Rin pov

Segunda-feira, dia odiado pela maioria da população mundial, mas pra mim era mais um dia com minha matéria na capa da Stars Magazine. Dessa vez com Uchiha Madara e seus milhões.

Peguei o elevador e fui até a sala da Tsunade, minha editora-chefe, a mesma havia me mandando um SMS nesta manhã mandando que eu corresse pro trabalho.

Bati na porta da sala e ouvi um sonoro “entre”, Tsunade amava gritar com as pessoas, mas não era por mal.

Obedeci e me fiz presente.

- Bom dia Tsunade-sama! – eu cumprimentei.

- Pare de formalidades menina, você já saiu pra beber comigo! – ela disse levantando-se da cadeira e vindo até mim. – bom dia Rin!

- O que você quer falar? – indaguei um pouco receosa. Tsunade sabia ser assustadora quando queria.

- Outra matéria de capa! – a loira disse e eu arregalei os olhos.

- Como assim? De novo? – eu inquiri sentando-me numa cadeira fronte à mesa dela.

- Claro, oras Rin, você é minha repórter mais talentosa e concorre a um Politzer, então nada mais justo do que dar-lhe uma outra matéria de capa!

- Nem sei o que dizer... – realmente, não é todo dia que um editor-chefe vai com a minha cara e ficam me dando matérias de grande reconhecimento, ainda mais numa revisa como a Stars.

- Ora! Não diga! Escreva! – Tsunade voltou a sentar-se em sua majestosa cadeira.

- E quem você quer na capa desta vez? – indaguei já com medo. E se ela pedisse Barack Obama?

- Hatake Kakashi.

- Quem é esse? – indaguei. Devia estar com uma cara de “Cuma?” por que ela me devolveu essa cara.

- Só vou lhe responder por que hoje meu bom-humor está estável! Simplesmente o maior empresário Japonês no ramo da construção civil. E como você sabe, nesse mês estamos focando em homens e de sucesso!

- Disso eu sei! Você se refere ao mascarado? – perguntei.

Mascarado era simplesmente o homem mais estranho que eu já havia visto, e olhem, já vi coisas muito estranhas nessa vida jornalística.

Ele é um cara muito rico, que nunca freqüenta lugares que possuam câmeras fotográficas. Por isso, ninguém realmente o viu, além dos seus sócios e empregados e amigos muito íntimos, que ninguém sabe quem são. E pra melhorar, nas poucas aparições que ele faz, usa uma máscara que cobre até o nariz.

Desconfia-se que ele tem uma cicatriz bem feia na parte inferior da face, nada confirmado.

- Rin! Tá me ouvindo?! – Tsunade me chamou de volta pra Terra.

- Desculpe, estava no mundo da Lua! – sorri.

- Como eu sei que não ouviu, vou repetir! Você terá três semanas pra conseguir a entrevista e tudo o mais! Resolvemos fazer mais uma tiragem sobre Uchiha Madara, como tem vendido muito, não vamos tirá-la! Enfim... O que ainda faz aqui!? Vá logo!

Levantei-me da cadeira e sai as pressas da sala. Cada pepino que eu tinha que pegar.

Meu celular vibrou e eu fui ler o SMS.

”Hoje é aniversário do nosso afilhado, Sasuke, caso você ainda se lembre dos amigos que tem,vá pra casa dos Uchihas lá pelas 19:00h.

Uchiha Obito”

- Merda! – praguejei. Não dava pra ir na festa de aniversário de Sasuke e conseguir a entrevista, não com o plano que eu tinha em mente.

A questão é: Um amigo meu, tem um amigo, que conhece um cara, que tem uma namorada, que tem uma prima,q eu é amiga de uma faxineira na Contrutora Hatake. Enfim, ela vai arrumar um jeito de eu entrar lá e conseguir falar com o próprio.

Ele sempre fica durante toda a noite.

...

Quando a redação começava a içar vazia, isso por volta das 18:00h, eu já tinha meu uniforme de faxineira ao lado da minha bolsa. O expediente na Hatake’s terminava às 18:30h, então eu tinha um tempo de me arrumar e entrar no território proibido para repórteres.

