Cronicas de Éverof: O Lobo e o amaldiçoado escrita por Red Mark


Capítulo 3
O Lobo dourado


Notas iniciais do capítulo

Por alguns problemas vou poder postar apenas um ou nos capítulos por semana.
Boa leitura ^_^



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Eliot tremia. Ele não sabia o que seria dele. Depois de fugir do Lobo Cinzento ele e Enderner encontraram-se com uma pequena tropa de guardas e avisaram onde encontrar o Lobo. Agora o jovem saldado via que a decisão de se juntar ao caçador da matilha não era a melhor que podia ter tomado.

Algum soldado havia visto os guardas lutando contra o Lobo e contado o acontecido para o superior dos soldados na área onde eles atuavam que por sua vez não perdeu tempo em chamar ambos em sua sala partícula no castelo.

Já era noite quando os guardas chegaram na conhecida Casa do guardiões, lugar reservado para os guardas de Emglavius, Eles depararam com o mensageiro do superior dos soldados. Quando mensageiro os viu foi em sua direção.

–Em fim! –Exclamou ele. O mensageiro se chamava Válvet. Era um homem magro e alto com cabelos lisos e ele os insistia em pintá-los de branco, ele era magro e baixo, seus dentes eram amarelados pelo consumo excessivo de fumo, ele não usava armadura e não carregava arma, seus olhos eram verdes e sua postura impecável e sua mera existência davam nojo em Enderner. –Ó grande caçador da matilha, - Caçoou o mensageiro. –sua presença me honra!

–Vá ao inferno, Válvet! –Enderner obviamente o odiava. –O que quer aqui? –O Caçador já sabia a resposta.

–Em nome de, blá, blá, blá, eu Válvet, blá, blá, blá. –O homem magro suspirou. –Pulemos esta parte. O senhor Kaider quer velo agora.

–Do que se trata?

–Do Lobo, é claro.

–Merda! –O guerreiro praguejou baixo para si.

–Tomara que ele o enforque em praça publica. Esta vai ser a penalidade por me fazer esperar todo este tempo neste lugar nojento… - Logo Válvet se foi.

Embora arrogante o mensageiro estava certo. O lugar era horrível. No passado a Casa dos guardiões fora um lugar de paz onde os soldados do reino se reuniam. Agora era apenas um lugar de onde os subordinados de Kaider abusavam da luxuria, da ganância e dos prazeres da carne.

A construção que lembrava uma cúpula erguia-se a vinte e cinco metros do chão era enfeitada por guerreiros e pássaros de mármore branco, agora não tão branco. As pedras preciosas e ouro que jaziam dentro do templo a muito foram roubadas pelos próprios soldados. No topo da construção havia uma escultura gigantesca de um guerreiro feito de mármore incrustados de rubis. Um dos braços do guerreiro havia tombado destruindo uma casa abaixo que ainda jazia sem conserto. Por sorte esta casa pertencia a ninguém. Era apenas uma casa abandonada. Logo o conselho não achou importante contar ao rei. As pedras preciosas do braço foram levadas por uma família miserável.

Enderner levou as mãos ao rosto e as abaixou.

–Traga-me uma armadura. –Disse ele logo se retirou para a sua sala. Como o grande caçador da matilha ele era um guerreiro consagrado por isso possuía medalhas e uma sala própria na Casa dos guardiões. –E uma bebida!

Eliot pareceu confuso.

–Não devemos ir até Kaider?

–Sim, deveríamos. –O caçador foi para a sua sala.

No Coliseu das lanças o publico já se preparavam para o grande espetáculo que logo começaria. O lugar era enorme. Possuía três arenas que podiam ser mudadas de acordo com a batalha, o coliseu era em forma de pentágono, se erguia a quase cem metros do chão, não era possível dizer quantas pessoas cabiam nos acentos devido tamanho do lugar.

