Darkness escrita por Felipe Alves


Capítulo 5
Híbridos.




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– Selena. Espera.
– Fique longe....Por favor... – Ela começou a chorar. Sentindo Medo. Medo de mim.
– Selena, por favor... Podemos conversar? – Percebi que estava com vontade chorar também. Minha própria irmã com medo de mim.
– Sobre o quê? Sobre você ser um assassino?! Sobre você ser um Monstro?!! – Ela explodiu.
– Eu não contei nem a você nem a mãe por que saberia que essa seria a reação de vocês...
– Preferia morrer com esse segredo?!
– Vampiros não envelhecem Selena...
Ela ficou parada. Sua respiração ficou densa. Seus olhos tremiam.
– Nunca...? – Ela perguntou com seu tom de voz tão baixa, que se eu fosse um humano, não teria ouvido.
– Nunca.
– Você nunca envelheceria. Acha que não íamos notar? – Dessa vez sua voz é suave. Não é exatamente calma, mas não esta mais desesperada como antes.
– Eu ia pensar sobre algo a fazer. O único modo seria abandonando vocês.
– Você nos iria abandonar mesmo? Depois de tudo que passamos?
– Selena. Se eu tentasse explicar a Cristina, ela provavelmente nunca acreditaria em mim, me chamaria de louco, ou mandaria a polícia para me prender. Ou enfiaria ela mesma uma estaca no meu coração.
– Enfiar o que...? Olha. Vamos esquecer isso, ok? Não estou a fim de ficar pensando em um futuro que nunca acontecerá.
– Concordo...
– Selena, eu sei que você pode achar estranho isso, e é. Mas peço que tenha calma. Explicarei-te tudo que deseja saber. Juro. Mas tente que assimilar o que conseguir. Um vampiro esta nos ameaça para uma guerra. Temos três meses para nos prepararmos. Ate ai tudo bem, mas ele tem um exercito, e nós temos quanto mesmo Dante? – Jace revirou seus olhos negros para mim.
– Deixa eu ver. Ali, Nath, Você, Eu... Quatro ate agora.
– Ali e Nath ? – Ele me olhou torto. Como se os nomes lhe fossem familiar.
– Sim. Você as conhece? – Perguntei. Nath o conhecia, falava de um jeito como se nunca o tivesse conhecido pessoalmente, e Ali, fazia tempo que eu não via a guria ruiva. Podia-se dizer que eu ate estava com saudades dela.
– Ouvi algo sobre uma tal de Nathalia Valdez. É essa? – Não tenho certeza. Só sei do primeiro nome.
– Se ela é uma vampira então ela esta dentro.
– Sim. Mas precisamos de mais. Muito Mais. – Conheço algumas ‘pessoas’. Acho que, que possam consultar elas depois..
– Mais vampiros ? – Perguntou Selena, que estava quieta ate agora.
– Sim. – Respondeu Jace.
– Para onde vamos Dante?
– Nós? Eu estava pensando de arranjar um hotel para mim e te deixar na rua, mas já que insiste...
– É Serio Porra!
– Vamos ficar com Jace, esqueceu?
– Ela esta mal. Quando ainda vivia, e estava mal, eu esquecia algumas coisas rapidamente. Parece que ela tem o mesmo problema – Ele disse sorrindo, vai saber por quê.
– Vamos levá-la logo para minha casa. – Sugeriu Jace.
– Ok.
Saímos andando em direção a pista que ficava bem acima da minha casa. Foi difícil passar ao lado dela, ver tudo aquilo queimado, o corpo de sua mãe. Tudo que não havia queimado foram à lareira de metal de minha mãe.
– Jace. Espere aqui, esta bem? – Segui na direção da lareira.
– Por quê?
– Tenho que conferir um negócio.
Entrei na casa pela parede de madeira que foi queimada. Não tinha sobrado quase nada dos móveis – Na verdade, não sobrou nada. –, quando cheguei à lareira, percebi que abaixo dos carvões, algo refletia na luz do sol. Tirei os carvões de lá, e vi uma caixa quadrado, um tipo de cofre de metal também. Ele estava quase todo sujo com o carvão. O tirei de lá com cuidado. Abri-o e não pude acreditar no que vi. Duas pedras gigantes de lápis-lazúli. Ambas eram azuis como um oceano. Guardei-as de volta na caixa e fui ate Jace. Selena tinha adormecido.
– Jace. Ela tinha duas pedras de lápis-lazúli!
– Duas pedras?! Tipo, de verdade?
– Sim. Isso é muito... Suspeito? – Provavelmente. Bom. Hora de irmos.
