Cronicas de Éverof: O Lobo e o amaldiçoado escrita por Red Mark


Capítulo 2
Ladroes, Lobos e guardas


Notas iniciais do capítulo

Olá galera. Desculpa o atraso na postagem do capitulo, mas garanto que a demora vai ter valido a pena. Boa leitura ^_^



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O pequeno bando dos ladrões corria pelos telhados fugindo dos guardas. O bando que se intitulava Bruminods, os justiceiros, não estavam muito distantes dos guardas. Inúmeras vezes os corruptos guardas executaram a sangue frio os ladrões que se rendera sem lutar. Agora parar a fuga e render-se não era uma opção.

O bando era composto por quinze ladrões, porém apenas três deles estavam nessa empreitada. A missão era simples. Deviam assaltar um monarca sefyriano que por ali passaria. A missão foi um praticamente um sucesso. Os garotos, sim os ladrões eram garotos de dezesseis anos no máximo, conseguiram roubar um saco de safiras do deserto. Fora um golpe de sorte pós as safiras estavam lapidadas e eram vermelhas sangue, isso indicava que elas foram retiradas das minas de Sefyros.

Bélter, o líder dos ladrões, tinha um ferimento aberto no seu ombro esquerdo causado por um dos guardas.

–Valtor, corra para o santuário de Alédia no centro da cidade! –Ordenou Bélter para o companheiro a esquerda enquanto corria e saltava pelos telhados. –Os guardas não vão te seguir.

–Sim. –Valtor bateu no peito em sinal de respeito e amizade. Depois se afastou para a esquerda descendo do telhado de uma casa e misturando-se na multidão.

–Detion, você vai para o esconderijo. –O líder jogou o saco de safiras para o amigo. –Estou contado com você novato. Agora vá!

–Boa sorte! – Detion levou sua mão ao capo de sua arma. –Vai precisar mais do que eu. –Ele sacou e arremessou a arma para o amigo. Em seguida bateu no peito com a mão direita e foi embora na direção oposta de Valtor.

O líder ladino correu até um telhado onde não havia mais como prosseguir por causa da distancia dos telhados. Bélter se virou e viu que os guardas não haviam desistido da caçada. Eles estavam se aproximando.

Bélter era um garoto de dezesseis anos, de cabelos lisos castanhos bem claros, olho escuro e a altura de um homem. Ele não era uma montanha de músculos como os guardas que se aproximavam, porém era habilidoso e esperto. Talvez tivesse uma chance de vencer. Uma coisa que diferenciava Bélter na multidão era uma cicatriz que desenhava uma linha abaixo de ambos os olhos passando por cima de seu nariz.

–Veja só. Um pequeno ladrãozinho. –Caçoou um dos guardas.

–Não é um ladrão qualquer. –Disse o segundo guarda. –É o líder dos Bruminods.

–Isso é uma ótima notícia.

–Creio que estou atrapalhando a conversa. Se assim quiserem posso sair. –Disse Bélter.

–Calado! –Disse o guarda da direita. –A única maneira de sair daqui é por ali. –O homem apontou para o chão do alto do telhado.

O garoto não respondeu. Ele girou e sacou sua espada. Na mão direita segurava a sua espada e na esquerda segurava a lâmina de Detion. Ao ver isso os guardas sacaram suas espadas e um alto brandir de metal irritou a audição de Bélter.

Quando os inimigos se aproximaram Bélter não os temeu, porém ele tremeu na possibilidade de uma nova ferida com a macabra lâmina de três cumes. Seu ombro já possuía uma ferida dessas e se e não fosse rápido uma infecção o mataria logo. O problema era que uma lâmina de três cumes não deixa um corte regula e dificultava dar pontos.

Os homens atacaram.

O guarda da esquerda foi o primeiro. Ele desferiu um golpe descendente na direção do pescoço de Bélter. Com tamanha destreza o garoto formou um x com as lâminas e desviou o ataque em uma manobra de tesoura. A força do homem superava as do líder dos ladrões por isso a espada do guarda atingiu o chão prendendo-se entre algumas telhas que estavam muito bem presas.

O segundo guarda atacou.

Rapidamente ele avançou atingindo Bélter com o ombro jogando-lhe ao chão. Sem esperar o segundo guarda atacou mais uma vez com um chute em suas costelas. O ladrão rolou para a direita.

–Onde pensa que vai? –O homem que o derrubou pulou por cima dele impedindo que levantasse e fugisse.

O guarda que tinha a espada presa ao chão a puxou. Ele se chamava Enderner. Carregava o título de caçador da matilha pós havia assassina três dos lobos, os vingadores sem nome. A matilha, como costumavam ser chamados pelos guardas, eram foras da lei que andava nas margens da sociedade. Eles assassinavam tiranos, roubavam dos ricos e vingavam seu povo.

Enderner sorriu ao ver o pequeno ladrão caído a seus pés. O guarda pisou ferozmente no peito de Bélter

–Sou o assassino da matilha e agora o aniquilador de ladrões. –O homem se vangloriou.

