A figura se levantou dos destroços. Tudo que conhecia agora não era nada mais que cinzas e entulho. Sua maldição era nunca se esquecer do que viu nunca morrer por uma lâmina ou pelo tempo. Ele cria que os deuses tinham o abandonado.

Ele ousou gritar aos céus em desgraça e blasfêmia aos deuses. Ele sabia que só poderia descansar quando o mal que devastou sua terra fosse vencido. A única coisa que restou fora sua armadura de bronze e o capo de sua espada sem a lâmina. Seus músculos ardiam devido a batalha e ele estava sujo.

Desamparado ele o homem caminhou até os destroços do castelo. A construção que outrora fora uma enorme agora não passava de rochas empilhadas. Dentro do castelo caído a única coisa que restara fora o manto real que estava em farrapos. O homem que se movia devagar devido suas feridas pegou o manto e improvisou um capuz.

O capuz descia pelas costas do homem formando uma capa rasgada que chegava até a altura das coxas. O homem escondeu o punho de sua espada na sua cintura escondido pela capa.

O homem saiu do castelo e por horas a fio procurou algum sobrevivente.

Não encontrou.

Ele era o último homem em Gorgon, o único sobrevivente, o amaldiçoado, o herói imortal. Ele viu os destroços de seu único lar mais uma vez e se foi para sempre para o horizonte. Caminhando ele se deparou com uma tempestade de areia sem medo ou receio ele adentrou o turbilhão com seu capuz tampando-lhe o rosto.

O homem desapareceu no deserto ao norte. Agora ele era apenas uma sombra do passado. Um ser amaldiçoado com uma única missão: vingar seu reino caído.