– Concordo. – Embora tudo isso me parecesse muito estranho, segui Jace manhã adentro.

...
Chegamos a uma casa que ficava a alguns metros do centro, uns 120 talvez? Bem, acho que não podemos chamar aquilo de casa, e sim de um casarão. Um portão de mármore. Bloqueava minha visão de frente, mas olhando por cima dele, dava para ver uma casa com dois andares, ou três? De largura era duas casas da minha. Os pais de Jace deram muita sorte na vida. Que casão. Devo ter ficado muito tempo com a boca aberta, porque Jace começou a rir.
Ele apertou um botão que ficava na parte exposta do portão. Acho que nem com uma Lupa conseguiria ver o botão, mas ok. Esperamos dois segundos, e as portas se abriram, mostrando uma grande garagem, com a entrada da casa seguida por algumas escadinhas. Era simplesmente lindo. Entramos e pude ver que o melhor ficou para o final. Sabe aqueles sofás que você puxa uma alavanca e ele abre mais uma parte para você colocar o pé? Jace tinha uns quinze sofás daquele, no mínimo. Entrando na casa, se via a sala lotada dos sofás, com uma TV mega gigante. Tinha 2 corredores. Um que, segundo Jace, levava a escadas que ia ate o andar de cima, onde estão os quartos.
E o outro corredor, levava a cozinha, banheiro, e um jardim no fundo da casa. Ele colocou Selena deitada no sofá, pegou um cobertor que estava jogado de lado e a cobriu. Isso pareceu fofo, nos cinco primeiros segundos, depois quase vomitei com a cena. Ele me levou ate onde seria o meu quarto. Entreguei-lhe a caixa com as pedras. E fui tomar um banho. Não parava de pensar no rosto de minha mãe, e no ódio que eu sentia por aquele que botou fogo na casa. Prometeu para si mesmo naquela hora que não deixaria nada acontecer a Selena. Quando sai do banho, me enrolei em uma toalha e vi que em cima da minha cama, Jace tinha deixado um Jeans preto surrado. Uma camisa branca, de gola V, um All Stars de Cano alto preto e uma cueca Box. Me vesti e desci para o andar de baixo. Jace não estava lá, segui pelo corredor ate chegar ao jardim. Ele estava deitado, encarando as nuvens e o céu nublado.
– Gostou das roupas? – Perguntou ele.
– São confortáveis. Obrigado.
– São minhas, pode ficar, tenho muitas.
– E Selena...?
– Comprarei roupas para ela mais tarde, enquanto você estiver no colégio.
– Eu ainda terei que ir?
– Você terá de falar com suas amigas vampiras. Pedir ajuda.
– Pois é... – Mais acho melhor você caçar, não? Deve estar com fome.
– Muita, – Sorri. – Cara, nem sei como te agradecer por tudo isso...
– Não precisa, é só não matar ninguém já esta de bom tamanho.
– Ok. – Dei um riso leve – Pode deixar.
Sai da casa. Era perto de uma floresta, então não tive muita dificuldade de sentir cheiro de animais.

...
Achei um cervo. Matei-o antes que pudesse correr. E foi assim com mais dois. Mais minha fome não passava. Até que achei o rei da floresta. Um belo leão, marrom claro, sua juba avermelhada brilhava na luz do sol. Pude sentir seu sangue à distância. Eu precisava daquilo. Precisava muito. Ate que o leão ouviu algo se movendo numa moita e saiu correndo. Eu fui atrás dele. Não sabia o que o assustara. Mas o leão era meu. Apenas meu. Ate chegar a um pedaço da floresta, que não tinha nenhuma árvore, um campo grande, vazio, apenas gramas e uma brisa fresca. Estava perto da minha presa quando um lobo surgiu como vento do lado do leão e o jogou no chão. O leão quebrou duas patas, as duas traseira. Ele não conseguia se locomover. O lobo ia se aproximando. Mais perto e mais perto. Espera! A vítima era minha! Corri e joguei o lobo de lado, com um empurrão. Ia me preparando para matar o animal quando o lobo veio e me jogou no chão. Com raiva tentei morde-lo quando ele avançou. Mas ele pulou, e em pleno ar, ele se transformou em um humano. Fiquei tentando assimilar o que tinha acontecido ali. Mas levei um soco e colidi com uma árvore. Levantei tonto, e olhei para o estranho. Ele usava uma camisa de botão cinza. Uma calça jeans azul com rasgos na altura do tornozelo. Um Red Nose preto. Ele era moreno, cabelos cacheados e com olhos caramelos nem tão escuro, nem tão claro, usava um colar com uma lua no centro. Uma boa estrutura tinha o colar, uma Lua minguante acho, bem pequeno, do lado inferior da Lua, estava escrito algo. Quase não da para notar aquilo, se não me engano, estava “Ártemis Bauducco” e um coração negro. Seria de sua namorada?
