Cronicas de Éverof: O Lobo e o amaldiçoado escrita por Red Mark


Capítulo 6
Entre a lâmina da Víbora e a flor brilhante


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês. Espero que gostem ^_^



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O Lobo e o gorgon se encaravam. O gorgon planejou seu próximo movimento rapidamente seu próximo movimento, porém ele desconhecia as habilidades do homem de espada curva e arriscar era perigoso.

–Bruminods olhem o que encontrei. –Disse Frederik.

Os ladrões se viraram todos de uma vez todos menos Vanys. Detion, Valtor, Élder e Gálel sacaram suas armas e tomaram a frente. Os outros ficaram atrás para defenderam seu líder caído.

–Ele está nos roubando? –Detion parecia encabulado.

–Depois de nossa ajuda? –Valtor irritou-se. –Devemos cortar suas mãos!

–Talvez possa ser um engano… –Gálel era ingênuo, mas para sua idade isso não era surpresa. Gálel tinha apenas onze anos de idade. Ele usava roupas de sua estatura que era bem pequena. O garoto também usava um elmo que era maior que sua cabeça. Sua armadura fora certamente roubada de um guarda.

–Claro! –Disse Élder sarcástico. –Quem sabe ele não possua uma saca de safiras vermelhas de Sefyros idêntica a nossa. Como não pensei nesta possibilidade?

–Não é hora para piadas garoto. –Disse o Lobo. –Creio que podemos chegar a uma solução sensata. Quem é você?

O homem respirou fundo.

–Apenas um viajante. –A voz do estranho era extremamente rouca.

–Um viajante? Poderia crer em um ladrão ou assassino por ser extremamente sorrateiro. Nem um dos Bruminods percebeu seu movimento pela caverna, mas julgar por capa diria que é um ladrão de relíquias como esta. É de Gorgon. Reconheci pelo brasão.

–Sim. É o símbolo de Gorgon.

–Pode ser falso. –Deduziu Valtor.

–Pode ser. –Frederik observou o homem. –Um ladrão com uma capa rara e cara. –Ele ficou calado por alguns segundos encarando o viajante. –Como protegia-se sem uma arma?

Apos muitos anos não encontrando com pessoas com argumentos e mente afiadas. Ele não tinha resposta.

Seus olhos são interessantes. –Continuou o Lobo –Nunca vi olhos tão negros.

O gorgon precisava agir rápido.

As trombetas soaram. Na casa dos guardiões uma grande reunião logo começaria. Na sala de guerra os quatro generais de Emglavius participariam de um conselho com o rei Ferbilhos Algar, o segundo.

Enderner e Eliot foram encarregados da proteção da casa dos guardiões.

Um a um os generais chegaram. Todos menos Kaider.

A primeira a chegar foi Neris Léon a general do leste. O segundo foi Vaiper Galileus Kalér, o terceiro foi Midos, da família nobre sefyriana, Bélestros. Por último o rei chegara.

Ferbylhos chegara em sua carruagem marrom com detalhes em ouro. A carruagem era puxada por cavalos vermelhos. Estes eram os corcéis de sangue. Criaturas antigas nativas da região onde jazia agora Emglavius. O rei tirano saiu da carruagem seguido por seu fiel cão de gurda Édmund conhecido como o honrado.

Ferbylhos passou entre os guardas tendo certeza de que todos o reverenciavam. O mesmo aproximou-se de Enderner.

–Grande rei! –O guarda reverenciou se senhor.

–Enderner, o caçador da matilha. –O rei olhou em volta com seu tom sadico. –Onde esta Kaider?

–O general do leste não participara da reunião. Ele foi visto deixando a cidade pela manha no portão sul, meu rei.

–Bem, esta é um falta para com o rei. Não posso tolerar. –O rei em nem um momento demostrou tristeza ou arrependimento em nem um momento. –Quero a cabeça a cabeça de Kaider Viks em uma lança. –Isso não era surpresa. Inúmeras vezes Ferbylhos matara seus oficiais sem nescidade alguma. –Assim que minha vontade for feita você será o general do oeste.

O caçador não esperava pela notícia. Ele conteve-se apenas a agradecer ao seu rei e mais uma vez o reverenciou.

Ferbylhos e Édmund deixaram Enderner sozinho mais uma vez. O rei e o honrado foram em direção a sala de guerra.

–Este lugar é decadente. –Disse Édmund.

–Eu mesmo deveria executar todos os soldados do oeste!

O honrado parou de andar.

–Realmente acha que Enderner é o melhor para assumir o lugar de general? –Édmund não compreendia a escolha de seu amo.

–Ele é o que temos no momento. –O rei colocou as mãos na porta da sala de guerra. As portas eram enormes. Feitas de madeira cinza com detalhes em alto-relevo de cenas de batalhas e com um grande machado negro no centro dividido entre as portas. O machado era uma homenagem ao deus Subinus, o deus da guerra e do ódio. –E se ele falhar para com seu rei o destino dele esta selado.

Ferbylhos empurrou a porta. Ambos, honrado e rei, entraram na sala.

