After Midnight escrita por Paloma Tsui


Capítulo 22
Travessuras ou Travessuras?


Notas iniciais do capítulo

Não. Eu não errei o nome do cap. XD Enjoy ^_^



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_ Sam, não acho que seja uma boa idéia. – eu disse enquanto olhava as fantasias da loja. Eu descobri bem rápido que havia uma grande diferença numa fantasia de bruxa de criança e uma de adolescentes.

_ Já falamos sobre isso – ele disse numa expressão cansada.

_ Mas aquele parque... Ele tem muita energia...

_ Energia? Como assim? – ele me olhou confuso.

_Minha... Mãe costumava fazer magia lá, os espíritos se agitam lá, é... Ruim pra mim.

_ Vai ficar tudo bem. – Ele segurou minhas mãos – Eu não te prometi? – acenei que sim – E além do que, vai ser muito legal.

_ Isso é o que você diz, mas quando eu começar a ter um surto de magia não me culpe. – falei olhando o vestido de bruxa curto demais.

_ Surto de magia? O que? – ele ainda me olhava confuso.

_ Assim olha... – Estiquei a mão e com meus poderes fiz uma arara se mexer meio rápido. Sam desviou antes que pudesse ser atropelado pela arara.

_ É isso que você pode fazer? Atropelar-me com uma arara? – ele me olhou em desafio. Semicerrei os olhos e as luzes começaram a piscar e uma ventania forte abriu as janelas da loja.

_ Ta bem, ta bem, entendi...

_ Meus poderes estão agitados, devia ter escolhido outra hora pra te mostrar isso. – Sam acenou com a cabeça em concordância.

_ Que droga foi essa? – Pâmela disse saindo por entre as araras e os cabides para perto de nós.

_ Só a Paloma me mostrando o quanto ela é capaz – Sam revirou os olhos.

_ Foi você? – Priscila perguntou parecendo meio brava. As duas participariam dos jogos também por que eu concordei que não faria nada sem avisar a elas.

_ Meus poderes estão dançando dentro de mim, preciso fazer alguma coisa com eles. – Dei de ombros

_ Não queimando as luzes e quebrando os vidros de uma loja, – Pâmela completou. – mas enfim, isso definitivamente não parece uma raposa. – Ela ergueu a fantasia que era toda laranja, branca e preta de veludo, com polainas e luvas que iam do pulso até o antebraço deixando a mostra os dedos, um vestido tomara que caia dois palmos acima do joelho que tinha uma calda de raposa enorme atrás, e um chapéu que mais parecia um capuz com orelhas.

_ Na verdade, isso é sim uma raposa, é igualzinho o Tails, aquele do Sonic, isso não é igual a uma Fuchsbau você quis dizer. – Sam argumentou

_ E isso aqui? – Mostrei a minha fantasia que era um corpete preto e laranja com amarrações na frente, um tutu laranja, luvas, e um chapéu pontudo com detalhes também laranjas – Bruxas não se vestem assim, quem inventou isso?

_ Vocês estão na boa, uma fantasia pra mim é que não vai ser nada fácil. – Priscila disse olhando frustrada pras araras.

_ Acho que no seu caso, você terá que arrumar uma fantasia que não tenha a ver com o seu lado wesen. – Sam disse.

_ Mas isso não é contra as regras? – Priscila rebateu.

_ Ninguém se importa com as regras...

O Parque estava muito cheio!

Eram 8 horas de 31 de outubro, e vários adolescentes wesens invadiram o parque escondido fantasiados com roupas respectivas ao seu lado wesen, menos a Priscila que não conseguia achar uma fantasia e acabou vestida de vampira.

A festa parecia bem normal pra mim, a diferença era que nós precisávamos ficar escondidos por que essa era a graça da brincadeira, assustar os humanos enquanto fazíamos nosso próprio jogo, só agora eu entendia por que as pessoas pensavam que esse parque era assombrado.

O Sam participaria de outro tipo de jogo. Eu não havia entendido muito bem, mas era alguma coisa com os outros Blutbaden.

Eu não fazia a melhor idéia do que iria fazer, a única coisa que eu sabia era que não poderia ser pega, ou eu seria arrastada pra alguma parte da festa, mas não estava nos meus planos nem ser vista.

_ Ta bem, por favor, não se percam – pedi.

_ Esse parque me dá arrepios, sério! – Pâmela falou olhando pros lados.

_ O Sam por acaso te disse o que acontece se você for pega? – Priscila perguntou.

_ Acho que você vai ter que jogar o jogo deles – respondi.

_ Alguém devia avisar pra eles que isso é uma grande besteira. – Pámela disse revirando os olhos.

_ Pode ser, sei lá, só não vamos nos perder, por favor – repeti e comecei a andar bem devagar, tomando cuidado ao pisar em algumas folhas e galhos caídos no chão.

Andamos em uma boa parte da floresta que não parecia ter nenhum humano, até que ouvimos um barulho vindo da lateral de algum lado das árvores, mas a coisa se mexeu rápido, era algum wesen, e automaticamente começamos a correr, estávamos descoordenadas então cada uma correu pra um lado. Eu estava na frente, então não podia seguir ninguém, mas tudo que passava pela minha cabeça era: não seja pega, então eu continuei correndo até que o único barulho era dos meus próprios passos e quando parei apenas da minha respiração pesada. Olhei pros lados e aconteceu o que eu havia pedido para que não acontecesse.

