A noite clara ilumina a grandiosa cidade de Atenas.

De dentro do carro luxuoso Isabella perde seu olhar nas tantas estrelas brilhantes.

Suspira profundamente baixo.

As constelações... Sempre tão magníficas!

As mãos delicadas se pousam no colo coberto pelo veludo macio do vestido.

O nervosismo, a deixa a cada segundo mais e mais aflita.

O estômago gelado, igual às mãos que soam frio.

–Tudo bem?- a voz macia de Edward preenche seus ouvidos, e o toque quente de seus dedos em seu braço, lhe causa uma leve sensação de conforto.

–Tudo.- responde com os olhos baixos.

O grego exala o ar com força, esfregando a mão pelos cabelos.

–Escuta, eu queria te pedir desculpas pelo modo que te tratei hoje de manhã.- evitando encontrar o olhar com o do loiro, ela apenas dá de ombro.

–Está tudo bem.- finge indiferença.

–Não, não está.- o corpo forte se vira no banco de couro ficando de frente a ela.

Com as mãos apoiadas na face, Edward a obriga a encará-lo.

E então, aquelas imensidões azuis se encontram com as orbes de avelã brilhosas.

Calafrios percorrem a coluna de ambos.

–Eu disse coisas más, e fui grosseiro. Magoei você.- com o indicador ele alisa a maça do rosto corada da morena. -Melachriní̱ mou(minha pequena), me desculpe.- pede novamente.

A sinceridade e o arrependimento são claros nas safiras intensas dele.

–Não se preocupe, Edward.- sua voz sai baixa e falhante. Não disse nenhuma mentira.- com esforço baixa o olhar dando um sorriso forçado. E o buquê de rosas, ele já servir como um pedido de desculpas.-

–Não, é mentira sim o que eu disse. Ofendi você...- a mão grande e forte se entrelaça a dela. Me perdoe, mikró(pequena).- seus lábios selam na pele cheirosa e extremamente macia da Swan, que sorri encantada com o jeito carinhoso do grego.

–Não foi nada, ok?-acaricia levemente o rosto másculo com os dedos. Vamos apenas esquecer.- completa.

Ele suspira e sorri torto. Mesmo doce Isabella não deixa de ser teimosa.

–Tudo bem.- concorda com ela. Há, já ia me esquecendo.- enfia a mão no blaiser e retira a caixinha com as alianças. Veja se gostou.- com maestria Edward abre o fecho, liberando a vista para os anéis.

A surpresa de Bella vendo as mais lindas joias sob um travesseirinho, a deixa de lábios entreabertos.

–Gostou?- a voz do Cullen soa longe enquanto a morena continua a admirá-los.

–Sim.- sussurra sem forças.

Uma risadinha escapa pela garganta do loiro, que com cuidado pega o brilhante de 12 quilates, e o desliza pelo dedo anelar dela.

Com adoração, levanta a mão e analisa todos os detalhes do anel.

O diamante grande lapidado em forma de rosa, bem delicada, e o anel gorro e largo feito de ouro branco, combina perfeitamente com a pele alva.

–É lindo.- elogia ainda vidrada.

–Que bom, seriam 780.000 euros jogados fora, se não tivesse gostado.- diz de modo indiferente.

Pasma a jovem o encara, enquanto naturalmente ele coloca sua aliança.

–Que foi?- não intende a descrença exibida no olhar mogno.

–Que foi? Que foi?- exclama. Edward você pagou 780 mil dólares por causa de dois anéis?-

–Não.- responde bufando. Paguei 780 mil no seu, o meu foi um pouco mais barato, coisa de uns 300, 350 mil.- cobre o rosto com as mãos, desacreditada.

–Meu Deus, você gastou mais de um milhão de euros, em anéis?-

–O que tem de mais nisso?- pergunta ainda sem intender a reação dela.

–Só a quantidade de zeros desnecessária no preço.- rola os olhos marcantes pela maquiagem. Você deveria ter comprado algo mais barato. Quero dizer, bem mais barato.- ele bufa inconformado pelas palavras absurdas de Isabella.

–Há Bella, por favor, né? Você queria o que, um anel de plástico, daqueles que vem em balas?- uma leve risada é emitida pela Swan.

