After Midnight escrita por Paloma Tsui


Capítulo 23
Fora de Controle.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Então só queria avisar que acabaram meus cap.s adiantados, e eua chei esse cap. muito legal então não quis dividir ele em dois, por isso eu deixei ele grandinho assim, então espero que gostem, juro que vou me esforçar pra escrever e tentar manter minha frequencia. Enjoy



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Acordei com vento súbito que abriu a janela. E continuava ventando. Uma ventania forte e intensa. Apertei os olhos e me forcei a parar. E como de costume, de súbito parou.

Brad abriu a porta do nada, com os olhos arregalados e vasculhou o quarto com o olhar.

_ Já era pra isso ter parado – eu falei. – O Halloween já acabou, mas parece que esta piorando.

_ Você não era da realeza da última vez que isso aconteceu – Brad respondeu. – Os espíritos não estão ao seu favor. Pelo menos... Não os daqui.

_ Se continuar assim não poderei mais dormir. Posso pegar no sono e do nada um tornado arrancara a casa do lugar.

_ Você esta exagerando – ele saiu da porta e se sentou na cama.

_ Isso não acontece com você, por quê?

_ Você é mais poderosa do que deveria, precisa controlar esses poderes.

_ Tenho feito coisas levitarem a semana inteira.

_ Não é suficiente.

_ Então o que eu supostamente tenho que fazer?

_ Eu não sei, mas sei quem sabe...

...

O Sam chegou e se deparou comigo na sala numa conferencia com as Hexembiests.

_ Vamos lá, tente quebrar essa pedra – Anne mandou.

_ Isso é uma pedra? – eu perguntei pegando o objeto que tinha um formato indefinido, mas parecia ser algum tipo de recipiente que guarda algum tipo de gás que muda de cor, e o gás parecia dançar lá dentro.

_ Apenas tente, ok? – Beth indagou.

_ Isso é uma idiotice – eu falei e do nada começou a ventar de novo. Olhei pros lados e só ai que fui notar o Sam. – Ah! Sam! Oi.

_ Olá. Pode me dizer o que esta acontecendo? – ele respondeu.

_ Anne, Beth e Stefania querem que eu quebre essa pedra pra controlar meus poderes – eu indaguei.

_ Isso é uma pedra? – Sam perguntou.

_ Eu perguntei a mesma coisa.

_ Faça essa droga de ventania parar – Chester saiu de lugar nenhum dizendo.

_ Oh! É mesmo – mais uma vez apertei os olhos e tentei fazer a ventania parar, mas precisei de um pouco mais de tempo dessa vez.

_ Esta ficando pior – Stefania informou. – Tente.

_ Ta bem – concordei. Fechei os olhos, respirei fundo, abri os olhos de novo, e com a máxima concentração que consegui reunir, tentei fazer com que aquela pedra explodisse ou algo assim, mas nada aconteceu. – Não dá.

_ Tente de novo – Anne incentivou.

_ Com mais convicção – Beth completou.

Mais uma vez fechei meus olhos e tentei com todas minhas forças que aquela pedra se partisse, mas definitivamente não estava funcionado. Tentei com mais força eu própria parecia que ia explodir, mas do nada, um barulho de balão gigante sendo estourado foi ouvido e começou a chover pó azul, que do nada parou de cair e se reuniu no mesmo formato da pedra, mas agora verde, e do nada avançou sobre mim, entrando no meu nariz, boca, e ouvidos. Joguei a cabeça pra trás com uma imensa violência e senti toda aquela magia dentro daquela pedra começar a circular dentro de mim, e depois parou. E tudo estava calmo.

_ Deve ter funcionado – Stefania disse por fim.

_ Me sinto ótima – indaguei. – Sam, que tal irmos ao parque?

_ Ahn... Eu acho que seria ótimo – ele concordou.

_ Optimum – significa “ótimo” em Francês. – Vou me arrumar.

...

Depois que escolhi uma roupa e voltamos pra sala nós fomos em direção a porta, mas assim que abri alguém estava pronto pra tocar a campanhinha. Era o Kurt.

_ Ah! Oi – eu disse quando o vi.

_ Oi – ele respondeu. – vim ver se você estava bem, você estava estranha no dia do Halloween, achei que já devia ter melhorado...

