_ Então papais... Prontos para tentar vermos o sexo dos bebês? – perguntou a médica, despejando o gel na barriga de Giane.

_ Mais do que prontos e ansiosos. – garantiu a morena, enquanto Fabinho apertava sua mão.

_ Vocês estão medindo a sua barriga? – perguntou a mulher, começando a passar o bastão.

_ O Fabinho mediu ontem... Deu 92 centímetros amor?

_ 93,5 na verdade. – o rapaz sorriu orgulhoso, e a médica concordou – Isso está normal?

_ A gravidez de gêmeos não segue muitos padrões ou diâmetros, até porque são dois bebês, com desenvolvimentos diferenciados. – explicou a médica, e os dois assentiram – Aqui... Lembram que eu disse que o bebê B estava um pouco maior que o A? Aumentou um pouquinho a diferença, mas isso é normal. Um dos bebês sempre acaba sendo um pouco maior que o outro.

_ Mas está tudo normal? – perguntou Fabinho, preocupado.

_ Sim papai, fique tranquilo. – Dra. Carla sorriu para o homem, que suspirou aliviado. Giane riu, dando um cutucão no marido.

_ Mas é muito desesperado mesmo, não é possível.

_ Bom... Vamos tentar ver o sexo do bebê B? – perguntou a mulher, e os dois concordaram prontamente – Está bem... Hum... Estão vendo isso aqui? – ela apontou algo na tela, e os olhos de Fabinho brilharam.

_ Me diz que não é o dedão dele. – pediu o homem, e a médica riu.

_ Não Fábio, é o pênis do seu filho. – a doutora confirmou sorrindo. Giane virou para o marido sorrindo de orelha a orelha, os olhos cheios de água. Ele estava da mesma maneira quando selou os lábios de ambos, profundamente emocionado.

_ Um moleque, pivete. Nós vamos ter um moleque.

_ Só espero que puxe minha habilidade no futebol. – garantiu ela, os dois rindo – Mas e do outro bebê?

_ Eu vou tentar fazer ele ou ela mudar de posição... – explicou a médica – A perninha está cruzada.

_ Vai anjinho, colabora com o papai e a mamãe. Nós estamos curiosos. – pediu Fabinho, com o rosto próximo a barriga da esposa. A médica mexeu o bastão, pressionando um pouco, e o bebê mexeu, trocando de posição – Esse é meu anjinho.

_ Vocês deram sorte. É difícil o bebê trocar de posição. – garantiu a médica – Até acontece, mas normalmente temos que esperar outro ultrassom.

_ E ai? É outro menino? – perguntou Giane, apertando a mão do marido com mais força.

_ Vocês estão querendo dois meninos? – perguntou a médica casualmente.

_ Na verdade, eu queria um casal. – falou Fabinho – Adoraria ter a nossa Isabelle.

_ Isabelle? – perguntou a médica, e os dois confirmaram – É o nome se for menina?

_ É. Agora você precisa acabar com a nossa ansiedade, para sabermos se teremos que discutir entre Miguel e Matheus. – brincou Giane, tentando controlar a ansiedade.

_ Nesse caso, comecem a discutir. – a médica sorriu para ambos – Parabéns, vocês terão a sua Isabelle.

_ É um casal? – Fabinho perguntou rindo, enquanto Giane secava os olhos – Pronto maloqueira, uma são paulina e um corintiano.

_ Vai sonhando que ela vai ser são paulina. – brincou a mulher, puxando o rosto do marido para um beijo – Uma princesa e um jogador de futebol.

_ Essa gravidez tá realmente te amolecendo. – Fabinho riu, beijando-a novamente.

~*~

_ Muito bem... Matheus ou Miguel? – perguntou Fabinho, já dentro do carro, enquanto enfrentavam o trânsito rumo a mansão de Plínio.

_ Ah fraldinha, o nome da nossa filha eu que escolhi, podemos ficar com Miguel. – Giane propôs, acariciando o cabelo dele.

_ Mas você gosta de Miguel? – ele perguntou – Eu amei Isabelle, e acho que esse nome é ótimo. Mas se você não quiser Miguel, preferir Matheus, eu acho bonito também.

_ Vamos deixar que ele escolha, que tal? – perguntou a fotógrafa, colocando a mão no local da barriga onde o menino estava – Filho, fala para a mamãe... Matheus ou Miguel?

Ela ficou em silêncio um tempo. Fabinho começou a ficar ansioso, até que ela sorriu.

_ Eu acho que ele gostou de Miguel. E a Belle também. Só tem esse nome vindo na minha cabeça. – o rapaz sorriu de orelha a orelha, levando a mão até a barriga dela.

_ Miguel e Isabelle de Sousa Campana. – testou o pai, e Giane apertou a mão dele – Combinou.

_ Eu gostei, e acho que eles também. – sorriram um pro outro – E os padrinhos? Contamos já ou deixamos no suspense?