Provavelmente... Nesse momento percebi que ele tinha dois anéis na mão esquerda e um daqueles desenhos feitos de caneta perto do pulso, aquilo parecia, um martelo? Apoiei-me na árvore ate minha cabeça parar de rodar.
– O que você é?! – Perguntei.
– Um humano. Não esta vendo? – Ele sorriu, só para me irritar.
– Porra. O que você é ?!
– Um Híbrido.
– Que merda é essa?!
– Pelo Amor! Quantos anos você tem?!
– Dezenove.
– É Serio!
– Estou falando a verdade, fui transformado quando tinha dezessete ainda...
– E alguém te ajudou ate você aprender a usar seus poderes?
– Sim....
– E essa pessoa não lhe informou dos lobos e dos híbridos?!
– Você vai falar ou não?!
– Híbridos são metade lobos, e metade vampiros. Posso ser os dois. Tenho o poder dos dois. Quer mesmo brigar comigo?
– Pode dizer o que quiser. Mas sou mais forte que você.
– Se quiser apanhar é só... – Ele foi interrompido.
– Tony. Chega, ok? – Um estranho de cabelos loiros, olhos azuis, estava em cima da árvore que eu estava escorado.
– Wren. Fica sossegado, falou? – Tony olhou para cima da árvore.
– Tanto faz, melhor nos apresentarmos para o menino ai. – Wren sumiu e apareceu do lado de Tony, eles vieram ate perto de mim. – Desculpe meu amigo, ele anda muito, estressadinho? Raivoso? – Tony olhou de cara feia para Wren– Enfim. Sou Wren Mason. Qual o seu ?
– Dante Alves. Prazer – Apertei a mão de Wren.
– Tony, não seja mal educado com o rapaz, esta bem ?
– Prazer Anthony Doomest. Mas todos me chamam de Tony.
– Prazer Tony.
– Estava caçando? – Wren me pergunta.
– Estava. Ate esse aí acabar com minha presa. – Apontei minha cabeça na direção de Tony.
– Que presa...?
Olhei para onde o leão havia caído, só tinha ossos e sangue ali, onde estava o corpo? Virei-me para olhar em volta e me peguei vendo Wren e Tony rindo.
– Qual a graça? Wren... Foi você que...
– Sim. Sou um original e um híbrido. O que você esperava?
– Um Original.... O que é... – Tony me interrompeu.
– Estamos atrasados. Melhor irmos, Adeus Dante, ate no colégio... Acho melhor você descobrir logo seu outro lado. Relembrar da dor que passou. Por mais que esconda de tudo e todos, isso te perseguira, até você aprender a lidar com isso.
– Espere... – mas eles tinham ido.

...
Como eles sabiam? Se eu escondia isso ate de Jace? Embora eu nunca quisesse me aprofundar nisso, eu sabia que Tony estava certo, aquilo me perseguira, para sempre. Embora eu deixasse isso o mais longe possível, era quem eu era não podia simplesmente esquecer isso. Limpei minha boca, e fui para o colégio daquele jeito.
Logo na entrada, vi Alice escorada em uma árvore lendo um livro. Acho que é The Last Olympian. Quando estava me aproximando dela, uma morena, dos olhos cinza, se aproximou de Ali e começaram a conversar. Ela usava uma camisa de manga longa, com uma estampa de cavalos no meio, cavalos não... Pegasus! Um lindo Pegasus preto com suas asas abertas voando para cima, em direção de castelos ou algo do tipo. Ela usava All-Star de Cano longo preto, Calça longa preta e uma jaqueta azul, fones de ouvidos pendiam em seu pescoço, pude ouvir a musica, “Sweet Dreams” do Eurythmics. Ótima musica por sinal. Mesmo com a morena ali, eu avancei, precisava falar urgente com Alice.
Me aproximei o bastante dela, ficando em sua frente.
– Oi. – Disse.
– Oi Dante. Essa é minha amiga Fran. – Fran estendeu a mão, e eu a apertei.
– Prazer Fran.
– Prazer.
– Ali, eu preciso falar urgente com você.
– Ok. Mas, ela também é um vampira, nos ouvirá de qualquer jeito.
Outra vampira? Perfeito!
– Então tenho que conversar com as duas, tipo, longe daqui.
– Pode ser.
