Rin pov
Olhei-me no espelho.
Mikoto tinha mais busto do que eu e com certeza era mais baixa.
Entrei mais uma vez no seu closet e achei um modelo um tanto curto, mais parecia uma camisola, mas o tecido era muito pesado, o que não me levou a ter dúvidas.
O peguei e vesti, ficara bonito de qualquer forma, como Obito dizia, qualquer coisa ficava bonita em mim. E acho que ele estava um pouco certo. Fucei mais e encontrei um cinto marrom escuro. Coloquei um pouco abaixo do busto e pronto!
Desci as escadas que davam pro lado de fora da casa. Não queria descer e ter o desprazer de encontrar Hatake Kakashi. A questão não era ele ter derrubado vinho no meu vestido e sim o olhar presunçoso e arrogante que ele tinha, mas tudo isso uma cara de peixe morto que me dava nos nervos! AGRH! Como um homem podia ser tudo isso e ainda bonito, misteriosamente másculo e com um cheiro tão bom?
Bufei e continuei descendo as escadas.
Recostei-me no para peito da varanda e fiquei apreciando a brisa. Ouvi uns barulhos estranhos. Beijos? Mas, de quem?
Não queria incomodar, quem quer que fosse, mas meus instintos jornalísticos curiosos me imploraram, pra dar uma espiadela.
Fui me camuflando nas sombras nas pilastras até encarar Asuma e Kurenai no maior amasso. Peguei meu celular pra registrar. Claro, assim, se um dos dois fizesse algo, teria munição! MUHAHAHAHA como eu era má!
Posicionei a câmera e bati umas cinco fotos. Dei uma risadinha discreta. E quando me virei dei de cara com Obito, que tinha um olhar que era pura reprovação. Provavelmente vira o que eu tinha feito.
– Apague-as. ele disse baixo, mas ameaçadoramente.
– O quê? fiz-me de sonsa.
– Você sabe o quê! Largue de ser sonsa e apague logo! ele pegou meu braço.
– Okay, mas... Você é tão sem graça! peguei meu celular e movi uma foto para memória externa, enquanto apagava as outras quatro. pronto! Satisfeito? indaguei saindo apressada dali. Obito podia ser meu melhor amigo, mas sabia ser pior que meu pai quando queria.
Entrei no grande salão novamente e fui até meu afilhado afim, de passar pelo menos uns minutinhos com o cobiçado Uchiha. Vários convidados queriam uma foto com ele.
– Tia Rin! Estávamos te procurando pra tirar fotos! o pequeno disse a mim quando me viu próxima a ele.
– Sério? Então parece que adivinhei! disse eu sorrindo e lhe beijando a face.
Posamos para algumas fotos juntos e depois Obito veio ao nosso encontro. Mais fotos. Minutos depois finalmente tinha acabado.
...
Conversava com algumas amigas enquanto ao longe via meus amigos conversarem com outros homens e darem encaradas bem sugestivas pro nosso grupo.
– Rin, com certeza estão olhando pra você! Kurenai disse daquele jeito safado dela.
– Olhe, eu não estou aqui pra arrumar um carinha qualquer e no outro dia ir trabalhar como se nada tivesse acontecido, vocês são solteironas muito desesperadas! eu ri e sai dali.
Amava meus amigos, embora, trabalhasse tanto que não tinha tempo pra vê-los, mas, às vezes, eles me irritavam, muito. Com a mania de querer arrumar um cara pra mim. Isso era chato e inconveniente! Só por que eu tinha 26 anos e não tinha um namorado fixo, não queria dizer que eu morreria implorando carinhos de um carinha por ai!
...
Horas depois já passava da meia-noite e as crianças estavam na cama. Eu observava os empregados tirarem as mesas e cadeiras do salão principal dando espaço para a pista de dança.
– E ai Rin! BORA DANÇAR! era Anko que gritava. Minha sempre doida melhor amiga Anko.
– Tô bem aqui querida! eu ri e ela se infiltrou no meio do povão dançando In the dark Dev.
Sai da muvuca procurando um canto calmo. Sentia-me deslocada na festa, embora conhecesse todo mundo.
Sentei-me na escadaria da frente da mansão e fiquei lá degustando meu vinho, como se ele fosse a coisa mais importante do mundo.
Vi ao longe um homem alto e grisalho com cabelos arrepiados. Rapidamente reconheci. Hatake Kakashi.
O que eu tinha a perder? Levantei-me a caminhei até seu carro Sport.
– Fui meio exagerada há algumas horas. Desculpe. disse fronte a ele.
– Tudo certo. respondeu somente bebericando sua champagne.
– Eu vou esquecer minhas curiosidades, no quesito empresário Hatake e ir como homem Hatake. suspirei. o que te prende aqui na festa ainda?
Ele sorriu um pouco debochado.
– Está me expulsando de uma festa que nem é sua?
– Não! respondi um pouco rápido demais. é só que nas colunas sociais dos meus amigos sempre é noticiado que você pouco fica nas festas e coquetéis que vai. disse eu recostando-me no carro dele.
– São festas de negócio, só vou pra não parecer metido. encarou-me.
– Não me leve a mal, mas não aparecendo em lugar algum, você parece metido e atrai mais ainda a atenção dos jornalistas...
– Então, assessora, o que você me sugere? ele tinha um sorrisinho por debaixo da máscara.
– Você poderia me dar uma entrevista! Tenho certeza que sua imagem iria se fazer muito maior do que já é! eu sugeri dando um sorriso aberto.
Claro, estava o puxando pro meu lado. Conseguir fazer o magnata dar-me uma exclusiva era o prêmio da noite.
– Você é boa de lábia! ele virou para o lado para beber o champagne. quase cai nessa sua conversa de Lois Lane.
Eu sorri e bebi o vinho.
– O que eu preciso fazer pra conseguir uma entrevista? indaguei, como último recurso.
– Nada.
Fiz uma cara de Cuma? e ele sorriu galanteador.
– Não dou entrevistas! e me entregou a taça vazia, enquanto entrava no carro e dava partida.