Quando levantei da mesa meu celular tocou. Obito. Ignorei e desliguei o telefone, Sasuke teria que me perdoar, mas iria vê-lo numa outra vez.

Sai correndo da empresa e peguei meu carro. Dobrei algumas esquinas além do limite de velocidade e logo cheguei ao meu antro de primeira página.

...

Já havia trocado de roupa dentro do carro e estava irreconhecível com meu uniforme de faxineira. Uniforme muito feio, devo ressaltar, mas em busca de capa, se faz tudo!

Ao entrar num lugar que era como uma cozinha, ouvi uma senhora dizendo:

- É realmente um milagre! Ele nunca sai antes do fim do expediente! Mas, ele é o patrão!

Outra senhora disse:

- Ouvi dizerem que ele foi a uma festa!

Merda

Sai dali correndo de volta pro carro, eram 18:40h, então ainda dava tempo de chegar no aniversário do Sasuke.

Mas, eu não queria chegar de mãos abanando, o que comprar? O menino estava fazendo oito anos, o que dar pra uma criança nessa idade?

Quando eu tinha oito anos, eu ganhei um gato, mas Sasuke odeia gatos, então...

...

Sai da loja já vestida, tirei a etiqueta do vestido no carro mesmo. Ele era preto rodado na altura do joelho e era tomara que caia.

Peguei meus sapatos de ir pra revista, perfeitos saltos 6 cm pretos.

Acelerei cantando pneus.

...

Cheguei na mansão Uchiha meio que assustando os manobristas, eu tenho um Conversível ano 2000, vermelho, então podemos dizer que ele corre.

Saí do carro com meu pacote e como todos já conhecem a madrinha doida do aniversariante, não fui barrada nem nada.

Quando entrei na mansão me surpreendi, com tanta gente naquela casa, que costuma ser mais vazia que um cemitério a noite.

- Tia Rin! – o pequeno Sasuke gritou e eu me virei pra encará-lo correndo pra mim.

O peguei no colo e sorri.

- Oi meu anjo, feliz aniversário! – disse e lhe dei um beijo estalado na bochecha. Ele é tão kawaii! – seu presente! – disse eu pegando a caixa e de lá tirando um filhotinho de são Bernardo ainda bem pequeno, cinco meses pra ser mais exata. – gostou?

- Sim! Sim! Sim! Obrigado tia! – ele me deu um beijo de volta e saiu correndo dali, provavelmente pra mostrar o presente.

- Resolveu aparecer foi? – Obito veio até mim me dando um beijo na bochecha.

- Não venha com essa! Você sabia que eu viria! – disse eu sorrindo e pegando uma taça de vinho da bandeja de um garçom.

- Mas, você sabia disso? – ele indagou pegando uma taça também.

- Chega disso! Eu estou aqui não estou? Você deveria parar de bancar o meu irmão mais velho! – eu disse saindo de perto dele.

Enquanto eu andava no meio dos convidados eu vi Tsunade e Jiraiya juntos, preferi não interferir, zoaria ela amanhã com certeza. MUHAHAHAHAHA

Olhar pro lado e continuar andando, não é uma boa ideia!

SPLASH

Merda

- Olha só o que você fez! – eu exclamei enquanto tentava limpar meu vestido do vinho tinto.

- Desculpe. – ouvi uma voz grave dizer.

- Desculpe?! Isso você diz quando olha uma mulher gosta e pergunta qual o sexo do bebê e ela é só gorda! Você manchou meu vestido! Não tem nem duas horas que eu o comprei! – eu então, encarei o inútil que havia feito o estrago na minha roupa.

- Já pedi desculpas, se isso serve de consolo, mande a conta da lavanderia, ou eu lhe compro outro. – ele disse um pouco impaciente.

- Tá! – eu falei um pouco mal-humorada.

- Rin! Kakashi! Que bom que vieram! – Mikoto disse sorrindo vindo até nós dois. – O que aconteceu com seu vestido?

- Esse... Ser... Esbarrou em mim! – eu disse o encarando acusadoramente.

- Vem querida, suba e eu lhe empresto um vestido meu... – Mikoto disse e eu subi com ela. Mas, não sem antes olhar pra trás.

Muito curioso o homem que acabou com meu vestido ser meu alvo. Usaria isso a meu favor, ah se usaria!