_ Liga pros outros dois, e pede para eles irem pro Plínio. Nós enrolamos um pouco, e contamos para eles primeiro. – propôs Fabinho, sorrindo travesso – Ainda não acredito que você me convenceu a colocar aqueles dois de padrinhos.

_ Nós fomos padrinhos de casamento deles bezerrão, por favor. – Giane bufou irritada.

_ Mas como você morde fácil. – ele gargalhou, recebendo um tapa – Relaxa pivete... Eu confio em você.

~*~

_ E ai gente? O que vai ser? – Dorothy nem bem abriu a porta da Mansão Campana e já enchia os dois com perguntas.

_ Oi para você também baixinha, tudo bem? Podemos entrar? – Fabinho debochou, entrando de mãos dadas com Giane – É excursão da Casa Verde?

_ Nós chamamos todos para o almoço filho, ai vocês já contam de uma vez. – explicou Plínio, indo abraçar os dois.

_ Ótimo, então vocês vão esperar até depois do almoço. – Giane sorriu, indo para a cozinha encontrar as demais mulheres.

_ Nem para os avôs você pode contar? – pediu Silvério, e Fabinho negou.

_ Cê tá louco sogrão? O cavalo que atende por tua filha me dá um coice bem dado se eu fizer isso. Não vou nem sonhar em contrariar. – o rapaz garantiu, apanhando Pedro do chão – E você moleque? O que tá aprontando?

_ Bola. – o garotinho mostrou a bola de futebol – Tato, Pedo, bola.

_ Quer jogar bola com o tato? – o menino concordou – Então vamos jogar bola.

~*~

_ Conseguiram ver o sexo dos dois? – perguntou Charlene, enquanto as mulheres se revezavam em cozinhar e sentir a barriga de Giane.

_ Um deles quase não colaborou, mas ajudou no último segundo. – contou ela, tomando cuidado para não revelar nada.

_ Vocês vão mesmo esconder até depois do almoço? – perguntou Renata, fazendo bico.

_ Deixa os dois Renata, eles estão querendo fazer surpresa. – Rosemere repreendeu a sobrinha, que sorriu de canto – Você e o Érico fizeram a mesma coisa.

_ Oi gente linda. – Camilinha entrou na cozinha toda sorridente, com Karmita atrás – Saudades?

_ Olha Giane, se eu tivesse ficado bonita como você na gravidez, eu teria conseguido muitos homens lindos e ricos. – comentou Karmita, fazendo todos rirem – É preciso tirar proveito em todas as situações, não é?

_ Ai Karmita, você não existe. – riu a grávida, levantando para abraçar as duas.

_ Giane, vem ver isso. – chamou Malu – Você também Camila.

As duas se aproximaram da porta da cozinha, observando o que Malu apontava. Fabinho e Maurício “driblavam” Pedro, que mais ria e batia palmas do que outra coisa. Caio, que havia acabado de chegar, estava deitado no chão, com a máquina fotográfica, registrando os momentos do pequeno.

_ Mas são três babões. – riu Giane – Toma cuidado, que vocês duas são as próximas.

_ Deus te ouça. – disseram em coro, fazendo todas na cozinha gargalharem.

_ Podem ir lá com eles. – disse Salma – Nós damos conta por aqui.

As três saíram conversando, Malu e Camila perguntando um monte sobre a gravidez, e Giane rindo, se preparando para zoar o cunhado e o amigo assim que chegassem perto.

_ Olha, ao invés de ficarem rolando no chão como crianças, podiam fazer o serviço direito e colocar uma criança na mulher de vocês. – zombou a corintiana, e Fabinho caiu na gargalhada.

_ Giane, isso lá é coisa que se diga? – Malu corou até a raiz do cabelo, assim como Maurício e Caio.

_ Pois eu acho que ela está certíssima. – Camila concordou – Já fazem três meses que estamos casados, porque esperando é bem mais, né senhor Caio?

_ Camila, isso é coisa que se discuta na frente dos outros? – sussurrou o fotógrafo, mortificado.

_ Relaxa playboyzinho, tá tudo entre amigos aqui. – garantiu Fabinho, e Pedro resmungou – Que foi tampinha?

_ Mama. – resmungou ele.

_ A mamãe tá ali na cozinha meu amor. Quer que a tata te leve? – perguntou Malu, mas Pedro negou – Então vai que nós te olhamos.

O menino saiu correndo em direção à cozinha, enquanto os três casais o observavam. Quando ele chegou gritando, Irene veio apanhá-lo, rindo das coisinhas que ele gritava.

_ Cara, ele tá crescendo muito rápido. – comentou Giane – Parece que foi outro dia que ele conseguiu ficar sentado.

_ Na verdade parece que foi ontem que eu e a Malu batizamos ele. – Fabinho deu a deixa, avisando que era a hora da surpresa.