O garoto não respondeu. A bota do homem era pesada e sua força superava de longe a do garoto. Seu fôlego se fora e a ferida em seu ombro o impedia de usar sua potência máxima para evitar um golpe.

A lâmina desceu e o líder ladrão fechou os olhos. Estava certo da morte. O ataque teria sido mortal, porém na hora em que acertaria o garoto uma figura negra, rápida como um trovão, saltou do telhado de uma das casas mais altas a volta. Ele não perdeu tempo em defender o ataque do caçador da matilha. As espadas se chocaram provocando um som extremamente alto e incomodo.

Enderner se assustou com a figura. Ele possuía um elmo com pelos e presas de metal, uma espada curvada como uma serpente, uma capa que carregava o símbolo de uma pata canina, sua armadura era cinza como os pelos de um cão, o elmo deixava apenas os olhos castanhos escuros para fora, era alto e forte bem mais que os guardas.

Esta figura era um homem. Esta figura era o conhecido Lobo Cinzento.

O guarda ficou abismado. Ele dês cruzou as lâminas e deu alguns passos para trás sem desviar o olhar da figura.

–Você… Vou cortar sua cabeça e levar ao rei. Certamente ele vai me compensar por tal feito. –Disse o caçador da matilha.

–E quem seria você, guarda? –Perguntou o Lobo Cinzento.

–Eu? –Enderner pareceu indignado. –Eu sou o caçador da matilha, Enderner, porém pode me chamar de Morte!

O guarda do reino de Emglauvius atacou com um golpe irregular sem tática esperando, por sorte que sua lâmina atravessasse o forte metal de sua armadura. O ataque foi desviado com grande facilidade. Enderner passou direto pelo Lobo que com um rápido movimento cortou as tiras de sua armadura. A proteção do caçador caiu e escorregou até o final do telhado onde caiu no chão.

–Maldito! –Praguejou o guarda. –Vai pagar por isso seu desgraçado!

–Creio que reconheço este nome. –Disse o Lobo. –Você matou dois de meus irmãos. Isso é imperdoável. –Os olhos do Lobo se estreitaram mostrando que não brincava.

O caçador engoliu em seco. Ele não arriscaria a vida em um ataque desprotegido. Foi quando olho para o outro guarda que jazia imóvel pelo medo do guerreiro cinza.

–Eliot, ataque! –Ordenou ele

–Eu… –Eliot era sim grande e forte porém era novo e um novato em meio aos guardas. Ele sacou sua arma e deu um passo a frente.

–O que foi, possui coragem de atacar um mero garoto e não de cruzar espadas com um fora da lei? –O Lobo se virou com seus olhos castanhos desafiadores. –Vamos, ataque-me!

Eliot nada respondeu. Também não atacou. Suas pernas haviam travado pelo medo.

–Estar sozinho. –Disse o líder ladrão levantando-se.

–Covarde miserável! –Disse Enderner.

–Agora vá! –Ordenou o Lobo. –Que nunca mais cruze meu caminho ou não terei tanta piedade.

Os guerreiros correram amedrontados. Logo ao encontrar mais soldados mandariam uma tropa atrás do Lobo.

–Você está bem? –Perguntou o guerreiro cinza para o líder ladrão.

–Acho que sim. Eles me feriram no ombro. –Respondeu o garoto.

O Lobo viu o ferimento e constatou que não seria fatal se tratado logo.

–Consegue correr até o esconderijo sozinho?

–Sim.

–Ótimo. Encontro-te lá.

O Lobo se virou.

–Espere. Aonde vai? Você sumiu por semanas.

–Fique calmo. Eu estou bem. Tenho um assunto dos Lobos para cuidar antes de aparecer no esconderijo.

–Irmão…

–tem certeza de que pode ir sozinho até o esconderijo?

–Sim, tenho. Valtor está no templo de Alédia a minha espera.

–Ótimo, não demoro. Fique bem, irmão.

–Ficarei. Cuidado.

O Lobo respondeu. Conteve-se a assentir com a cabeça. Em seguida saltou para outro telhado e se foi em direção ao horizonte.

–Boa sorte, Frederik. –Cochichou o ladrão para si. Em seguida Bélter seguiu para o norte.

Era noite quando na floresta escura, logo a frente da estrada que dava acesso para o reino de Emglavius, uma figura emergiu das árvores e mato. Ele vestia um manto escuro que caia nos ombros até a altura dos joelhos. Suas roupas eram simples, velhas e negras como sua capa. Seu rosto estava coberto polo tecido negro da capa. Ao andar produzia o som de metal batendo. Por baixo do tecido negro escondia-se sua armadura e um cabo de espada.

Ele, sem demonstrar emoção, olhou para o reino das lanças. O homem recuperou o fôlego da caminhada e seguiu para a entrada do reino. Na luz das estrelas e da lua a capa do ser brilhava e o símbolo do reino de Gorgon se destacava. Não havia ninguém na estrada.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler. Não se esqueça de acompanhar a historia e de deixar seu comentário se gostou. Vou postar um novo capitulo depois de amanha (18/11/13)