Na multidão uma figura com capa negra se misturava. Ninguém lhe dava atenção. Ele era só mais uma pessoa no meio da multidão, ou pelo menos era isso que ele queria parecer.

Por baixo da capa negra sua armadura cinza estava preparada para qualquer confronto e sua lâmina estava pronta e afiada.

O Lobo não temeu quando passou por uma pequena tropa de guardas. Simplesmente continuou seu trajeto. Ele também usava um capuz negro que lhe tampava parte do rosto. Ao chegar na entrada co Coliseu das lanças o Lobo procurou uma brecha entre as entradas. Sua intenção era entrar sem ser detectado. Ele deveria entrar no coliseu e descer ate o subsolo onde estavam os combatentes escravos.

O guerreiro cinza encontrou o que procura.

Um dos soldados dormia pesadamente na guarda de uma porta de madeira que levava a sala onde os gladiadores estavam. Sem demorar a guerreiro aproximou-se do guarda. Ele preferia passar se matar ninguém. Ele poderia ter família e não pretendia deixar crianças órfãs, porém a violência não podia ser descartada. O Lobo constatou que não havia mais nem um soldado por perto além desse. A missão estava fácil.

Ele se aproximou sorrateiramente e constatou que a porta estava fechada. Na cintura do homem estava a chave. O lobo com sua grande habilidade sacou sua espada e cortou a tira de couro que prendia a chave ao cinto. Antes que a chave caísse no chão e provocasse barulho o guerreiro cinza enfiou a lâmina dentro no aro de ferro da chave e a pegou. Sua destreza era impressionante.

O Lobo abriu a porta de entrou. A porta dava acesso a uma escadaria que descia em espiral. Tochas iluminavam o local. Ele aproximou-se de uma tocha e a pegou após ver que no final da escada não havia luz.

O guerreiro cinza desceu as escadas.

Bélter havia encontrado com Valtor nos arredores do templo de Alédia, o deus da vida. Agora ambos deveriam ir para o sul onde encontrariam o lago espelhado fora dos muros de Emglavius. Próximo ao lago, protegido por uma cachoeira estava o esconderijo dos Bruminods.

Chegando ao templo Bélter assobiou como um pássaro para indicar onde estava. Em seguida Valtor saiu do meio da multidão que se dirigiam para o Coliseu das lanças. Ele caminhou até um beco onde não havia ninguém. Em seguida, com suas incríveis habilidades, subiu até o amigo.

–Bélter. –Disse Valtor. –É ótimo velo bem. Não acredito que você derrotou aqueles dois brutamontes sozinhos.

–Não foi sozinho. –Respondeu o líder. –Frederik voltou. Ele afugentou os guardas.

–O Lobo cinza retornou? Ótima notícia. Onde ele está agora?

–Não faço idéia. Ele me disse para retornar para o esconderijo.

–Então não perderemos tempo. E quanto ao seu ombro?

–Não se preocupe com isso. Vanys pode dar uma olhada ao chegar no esconderijo. A propósito Detion está com as safiras.

–O novato, acha mesmo que foi uma boa idéia?

–Eu confio nele. Posso ver que não é uma má pessoa.

–Bem, o líder é você. Iremos pelas ruas?

–Não, seriamos alvos fáceis demais. Todos estão no coliseu e alguns guardas estão patrulhando a cidade. Vamos pelos telhados até o limite da cidade e então para o lago. A escuridão da noite nos ocultara.

Valtor não questionou. Ambos com suas incríveis habilidades foram-se para os limites da cidade.

–Quatro semanas! –Gritou um homem para Eliot e Enderner. –Quatro malditas semanas! Na melhor das hipóteses ele estava morto, se não meus soldados deviam matá-lo!

–Não foi minha culpa. –Enderner tentou se proteger. –Ele me atacou eu não serviria morto!