–Bom não seria má ideia.- os dois riem juntos.

–Aposto que seria um escândalo.-

–Seria engraçado.- contrapõe divertida.

Ele concorda com a cabeça, ainda sorrindo.

É a primeira vez que os dois conseguem conversar sem discutir ou se provocarem.

Então a atenção de ambos se volta para fora do carro, que entra em um túnel iluminado por holofotes presos no chão de carpete vermelho.

–Chegamos.- a voz rouca de Edward anuncia a ela, que suspira nervosa. Relaxe.- vendo sua aflição ele segura a mão delicada a alisando. Vai dar tudo certo.-

A confiança que ele lhe passa chega a ser invejada.

Respirando profundamente a Swan concorda com a cabeça.

O grego desce primeiro da limousine, e logo abre a porta para que ela lhe repita.

Meio trêmula, consegue se por de pé.

Olha em volta, vendo a grandiosa escada a sua frente.

O mesmo carpete vermelho e grosso a cobre, e dos lados os corrimões dourados a deixam ainda mais deslumbrante.

Morde os lábios, antes de lubrifica-los com a língua.

O nervosismo a cada segundo maior.

–Vamos, mikró(pequena)?- vira seu rosto em direção a Edward, que a encara com um leve sorriso torto.

Puxa o ar com força pelo nariz, que ainda entupido pela gripe recente, cedem a pressão do ar.

Por segundos, até voltarem ao estado insalubre.

–Vamos.- sua voz sai em um risco, e trêmula enlaça o braço fino no do grego.

Há varias pessoas subindo os degraus a sua frente.

É difícil escolhes um vestido entre os tantos presentes nas mulheres.

De renda, tecido, véu, ceda, cetim... Milhares de cores e modelos diferentes, que exibem bem seus altíssimos preços.

Um vento frio soa, arrepiando a pele desnuda da morena que aperta os dentes, ansiosa.

–Se acalme, ómorfi̱ mou (minha linda).- a voz rouca sussurrada em seu ouvido é extremamente excitante e por alguns segundo sente seu mundo girar apenas aproveitando a sensação arrepiante.

Ainda extasiada o casal alcança o topo da escada.

Seguranças parados em duas filas, ao lado das grades de ferro prata que paralisam os inúmeros repórteres.

Alguns dos convidados conversam brevemente, sempre sorrindo as câmeras.

As portas de entradas defronte são gigantescas.

Brancas elas parecem terem sido esculpidas a mão.

Por falar em mãos, as suas tremem e soam gelado.

–Edward, Bella.- a voz conhecida ecoa na cabeça de Isabella que com o olhar procura pela pessoa, que pronunciara os nomes, tentando se lembrar de quem era.

Se voltando a direita, vê caminhar de modo elegante e sempre delicado a irmã do loiro, acompanhada pelo nada zombeteiro, Emmet.

Os dois sorriem na direção do casal.

O grandão vestindo um smoking de cor cinza escuro, o tecido meio fosco. Enquanto Alice exibe suas belas curvas num vestido longo, corte tipo sereia em renda com capa bordada com pedrarias e cristais gigantes, tomara que caia com decote coração.

O cabelo preto, em um penteado delicado com cachos largos e bem moldado.

Ela se desvencilha do irmão, para abraçar o outro.

Os dois riem cumplices, sussurrando palavras em seus ouvidos.

–Bella, está linda.- Emmet a cumprimenta sorrindo arteiro.

–Hmm, obrigada e...- pigarreia sem jeito. Você também está.- o moço alarga o alento e as covinhas aparecem em sua bochecha.

–Cunhadinha, eu estou sempre lindo.- pisca a ela, que sente as bochechas queimarem.

Modéstia é realmente o forte da família Cullen.

Pensa girando os olhos.

–Deixe de ser idiota Emm.- a irmã o repreende com a voz divertida, seu corpo se volta para Isabella, e com os olhos a percorre por inteiro. Bella, você está...- a palavra lhe falta, e ri sem saber o que dizer.

–Perfeita.- o grego completa abraçando sua cintura com o braço.