_ Quem te contou onde eu moro? – pareceu ser uma pergunta rude, mas fiz mesmo assim.

_ O Sam – ele respondeu um pouco receoso.

_ Ah. Tudo bem. Eu te convidaria pra entrar, mas nós já estávamos saindo – também pareceu rude então tentei contornar. – Deveria ir com a gente.

_ Ta, tudo bem, pode ser – ele disse dando de ombros.

Seguimos pro meu carro enorme e deixei Fred dirigir e Jason no banco do carona, e Kurt, eu e Sam fomos sentados no banco de trás. Só naquele momento havia me ocorrido que o carro era enorme por que Fred e Jason eram enormes e eles estariam comigo em qualquer lugar.

Passamos em uma loja de conveniência e compramos várias besteiras, liguei para as meninas e mandei-as irem para o parque. Depois seguimos caminho.

...

Estávamos sentados no chão perto de uma árvore comendo besteiras e tendo conversas bobas. Tudo seria completamente normal se Fred e Jason não estivessem observando tudo.

_ Ta bem... Quem vocês acham que foi mais flopada? Perry ou Gaga? – Pâmela perguntou.

_ É uma pergunta irrelevante – Kurt deu de ombros.

_ Claro que foi a Gaga – respondi e todos riram e concordaram.

E assim continuamos com as conversas bobas.

Mas não durou muito.

Do nada eu comecei a sentir meus poderes de novo, o que era uma coisa estúpida por que aquela droga de pedra deveria ter me ajudado, mas eu realmente estava sentindo de novo. Como se estivesse dormindo e do nada despertou com carga total e essa carga total parecia ser mais forte que antes.

_ Galera... – eu tentei dizer, mas acho que saiu baixo de mais e a palavra foi abafada pela risada deles. Meu mundo definitivamente começou a girar. E voltou a ventar. Sam se virou pra mim assustado com a ventania adivinhando que era eu.

_ Esta tudo bem? – ele perguntou colocando os braços ao meu redor. Apertei os olhos para que a ventania parasse. Esta tudo bem. Tem que estar tudo bem. Forcei-me mais e a ventania parou.

_ Esta – respondi forçando um sorriso.

_ Achei que isso parar – ele me olhou cauteloso.

_ Acho que demora um pouco – dei de ombros fingidamente. – Acho que vou caminhar.

_ Ah, ótimo, eu vou com você – Sam ofereceu já se levantando. Não objetei e deixei que ele fosse. Acenei pra Fred e Jason e seguimos.

Nós nos distanciamos demais sem eu perceber. Sam não disse uma única palavra, até que eu finalmente parei de andar e olhei pra trás.

_ Você esta estranha. Sem ofensas – ele disse por fim.

_ Talvez eu não esteja... – Não consegui completar a frase, por que ouvimos um barulho, com certeza Sam ouviu também por que ele virou a cabeça para o mesmo lugar que eu.

_ O que foi isso?

_ Não faço a mínima idéia.

_ Deve ser algum animal. Eu vou checar.

_ Como assim? Vai checar?

_ Esta tudo bem. Eu volto logo – ele disse e se perdeu entre as árvores e eu me vi ali sozinha com dois Mauvais Dentes, não que isso representasse qualquer ameaça.

Depois de uns 10 minutos comecei a ficar entediada. Levantei-me e perguntei pra Fred e Jason.

_ Qual de vocês vai atrás dele?

_ Não achamos que isso seja sensato – Fred respondeu.

_ Os dois querem ir? Podem ir, então.

_ Nenhum de nós deve deixa-lá – Jason disse dessa vez.

_ Ownt. Que romântico. Esta bem, eu vou – falei e fui em direção ao caminho que o Sam havia ido.

Andei por uns bons 5 minutos sem nenhum vestígio dele, mas do nada comecei a ouvir alguma coisa.

_ Ouviram isso? – perguntei – Parecem... Gritos – e sem nem mesmo saber por que comecei a correr.

