Tendo o combinado, os gêmeos pegaram seus ingressos e foram para o concerto.

No melhor lugar da área vip eles a assistiram cantar, dançar e fazer suas melhores performances no palco. Era o primeiro show do íncio da tour do seu novo álbum: The Fame Monster. Então ,eles de certa forma assistiram com exclusividade algo que um fã se mataria para estar lá.

Bill ficara hipnotizado todo o concerto, não conseguia desviar os olhos das suas curvas, dos seus cabelos... ela parecia perfeita.

Teria o vocalista dos Tokio Hotel estar apaixonado mas ainda não ter se dado conta disso ?

Bill ficava imaginando situações entre ele e Lady. De certa forma seria desagradável a qualquer um entrar nesses pensamentos, pois neles ele se assemelha muito ao seu irmão: não resistindo a tentações.

- Bill? Bill, você está me ouvindo? – Tom acabava de por um ponto final na nuvem de pensamentos que rodeavam Bill naquele momento, acordando-o do transe.

- Estou. – o gêmeo respondia erguendo a cabeça.

Bill mentiu. Ele não estava ouvindo nada do que o irmão estava dizendo. Não agüentava mais ouvi-lo falar do quão incrível ele havia achado o show e repetir cada mísero segundo, ele estava agindo como um daqueles fãs histéricos que iam vê-los nos shows. Tom agora podia se sentir na pele deles. Ponto pra você Lady, mais um fã.

Eles drigiam-se agora para o camarim onde encontrariam a anfitriã.

As mãos de Bill suavam como se eles estivesse indo em direção ao fantasma do Michael Jackson para pedir um autógrafo. Seu coração estava batendo indescritivelmente forte e rápido.

Chegando a porta do camarim e após terem passado pelos seguranças com as credenciais. Avisando que haviam chegado, os nós do dedo de Bill foram de encontro com a porta, a qual bem no topo uma estrela dourada com a escrita “Gaga” reluzia. Tom, para o alívio do seu irmão, parou de falar no instante em que viu a estrela dourada. Ele observava como se fosse uma criança de 7 anos esperando papai Noel trazer seu presente na véspera de Natal.

- Você é um idiota Tom. Falta pouco pra sair baba pela sua boca. – Bill ria-se da situação do irmão.

Lady Gaga abriu a porta, e como não se esperava, ela parecia totalmente normal quanto as roupas que vestia. Lady estava com um jeans surrado, all stars brancos e uma blusa com os dizeres “Eat me, drink me” de um álbum do Marilyn Manson, mas que ainda assim, a deixava sexy no ponto certo.

- Bom te ver Bill! – Gaga o cumprimentava com um abraço.

- Igualmente – Bill tinha ficado tão embriagado com a imagem dela ali que esquecera de apresentar o irmão. – Esse é meu irmão, Tom.

- Prazer em te conhecer Tom.

- O prazer é todo meu Lady. – Tom agora brincada com o piercing, fazendo sua língua dar voltas nele fazendo o piercing do lábio inferior dançar. Apesar de admirá-la como artista, ele também não era gay, e seus instintos masculinos falaram mais altos que o instinto de fã. E afinal, ele era Tom Kaulitz.

E falando em instintos masculinos, Tom não deixou escapar seus olhares para uma morena que estava passando pelo corredor, rapidamente despediu-se e foi ter com a morena.

- Entre, vamos tomar alguma coisa Bill.

- Obrigado. – Bill entrava agora no camarim com um sorriso que era impossível ser maior.

Ficaram ali um tempo conversando sobre fãs, música e alguns outros assuntos que Bill não conseguiu prestar atenção. Aquela nuvem de pensamentos que tinha o invadido alguns minutos atrás voltava a invadir a sua cabeça. Ele se sentia de certa forma com repulso por pensar coisas que seriam típicas de pensamentos do seu irmão, mas era impossível, não conseguia parar, ele desejava tocá-la, sentir a respiração dela perto da dele, ele precisava dela.

Ele não sabia como e nem porquê justo quando ele encontra alguém por quem ele se interesse, isso tinha que acontecer. E precisava parar.

Ao que parecia não eram só os pensamentos de Bill que estavam ficando mais abusados. Gaga estava chegando cada vez mais perto dele no sofá em que estavam sentados e ele podia agora sentir o seu perfume. Aquele perfume estava deixando-o embriagado, ele não conseguiria se controlar.

Gaga agora tocava o cabelo de Bill perguntando algo que ele não conseguia ouvir, mas ele não gostaria de interpretar errado, ela estava apenas sendo legal com ele. Não seria apropriado ele se deixar levar pelos seus instintos masculinos naquele momento. Então, ele ficou calado.

- Você está calado Bill, não parecia ser tão quieto desde que nos encontramos na loja da Dior, você não parava de falar um instante.

- Desculpe, meus pensamentos estão me atrapalhando um pouco agora.

- Que tipo de pensamentos? – Gaga chegava agora ao máximo que ela podia. Eles estavam a poucos centímetros, Bill não podia mais se controlar.

- Esse tipo. – Bill falou e chegou mais perto de onde o cheiro que lhe embriagava estava e beijou-lhe o pescoço. Gaga em um movimento rápido colocou suas mãos no rosto de Bill e ergueu-o, deixando que seus lábios se encontrassem. Ele colocava as mãos na sua cintura e continuava o beijo. Ela por sua vez colocava as mãos em volta do pescoço de Bill e parecia não se importar com as mãos dele passeando pelo seu corpo.

Mas como dizem, tudo que é bom dura pouco. Alguém bate a porta e avisa-a que precisa desocupar o camarim para irem embora.

Gaga e Bill separam seus corpos eufóricos, e ela avisa que já está saindo.

- Eu tenho que pegar um vôo para o México amanhã para uma entrevista em um programa de lá, mas volto na semana que vem. Talvez possamos nos encontrar Bill. – Lady Gaga dizia com um sorriso no rosto.

- Seria ótimo. – Bill diz suas ultimas palavras e sai do camarim, esperando ansiosamente que o próximo encontro deles seja bem melhor do que foi esse.

Era a primeira vez que ele deixava-se levar pelos instintos masculinos, e agora talvez pudesse perceber porque Tom sempre os seguia.