Os dois se encaram rapidamente, e o batimento da britânica se acelera lhe fazendo suspirar.

–Own, vocês dois são tão lindos juntos.- a frase de Alice a faz virar o rosto constrangida. Tão apaixonados!- os olhos da morena se arregalam.

–Não estamos...- com a cabeça em pé ela começa a negar até a ficha cai.

O casal de irmãos a olham de modo estranho ambos sem intender a reação da jovem.

–Não estão o que?- a pergunta de Alice, faz a deixa paralisada por alguns segundos.

O grego aperta os dedos na cintura dela, que puxa o ar com firmeza.

–Não estamos... Ér... Apaixonados. - Alice arregala os olhos, enquanto os de Emmet se voltam para Edward que tosse desconfortavelmente. Nós estamos... - pensa no que dizer. Amando. - sussurra por fim com o estômago gélido.

Edward solta um risinho aliviado, enquanto a irmã parece estar entrando em combustão.

–Aiii!!- dá um gritinho cerrando as mãos, os olhos parecem estar marejados. Que lindo!-

–Também te amo, meu amor.- o loiro a provoca frisando bem as duas ultimas palavras.
Trinca os dentes, irritada.

Grego imbecil!

–Bom agora que as declarações acabaram, vamos enfrentar o red carpet?- o mais velho dos irmãos, faz aspas com os dedos e aponta em direção ao longo carpete a ser percorrido.

–Você é um idiota.- ela ralha baixo com o Cullen que ri.

–Por quê?- indaga cerrando os olhos por causa dos flashes.

–Ora por quê?- rola os olhos impaciente. Viu o que me fez dizer...

–Eu não te fiz dizer nada, ómorfi̱ mou (minha linda). Você quem disse que estamos amando, depois de dar um terrível fora, diga-se de passagem.- o polegar acaricia a face rosada de Isabella, que se perde na imensidão das safiras brilhantes. Mais confesso que ouvir isso de você foi...- se aproxima um passo. Demasiadamente bom.- completa, antes de lhe dar um selinho demorado.

–Você está.... Maluco?- questiona arrepiada.

–Não, prinkípissa (princesa). Só estou mostrando a todos, que você é minha.- lhe lança uma piscadela, sorrateiro.

Com suas palavras ele a deixa sem palavras, e o no fundo a jovem se controla para não sorrir.

[...]

Depois de quase meia hora o casal consegue finalmente chegar ao salão.

Edward parara em quase todos os jornalistas, pousando para fotos e dando breves entrevistas.

Isabella já se sentia impaciente e irritada, não aguentava mais ouvir:

–Quem é esta bela dama ao seu lado?

–Estão juntos?

–Vocês estão namorando?

–Essa é sua nova ficante?

–Se alguém perguntar, estamos juntos a seis meses.- o grego se inclina um pouco para poder sussurrar em seu ouvido.

–Ok.- responde simplesmente, continuando a caminhar.

O casal atravessa as grandiosas portas, e atraem toda a atenção do salão.

Deslumbrada, a jovem observa os quatro cantos do espaço.

Nunca vira algo tão grande e tão belo.

As paredes, num branco impecável, igualmente as 8 colunas que se dividem em duas fileiras seguindo paralelamente.

Um espelho dágua as corta com uma pequena fonte ao centro, que jorra água de uma delicada estátua.

O chão de mármore branco reluz o reflexo dos convidados que mantém os olhares fixos nos dois.

Com lentidão, descem juntos os três degraus de forma redonda.

–Acho que vocês são o centro de atenção hoje.- Emmet conclui parando ao lado, junto de Alice.

–Não logo deixamos de ser o foco.- responde em meio a um suspiro. Vamos prinkípissa (princesa), tenho que apresentar você para algumas pessoas.- a jovem balança a cabeça nervosamente em concordância.

De braços dados caminha com Edward pelo salão, mesmo sem olhar para os lados sente que a maioria dos convidados os encara.

Aproximam-se de um casal e de cara Isabella reconhece o homem. O Tio médico do grego que a atendera dias atrás.

Ele sorri, e cumprimenta o sobrinho com um aperto de mão.

Ao seu lado uma senhora com um vestido bege e solto sorri para o loiro de modo carinhoso.

