sorriso maligno nos lábios.- Agora escute...- Rick o interrompeu.

– Não... Você deve me escutar... Não queremos confusão e achamos esse lugar primeiro. - Rick estava aflito. Glenn que estava a uns passos atrás de Rick segurava uma m16 apontada para o chão. A qualquer sinal de perigo, Glenn a usaria.

O Governador riu.

– Não quero esse lixo a qual se refere... - Ele olhou através de Rick. - Só não me sinto bem sabendo que há outro grupo por perto. Ainda mais depois de saber que esse mesmo grupo limpou uma prisão com umas centenas de bichos perambulando por ai.

Rick pareceu se acalmar. Saber que esse tal Governador os teme, talvez de alguma vantagem para eles no futuro... Só talvez.

– Não vimos problemas nenhum em limpar esse lugar, estava abandonado. Portanto pertence a nos agora.- Rick falou num tom autoritário, sem se intimidar com o inimigo.

– Infelizmente, não é assim que as coisas funcionam por aqui. - O Governador exclamou, colocando as mãos na cintura.

– Como?- Rick parecia exasperado.

– Não é nada pessoal, mas vocês não podem ficar aqui. - o Governador parecia certo de que Rick iria ceder.- Tenho pessoas para proteger e sei que elas não iriam se sentir seguras sabendo da existência de vocês.

– Não é nosso problema... - Rick estava irritado. - Se você veio aqui só para nos dar um ultimato, esta perdendo seu tempo. - Rick disse isso e se virou, passando por Glenn.

– Eu não daria as costas se você, Rick Grimes.-O Governador falou aumentando o tom da voz.- Principalmente quando se esta em desvantagem.

Rick parou e se virou abruptamente. Percebeu que Merle estava rindo e segurava algo nas mãos, algo que somente Agora Rick percebeu do que se tratava: A Besta de Daryl.

Rick agora encarava Merle surpreso.

– Não se sinta mal, Xerife, eu estou cuidando muito bem do meu irmãozinho e da namorada dele.- Merle tinha um sorriso odioso estampado na cara.

Rick permaneceu quieto.

– Como eu disse, não queremos confusão... Por isso acho que podemos chegar a um acordo. - O Governador se aproximou da grade.- Vá a esse endereço daqui a dois dias. Se aceitar, soltarei seus amigos. Caso contrário, você descobrirá sozinho. - E jogou um papel dobrado no gramado.

Rick esperou eles se afastarem e pegou o papel. Glenn se aproximou e disse.

– Desculpe, eu devia ter falado algo, mas eu não sabia o que...

– Não se preocupe... - Rick falou enquanto analisava o papel. - Deve ficar a uns três quilômetros daqui.

– Você vai até lá?- Perguntou Glenn, preocupado.

Rick ficou em silencio por uns minutos.

– Não tenho escolha.

.............................................

– Charlie... Charlie o que foi?- Carl estava desesperado.

De repente, ela parou de chorar e o encarou nos olhos.

– Carl... Carl eu preciso te falar uma coisa.

Carl, ela percebeu, tinha um olhar doce. Mas isso não disfarçava as dores das perdas que já tinha enfrentado.

– Pode falar, somos amigos e sempre vou estar aqui com você...

– Eu... Eu sou...

Alguém os chamando a interrompeu. Carl virou-se novamente para ela.

– Você é...?

Charlie reconsiderou se abrir para Carl. Dizer-lhe que era filha do Shane talvez não fosse uma boa idéia agora, considerando todos os problemas que estavam enfrentando.

– Nada, eu falo depois... E melhor irmos ver o que aconteceu.

Charlie se levantou e seguiu até a porta, deixando Carl confuso. Ele logo a seguiu. Ao chegar lá embaixo se deparou com seu pai de cabeça baixa e com Glenn ao seu lado, olhando ao redor.

– O que aconteceu pai?

– Aqueles caras pegaram o Daryl e a Carol... Estão com eles de refém.- Rick respondeu, desviando o olhar do filho.

