9 meses escrita por WaalPomps


Capítulo 7
5º mês


Notas iniciais do capítulo

Hey
Eu sei que não respondi as reviews, mas eu não estou em um bom momento, e eu não estou com ânimo pra muita coisa.
Agradeço MUITO a preocupação das meninas que me seguem no twitter, e tentarei trazer mais capítulos em breve.



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_ 105 cm... É moleque, você está enorme. – Fabinho guardou a fita métrica, ajudando a esposa a sentar na cama – Acho que minha mãe estava assim quando o Pedro ia nascer.

_ Reclame com os seus filhos. – ela bufou, se ajeitando nos travesseiros – Chutar para nós sentirmos que é bom, nada. Agora apertar minhas costelas...

_ Miguel, Belle... Vocês podiam chutar para o papai e a mamãe né? Mais pra mim, porque a mamãe já sente vocês ferrando a costela dela. – Fabinho começou a conversar com a barriga da esposa, apoiado na coxa dela.

_ Não adianta, são teimosos que nem o pai. – Giane brincou, fazendo Fabinho rir.

_ A mula empacada dessa casa é você meu amor, nem vem. – ele se levantou, dando um selinho nela – Bom, eu vou tomar banho. Quer me acompanhar?

_ Ah Fabinho, eu não to me sentindo muito bem para fazer sexo. – ela reclamou, e o publicitário riu.

_ E eu lá falei de sexo? Só quero tomar um banho de banheira com você, enquanto conversamos. – ele a ajudou a levantar – Cê precisa tirar a mente do esgoto, ou de falar com a Malu e a Camila. Meus filhos tão ouvindo tudo que vocês falam, e eu quero minha filhinha nascendo pura.

_ Culpe a neura da sua irmã e da Camila de engravidar. A Malu tudo bem, ela e o Maurício já estão casados há mais tempo. Mas a Camila tá me dando medo. – Giane comentou, enquanto tirava a bata e o short que usava – Daqui a pouco eu só vou conseguir usar vestidos.

_ Amor, você parece uma vaca leiteira com os peitos desse tamanho. – o comentário rendeu um soco ao rapaz, mas ele não conseguia parar de rir – Eles estão lindos, considere um elogio.

_ Você é um imbecil. – ela bufou – Me ajuda a entrar na banheira.

Ele sentou, a encaixando entre suas pernas, deixando as bolhas de espuma cobrirem o corpo de ambos, e talvez ajudar Giane a relaxar. Ele começou a massagear os ombros dela, que suspirou.

_ Você não faz ideia do quanto isso é bom. – garantiu ela, acariciando o joelho dele – Eu sinto como se minhas costas tivessem sido pisoteadas.

_ Sinto muito por isso. – ele se desculpou, e Giane negou.

_ Não é sua culpa, não é culpa de ninguém. É parte do pacote para ganharmos eles dois. – ela abraçou a barriga, acariciando-a levemente, até que parou – Eu acho que o Miguel chutou.

_ Sério? – Fabinho desceu a mão, que Giane agarrou, guiando até o local – Não sinto nada.

_ Calma fraldinha, paciência. – pediu ela, mantendo a mão dele ali. Demorou um pouquinho, mas ele sentiu a movimentação.

_ Ele chutou. – o rapaz quase gritou, tremendo de excitação – Nosso moleque já tá dando bicuda desde ai de dentro.

_ Belle, princesa, você podia se manifestar também né? – pediu Giane, acariciando o lado oposto da barriga, onde Isabelle estava – Vai amorzinho, só um chute para a mamãe.

_ Vai filha... Não deixa o seu irmão te passar nessa. – Fabinho pediu, colocando a mão na barriga de Giane. Em resposta, uma pontada – Pelo visto, temos alguém tão competitiva quanto a mãe.

_ E pelo visto, despertamos dois monstrinhos. – ela riu, acariciando a barriga maravilhada – Eles não param.

_ Esses são os meus espermas em ação. – Fabinho alfinetou, recebendo um tapa – Você podia não me agredir e sim aproveitar esse momento, sabia disso?

