Darkness escrita por Felipe Alves


Capítulo 10
Um futuro não tão distante...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, to sem computador por enquanto..



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Passei três semanas sem ir ao colégio, estava bastante ocupado treinando e cuidando de Amy. O lado bom é que ela aprendia rápido, o ruim, é que suas emoções estavam mais fortes, o que gerava uma crise de choro ou de raiva em certas ocasiões. Nesse tempo, Alice e Eryck se intimaram bastante e estão namorando. Eryck mostrou ser um de nós. Uma semana e meia atrás, uma loba que conseguira fugir da fazenda, tentou uma emboscada para Alice. Eryck a salvou, e em meio a tudo aquilo, Alice o beijou. Então foi meio que por ai que começou.
Em certos momentos, eu pedia para Fran e Nath ajudarem no treinamento da Amy, faze-la beber só sangue de animais. Eu sou um péssimo professor quanto a isso. Porque, cai entre nós, fugir um pouco das regras é bom de vez em quando.

...

– Aonde pensa que vai?! – Lua me encarava ferozmente enquanto eu subia as escadas.
– Me trancar no banheiro e me drogar sem ninguém ver – sorri – algum problema?
– Sim, você vai lavar a louça hoje! Nós, as garotas, lavamos Todos os dias. O pessoal saiu, eu to cansada, então você vai lavar aquela merda!
– Não mesmo! – Volto a subir as escadas.
– Você vai, nem que eu tenha que te arrastar até aqui!
Subo as escadas e me viro.
– Pegue-me se conseguir!
Vou andando normalmente até meu quarto, escutando os passos pesados de Lua atrás de mim. Tranco a porta, vou até a janela e subo no telhado. Pela minha surpresa, Lua sabia que eu subiria ali em cima. Desci o mais rápido que pude, dando a volta na casa e voltando até a sala. Não escuto mais nada atrás de mim. Me viro e ela cai em cima de mim.
– Te peguei – Disse, erguendo as duas sobrancelhas e sorrindo. Ela desceu a cabeça até a minha, fomos nos aproximando cada vez mais. Consegui sentir o calor do seu corpo ficando cada vez maior, seus olhos verde-caramelo estava a poucos centímetros do meu, nossos lábios estavam se aproximando...
– Dante?! – Ouço a voz de Amy gritar na direção da porta.
– Ahn.. Oi.. Bem.. Eu sei q-que pode parecer, um pouco.. Estranho.. Ela escorregou e c-caiu em cima de mim... – Minto, me levantando.
– Ta, ta.. Que seja. Dante, vá pegar o resto das sacolas no carro. – Murmurou Tony.
– Ahn.. Ok...
Depois de pegar e guardar todas as compras, decidimos alugar alguns filmes de terror e vermos a madrugada toda, o que foi uma ótima ideia, já que estávamos tentando nos distrair sobre a cidade ser destruída e coisas do gênero. Nos sentamos no sofá e ficamos assistindo uma série sobre investigação. Eu evitava olhar para Lua ou até mesmo para Amy. Eu gostava da Amy, mas não podia negar que rolou algo entro mim e a Lua...
Depois de mais ou menos 50 minutos, resolvemos ir nos arrumar, enquanto Wren, Tony e Fran iam comprar alguns filmes. Subi, tomei um banho rápido, coloquei um moletom preto e uma calça jeans. Desci e fui me acomodando no encosto do sofá, perto de Selena e Amy. Recebi uma bacia de pipoca e um copo grande de refrigerante. Logo começou "Jogos Mortais" e ficamos em silêncio, apenas prestando atenção.
Depois de mais ou menos metade do filme, algo começou a incomodar Amy, ela parecia pálida (bem, um pouco mais) e sua respiração foi ficando mais acelerada até eu a convidar para toma um ar. Nos sentamos na frente da casa de Jace, e reparei em Amy, ela estava imóvel, olhando fixamente pro nada. Reuni coragem o suficiente para lhe perguntar o que estava acontecendo.
– Nada. – Murmurou.
– Sempre que acontece algo e eu te pergunto, só recebo essa mesma resposta. Eu sei que tem algo acontecendo. Eu quero te ajudar...
– Por que se importaria em me ajudar?
– Por que eu te amo! – As palavras saíram sem a minha vontade. Eu ainda estava meio que confuso com tudo aquilo, mas Acho que foi até bom de ter dito logo isso.
– Dante.. Eu, preciso te contar algo...
– Diga.
– Logo que eu me transformei, fui vendo todas as vezes que acabaram me hipnotizando. Todas as vezes. Em uma delas, antes de eu te conhecer naquela floresta, Nocturne me hipnotizara para amar você. No começo isso foi bastante confuso, mas agora... Dante, eu.. Eu não te amo...
Se ela tinha algo mais a dizer, não importava mais, pois eu já estava longe dali.

...

Eu fui me distanciando até eu vislumbrar o cemitério logo a frente. Eu me senti um pouco melhor, pois eu ia estar perto da minha mãe, ou quase isso...
Estava me aproximando do seu túmulo, quando notei um pequeno vislumbre branco atrás de mim, eu me virei e fui envolvido em uma névoa. Por mais que parecesse estranho, aquela coisa estava, de alguma forma, me afetando, me enfraquecendo. Eu corri o máximo que pude, mas de nada adiantou. Aquilo nunca tinha um fim. Minhas pernas já tinha perdido a força quando um galho se parte atrás de mim, eu me viro e só consigo ver, por um pequeno segundo, dois olhos vermelhos e um sorriso travesso, antes de adormecer.

...

"Caramba, morreu um gambá aqui?" Abro os olhos e me levanto, meio atordoado. Olho em volta e pareço estar em um armazém antigo, porem, eu não estava sozinho. Uma ruiva familiar esta sentado a minha esquerda, segurando uma espécie de cajado longo e branco, com um formato um tanto engraçado. Pensei em cutuca-la e perguntar onde estávamos, mas achei melhor sair dali, caso contrário, eu iria desmaiar com o fedor. Fico de pé. Quase caiu, mas seguro em algum objeto e vou andando em direção a uma porta de metal. Chegando a porta, eu a empurro de vagar, deixando os raios de sol baterem diretamente em meu rosto. "Caralho, eu estou em cima de um prédio!" Um enorme prédio, mas não foi isso que chamou minha atenção. A minha volta, estava tudo em chamas. Eu podia ver o vislumbre lá de baixo, de uma cidade completamente destroçada . Fumaças emanavam de alguns prédios e de alguns lugares na cidade. O mais estranho é que o prédio que eu estava, era o que não tinha sido muito danificado. Ouvi um longo suspiro, e percebi que Lua estava sentada na extremidade do prédio, vou me aproximando de vagar até ela. Sento-me ao seu lado. Vejo que ela esta chorando, olhando fixamente para baixo.
– Q-que raios aconteceu aqui? Onde estamos?
Ela segurou minha mão com força.
– Dante.. Muitas coisas aconteceram enquanto você não estava.. hum.. Desacordado? Enfeitiçado? Tanto faz..
– Espera, o quê?
– Você foi enfeitiçado á... Meses atrás.. Respondendo sua pergunta, esse lugar é nosso lar, ou pelo menos, já foi um dia..
– Você esta dizendo que...
– ...Eles conseguiram o que queriam.. Os desgraçados destruíram tudo!


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