–Tio, Tia eu queria lhes apresentar Isabella minha noiva.- os lábios claros da mulher se abrem num perfeito O enquanto Eliezer arregala os olhos. Ambos surpresos. Amor, você já conhece meu Eliezer, e está é sua esposa Carmem.-

–Olá Eliezer e é um prazer conhece-la Carmem.- murmura cordialmente aos dois, que sorriem de leve.

–É Isabella não é?- a mulher pergunta, com a mão apoiada no ombro alvo da moça.

–Apenas Bella.- pede meio sem jeito. Carmem sorri e se aproxima dois passos, lhe pegando desprevenida com um braço rápido.

–Bella seja bem vinda a família. É um prazer lhe conhecer também.-

–Obrigada.- agradece com a voz baixa.

–Edward não me disse nada que estava noivo, no dia em que estive a examinando.- o grego sorri sem graça e coça a cabeça de jeito maroto.

–Era meio que um segredo não é amor? Resolvemos nos assumir aqui. - explica naturalmente.

Em sua mente a morena divaga sob o fato de o grego ter uma lábia incrível, até mesmo ela acreditaria fácil nele.

–Seus pais já sabem?- a pergunta da Tia, a libera de seus devaneios.

–Sabem já os apresentei a ela e vice versa.-

Os tios trocam um olhar e logo sorriem em sincronia.

–Espero que sejam felizes.- a mulher segura nas mãos entrelaçadas do casal e deseja sincera.

–Eu também, e quero ser padrinho.- Eliezer brinca e os quatro riem, a morena sente suas bochechas se queimarem levemente.

–Obrigado Tia.- agradece sorrindo torto. E Eliezer pensaremos no seu caso.- os dois riem e apertam as mãos novamente. Nos vemos cumprimentar alguns convidados, logo nos encontramos de novo.-

–Tem tanta gente.- Isabella sussurra baixinho a Edward enquanto ambos caminham pelo salão.

–Claro que tem.- concorda. Ainda chegará mais, tenho certeza.- a moça suspira e balança levemente a cabeça.

Mais a frente ela observa Carlisle e Esme conversando formalmente com um casal de aparência indiana.

O pai do grego vestido com um meio fraque no tradicional preto, e a mãe exibindo um corpo escultural com um vestido longo, em chiffon, com decote em V e mangas japonesas com bordados de paetês e pequenos cristais luciten formando motivos florais.

A cor ameixa deixa a pele alva feita um algodão.

E os cabelos ruivos presos em uma trança lateral simples mais certamente elegante.

Os pais sorriem na direção do filho que orgulhoso caminha até eles.

–Está atrasado meu bem.- a mãe o abraça, e o perfume doce vem até Bella que sorri com o aroma agradável.

–Todos se atrasam em festa mamá(mamãe).- os dois sorriem cumplices antes de se afastarem.

–Patéras (pai).- Edward o cumprimenta com um aceno de cabeça, e o pai lhe deixa dois leves tapinhas no ombro forte do filho.

–Bella está linda.- Esme a elogia lhe dando um breve abraço.

A morena sorri envergonhada para a sogra.

–Obrigada Esme, a senhora também está muito bonita.-

–Own, meu bem..- apoia a mão quente no braço de Bella. Obrigada, mais nada de senhora.- pede a ela que sorri assentindo.

–Olá Bella.- Carlisle lhe lança um sorriso torto igual ao do filho.

–Olá Carlisle, como vai?- cordialmente indaga, ajeitando a mão na de Edward.

–Muito bem, e espero que você também esteja.-

–Estou sim.- concorda meio acanhada.

–Bom filho, já conhece Amun Sharma e sua esposa Keby, não é?-

O grego se volta sorrindo ao casal que os encaram integramente.

–Claro que sim..- dá dois passos até eles, com Bella em seu enlaço. É muito bom revê-los Amun, Keby.- os três se cumprimentam de modo probo.

–Igualmente Edward.- diferente dos outros o homem de cavanhaque preto puxava um sotaque diferente nas palavras.

–Bom está é minha noiva Isabella. Bella estes são Amun e Keby Sharma, clientes da empresa.- a jovem se apressa em cumprimenta-los.