Enderner caminhou até Eliot.

–Realmente não esperava pelo bom humor do rei. –O caçador estava desnorteado.

–O que aconteceu? –O novato estranhou o tom pálido na face de seu superior.

O caçador segurou um guarda que passava a seu lado pelos ombros.

–O rei ordenou que Kaider Viks, o general do oeste seja encontrado e morto. –Disse o caçador da Matilha. –Passe a ordem a todos os guardas e diga para que eles façam o mesmo. Quero que até amanha ao crepúsculo todos os guerreiros, guardas, cavalheiros e caçadores de recompensas saibam da notícia. Esqueçam os Lobos e os Bruminods. O maior procurado de toda a Emglavius é o ex general.

O guarda ao receber a ordem espantou-se e assentiu. Em seguida saiu para espalhar o comando.

–Foi apenas isso que o rei disse? –Perguntou Eliot.

–Não, não foi. A sua majestade dissera também que eu serei o próximo general do oeste.

Eliot não sabia o que dizer. De todas as notícias este era a menos esperada.

–E o que faremos agora?

–Nosso trabalhos! A ordem será transmitida e amanha o general do norte será o homem mais procurado do norte de Ordenia.

Já se passava da metade do dia. Kaider tardara duas horas andes do nascer do sol antes de sair dos muros de Emglavius. Eles cavalgaram o dia todo sem descanso.

–Meu general, –Disse Valvet exausto. –creio que os cavalos não vão suportar neste ritmo.

–Não tema pelos corcéis. –Foram as primeiras palavras que Kaider disse dês de que estava fora da cidade. –Eles são mais resistentes que você.

–Há água para eles?

–Não em demasia. Devemos poupar para nos. Ao chegar nas fontes termais deixe que bebam da água de lá. Não serão uteis nas cordilheiras.

–Se assim fizermos eles vão morrem. A temperatura será fatal.

Kaider não respondeu. Seus planos já haviam sido traçados a tempos. Deveriam ser seguidos a risca.

Valvet compreendeu. Ele cavalgou mais lento dando espaço a seu senhor. O subordinado, vendo que seu general estava longe, sacou uma adaga e a admirou na luz do sol. Uma pequena lâmina de sessenta centímetros, curva, afiada e fina. Suma lâmina era vermelha. O cabo era amarelo e contorcido com letras em alto-relevo. “Vingança libertadora” é o que dizia nela.

“Liberdade” pensou Valvet. “Esperança.”

Valvet guardou sua lâmina dento de seu manto verde-escuro. Ele cavalgou mais rápido até chegar a quatro passos de seu odiado senhor

–Poderia ficar com as safiras se ajudasse o garoto? –O gorgon mudou o assunto sobre seus olhos.

–O que poderia fazer para ajudá-lo? –O Lobo levantou uma de suas sobrancelhas.

–Apenas responda pergunta.

–Se puder salvá-lo te deixarei ir com as pedras, mas se tentar algo contra ele não exitarei em degolá-lo! –O Lobo nem mesmo tremia. Sua postura era rígida e impecável.

–Justo. –O gorgon com as mãos erguidas andou até o líder ladrão.

–Não faça mal a ele. –Pediu Vanys.

–Que um fato não fuga a sua mente, viajante. Ele salvou sua vida. –Adivertiu Valtor.

O forasteiro não respondeu. Ele tomou Bélter em seus braços como a uma criança. O gorgon levou sua mão direita até dentro de sua capa onde jazia um embrulho de pano.

–Pode ser uma arma! –Disse Galél elevando o tom de sua voz.

Os Bruminods que já estavam assustados prepararam suas lâminas que jaziam em suas mãos.

–Acalmem-se! –Gritou Frederik. –Ele parece-me esperto. Não arriscaria a vida por nada. Continue, Estranho.

O homem abriu o embrulho desenrolando o pano. Dentro do embrulho jazia uma flor azul brilhante.

O Lobo Cinzento admirou a flor que brilhava. Uma pequena e fraca aura azul a cercava.

O gorgon amassou a planta com a mão ate que sobrace apenas um pó azul. O mesmo espalhou a poeira sobre o rosto do garoto desacordado. No mesmo instante o rosto pálido de Bélter retomou a cor e a respiração se tornou estável.

O viajante repousou o menino mais uma vez no chão. Vanys averiguou seu líder.

–Ele esta… –Vanys não terminou a frase.

–Vivo. –Disse o homem. Ele foi até a mesa de pedra. –E eu estou pago. –O homem pegou as safiras.

Frederik era um guerreiro honrado e cumpriria sua promessa. Ele saiu do caminho do gorgon.

–Não fez um inimigo hoje. –Disse ele ao Lobo.

–Um amigo?

–Não, porém não o farei mal. Não devo mais nada ao garoto.

–A propósito, este garoto é meu irmão. A única família que tenho. –O cinzento colocou a mão esquerda no ombro direito do viajante. –Obrigado.

–Como eu disse… –Ele retirou a mão do guerreiro cinza de seu ombro. –Não devo mais nada ao seu irmão e estas safiras nem se aproximam do presso da flor, mas vão servir.