Mas eu percebi em pouco tempo que estava perdida e não sabia pra que lado as meninas e o Kurt estavam, mas só continuei correndo. Os galhos estavam praticamente me chicoteando e com o surto de adrenalina começou a ventar. Sem parar de correr eu fechei os olhos e tentei fazer com que parasse, mas não funcionou por que, sem avisar, um declínio na terra me fez cair, e eu comecei a rolar morro abaixo. Com a velocidade que eu estava e mais o impulso do vento, eu estava caindo absurdamente rápido. E estava doendo. O terreno daquele parque tinha pedras, e galhos caídos, mal encobertos pelas folhas por todo lado.

Quando finalmente o declínio acabou, eu estava desabada no chão de bruços, com um esforço exagerado consegui virar de costas, e as árvores pareciam que estavam se mexendo, se amontoando a minha volta como em um acidente de carro, uma multidão alucinada com celulares para gravarem os feridos.

De novo alguma coisa estava se mexendo dentro de mim. Eram os meus poderes. Mas eu consegui ignorar isso por que agora os gritos estavam mais sonoros.

Tirei força de algum lugar pra levantar e ir ao encontro das pessoas, que possivelmente podiam ser meus amigos, mas os Mauvais Dentes ainda estavam descendo a colina num ritmo irritante de tão lento, ignorei os gritos dele para que esperasse e continuei correndo.

Não foi minha melhor idéia.

Eu estava ficando tonta, estavam correndo cambaleando de uma árvore pra outra. Eu ia desmaiar.

Cai de joelhos e minha respiração estava ofegante, meio que do nada ouvi um barulho como de alguém pulando sobre os galhos e pedras do chão, virei pra trás e olhei, pensando ser Fred e Jason, mas não era. Era um Geier.

_ O que... Tem em você? – o wesen perguntou. – Eu sinto você de um jeito estranho – como de característica ele tinha um sorriso sádico no rosto. Levantei-me devagar e fiquei totalmente imóvel, apoiada na árvore.

_ Machucou meus amigos? – eu perguntei lutando para não desmaiar e tentando pensar no que fazer.

_ Eles correm rápido, são um bando de wesens bem estranhos, mas não valiam nada. Diferente de você. Acho que vou ter que leva-lá comigo – ele fez uma pausa meio longa e depois disso. – Princesa.

_ Não sei do que você esta falando – eu disse muito rápido.

_ Melhor pra mim – ele começou a se aproximar devagar. E do nada pulou pra cima de mim. Virei- me rápido e tentei correr, mas não consegui dar nem três passos, antes de ser agarrada e jogada no chão.

Eu quis gritar, mas meus poderes resolveram se pronunciar, o vento estava forte e agora parecia que ia chover, uma nuvem negra estava dominando tudo. Num surto de energia o Geier foi jogado pra longe e avançou com mais fúria ainda pra cima de mim. E como se eu tivesse empurrado o wesen sem ao menos tocar nele, apenas com um movimento com a mão, ele se lançou pra trás de novo. E estava demorando pra se levantar. Onde estavam meus Mauvais Dentes nessa hora?

Olhei para a árvore ao meu lado e resolvi subir nela, mas não fui uma atitude muito inteligente, tinha outra Geier lá, que numa tentativa de me agarrar acabou me derrubando da arvore, eu cai de uns dois metros e altura e bati a cabeça.

Abri os olhos uns segundos depois, mas tudo estava embaçado, e um cansaço súbito tinha me atingido, eu estava extremamente com sono. Olhei pro lado, e juro que o Fred estava arrancando a cabeça do wesen, provavelmente Jason estava subindo na árvore atrás do outro.

_ Hei! Garota! – alguém estava me chamando, consegui abrir os olhos um pouco e em um breve segundo que os borrões se alinharam eu vi um cara dos olhos verdes estava ajoelhado ao meu lado olhando pra mim. – Não durma, por favor, não durma.

_ Mas eu estou cansada – consegui dizer, embora eu nem ao menos soubesse por que estava cansada.

_ Tem duas opções: fique acordada ou morra – o cara dos olhos verdes disse.

_ Acho que quero viver.

_ Ta bem, então fique acordada. Meu nome é Nick, ok? Nick Burkhardt.

_Burk... Que? – assim terminei de dizer uma corrente de energia percorreu o meu corpo, me fazendo woge e me contorcer como alguém que estava tendo um ataque epilético. Nick foi jogado pra trás assim como os Geier haviam sido, Fred e Jason não conseguiram se aproximar, como se eu tivesse com um campo de força protegido de wesens, mas Nick conseguiu. Eu ainda estava woge, e a floresta estava fazendo uns barulhos horríveis.