Primeiro a mulher com um típico vestido indiano de cor vermelha e desenhos estranhos em cinza.

A britânica nunca vira olhos tão pretos e tão grandes em toda a sua vida como os daquela mulher.

E depois o marido que com um terno indiano exibia várias pedras preciosas pelo tecido de camurça em seu corpo.

–Bom se nos dão licença vamos conversar com alguns amigos presentes.- Amun pede antes de sair com a esposa.

–Um homem cheio de ego e petulância. - Carlisle sussurra pensativo. Um garçom se aproxima com uma bandeja de inox, belas taças postas em cima com um líquido claro.

–E dinheiro também, querido.- a esposa completa pegando a bebida da bandeja.

–Não quer um pouco de vinho, prinkípissa mou(minha princesa)?-

–Não tomo álcool Edward.- responde encontrando os olhos azuis brilhantes.

Carinhosamente ele beija a testa lisa de Bella.

Os lábios quentes e macios lhe causam calafrios por todo o corpo.

–Poia eínai ta anapsyktiká edó̱?(Quais são as bebidas sem álcool aqui?)- pergunta a deixando sem entender.

O garçom rapidamente responde a pergunta do Cullen.

–O que prefere, suco, coquetel de fru..-

–Coca-Cola.- responde o interrompendo. O loiro ri antes de se virar e informar seu desejo ao empregado.

–Seu pedido irá demorar um pouco Bella mou(minha).- o grego se vira de frente a ela, com as duas mãos apoiadas na cintura fina. Não temos refrigerante aqui, mais já mandei irem comprar pra você.-

–Edward, não precisava eu...- fala desconcertada e surpresa pela atenção do homem.

–É claro que precisa mikró mou(minha pequena). E não discuta.- seu tom mandão e brincalhão faz um leve sorriso estampar os lábios vermelhos, os quais são surpreendidos por um selinho leve.

Sem xingar ou resmungar a morena apenas controla o sorriso, ignorando as batidas errôneas de seu acelerado coração.

[...]

Com os dedos firmes, chacoalha levemente a taça de cristais em sua mão.

O refrigerante borbulha levemente dentro do recipiente.

O tédio a dominando por completa.

Fora apresentada por Edward a todos os convidados, e já não aguenta mais a cara de surpresa e espanto dos convidados ao ser apresentada como noiva do Cullen.

–Gostando da festa, lovely mou?(minha linda?)- a voz rouca de Edward arrepia sua nuca juntamente dos pelos em seu braço.

Respira fundo e levanta o olhar até encontrar com o dele. Seu coração fica acelerado, mais isso já não é mais novidade. Não quando se trata do grego.

–Sério Edward, isso aqui é muito chato.- reclama sincera. A música é chata, as pessoas na maioria são chatas, e até as conversas são chatas.-

Ele ri com vontade antes de selar um beijo nas madeixas mognos.

–É tenho que concordar com você, essas festas são bem entediantes mesmo.- o polegar alisa a face corada. Mais tem um lado bom nelas...-

–Qual?- indaga, hipnotizada e perdida naquelas piscinas brilhantes.

–Elas acabam cedo.- sem controlar o riso, ela o solta baixinho juntamente do loiro, que a aperta em seu meio abraço. Logo iremos embora, melachroiní̱ (morena). Logo, logo.-

A britânica suspira, e toma mais um gole de sua Coca.

–Bella eu vou... Tomar um ar e já volto.- gentilmente Edward a afasta de seu corpo, dando um passo pra trás.

Seu semblante é pálido, e ele parece estar ofegante.

–Edward, você está bem?- tenta se aproximar dele, porem a mão grande a impede.

–Estou só...- puxa o ar com dificuldade. Preciso tomar um ar.- sem dizer mais nada ele se afasta e caminha apressado pelo meio dos convidados.

–Por que Edward se afastou desse jeito?- Jéssica questiona se pondo ao lado da morena.

–Também queria entender.- divaga ainda encabulada. Ele estava bem até agora... De repente se afastou meio pálido e saiu ofegante.- diz encarando a secretária, que preocupada a encara.