Federik observou a postura do homem. Como alguém podia ser tão sorrateiro era um mistério.

–Como quiser. O ajudarei a descer sem cair nas águas espelhadas. Vocês cuidem de Bélter.

O Lobo e o gorgon desceram por um caminho oculto pelas águas da cachoeira. Apenas aqueles que já tinham conhecimento da passagem poderia utilizá-la sem tombar até as águas. Frederik indicou o caminho ao estranho não ouve erro algum.

Ao pisar na vegetação o gorgon respirou fundo. Nunca o ar livre o fez tão bem. Ele constatou que a cachoeira se ergia a quase vinte metros do leito do rio. A caverna totalmente oculta ficava a quase quinze metros. Talvez fosse possível chegar a ela em um salto de cinco metros do topo, porém era um salto no escuro.

No final do trajeto Frederik parou o estranho mais uma vez.

–Poderia dizer-me seu nome?

–E qual seria o seu, guerreiro cinza? –O gorgon esquivou da pergunta rapidamente.

–Sou Frederik Rylos. Não a nada a temer. Como você disse não somos inimigos.

–Certa vez fui conhecido como Faltor.

–E sua Casa?

–Sinto não poder responder sua pergunta. Faz tanto tempo que não me recordo mais.

Frederik descansou a postura relaxando os braços os ombros. Já Faltor continuou com sua postura impecável.

–Um viajante sem nome? Deve ter muitas histórias a contar. –Continuou Frederik

–Não, não tenho. –Faltor mais uma vez rebateu a pergunta rapidamente.

–Tem onde ficar?

–Procuro a cidade mais próxima.

–O reino de Emglavius fica ao oeste daqui. –O Lobo Cinzento apontou com seu dedo. –É só seguir o lago até o final e quando as águas deixarem de ser espelhadas isso indica que você chegou ao rio Taitus. Dai é só seguir o rio até encontrar a cidade.

–Então é para onde irei. –Sem despedidas ou comprimentos amigáveis o homem de capa brilhante s foi.

–Faltor… –Disse o Lobo para si enquanto observava o estranho se afastar até desaparecer no do horizonte.

Frederik não entrara na caverna direto após a partida de Faltor. Ele ficara algum tempo ao lado do lago. Sua mente estava longe quase como um estado de meditação. Víbora repousava em seu colo segura pela forte pegada do Lobo Cinzento. Era quase como a lâmina pressentisse o perigo.

Na mata fechada criaturas misticas observavam mais uma vez o Cinza e desta vez o mesmo já sabia disso. Frederik esperou as criaturas saírem da mata e fosse atrás dele e assim se fez.

Ur tomou a liderança dos elfos que já tinham arcos, flechas e lanças em suas mãos.

–E ai esta a tempestade… –O Lobo disse para si mais uma vez. Ele levantou-se e preparou sua posição de batalha. –Que são aqueles que buscam-me?

Ur encravou sua lança de madeira no chão.

–Vós serdes aquele que chama de Lobo? –A voz do elfo era extremamente grave e suava desafiadora.

–Sim, sou eu.

Ur estalou os dedos esticou a mão para trás. Um outro elfo que estava junto a ele o entregou um pergaminho

–A muito um mal foi liberto, Lobo. Os ancestrais, que agora tomam lugar a noite como astros luminosos deixaram profecias por todo o mundo. Cabe a nos entregá-las aos seus donos.

–Esta pertence a mim?

–Pertence a um Lobo. –O elfo abriu o pergaminho velho e empoeirado e recitou a profecia que nele estava escrito.

Após perder um amigo o amaldiçoado se vingara.
O tempo não mais o afetara.
Os males que atingiram sua terra devem ser destruídos.
O Lobo eu amaldiçoado pela morte não poderão ser atingidos.
Se o último gorgon não puder impedir
o grande mal ira surgir.
Ao embate do Lobo e o amaldiçoado um deles deve sucumbir”

Isso deveria significar algo?

–Significa que vós deve encontrar o Lobo da profecia. Creio que seja o mais poderosos entre vocês.

–Gavet Mont, o Lobo purpuro. Este é o Lodo Alfa.

–Então peço que o encontre. O destino de Éverof está nas mãos do Lobo da profecia.

–Como posso saber que fala a verdade?

–Não pode. A profecia será realizada. Este é o desejo dos deuses.

Antes que o Lobo pudesse dizer mais alguma coisa o elfo arremessou o pergaminho em sua direção e virou as costas.

–Quem é você? –Perguntou Frederik.

–Sou Ur, o príncipe dos elfos selvagens.

–Sou o Lobo Cinzento.

Sem resposta os elfos se foram. Frederik recolheu o pergaminho do chão e embainhou Víbora. Logo subiu até a caverna para descansar da viajem, mas não ia desfrutar de seu tempo livre em demasia afinal os Bruminods de fato quereriam saber de sua última jornada.


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Notas finais do capítulo

Tomara que tenham gostado. Não esqueçam de deixar seu comentário com sua opinião sobre a história ^_^ Até o próximo capítulo.



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