– Mas o Merle estava com ele... -Carl pareceu notar algo. - Ele fez isso.

Rick assentiu.

– O que faremos. - Carl perguntou.

– Ele nos deu dois dias. Eles querem que saiamos daqui, em troca libertará Daryl e Carol.- Rick comentou.

De repente, Alguém saia de dentro da parte oeste da Prisão. Era Thomas. Estava sozinho.

Rick se virou e sacou a arma. Com a arma apontada para a cabeça de Thomas, ele se aproximou.

– Calma lá, chefia... Só quero conversar. - Thomas levantou as mãos para o alto.

– Já deixei bem claro mais de uma vez o que aconteceria caso vocês desrespeitassem minhas regras. - Rick anunciou.

– E eu não sou surdo... - Thomas abaixou as mãos. - Vejamos,você esta com problemas com aqueles caras...Esta em menor numero e do jeito que aquele cara falou, são vocês contra uma multidão de picaretas.

– Aonde quer chegar?- Rick permanecia com a arma apontada para a cabeça de Thomas.

– Queremos ajudar...

Rick por um momento hesitou, mas continuou com a mão firme.

–Como posso ter certeza de que vocês não vão nos apunhalar pelas costas?- Rick parecia irredutível.

– Não vai... Mas você não tem outra opção... Tem?- Thomas parecia disposto a ajudar, mas algo incomodava Rick.

..........................................

Na Prisão, no bloco de celas, Hershel já havia acordado e estava bem melhor. Como Carol e Daryl não haviam voltado, Lori teve que improvisar faixas usando fronhas.

– Como esta se sentindo?- Lori perguntou, se levantando.

– Muito bem... Obrigado... A todas vocês. - Hershel apertou com carinho as mãos das filhas. -Onde esta Rick?

Lori parecia não saber responder.

– Deve estar lá fora... Eu vou lá ver.

– Não vai ser necessário. - Disse Rick, aparecendo na entrada da cela. Sua expressão era de angustia.

– Aconteceu alguma coisa?- Lori perguntou.

– Preciso falar com você, a sos, Lori.- Rick se retirou e Lori o seguiu até estarem afastados o suficiente da cela onde descansava Hershel.

– Rick... O que...

– Eu te amo, Lori. -Rick exclamou, encarando- a nos olhos.

Ela ficou sem palavras.

– Eu sinto muito, por tudo Lori, por tudo. - Ele passou as mãos pelo rosto. - Pelo jeito que eu tratei você... Você não merecia isso.

– Rick, eu...

– Só quero que saiba que eu sempre te amei... E que faria qualquer coisa para te manter segura... Qualquer coisa.

Lori se aproximou, devagar. Com a mão levantada, ela acariciou o rosto do marido.

– Eu te amo Rick...
Os dois permaneceram assim, como se o silencio bastasse como resposta para eles.

Em outro lugar, cinco homens estavam reunidos numa cela.

– Ele aceitou? Perguntou Axel.

– Não disse nada, mas ele não tem outra opção. E quando ele aceitar vamos tomar esse lugar de volta. - Exclamou Thomas.

– Mas eles são gente boa. Tem mulheres e crianças... Não vejo por que não podemos nos entender. - Oscar estava no canto da cela, de braços cruzados.

Thomas, que estava na entrada da cela, foi para cima dele e o agarrou pelo pescoço.

– Se esta com medo, fracote, é melhor ir embora... - Thomas apertou mais ainda o pescoço de Oscar. - Ou melhor, posso acabar com isso agora mesmo.

Oscar estava com os olhos arregalados. Seus pulmões já estavam doendo sem ar. Logo, Thomas o soltou e ele caiu de joelhos, recuperando o fôlego.

–Vocês topam, ou preferem morrer?- Thomas gritou.

Ninguém respondeu. A não ser Andrew, que era seu capacho.

– Hein? - Gritou mais uma vez.