~*~

_ A que devo a ilustre visita? – perguntou Caio, ao ver Giane entrando no estúdio fotográfico. Quando haviam descoberto que eram gêmeos, ela e Fabinho haviam discutido conversado, e chegado à conclusão que era melhor ela encerrar seus trabalhos como fotógrafa, pela menos até os bebês nascerem. Ai então, conversariam para ver como proceder.

_ O Fabinho tinha que visitar um cliente aqui perto, então vim junto, para matar o tempo aqui. Mas vai precisar me levar embora depois. – Giane explicou, enquanto Caio a ajudava a sentar.

_ Com todo o prazer. – garantiu ele, tocando a barriga dela – E meu afilhado, como anda?

_ Aprendeu a chutar minha barriga e minhas costelas. – resmungou a corintiana, guiando a mão do amigo – Sente.

_ Pelo visto vai gostar de futebol, que nem você. – comentou o fotógrafo – E a princesinha ai? Também vai ser jogadora?

_ O Fabinho prefere pensar que vai ser bailarina. – Giane debochou, guiando novamente a mão de Caio – Eu já disse que ela vai ser o que quiser, os dois vão.

_ Caio. – Camilinha entrou no estúdio gritando eufórica – Ai meu Deus, meus sobrinhos lindos.

_ Calma Camila, respira. – pediu Giane, vendo o estado de afobação da modelete. Ela se aproximou, abraçando a grávida, e dando dois beijos em sua barriga. Depois, virou-se para Caio, pegando-o pela mão e puxando-o para ficar de pé.

_ Olha. – ela tirou o envelope da bolsa, passando para o marido. Caio olhou Giane intrigado, mas a morena apenas deu de ombros, sem entender nada. O rapaz então desdobrou o papel, se deparando com um exame de sangue.

_ Você tá grávida? – ele perguntou surpreso, um sorriso enorme estampando seu rosto.

_ 7 semanas, de acordo com a médica. – garantiu a mulher, sorrindo animada – Nossos sobrinhos terão um priminho ou priminha.

_ Ai meu Deus. – Caio erguer a mulher pela cintura, selando os lábios de ambos e começando a rodar no lugar.

_ Caio, ela vai enjoar. – Giane gargalhou, vendo a expressão de Camila e o desespero de Caio – Agora sim a Malu vai pirar.

~*~

_ Então quer dizer que a Camila está afinal grávida? – perguntou Fabinho, mexendo a panela de macarrão, enquanto Giane apenas observava.

_ Pouco mais de tempo que eu quando descobri. Ela tava tão desesperada com esse negócio de gravidez que demorou para perceber os sintomas. Agora tá lá, toda boba, ela e o Caio. Cê precisava ver ela grudando as nossas barrigas para os bebês “conversarem”. – recordou Giane, fazendo o marido rir.

_ Minha irmã vai pirar. Maurício vai ter que dar duro para aguentar o pique dela. – o publicitário comentou rindo, escoando o macarrão – E eu não sei por que fiz esse comentário.

_ Recomendei que ela e o Maurício brigassem mais. – a grávida comentou, enquanto observava o marido despejando o molho de tomate na massa – Afinal, Belle e Miguel vieram de uma noite de reconciliação.

_ Realmente... Acho que foi a única noite em que nós não usamos camisinha, pelo menos que bata com o tempo da gravidez. – Fabinho pensou alto – Se pensarmos bem, nós não estávamos tentando ter filhos, mas não nos esforçávamos muito para evitar.

_ Cê pensava em filhos? – perguntou a corintiana, enquanto ele colocava a travessa de macarrão na mesa e servia ambos. O rapaz deu de ombros.

_ Pensar eu até pensava, mas não quando nem como. – ele explicou – Quando eu comprei a casa, comprei com vários quartos para podermos ter filhos. Mas não me passou pela cabeça quando eles chegariam. Mas e você?

_ Às vezes eu pensava, quando via os quartos vazios. – ela admitiu, começando a enrolar os fios de macarrão – Vez ou outra eu imaginava umas miniaturazinhas nossas, saindo correndo de lá de dentro, gritando pela gente...