Eu estava em qualquer lado que parecia ser longe da trilha por que era escuro e tinha uma grande árvore com longos galhos brotando de todas as partes do seu tronco, e também eu estava exausta. Comecei a subir na árvore e fui até um longo galho a uns quatro metros do chão, passei minhas pernas ao redor do galho e encostei as costas no tronco, e de lá percebi que conseguia ver a lua, estava cheia em um tom de amarelo não habitual, e com isso, mais uma vez senti meus poderes se agitarem em mim. Uma onda de vento começou fazendo as folhas sacudirem e uma brisa refrescante fazer meus cabelos voarem, mas parou instantaneamente quando eu percebi que tinha alguém subindo na árvore.

Eu congelei. Aquele jogo não parecia nada saudável, na verdade era como se fossemos caça e caçador, e no caso eu era a caça. Eu podia muito bem derrubar quem quer que esteja subindo da árvore, mas e se fosse o Sam ou as meninas? E mesmo que não fosse daquela altura a pessoa iria se machucar. Então eu simplesmente continuei lá, mas pro meu alivio, a pessoa parou em um galho um pouco abaixo de mim, e se sentou quase na mesma posição que eu, me pareceu que a fantasia da pessoa era qualquer tipo de felino, por que tinha orelhas, mas eu não sabia dizer qual, mas percebi que era um garoto, percebi também que passaria um longo tempo naquela árvore.

O tempo nem havia sido tão longo assim. Mas de algum modo eu dormi, fechei meus olhos e cochilei por 30 segundos. Foi suficiente, pros meus poderes se agitarem sem minha permissão, fazendo uma ventania exageradamente forte, que me fez escorregar do galho.

Eu escorreguei e bati com o peito no galho de baixo, e depois com as costas no outro, mas consegui raciocinar rápido e antes que pudesse bater com o queixo no outro galho, eu estiquei as mãos e agarrei o galho que tinha um apoio muito ruim, e minhas mãos estavam escorregando.

Mas alguém me agarrou.

Alguém segurou nos meus braços entrelaçando os dedos quase na altura no meu cotovelo, e me impedindo de escorregar, olhei pra cima e vi alguém ajoelhado no longo galho me segurando. As orelhas me eram familiares.

_ Se você me der um impulso eu consigo alcançar a perna no galho – falei num tom meio vacilante. O garoto soltou uma das minhas mãos, e segurou com as duas o outro braço, e me balançou de leve, foi suficiente pra que eu conseguisse passar a perna pelo galho, agarrar com a mão e me sentar. – Obrigado. – eu disse por fim, e naquele momento me dei conta de que nunca tinha sentido tanta falta dos meus Mauvais Dentes. Senti uma pontada de arrependido de ter perdido que apenas por hoje, eles ficassem em casa.

_ Você esta bem? Você deus uns baques meio estranhos – o garoto disse a voz dele me parecia estranhamente familiar também. Tirei o celular do bolso e iluminei o rosto dele, e eu podia ter caído novamente. Era o Kurt.

_ Kurt? – perguntei e ele me olhou duvidoso e depois empurrou o celular na direção do meu rosto.

_ Paloma! A namorada do Sam né?

_ Você é um wesen? – perguntei muito surpresa

_ Você é um wesen? – ele repetiu a pergunta

_ Eu sou, o que você é?

_ Diz você primeiro – ele desafiou. – Não, espera. Eu adivinho. Fantasia de bruxa, Hexembiest?

_ Exato – eu respondi e nós rimos –, mas e você? – olhei pra ele e vi que a fantasia dele era idêntica a do Sam. – Blutbad? – ele acenou que sim e também sorriu. – O que esta fazendo aqui? Não deveria estar no jogo?

_ Eu estou fingindo que estou – ele respondeu – e por que você subiu nessa árvore?

_ Me perdi das minhas amigas, meus poderes estão agitados, então eu cai.

_ Bela história – ele fez uma longa pausa olhando pras folhas das árvores depois virou pra mim e me avaliou. – O que é isso no seu pescoço? – levei a mão ao pescoço e toquei o pingente.

_ O Sam me deu.

_ Ele te deu isso? – ele parecia incrivelmente surpreso. – Ele tem isso á anos – olhei pra ele em duvida. – Você nunca viu? O coração sem metade? Nunca tirou a blusa dele? – ele semicerrou os olhos.

_ Ahn... – ele riu.

_ Bom ele anda com isso faz tempo e agora o coração tem metade. Ele gosta mesmo de você – Meus poderes se agitaram de novo e por um momento eu pensei que iria desmaiar. – Você esta bem? – Kurt perguntou de imediato.

_ Preciso fazer uma coisa – eu disse pegando uma folha da árvore. – Você se importa? – Ele balançou a cabeça que não. Fechei os olhos e concentrei toda a minha energia naquela folha de árvore, a ventania começou de novo, eu abri os olhos e percebi que todas as folhas soltas da árvore estavam voando ao nosso redor, Kurt olhava pros lados freneticamente, e sem avisar, eu parei, e todas as folhas começaram a cair suavemente.

_ Acho que a noite vai ser um pouco longa – Kurt disse olhando pra mim curiosamente.


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Notas finais do capítulo

E ai, gente, gostaram? Então, eu não consegui cumprir a meta dos quatro caps. adiantados e agora só falta mais um até vocês me alcançarem, e eu não sei se quero já ir escrevendo e postando então pode ser que eu demore um pouco mais pra postar, até eu ter pelo menos uns 2 caps. adiantados. Então é isso ae, xoxo :*



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