– Sim. - Axel e Big Tiny responderam em uníssono. Exceto Oscar, que permanecia caído no chão.

Thomas se virou para encará-lo.

– Ótimo... Você já escolheu seu lado.

Dizendo isso, tirou uma faca da cintura e esfaqueou Oscar na garganta. Deu outros cinco golpes no peito e o jogou no chão. Enquanto Oscar dava seus últimos suspiros, acompanhados de engasgos com seu próprio sangue, Thomas deu as costas para ele.

– Oscar se tornou violento... Provavelmente enlouqueceu... Tive que dar um jeito nele...- Ele virou o pescoço e o observou se debater em busca de ar.- Concordam?

Todos assentiram. Thomas riu.

...............................................

Já era de tarde quando o Governador e Merle chegaram a Woodbury. Merle estacionou o carro próximo ao portão de entrada. Antes de sair, se virou para o Governador.

–Você prometeu não machucar meu irmão.

– Por que acha que eu não cumpriria minha promessa Merle, afinal, você é meu braço direito.

– Do jeito que você falou com o Rick, conheço você... Sei que não deixará isso barato. -Merle estava nervoso.

Daryl sempre foi dependente de Merle. Talvez pela vida difícil que tiveram, ou pelo fato de Merle sempre o controlar, fazendo de Daryl uma pessoa reservada.

– Se o Rick aceitar sair tranquilamente da prisão, não tem por que eu fazer algo com seu irmão. - O Governado abriu a porta.

– E se ele não aceitar?- Perguntou Merle, com um nó na garganta.

– Ele vai aceitar.- O Governado afirmou antes de fechar a porta e se dirigir para sua casa.

Merle ficou um tempo no carro e depois saiu. Indo em direção a cela em que seu irmão estava.
Ao entrar na sala, o Governador teve uma surpresa. Perto da janela estava uma mulher alta, com cabelos loiros ondulados. Ela se virou e ele rapidamente se lembrou dela. Andrea.

– Onde estão meus amigos?- Ela perguntou cruzando os braços. Ela não parecia nem um pouco feliz.

– Por que não se senta e então podemos conversar...

–Só quero saber o que fez com meus amigos? Por acaso somos prisioneiros aqui?

O Governador parecia espantado.

– Não, claro que não... Da onde tirou uma idéia dessas?

– Se não somos prisioneiros, onde eles estão?

O Governador se silenciou por um momento.

– Eles fugiram.

Andrea parecia surpresa.

–Fugiram, como assim?

O Governador estava satisfeito. Tinha conseguido fazê-la acreditar, mesmo que só um pouco, que havia sido deixa para trás por aqueles que julgava serem seus amigos.

– Eu sinto muito... Eles saíram durante a madrugada. Tinha dado casa e comida para eles, mas parece que não foi bom o suficiente. Eles roubaram as comidas e mais algumas coisas também então acredito que não pretendem voltar.

– Não... Eles não me deixariam aqui... Muito menos roubariam coisas... Michone não faria isso. Você só pode esta...

– Mentindo?... Bom, acredite se quiser... Eu estou com a consciência limpa com relação a seus amigos. Todos receberam tratamento e...

– Eu vou atrás deles. - Andrea falou se dirigindo para a porta, mas o Governador a impediu de passar.

– Você não pode sair assim, esta fraca... Precisa de repouso.

– Mas eles são a coisa mais próxima que tenho como família, tenho que achá-los.- Ela tentou se soltar de seus braços, mas ele não permitiu.

– Vamos fazer o seguinte... Fique por mais uns dois dias... Enquanto isso pedirei a meu pessoal que os procurem pela região, certo?

Andrea estava indecisa.

– Se você não os encontrá-los, quando eu estiver melhor vai me deixar sair?

– E por que não?- O Governador respondeu contente por tudo estar dando certo... Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

E agora... Num mundo como esse, desconfiar nunca é demais...
Acompanhem o proximo, bjs



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