9 meses escrita por WaalPomps
Notas iniciais do capítulo
Heeello gente.
Estou melhorzinha, agradeço a preocupação. Tive uma crise mensal, nada demais. Ou sim.
ENFIM, postei uma short linda, fofa e diva. Corram ler.
E espero que gostem do capítulo
_ Muito bem, muito bem... Todas prontas, e prontos, para as compras? – perguntou Malu, entrando no shopping aos pulos – Só falta a madrinha do Miguel.
_ A Camila está enjoada demais. – desculpou-se Caio – Ela tá no fim do primeiro trimestre, mas os enjoos ainda estão fortes.
_ Tem certeza que é só um? – perguntou Fabinho aos risos.
_ O ultrassom só mostrou um cara, não to esperando surpresas. – o fotógrafo garantiu, enquanto Malu bufava – Maurício, estou sentindo alguém descontente.
_ Depois discutimos esse assunto. – implorou Plínio – A Malu fez questão de todos aqui para as compras dos itens dos quartos, mas o Pedro vai cansar depressa. Vamos ser práticos e objetivos.
_ Eu, minhas costas doloridas e meus pés inchados, agradeceríamos. – garantiu Giane, apoiando as duas mãos nas costas – Vocês sabem o que é 120 cm de barriga?
_ Se você cair pra frente, vai ficar que nem uma tartaruga de costas. – riu Fabinho, e a esposa mandou uma careta – Vai, vamos logo antes que eu fique sem saco.
_ Bom, eu pensei em algo bem princesa para a Isabelle, bem rosa – cantarolou Malu, tirando algumas fotos impressas da bolsa.
_ Ah Malu, já vai estereotipar a menina desde criança? – reclamou Giane.
_ Filha, você e todos nós chamamos a Belle de princesinha. – riu Silvério – E não é estereotipar. Você teve um quarto rosa, mas nunca foi fã da cor.
_ Era inclusive um moleque de rua. – debochou Fabinho, levando uma cotovelada – Eu gostei da ideia de princesa. Quero a minha florzinha em um quarto digno.
_ Afinal, de que vale a minha opinião? Eu sou apenas a pessoa que está carregando os bebês na barriga. – Giane escandalizou, e todos riram – Deixa eu ver essas fotos vai.
Malu passou os papéis para a corintiana, que começou a fazer caretas de desespero. Por fim encontrou um que lhe agradou e que foi aprovado por Fabinho também. Não era um tema de princesa, mas era meigo e feminino.
_ E pro Miguel, você pensou em alguma coisa? – perguntou Margot, e Malu tirou mais alguns papéis e passando para a cunhada.
_ Podia ser do Timão né? – Giane propôs, ansiosa.
_ Não. – a exclamação coletiva e fez murchar, analisando os papéis em sua mão.
_ Que tal esse? – ela escolheu um, mostrando para Fabinho – Não fica tão diferente do da Belle e nem cheio de ursinhos.
_ Gostei... Por mim podemos comprar a decoração e tintas para esses dois quartos. – ele passou as duas fotos para a família, que concordou.
_ Bom, então Fabinho, Maurício e Caio vão para a loja de tintas e materiais de construção. Vejam o que vão precisar para reformar os quartos. Pai, você e o seu Silvério levem o Pedro para o parquinho que tem no shopping e fiquem bebendo chopp, porque não vão ajudar muito agora. E as mulheres... Temos um enxoval para comprar. – os olhos de Malu brilhavam.
~*~
_ Como, em nome de Deus, duas pessoas que ainda nem nasceram podem precisar de tanta coisa? – perguntou Fabinho, caindo no sofá e escorregando – Graças a Deus comprei sofás novos hoje, porque não quero nossos filhos escorregando desse trambolho.
_ Do que você tá reclamando bezerrão? Quem tá carregando duas crianças na barriga sou eu. – Giane se aproximou rindo, caindo sentada ao lado de Fabinho e gemendo de dor – Miguel, essa é a minha costela. Tente evitá-la.
_ Cêis dois cansaram do falatório da mulherada hoje, né não? – o publicitário deitou no colo da esposa, enchendo a barriga dela de beijos – Lamento, mas vocês vão ter que conviver com essa loucura toda.
_ Cê acha que eles estão entendendo tudo que falamos mesmo? – perguntou Giane, acariciando os cabelos do marido. Ele deu de ombros.
_ De todo o jeito, é bom nós conversarmos com eles e já mostrarmos o quanto os amamos. Eu não quero que eles tenham, nem que minimamente, a sensação horrível que é não ser desejado. – o rapaz desviou os olhos da esposa, mas ela puxou o rosto dele.
_ Você sabe que a Irene te amava muito Fabinho, mas ela estava doente. E seu pai nem sabia que você existia. – a mulher secou uma lágrima no canto do olho do marido.