_ Olha, a maloqueira tem sentimentos. – brincou Fabinho, enchendo a boca de macarrão – Consegui! O macarrão não tá duro, nem pastoso. Está comível.

_ E depois de dois anos isso é o melhor que você consegue? – perguntou a mulher, rindo – Como você vai fazer nos dias em que tiver que cuidar sozinho das crianças?

_ Dar a mamadeira. – ele disse o óbvio, comendo mais uma garfada. Giane bufou.

_ Você sabe que, depois dos seis meses, eles não vivem mais a base de leite. E depois do primeiro ano, menos ainda? – ele concordou, a contragosto.

_ É só eu ligar para as avós e elas correm para cá, encher a barriga dos três amores da vida delas. – Fabinho abriu seu melhor sorriso travesso, e Giane bufou.

_ É um crianção mesmo. – ela abocanhou mais uma garfada, parando com cara de pensativa – Fabinho, eu quero comer quiabo.

_ Quem? – perguntou ele, enchendo a boca de espaguete.

_ Quiabo, sabe? Aquele vegetal, fruta, sei lá o que é aquele negócio? – ela fez sinal de descaso com a mão – O importante é que eu quero comer quiabo, mergulhado em chandelle de chocolate.

_ Ficou maluca criatura? – guinchou ele, soltando os talheres.

_ E sorvete de flocos, para misturar com o macarrão. – os olhos de Giane brilhavam – Ai, tá dando água na boca só de pensar. E suco de pêssego com abacaxi e goiaba. E talvez umas folhinhas de hortelã e uns pedacinhos de gengibre.

_ Amor, cê tá com febre? Quer ir pro hospital? – Fabinho perguntou preocupado, mas ela negou.

_ Eu to com desejo. – ela resmungou, começando a chorar – Porque Fabinho? Porque essa gravidez tem que me deixar tão maluca? Tão estranha? Tão emotiva? Tão GORDA?

_ Hã... Quiabo você disse? E flocos, né? – ele perguntou, se levantando depressa. Já era difícil lidar com a Giane briguenta, imagina com a Giane emotiva.

_ Você vai me largar pela vadia da Mel. – ela soluçou – Porque eu to gorda que nem uma porca que vai virar bacon e... Bacon é uma boa ideia. – ela parou do nada, mas logo voltou a chorar – Você me engravidou e não me ama mais.

_ Preferia a marrenta. – resmungou o rapaz, ajoelhando em frente à esposa – Amor, olha para mim. – a corintiana virou o rosto para o marido, que secou as lágrimas dela – Você está linda, maravilhosa. Sua barriga é a coisa mais linda do mundo, porque dentro dela estão as duas pessoas que eu mais amo, além de você. Eu não vou te trocar por ninguém, nem hoje e nem nunca, você vai ter que me aguentar para sempre.

_ Mesmo que eu não esteja aguentando fazer sexo? – ela perguntou com um biquinho fofo, e ele riu.

_ Sua mão ainda é habilidosa o bastante, relaxa. – ele provocou, recebendo um empurrão no ombro – Tranqueira, se o preço para eles dois virem para nossa vida, for algumas semanas sem sexo, paciência. Já passei meses sem nada e não morri, não é?

_ Eu já falei que eu te amo? – perguntou ela, abrindo o sorriso que Fabinho mais amava.

_ Hoje ainda não. – ele deu um selinho nela, descendo os beijos para a barriga – Criançada, façam companhia para a mamãe que o papai vai no mercado. Não quero vocês com cara de quiabo e nem de sorvete.

_ E lembra do bacon. E cheddar em creme. – os olhos de Giane brilharam, enquanto Fabinho ria, concordando.

_ Tudo que você e os bebês quiserem. – ele levantou, pegando as chaves e a carteira e saindo para a garagem.

Giane voltou a comer seu macarrão, sorrindo satisfeita.

_ É anjinhos, o papai pode ser um crianção, mas não existe ninguém melhor que ele para cuidar de nós três, isso eu garanto. – ela comentou, acariciando a barriga. A mulher tomou os dois chutes que recebeu como afirmações a sua teoria.


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