–Não me importa! –O homem que gritava com Eliot e Enderner era Kaider, o guardião de Emglavius. Ele era o capitão de todas as tropas da cidade. Kaider não estava só. Com ele na sala estava Válvet. O capitão tinha olhos verdes inexpressivos, uma grane barriga, barba bem cheia e poucos cabelos, já grisalhos, lisos que chegavam nas costas. –Escute bem, grande Caçador da matilha, se você ou esse seu subordinado fraquejarem mais uma vez eu darei ordens para que vocês sejam caçados ao em vez deste maldito Lobo Cinzento, agora saia!

Eliot saiu normalmente enquanto Enderner saiu como uma criança pisando pesado.

Válvet fechou a porta.

–Acha que esses dois vão nos causar problemas? –Perguntou o homem com cabelos brancos.

–Não sei. Enderner é imprevisível demais.

–E quanto ao novo cachorro dele? Acho que seu nome é Eliot.

–Este garoto não durara nada sendo um guarda de Emglavius. Logo vai desistir ou morrer.

Kaider se levantou colocou as mãos para trás e foi andando até a janela da sala.

–Ninguém pode tomar o meu lugar ao lado do rei. –Completou Kaider. –Ninguém!

O Lobo desceu até as trevas do final da escadaria. Sua única fonte de luz era a tocha em suas mãos.

Enquanto o guerreiro cinza descia, ele encontrou várias celas ao longo das pareces escuras e profundas. Ele sabia que seu objetivo estava na última cela no final da escadaria.

Ao chegar ao final o Lobo viu uma pequena cela iluminada por tochas dentro dela.

–Quem este ai? –Disse uma voz masculina de dentro da cela. –Aproxime-se da luz.

Dito isso o Lobo se aproximou da luz e viu que estava lá dentro. Preso pelo pescoço com correntes estava um homem loiro com barba malfeita, olhos azuis profundos que trajava uma armadura semelhante à do Lobo Cinzento, porém dourada.

–Frederik, – Disse o homem. –o que faz aqui?

–O Alfa me deu ordens para que lhe desse algo. –O Lobo retirou um embrulho que estava preso a sua cintura e em seguida o abriu.

Dentro do embrulho estava uma forma retangular dourada forjada a ouro. A forma era inteiramente desenhada com gravuras de lobos e da lua em vários estágios. Frederik jogou a forma em direção do homem pelas barras da cela que pode pegá-la pós suas mãos estavam livres.

–Sabe que não posso libertá-lo?

–Eu sei bem. Sei que desobedeci às regras.

–Fique vivo, Lobo Dourado. Talvez o Alfa te liberte se mostrar ser digno outra vez. Lute com toda a sua força contra os gladiadores. E nunca se esqueça de que por que você escolheu ser um Lobo.

–Agora vá, Frederik. Logo vão e buscar para a luta. Não podem te ver.

–Fique bem, Nathels. –O lobo se virou e subiu um degrau. –Vou ver a luta no coliseu. Torcerei por você. –O Lobo Cinzento se foi.

Os dois ladrões chegaram aos muros da cidade. Dali em diante a jornada seria bem mais fácil. Os guardas não patrulhavam ao redor dos muros a anos.

Bélter olhou para o coliseu. Ele deduziu que o irmão estivesse lá pós o único lugar da cidade que estava barulhento e agitado. Todos estavam lá.

Uma figura abaixo do muro chamou a atenção de Valtor. Parecia ser um homem com uma capa e um capuz que brilhavam na luz da lua. A figura parecia exausta. Ela deu mais alguns passos e encarou os ladrões. Sua respiração era pesada e lenta.

–Que tipo mais estranho. –Disse Valtor.

O homem continuou a encará-los. Ele, vagarosamente, andou mais uma vez. Seus olhos estavam fixos em Bélter. Ele deu mais um último passo e caiu.

O homem desmaiara.


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Notas finais do capítulo

Olá galera! Espero que tenham gostado desse capitulo. Deixe seu comentário :)