_ Mesmo assim... Era horrível a sensação de abandono, de pensar que meus pais não tinham me querido... Sua mãe te queria tanto, e ela nem pode ficar com você direito. – ele começou a divagar – É só que... Parece tão injusto, entende? Eu quero estar sempre por perto pros nossos filhos, e de alguma forma, eu tenho medo de algo me impedir de fazer isso.
_ Por isso você quer que eles saibam desde já o quanto nós os amamos? – ele concordou com a cabeça, e Giane sorriu de leve – Eu já disse que você vai ser o melhor pai do mundo?
_ Não com todas as letras. – Fabinho sorriu de lado, e Giane o puxou para cima, fazendo-o se levantar.
_ Então eu digo agora. Você vai ser o pai mais incrível do mundo, e não importa se algo acontecer, nossos filhos vão sempre saber disso. – ela prometeu, dando um beijo no marido – E você não precisa se preocupar... Eu sei que nada de ruim vai acontecer.
_ Você me conhece... Eu sou pessimista. – ele a abraçou, se recostando no sofá e deixando que ela se aninhasse nele – Meu maior medo é que eles tenham que passar pelas coisas que eu passei.
_ Eles não vão. – garantiu Giane – Se acontecer alguma coisa conosco, você sabe que vai haver disputa sobre quem vai cuidar deles.
Apesar da ideia dos avós e tios brigando pelas crianças parecesse engraçada, não era o suficiente para aliviar a inquietação do futuro pai. Giane percebeu isso e puxou as duas mãos do marido para sua barriga.
_ Crianças, falem para o papai que vai ficar tudo bem, que ele está sendo bobo de ficar se preocupando a toa. – ela pediu com a voz suave, fazendo as mãos dele acariciarem sua barriga. Miguel e Isabelle começaram a se agitar, e Fabinho fungou – Vai ficar tudo bem cara, relaxa.
_ Acho que essa sua emotividade está me afetando. – ele brincou, encaixando a cabeça na curva do pescoço dela.
_ Acho que é a falta de sexo. Tá te deixando muito marica. – Giane se virou, começando a beijar o pescoço do marido.
_ Não provoca pivete, você sabe que é pior. – ele gemeu contrariado, fazendo-a rir.
_ Eu sei que eu to enorme, mas eu to com saudades de você. – ela sussurrou, mordendo a orelha dele – E as crianças já se acalmaram aqui dentro... Podemos aproveitar um pouquinho.
Claro que o ex-badboy nunca faria nada e nem forçaria sua maloqueira a nada, ainda mais sabendo o quão cansada e dolorida ela estava com a gravidez e o tamanho da barriga. Mas era homem, e tê-la o provocando e querendo que ele a fizesse dele mais uma vez...
_ Vamos para o quarto, porque me recuso a ter a bunda grudando no sofá de couro de novo. – ele se levantou, a puxando junto.
~*~
O som da chuva fria batendo nas janelas do quarto era o único presente. A respiração de Giane era suave e ritmada, enquanto ela dormia no peito nu do marido. Fabinho brincava com os cabeços úmidos de suor dela, um sorriso satisfeito nos lábios.
Claro que não havia sido algo tórrido e selvagem, como quando eles brigavam e faziam as pazes. Tentou ser o mais calmo, carinhoso e paciente que podia, apesar de já fazer algumas semanas que não faziam nada.
Quando Giane havia entrado no quarto mês, a médica havia avisado que o ânimo da grávida iria diminuir, já que os bebês consumiriam muito dela. E também, com a barriga enorme que ela estava, encontrar uma posição confortável era quase impossível.
_ Hey, hey, hey... Parou. – sussurrou ele, quando sentiu um calombinho se formando embaixo da mão que estava na barriga de Giane – A mamãe precisa descansar, e vocês dois já deviam estar dormindo. Já passou da hora.
Começou a cantarolar uma música que certa vez ouvira Irene cantar para Pedro. Ela disse que, quando grávida, cantarolava essa música para Fabinho se acalmar em sua barriga.
_ Meu limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá. Uma vez tindolelê, outra vez, tindolalá. – cantarolou em voz baixa, acariciando a barriga dela lentamente, sentindo a movimentação ali dentro diminuir. Repetiu o trechinho mais três vezes, antes de sentir tudo se aquietar – Boa noite meus anjinhos.
Observou o rosto sereno da esposa, a boca ligeiramente aberta, os cílios tremulando, indicando que ela sonhava. Ele se perguntou se os sonhos dela era iguais os dele, recheados de hipóteses e ideias de como seriam os rostinhos dos pequenos anjinhos que eles tanto aguardavam.
_ Espero que eles puxem o seu nariz. – sussurrou, beijando a testa dela e fechando os olhos, para cair na consciência logo depois.
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Bom, comentem.
Beeijos