Fomos ate atrás do colégio, onde geralmente era um estacionamento, ate um menino morrer ali ano passado e ninguém mais querer ir para ali.
– Uma guerra de vampiros está preste a começar. Vão querer destruir a cidade, temos três meses ate que isso aconteça.
– Espere o que? – Alice virou a cabeça de lado.
– Temos que nos preparar para uma guerra. Entenderam? Estamos aceitando todo tipo de ajuda.
– Esta me convidando para uma guerra?
– Estou te falando o que vai acontecer se você não ajudar sua cidade.
– Hum... O que acha disso Fran? Esta dentro?
– Se for para ajudar isso aqui. – Ela virou os olhos para o lado.
– Onde será nossa Batcaverna? – Alice entortou um pouco mais a cabeça.
– Sei de um lugar, só que não terá quartos o suficiente. Eu acho...
– Nós duas dividimos uma cama, esta tudo certo. – Ali Sorriu.
– Beleza. Quando sairmos daqui eu te levarei ate lá, pode ser?
– Ok.
Deixei elas ali e fui para minha aula de biologia. Depois da Física, fui para a sala a biblioteca. Tinha que assimilar tudo o que aconteceu, aquilo com minha mãe e tudo mais. Era difícil, aconteceu tudo tão de repente. Precisava ficar só, em um lugar calmo. Para minha sorte, não estava cheia a biblioteca. Para não acharem que eu tava ali de bobeira, peguei um livro qualquer e fiquei olhando para ele, mais meus pensamentos sempre se voltava a minha mãe. Ela sabe o que sou realmente? Ela sabe sobre meu outro lado? Acho que isso pode ter uma linhagem. Não sei, é muito estranho, dois anos atrás, eu daria minha vida a Jace, por me tirar de toda a dor que passei, Eu realmente sentia dor de ser...
– Oi.
Levantei a cabeça. Amy.
– Oi. - Ela puxou uma cadeira da mesa ao lado, e a pôs ao meu lado. – Tudo bom?
– Sim – Menti – E você? Como foi com a polícia?
– Então... Acharam álcool no sangue deles, estavam todos bêbados. Meu pai terá de pagar a frente de casa, mas ele disse que não e tão caro assim.
– Só uns quatro milhões, nada tão caro. – Ela começou a rir. – Tenho que ir, minha amiga esta esperando no carro.
– A Nath?
– Sim.
– Tenho que conversar algo com ela.
– Claro, poderia vir conosco.
– Não posso, é um negócio rápido. Vamos lá, eu falo com ela e vocês duas vão.
– Ok.
Sai da biblioteca e segui Amy ate ela chegar ao carro. Um lindo Audi R8. Preto com Branco, simplesmente perfeito.
– Nath? – Ela tirou os óculos escuros, e me encarou.
– Dante, oi.
– Preciso conversar com você urgente.
– Pode falar. – Amy abriu a porta e se sentou.
– Desculpe Amy, é meio que, só eu e ela.
Amy puxou a boca para o lado, a fazendo parecer ainda mais fofa, por fim, ela disse:
– Ok.
– Deixou Amy em casa e volto aqui. Ok?
– Pode deixar.
As vi contornando a entrada e acelerando no máximo, entrando noite adentro.

...
Esperei uns cinco minutos, Tony e Wren apareceram.
– Eae – Disseram eles, meio que ao mesmo tempo.
– Beleza?
– Sim. Lembrou? – Wren olhou em volto, garantindo que estávamos sozinhos.
– Do que?
– Do quanto você sofreu porra!
– Ah... Sim, eu me lembrei.
– Então você sabe que não é apenas um vampiro, né?
– Sim... – Por um instante, pensei que fosse explodir. Eles me fizeram lembrar de tudo, mas como eu esqueci? Foi Hipnotizado? É a razão mais óbvia. Provavelmente, algum outro Hibrido me hipnotizou. Mais quem?
– Você se lembra de quem fez isso com você?
– Não... Vocês sabem?
– Sim.
– Quem?
– Fui eu Dante. – Wren abriu um sorriso largo no rosto.
– Como? Por quê?
– Um ano atrás. Eu e você nos encontramos em um bar. Você estava muito bêbado e começou a me irritar, ate que eu o joguei dentro de um barril e o tampei com correntes de aço que tinham no bar. Depois, com raiva, você veio atrás de mim, depois de brigas e a destruição de outro bar, eu prendi você com correntes banhadas em verbana, e você não aguentava sofrer, me pediu para te fazer esquecer-se do seu outro lado, só de lembrar que foi apenas um vampiro. Que naquela noite, você foi apenas caçar, nada mais. – Eu sentei e fiquei encarando o chão. Não acreditava que fiz isso, não acreditava. – Olhe para mim – Levantei a cabeça– Se lembre.