–Anéf̱thynos Elli̱nikí̱! (grego irresponsável)- a voz dela sai meio entredentes. Bella vou ver se ele está bem e já volto..- Jéssica começa a se afastar mais Bella a para com uma mão em seu braço.

–O que ele tem?- indaga.

–Isso é assunto dele Bella, não cabe a mim...-

–Não cabe a você mais cabe a mim. Eu sou noiva dele e se ele está passando mal, eu tenho o direito de saber.- a interrompe firmemente autoritária.

–Eu não posso contar ok? Agora solte meu braço que já estamos atraindo muita atenção. Tudo de que não precisamos é um escândalo.- Bella solta o aperto do braço de Jéssica, e respira fundo.

–Se você não me contar o que ele tem, eu juro que eu farei um escândalo digno de Oscar, então desembuche o que Edward tem?-

–Provavelmente é stress.- diz sem confiança. A morena bufa girando os olhos.

–Ele estava bem e mudou de repente isso não é stress.- rebate já sem paciência. Me diz o que ele tem..-

–Isso não cabe a mim, Bella. Ele é quem tem que te contar.- a grega ajusta a postura a e alisa com delicadeza o vestido caro. Mais vem, eu te levo até ele.-

A morena cerra os olhos.

–Sabe onde ele está?- questiona espaventa.

–Tenho um palpite.- responde antes de lhe lançar uma piscadela divertida.

Calmamente as duas caminham entres as pessoas no salão, a musica clássica adornando o ambiente.

Jéss segue na frente abrindo caminho até um longo e largo corredor.

–Acha mesmo que Edward está aqui?- olha para a secretária que sorri e concorda com a cabeça.

–Acho, Carlisle e Esme sempre alugam aqui para eventos, ou festas. Por ser um lugar bonito e meio isolado.- diz. Sempre que Edward não está muito bem, ele dá um jeitinho de fugir pra cá, é os fundos do salão calmo e tranquilo.- completa.

Por breves segundos os únicos ruídos do corredor são os dos saltos batendo contra o piso de mármore.

–Vem é por aqui.- a secretária a pega pela mão e a puxa, as fazendo dobrarem o corredor e dar de cara com uma porta branca, folha duplas, entreaberta. É ele esta aqui.- confirma obviamente.

As duas com facilidade atravessam o vão da porta e saem a uma enorme sacada.

A noite clara, juto dos holofotes de cristais a iluminam por completa. A vista da cidade de Atenas é magnífica.

Desviando sua atenção do colírio a sua frente Isabella encara a figura alta e máscula de Edward a frente.

Ao seu lado uma mulher com um longo vestido vermelho.

Surpresa ela se cala, e troca um rápido olhar com a jovem ao seu lado.

–Edward?- Jéssica o chama, e instantaneamente os dois se sobressaltam se afastando.

Com a ajuda da luz, a britânica consegue visualizar o rosto angelical da loira ao lado do grego.

De forma fica e com traços delicados, a moça mantém os lábios carnudos e gloriosamente vermelhos entreabertos.

Os olhos parecem piscina vívida. Muito belos.

–Jéss, Bella eu... Hm... O que estão.. Fazendo aqui?- questiona falhante.

–Viemos te procurar.- a secretária responde encarando a mulher. Tanya, não a vi chegar.- diz meio desconfiada.

Ainda surpresa, Bella observa os dois se aproximarem delas.

–Pois é eu... Cheguei a pouco tempo.- a voz elegante, a desperta.

E a raiva começa a preenche-la.

–Tanya, deixe-me apresentar minha noiva a você..- Edward caminha até a morena e segurando sua mão, a leva até mais perto da loira, que exibe um sorriso brilhoso nos lábios. Esta é Isabella, minha noiva.-

Já de perto consegue observar melhor os traços afeminados de Tânya.

O vestido tomara que caia vermelho de renda lhe caiu muito bem, ainda mais com os cabelos loiros lhe emoldurando o rosto.

–E Bella, esta é Tanya minha... Prima.-

Respira fundo e se controla para não jogar aquele desgraçado do alto da sacada.

–Prazer.- estica a mão a Tanya que sorri antes de segurá-la firme.

–O prazer é meu.- responde cordialmente.