Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 17
Amor ou morte?


Notas iniciais do capítulo

Depois de alguns dias sem postar ta aí mais um capitulo.
A música q eu escolhi tem tudo a ver tb.
Espero que gostem *-*

Boa Leitura!



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La Roux - I´m not your toy

É tudo falso amor e afeição,
Você não me quer, você só quer atenção
Sim, é tudo falso amor e afeição,
Você não gosta de mim, você só quer atenção...

Seu amor se esconde numa noite fumacenta
Não posso nunca saber da verdade
Garoto, seus toques me deixam mistificadas
Gostaria de poder acreditar em você...

 


 

 

Dulce percebeu que a filha estava demorando a retornar ao casarão, aproximou-se da enfermeira Susili perguntando sobre Cléo:

- Cléo ainda não voltou do jardim Susili?

- Não senhora Hillmman. Uma amiga de Cléo está com ela. Acho que o nome dela é Melissa...

- Melissa? Cléo não tem nenhuma amiga com esse nome pelo que eu saiba. - Dulce estranhou.

- Uma loira, magrela, olhos bem azuis... - Susili descrevia a garota.

- Hm... Muito estranho. É melhor eu ir atrás de minha filha.


 Dulce percorreu todo campo até encontrar Cléo desmaiada na grama ao lado da mesa do jardim.

- OH MEU DEUS ALGUÉM ME AJUDE! – Dulce pediu por socorro correndo instintivamente em direção a filha. Logo vieram alguns enfermeiros que carregaram Cléo para dentro do casarão. Lá ela foi reanimada.

Ao abrir os olhos, notou que sua mãe, a enfermeira Susili e o Dr. August a observavam curiosos.

- Cléo, como se sente? – o Dr. Perguntou.

- Enganada, usada, traída... – ela respondia com dificuldade.

- Filha, eu vi as revistas em cima da mesa, eu... Eu posso explicar tudo... - Dulce aproximava-se cautelosamente de Cléo.

- Não há mais nada para explicar, eu já vi. Até você, minha própria mãe participou de toda essa encenação. - Cléo começava a chorar inconformada.

- Foi tudo idéia minha mesmo. Fui atrás de Bill, falei com o empresário dele e fizemos este acordo. Eu permiti que sua imagem fosse usada a favor deles e em troca Bill viria te visitar. Mas eu não previa que vocês dois teriam um romance Cléo, tanto é que quando eu percebi a aproximação de vocês, eu não gostei nada...Pensei que Bill ainda estivesse te usando e hoje ao me deparar com aquelas revistas de vocês dois em momentos tão intimos, eu pude ter certeza de que ele te usou o máximo que ele pode mesmo.

- Já chega mãe! - Cléo chorava ainda mais. - Você não sabe o quanto dói ouvir isso...Dói muito. - ela se encolhia na cama agarrando-se as cobertas.

- Me perdoe filha por favor...Só fiz isto para lhe deixar feliz. Quando Marie morreu o estágio de sua doença avançou. Percebi que precisava fazer algo por você então eu fui lá me rastejar para aqueles interesseiros e lhe trouxe o que você mais almejava. Eu trouxe Bill Kaulitz para a sua vida. Foi a pior coisa que fiz, não sabe o quanto me arrependo...Mas eu também fui enganada por eles.- Dulce abaixou a cabeça envergonhada enquanto chorava.

- Tudo bem mamãe eu te perdoo. Eu não tenho forças para brigar com você agora porque eu sei que temos pouco tempo juntas e sei também que tudo que você faz por mim é com todo amor e dedicação. Eu só quero te agradecer...Agradecer por você ter trazido Bill para a minha realidade para que eu pudesse conhece-lo. Agora eu sei que quem eu amo simplesmente não existe.

Dulce abraçou a filha que estava na cama encharcando o travesseiro de lágrimas. As duas compartilharam aquela dor imensa e avassaladora. Em quem Cléo se apegaria agora para permanecer viva?

- Mãe, onde estão as revistas? - ela perguntou desgarrando-se de Dulce.

- Eu mandei Susili jogar no lixo.

- Pegue-as para mim, por favor...

- Por que quer ler estas revistas Cléo? Para que se torturar mais?

- Quero ler todas para ver se consigo deixar de ama-lo. Apesar de ter consciência de toda a verdade, apesar de saber que ele me usou, eu simplesmente não consigo tira-lo do meu coração. Eu preciso ter mais ódio dele...

Cléo insistiu até Dulce ir pegar todas as revistas no lixo. Ela pediu para ficar sozinha no quarto para ler tudo aquilo em paz.
 Uma matéria pior que a outra, mais dolorosa que a outra. As lágrimas escorriam nas folhas, manchando as fotos, as letras, tudo embaçava, torturava. Os sentimentos embaralhavam-se...Ódio, amor, morte, verdade, mentira, traição, amor, morte...Amor ou morte? O que gritava mais forte naquele momento? O que mais chamava por ela?

 Passou o resto do dia trancafiada em seu quarto. Não tinha forças mais para nada, o desgosto e a decepção pesavam. O que mais torturava era quando a lembrança do calor do corpo de Bill tomava conta de seu pensamento. Os braços magros e acolhedores dele ainda pareciam segurar-lhe forte. O cheiro dele ainda estava impregnado em seu cabelo que ela fez questão de não lavar para preservar o aroma de Bill. As promessas pronunciadas pela voz doce dele eram repetidas várias vezes em sua cabeça:  

 "Quando eu estou com você eu me sinto apenas completo, como se não me faltasse mais nada, eu não sei explicar, só sinto que preciso cuidar de você, te salvar, não posso deixar você ir embora assim..."