_ É estranho ser madrinha do meu irmão caçula. – riu a pedagoga.

_ Você não gosta de ser madrinha, é? – alfinetou Giane – Poxa, só porque nós íamos te chamar para ser madrinha da Isabelle...

_ É, e do jeito que o Caio tá enrolando, é porque não curte criança. Então vamos ter que achar outro padrinho pro Miguel. – Fabinho comentou como se estivesse triste, abraçando Giane pela cintura, ambos segurando o riso.

_ Espera, isso quer dizer que eu vou ganhar uma sobrinha e um sobrinho? – perguntou Malu sorrindo de orelha a orelha – E ser madrinha dela?

_ Nem ouse gritar e estragar a surpresa pro pessoal lá dentro, ou retiro o convite. – ameaçou Giane, e Malu começou a pular no lugar.

_ Espero que esteja subentendido que a Camila é madrinha do Miguel e o Maurício padrinho da Isabelle. – comentou Fabinho, recebendo um beliscão de Giane – Que foi? Esse povo é tudo lerdo.

_ Ai gente, eu to emocionada. – garantiu Camila, quase chorando.

_ Por favor, sem drama. – implorou Giane – Já não basta esses hormônios, vocês ainda vão ficar fazendo cena e eu vou acabar chorando.

_ Ai, vem aqui. – Malu puxou a corintiana, a abraçando. Logo Camila estava abraçada com as duas, e começaram um chilique de mulher.

_ Eu to falando que me mandaram uma mulherzinha no lugar do pivete que eu pedi. – resmungou Fabinho, recebendo uma careta – E eu vou dizer que, se me dissessem que os dois playboyzinhos iam ser padrinhos dos meus filhos, eu não ia acreditar. Nem que ia ver você abraçada com essas duas.

_ Pra ver como as coisas mudam. – Maurício riu, se aproximando do cunhado – Mas muito obrigado pelo convite. Eu fico honrado em ser padrinho da sua filha.

_ Se prepara cara, que vai ser sua função me ajudar a afastar os urubus dela. – brincou o publicitário, apertando a mão do outro – E tua também ô marica. Mesmo que seja padrinho do Miguel.

_ No que depender de mim, já compramos as espingardas de chumbo. – o fotógrafo apertou a mão do outro – Agora posso abraçar a mãe do meu afilhado, senhoras?

_ Senhora tá no céu. – resmungou Camila, ela e Malu soltando Giane. Caio abraçou a amiga, sendo seguido por Maurício, enquanto Camila e Malu faziam o mesmo com Fabinho.

_ Mas esperem a gente contar para todo mundo, ok? – pediu Giane, enquanto eles voltavam para a casa.

_ Contem logo para mostrar o ultrassom e eu poder ver a beleza da minha afilhada. – implorou Malu, e os demais riram.

~*~

_ Bom, o almoço já acabou, já comemos sobremesa... – começou Plínio – Que a Malu, o Maurício, a Camila e o Caio já sabem, isso nós já percebemos. Agora, que tal vocês acabarem com a nossa ansiedade?

_ Perguntar da nossa saúde, ninguém pergunta. Agora das genitais dos nossos filhos, daqui a pouco até William Bonner está perguntando no jornal. – Fabinho se escandalizou, fazendo todos rirem – Eu não sei se devíamos contar pivete, o que você acha?

_ Ah fraldinha, tadinhos deles. Vieram aqui, te aguentaram até agora... Eles merecem vai. – todos riam da ceninha dos dois – Põe o DVD para eles verem.

O ex-badboy colocou o DVD no aparelho, dando play. Todos assistiam maravilhados, escutando os pequenos corações, até que algo foi demarcado na tela.

_ Isso é... – começou Jonas.

_ O aparelho do meu afilhado lindo, e pelo visto bem dotado. – Camila comentou, recebendo um beliscão de Caio – Calma amor, você também é bem dotado.

_ Essa é neta minha. – Karmita riu, arrancando algumas risadas pelo cômodo.

Logo, observavam o segundo bebê, com as perninhas cruzadas. Todos começaram a levar o corpo para frente, ansiosos, até que a perna se descruzou, algo foi demarcado e todos sorriram.

_ E essa é a minha afilhada linda. – Malu comemorou, batendo palmas.

_ Então eu vou ganhar um neto e uma neta? – perguntou Silvério, e a filha concordou.

_ Miguel e Isabelle de Sousa Campana. – contou Fabinho – E nem reclama dona Margot, que agora a senhora também é De Sousa.

_ Espera... Isabelle que nem a sua mãe? – perguntou Salma, e Giane concordou – Que lindo, querida. E Miguel também é maravilhoso.

_ Claro que é, eu que escolhi. – Fabinho riu, recebendo um tapa – Eu ainda quero saber onde está a lei que protege os homens das agressões da esposa, porque olha...

E todos tornaram a gargalhar.