_ Você esta destruindo tudo. Precisa parar. – O que ele quis dizer com destruindo? Ele estava ajoelhado ao meu lado de novo, olhei pra ele e então eu vi. Ele é um Grimm.

_ Você... É um Grimm – comecei a ofegar em completo desespero, ainda caída no chão.

_ Não vou te machucar – ele recuou um pouco como se eu pudesse machucá-lo, e ele não fosse o Grimm que arrancaria minha cabeça do mesmo jeito que o Fred fez com aquele Geier.

_ FICA LONGE DE MIM – eu meio que gritei e sem nenhum esforço joguei o Nick contra uma árvore sem ao menos tocar nele do mesmo jeito que havia feito com o wesen. Eu parecia esta irradiando energia. E tudo ao meu redor estava sendo destruído.

_ PRECISA PARAR – alguém gritou, mas eu não tinha certeza quem, estava começando a ficar tonta de novo. E do nada tinha outra pessoa ajoelhada ao meu lado, era o Kurt.

_ Kurt? – perguntei quase num sussurro. – Cadê as meninas? Tem... Tem um Grimm...

_ Ele não vai nos machucar.

_ Precisam ir embora. Eu não... Estou nada bem...

_ Não podemos te deixar. Eu... – não consegui ouvir o resto da frase, só o vi mexendo os lábios e depois a imagem dele começou a ficar um borrão, alguma coisa veio voando de lugar nenhum e o acertou no rosto, ele caiu ao meu lado, eu tentei levantar e olhar pra ver se ele estava bem, mas não consegui. Eu própria não estava bem. Depois mais duas pessoas em formas de borrões se posicionaram acima de mim.

_ Não... Dormir... – eu não estava entendo nada, alguém estava falando, mas eu só conseguia ouvir palavras em pequenos intervalos.

_ Desculpe – eu murmurei, mas não acho que alguém tenha ouvido.

__... Passando – consegui ouvir outra palavra aleatória.

_ Não... Consigo mais... Manter... Meus olhos... – Eu estava murmurando de novo, mas nem consegui terminar a frase, por que eu não tenho certeza se eu estava dormindo ou morrendo.

P. O. V. Sam

_ O QUE ESTA ACONTECENDO? – eu perguntei gritando pra ninguém em especial.

Todo o caos já estava passando quando eu finalmente cheguei ao epicentro da confusão. Arvores tinham caído, tinham corpos jogados pros lados e juro que dois deles estavam sem cabeça.

_ QUEM MATOU AQUELAS PESSOAS? – eu ainda estava gritando e percebi que estava me dirigindo apenas a três pessoas, dois deles eram os guardas da Paloma e o outro era um cara dos olhos verdes.

_ Eles atacaram à senhora Blake – um dos guardas da Paloma disse. Ele parecia horrivelmente culpado, como se nunca mais fosse se perdoar na vida.

_ Onde ela esta? – só nessa hora me prezei a olhar pros lados e vi Pâmela sacudindo a Paloma no chão freneticamente, com Kurt caído no chão ao lado e Priscila sem saber o que fazer com ele. Corri na direção deles e me ajoelhei ao lado deles. Kurt tinha um vergão enorme na cara e parecia desacordado.

_ Parem de sacudi-la – mandei.

_ Ela precisa ficar acordada – Pâmela disse.

_ Por quê? – perguntei.

_ Ela caiu da árvore – o cara dos olhos verdes disse vindo na nossa direção. Ele colocou o ouvido no peito dela e continuou: - o coração dela ainda esta batendo, mas não é por muito tempo.

_ Quem é você? – Priscila perguntou por fim.

_ Nick Burkhardt – o homem respondeu. – Precisamos levá-la daqui.

_ Por que você esta se intrometendo? – Pâmela disse visivelmente abalada.

_ Por que eu sou um Grimm, e eu realmente deveria ter sido avisado que tem um membro da Realeza em Portland.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram da aparição do Nick? Achei que ele seria necessário na história agora, acho que estou me aproximando do final, mas ainda falta muito, então acho que tenho muitas cap.s pra escrever ainda XD Xoxo



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