Cronicas de Éverof: O Lobo e o amaldiçoado escrita por Red Mark


Capítulo 4
O Lago Espelhado


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, tenho uma noticia ruim para vocês. A partir da segunda feira ficarei sem acesso a internet por tempo indeterminado. Mesmo assim vou arranjar uma maneira de postar alguns capítulos. Boa leitura ^_^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/435668/chapter/4

Os ladrões estavam pasmos. Quem era aquele homem? Mesmo sem saber que a figura era ele gozava de uma sorte extrema. Possivelmente até o amanhecer nem uma alma viva passaria pela estrada principal, e se assim fizesse o homem ficaria escondido pela penumbra noturna mesmo com sua capa brilhante.

Os ladroes desceram o muro. Sem muito esperar Bélter ajudou o estranho a se levantar, porém Valtor excitou.

–Não deve estar pretendendo levá-lo até a caverna, ou esta. –Disse ele. –Acho que não é seguro.

–Não vou deixá-lo aqui para ser devorados por animais da floresta. –Respondeu o destemido líder. Ele correu até o homem e retirou o capuz. –Ele está desidratado.

O homem possuía traços de alguém na casa dos vinte anos, cabelos loiros e olhos cor de mel. Sua barba estava grande como seus cabelos. Ele pareceria com um mendigo se não fosse pela capa real de Gorgon, o reino que a centenas de anos foi destruído.

Bélter revistou o homem para ter certeza e que não oferecia perigo.

–Ele esta armado? –Perguntou Valtor.

–Não, –Béltor levou sua mão até as costas do homem e encontrou um cabo de espada. –não apenas isso. Como ele sobreviveu na floresta com este cabo?

–Quem sabe a espada quebrou em uma batalha na floresta. Não há como saber.

–Ajude-me a levá-lo daqui.

Valtor não gostou da idéia, mas não questionou.

Os ladrões ergueram o homem que entrou em um estado de semiconsciente e se foram pela estrada secundária de Emglavius.

Os cidadãos de Emglavius estavam eufóricos. Em poucos minutos começaria uma batalha até a morte entre dois condenados. Um deles era um assassino louco que foi preciso oito guardas para prendê-lo. O outro era um dos famosos fora da lei chamados de Lobos.

Ferbylhos, o rei do império de Emglavius, não estava para o espetáculo.

O Lobo Cinzento estava no alto da platéia. Ele esperava a batalha torcendo pelo companheiro, torcendo em silencio ele mantinha o recato de um verdadeiro Lobo.

Ele sabia o motivo do companheiro ter que ser um gladiador escravo daqui para frente, ele sabia o motivo porque seu irmão de armas tinha sido expulso da matilha. O Lobo dourado apaixonara-se pelo seu alvo. Sua missão era matar a filha mais nova do rei Ferbylhos, porém ele sentiu algo pela princesa que o condenou. O rei ordenou que o mandasse para o coliseu e o Lobo Alfa, o líder da matilha, renegou-o da ordem dos Lobos. Frederik sabia que era um motivo fútil, mas não questionava as regras da matilha ele sabia que era isto que o manteria vivo, isto e sua espada.

Quando Nathels entrou no coliseu escoltado por dois guardas o publico foi ao delírio. O Lobo Cinzento retirou seu habitual capuz negro para poder ver melhor o confronto. Em fim o Lobo Cinzento revelou sua face. Ele tinha olhos castanhos afiados como sua lâmina, cabelos castanhos claros como os de Bélter, porém eram bem curtos, ele possuía um cavanhaque bastante ralo, seu elmo de lobo estava escondido atrás da capa.

Enormes tochas de cerca de dezesseis metros de altura por cinco de largura iluminavam todo o local. A armadura do Lobo Dourado brilhava intensamente. Isso podia ajudá-lo contra seu oponente. Nathels sacou a forma retangular dourada como sua armadora a qual Frederik lhe dera.

O Lobo Dourado segurou a forma com a mão direita apontando-a diagonalmente para baixo. Ele pacientemente esperou seu adversário que subia a pequena escadaria que dava acesso ao “palco” do espetáculo.

As portas de madeira do outro lado do coliseu se romperam e um guarda passou voando para dentro. Ele se chocou contra o chão violentamente.

Ele estava morto.

De dentro da sala saiu um homem gigantesco. Aquele era o oponente, um assassino condenado chamado de Falgors.

As ordens do rei eram simples e diretas, o Lobo dourado deveria ser jogado no coliseu e lutar por sua vida. Não poderia receber visitas na cela e muito menos sair das profundezas do coliseu exceto quando deveria lutar.

O homem que parecia mais um enorme gorila sorriu maliciosamente ao ver seu alvo ou deveria dizer sua presa. Falgors arqueou as costas e preparo um ataque. Este grande homem possuía fôlego para correr até seu oponente, e assim fez.

Nathels fechou os olhos. Por um momento o som da platéia cessou. O Lobo dourado pode ouvir o som abafado do crepitar das tochas e o som dos fortes passos de Falgors. Na sua mente o Lobo formou uma perfeita localização do coliseu. Os sons eram como as linhas de um mapa.