  "Você acha que eu te deixaria partir em meus braços? Eu te seguraria tão firme que acabaria indo junto com você..."

  "Eu vou te salvar Cléo, eu juro que eu vou. Eu sou capaz de fazer meu coração bater por nós dois só para te manter comigo..."
                       
 

Cléo

 Por que você fez isto comigo Bill? Justo eu que te amo tanto...Minha mãe tinha razão, nós não conhecemos os nossos ídolos, você é apenas um personagem, o Bill   Kaulitz que eu imagino na minha cabeça simplesmente não existe. Saber que tudo que vivemos foi uma mentira dói mais do que saber que a morte é a minha realidade.   Eu acreditava que seu amor iria milagrosamente me salvar, mas agora ele está me matando cada vez mais. Você era o meu único motivo para permanecer viva, mas agora, tanto faz...

 

O primeiro dia do Tokio Hotel na França havia sido tumultuado. Fãs e jornalistas os cercavam em todos os lugares. O show da divulgação do Cd foi acústico, para poucas pessoas. Bill procurava se focar no trabalho, e ele conseguia. Era extremamente profissional e demonstrava segurança em tudo que fazia. Nas entrevistas que cederam, o nome de Cléo não foi tocado por ordens superiores e isso fez com que elas se tornassem mais leves e divertidas até. Falavam que estavam felizes com o novo Cd, que iriam começar uma turnê mundial em breve. Tom fazia palhaçadas, zuava com Georg, irritava Bill. Esse era o Tokio Hotel na frente das câmeras, a banda que todos adoravam ver. Mas cada vez que Bill encostava a cabeça no travesseiro, a imagem de Cléo vinha sem pedir permissão. A imagem dela o preenchia de amor, de paz, mas também trazia preocupação e incerteza

- Quanto tempo nos resta Cléo? - Bill pensava alto deitado em sua cama naquele quarto que dividia com seu irmão.

- Temos mais dois dias aqui na França Bill. - Tom respondia enquanto dormia.

- Não estou falando com você Tom, estava apenas pensando alto. Estou preocupado com a Cléo, aquele mal pressentimento ainda não passou... Tom você acredita que  o amor possa curar tudo?... Tom? Ei Tom estou falando com você! - Bill virou para o lado tentando chamar a atenção de seu irmão, mas este já encontrava-se no décimo sono.

 
Eles passaram três dias na França e estes três dias foram de trabalho árduo. Shows, entrevistas, tarde de autógrafo, programas de Tv. Toda aquela rotina de banda na ativa. Isso trazia muita satisfação e prazer aos garotos. Mas estava na hora de voltar à Alemanha e com isso todos os “problemas” voltariam também. Bill não se aguentava de vontade de ver Cléo.

Ao desembarcarem no Aeroporto de Hamburg ficaram pasmos com a quantidade de mídia que os esperava. Aquilo era sufocante. O que estava agora na boca do povo era a declaração de Melissa. * Bill usa fã doente para ter destaque na mídia*.
 Ao se deparar com tanta informação nova, Bill entrou em certo estado de desespero: "Meu Deus, o que Melissa havia feito? Ela estava louca?"

 Finalmente os Kaulitz chegaram ao seu apartamento em Hamburg:

- Nossa que loucura hein. – Tom dizia se esparramando no sofá.

- Ah nem me fale, mas de todo jeito era de se esperar vindo de Melissa.

- É Bill, essa garota fez isto para chamar atenção, você sabe como ela adora aparecer. E agora o que você vai fazer meu irmão?

- Vou procurar a Cléo, dizer que voltei, ver se ela está bem...

- Ah, quando está pensando em ir até lá?

- Hoje mesmo.

- Então irei com você!

- Está falando sério Tom?

- Claro. Estou com saudades da minha frágil e bem apanhada cunhadinha. - Tom fez aquela cara de safado que só ele consegue.

- Não gosto dessa sua cara Tom. Já me basta saber que você já a viu apenas de soutien... – Bill ria do próprio ciúme.

- Tudo bem, vou deixar esta para você. A agenda do meu celular já está lotada de números de meninas do mundo inteiro mesmo, para que mais uma? – Tom dizia se gabando.

- É bom mesmo... Só que tem uma coisa Tom. - os olhos de Bill revelaram uma certa preocupação - A mãe dela deve estar p*** da vida comigo por causa do "rapto".

- Pode crer hein. Pensando melhor meu irmão, não irei com você não. Boa sorte! - Tom deu dois tapinhas no ombro de Bill e levantou-se.

- Você vai comigo sim. Eu não agi sozinho aquela noite. Você também está envolvido nisso.

- Mas a idéia foi sua!

- Foi sua também Tom. Quem foi que teve a idéia de escalar a janela dela? - Bill revidava.

- Mas quem foi que teve a idéia de ir busca-la? Você, VOCÊ!

- Mas...

Os irmãos discutiram durante minutos como dois teimosos. Bill acabou convencendo Tom a acompanha-lo.Arrumaram - se comeram alguma coisa e seguiram para o Spa Medicinal.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Bill está ancioso em reecontrar Cléo, mas ele mal sabe o que o espera. Qual será a reação de Cléo ao ve-lo?
Não perca as próximas emoções desta história. Como lutar contra as forças do próprio coração?