As lembranças vieram como uma bomba em mim. Lembrei-me de tudo que fiz naquela noite, de brigar com Wren, te pedir para ser hipnotizado. Tudo.
– Desculpe... – Disse.
– Pelo o que? – Wren virou um pouco a cabeça, como Ali fazia.
– Por te causar aquele incomodo e tal.
– Tudo bem cara. – Sorri. Vimos uma menina branca, com cabelos ruivos, com uma camisa preta de ceda, uma jaqueta toda modificada, de couro, calça de couro e uma bota preta, não consegui distinguir de que material era feita. Wren olhou para ela, ficou tempo suficiente ate ela olhar para ele, sorrir e piscar com o olho direito. Ele ficou vermelho.
– Meus parabéns. – Tony bateu as palmas das mãos.
– Cala a boca Tony.
– Eae galerinha. – Nath apareceu atrás de nós três.
– Oi Nath – Tony se virou e beijou sua bochecha.
– Oi Nath – Wren beijou também a sua bochecha.
– Para. Vocês se conhecem?
– Quem não me conhece Dante? – Nath sorriu
– Me explique agora isso tudo.
Explique toda a história para eles do começo ao fim.
– Temos que nos preparar, treinar, juntar o máximo de aliados.
– Concordo.
– Esta na hora de me mostrar o lugar, certo? – Alice e Fran apareceram.
– Sim, sim. Mas como todos vocês vão...
Vi que tinha o carro de Nath e uma Ferrari vermelha de Alice.
– Ok. Vamos lá.
Entrei no carro de Nath e fui à direção da casa de Jace. Eu, Wren e Tony em um carro, Nath, Alice e Fran no outro. Quando chegamos lá, Jace estava na frente da casa, sentado na escada, conversando com Selena.
– Jace? – Ele levantou a cara, surpreso, por eu estar com mais umas cinco pessoas.
– Quem são eles?
– Você pediu ajuda, aqui esta
. – Meu Deus... Entrem, Selena, você pode pegar o bolo?
– Sim.
Entramos e ele nos levou a sala, tirou jogos e os controles de cima da mesa central, e colocou em cima do vídeo game.
– Então, já discutiram sobre a guerra?
– Temos que ter um lugar para treinar. – Tony sugeriu.
– Onde? – Nath o encarou.
– Não sei, na floresta? Podemos montar uma base lá. Algo assim.
– E os inimigos? Sabem que são? – Wren perguntou.
– Eu sei. – Um homem alto, com barba rasa, cabelos pretos e usava camisa longa, jeans e um Vans.
– Não adiantam o que tentarem, nós sempre estaremos um passo a frente. Jace, pode se perguntar “Por que ele esta aqui?”. Disfarcei-me como entregador de Pizza hoje, e você caiu fácil. Acho melhor vocês desistirem e se unirem a nós.
– Nunca! – Gritei. Tony apareceu atrás dele, com as duas mãos envolta de seu pescoço, iria arrancar a cabeça dele.
– Eu sei onde Lua esta! Eu sei! – Gritou o homem, isso fez Tony paralisar, nunca o vi tão abatido, quem era Lua?
– Onde. Vocês. Estão?! – Ele disse isso devagar, mas com ódio nos olhos, eu vi isso.
– Não me mate, por favor... – Gemeu o homem.
– Fala seu merda!
– Estamos na fazenda da velha Kerb. Ela esta presa lá.
Tony colocou seu braço dentro do homem, tirando seu coração de lá.
– Eu vou atrás dela. Alguém vem comigo?
– Mas não sabemos direito quantos deles tem... – Jace foi interrompido por Wren.
– Eu vou. Dante venha também.
– Ok.
– Tony, espere... – Ele chutou a porta, que foi para do outro lado da rua.
– Pessoal, quando voltarmos, explicaremos tudo. Prometo. Tony virou se virou e olhou para eu e Wren.
– Vamos. Logo!
– Tudo bem. – Logo senti algo dentro de mim se contraindo, eu queria testar isso. Queria poder sentir isso de novo. Ajoelhei-me no chão e lentamente e dolorosamente fui me transformando em lobo. Pude ouvir um grito ou algo “Nossa”. Mas fui para o lado de Tony, pelo o que consegui ver, eu era moreno, um lobo moreno. Wren se virou para o pessoal e sorriu.
– A propósito, ele é um Híbrido.


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