Falgors aproximou-se rapidamente e se arremessou contra o alvo. Com as habilidades de um verdadeiro Lobo, Nathels, abriu seus olhos e saltou por cima do brutamonte usando seus pés para conseguir impulso para avançar alguns metros à frente.

O guerreiro dourado girou e passou a forma retangular por cima da cabeça em um movimento circular para baixo e em seguida em um corte reto descendente.

Abismados com a habilidade do homem a platéia parou com o barulho. O Lobo pode ouvir sua rápida respiração e a forma retangular se expandiu. A pequena forma deu lugar a uma grande lança dourada do mesmo material da armadura de Nathels. Um retângulo menor saiu de uma das extremidades da forma e assim consecutivamente até a formar uma lança de um metro e meio dourada e afiada.

A montanha de músculos se levantou e desferiu um novo ataque no Lobo, este foi certeiro. Um chute com imensa força derrubou Nathels e o fez girar batendo com o peito no chão.

O Lobo perdeu o fôlego. Com toda a sua força o guerreiro dourado flexionou os braços e levantou com um pequeno salto. Falgors avançou mais uma vez com um socando. Mais por sorte do que por habilidade Nathels desviou do golpe e levantou-se.

O Dourado girou a lança sobre a cabeça e golpeou a face do inimigo que pela brutalidade do ataque foi arremessado ao chão. Em seguida o Lobo desferiu um segundo golpe. Ele estocou a lança na cabeça do oponente.

Falgors, o assassino estava morto.

O guerreiro dourado era o vencedor.

O Lobo cinzento, vendo que o amigo era vitorioso, se levantou e saiu do coliseu sem esperar as próximas lutas.

Estava amanhecendo.

A luz do sol chegou rápido na floresta escura cortando o silencio da mata virgem. As árvores tremiam com a forte brisa matinal. O cheiro das flores se misturava ao ar e as pétalas eram protagonistas e uma espetacular dança no céu azul. As borboletas de várias cores acompanhavam o movimento das pétalas.

De longe os Bruminods puderam ver o brilho do Logo Espelhado.

Valtor estava preocupado. Pela perda de sangue o seu líder estava pálido e fraco. O fardo de carregar o homem estranho cairá nas suas costas. Bélter mal agüentava ficar sobre suas próprias pernas.

–Calma Bélter. Estamos pertos. –Disse Valtor.

O líder ladino não respondeu. Ele continuou a andar com dificuldade.

Depois de mais alguns minutos de caminhada os ladrões e o estranho chegaram no leito do rio.

–Água… - Pediu o homem com capa brilhante. Sua voz era áspera e roca pela falta de água.

–Acho melhor não, amigo. –Respondeu Valtor. –Se beber esta água você não vai durar muito tempo.

O homem voltou a seu estado semiconsciente.

Os ladrões seguiram o curso contrário do fluxo do rio ate uma grande cachoeira espelhada como a água. Era como um grande espelho natural. Valtor ajudou o homem e o líder a passarem pela água usando um grosso galho para desviar a água.

Valtor entrou apressado. A cortina espelhada dava acesso a uma caverna preparada. Lá dentro havia algumas tochas e treze pessoas, todos eles Bruminods.

–Vanys, venha rápido! –Disse Valtor. –Há feridos.

Uma garota de cabelos vermelhos, alta com olhos verdes se levantou de volta da fogueira onde os outros ladroes contavam as safiras roubadas. Ela correu até o líder.

–Você está bem? –Disse ela. Sua voz soava aguda e melódica.

–Sim. –-Respondeu Bélter. –Cuide do homem. Eu ficarei bem. –Ele caminhou até uma parede e se apoiou. –Eu estou bem.

Mesmo preocupada Vanys não questionou. Ela deveria seguir as ordens do seu líder. A ruiva foi checar os ferimentos do homem. Depois de quinze minutos ela constatou que não era muito grave. Ela pegou um cantil e cedeu uma generosa parte da água para o homem.

–Ele só precisa de descanso e água. –Finalizou ela. –Vai ficar bem. Onde vocês o encontraram?

–Nos muros da cidade. Ele saiu da floresta e caiu na grama. Bélter achou melhor trazê-lo ou ele morreria.

–E quanto a você, Bélter. Deixe-me ver este ombro.

–Eu estou bem… –Disse ele pausadamente. –Vou ficar bem…

Dito a última palavra fez-se um silencio na caverna. Bélter tentou andar até a fogueira, porém caiu inerte aos pés de Vanys.

Os ladrões entraram em pânico. Eles cercaram o amigo cai.

–Afastem-se todos. –Gritou Vanys. –Ele precisa de espaço. –A garota retirou a armadura do líder e levou sua cabeça sobre o peito dele. –Ele não respira!

De fato. Bélter o líder dos ladrões não respirava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, já que vou ficar sem postar por um tempinho vou deixa-los no suspense sobre a morte de Bélter. Será que ele morreu? Vocês só ficaram sabendo no próximo capitulo hehehe. A propósito, não esqueci de Eliot o Enderner. Só que neste capitulo eles não foram importantes. Obrigado por lerem e não se esqueçam de deixar seu comentário. Até o próximo capitulo ^_^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cronicas de Éverof: O Lobo e o amaldiçoado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.