Meu querido diário, não conte isso a ninguém escrita por Ninha
— Quem vai contar a próxima história? Disse a monitora.
— Eu Eu! Levantou uma garotinha.
No meio da floresta, ouvindo corujas e vendo morcegos, quem dorme tranquilamente? Laika, claro.
Pensei em dormir, mas quando me deitava, imaginei insetos me devorando no meu sono, então no momento não cogito dormir.
— Mônica.
— O-oi? Suspirei morrendo por dentro. — Não chegue assim.
— Desculpa, você já veio aqui várias vezes, não?
— Sim, inúmeras vezes, esqueceu alguma coisa nas casas, não foi?
— Eu quero muito ajudar você, você está confusa não é?
— Nesse momento, muito.
— Eu conheço uma simpatia que precisa de uma erva que tem por aqui, que vai fazer o Rhay declarar todos os sentimentos dele por você, assim, vocês ficarão juntos e você vai faze-lo feliz.
— Renata, não sei do que está falando, mas não saia daqui, é perigoso, pode ter alguma coisa na floresta, sabe, bichos!
— Não seja mole, olha, minha mãe me ensinou coisas bem legais, eu sei fazer remédios! e também simpatias! Mas meu pai Nimbus, não gosta que eu faça esse tipo de coisa, ele diz que isso é forçar, mas não é, é para o bem de ambos.
DEUS! Do que essa menina tá falando! Eu ainda sou sã?
— Não acredita em mim? Tanto faz, ninguém acredita, eu vou sozinha.
— Não, não, eu vou com você, vou pegar um casaco espere. Tentei sussurrar alto, mas ela deu ouvidos?
Não! Se meteu no meio da floresta e sumiu.
Peguei o casaco e fui atrás dela.
QUE FAMÍLIA TEIMOSA!
Decidi ir atrás dela, enquanto os monitores estavam distraídos com a história de terror, eu corri para fora da vista deles.
— Ahh!
Rhay me segura e me beija nos lábios.
— Fale baixo! Coloca a mão na minha boca. – Onde pensa que vai?
— A Renata sumiu, eu estava indo procura-la agora e.
— Eu vou atrás dela, se eu a vê saindo, você vai dormir comigo! Disse em tom de ameaça.
— Bruto! Voltei para perto da fogueira até ver ele desaparecer da minha vista.
Ah, ele abusaria de mim a noite toda ARGH.. NÃO! Foco!
Ele nem imagina para onde ela foi, eu tenho que procura-la.
Caminhei em direção à trilha, mas só ouvia corujas e grilos, a lua estava cheia e pude ver suas pegadas até certo ponto e vi uma planta cortada, mas não tinha ninguém perto.
Onde ela está? Deve ter voltado até a casa do acampamento... Deus! O que eu fiz pra merecer isso!
— Finalmente.
— Quentin?!
— Volte agora para o acampamento! Disse enfurecido
— Calma, eu estou procurando Renata.
— E eu, você. Nunca mais faça isso, se você se perdesse?
— Eu venho aqui desde o 8°ano, não há nenhum galho que eu não conheça. Sorri tentando descontrair, mas seu olhar piorava.
— Por que não me chamou?
— Eu acho que preciso ser mais independente. Ele me olhava nada convencido. — Tudo bem! Desculpa, tá.
Quentin não falou mais nada e deu as costas.
Está todo mundo com raiva de mim! QUE RAIOS.
Preferi voltar para o quarto do acampamento, seguro e silencioso, mas eu estava com saudade dele... Eu to enlouquecendo... Espera, dele quem?
— Ah, pensei que os insetos tinha te comido. Ouvi Laika resmungando. — Anda, acorda.
— Não quelo.
ESPELA.
Levantei agoniada.
— Ah?! Por que você está com dislalia de novo? O que houve? Laika deu um pulo.
— Eu fiquei a noite inteila pensando neles, eles quelem me enlouquece.
— Nele? Isso é um papel de anotações? Laika pega um papel do meu lado. — Primeiro passo: decidir se é yaoi ou um triângulo amoroso hétero, WHAT?
— Eu esclevi isso? Puxei o papel. — Eu dolmi aqui?
— Sim, você dormiu aqui e Quentin me acordou para perguntar onde você estava, ele quase me engoliu de raiva, foi bem estranho.
— Foi culpa minha, sinto muito.
— Que isso? Não importa, estou feliz que esteja bem, apenas troque de roupa e venha almoçar conosco. Levantou e foi saindo. — Oh, Quentin, eu vou me vingar de você.
— Eu estava nervoso.
— Não li-go! Saiu chateada.
— Você teve crises de dislalia? Disse sem me "olhar".
"Afirmei" com a cabeça.
— Me desculpa ter saído daquele jeito ontem, Renata falou comigo quando a encontrei, pedindo pra deixar você em paz, ela é prima do Rhayan, não é?
— Uhum, eu estava ploculando ela ontem, você ficou com laiva de mim po causa disso.
— Eu... Eu não sei dizer palavras para descrever o quanto me arrependo.
— Nunca mais glite com ninguém.
— Nunca mais. Me "abraçou" "forte".
Eu ainda estava chateada com ele, uns outros "monitores" "apareceram" e o "chamaram" para "fazer" vista dos alunos. Fazia anos que eu não tinha "crises"!
— Macalão. Elado. Aloz! ELADO!
— Laika ela ta me assustando.
— Ela sempre foi assustadora, Mônica. Dei-lhe atenção. — Não é melhor ir comendo antes que esfrie?
— Eu vou continua com dislalia do mesmo jeito.
— Come inferno! Gritou me ameaçando com a faca.
— Abaixa a faca e eu como!
Rhay está todo "sorridente", Quentin parece "profundamente" "triste", ele não pode "gritar" com ninguém, o que ele fez foi errado. Eu estou sem fome, mas Laika ainda me ameaça com a faca.
Hoje é a nossa última noite, vamos amanhã cedo embora. Rhay está assustadoramente sorridente, com essas garotas! Me da nos nervos a voz dessas pirralhas do primeiro.
Passei a tarde olhando pela janela, depois dormi novamente no tédio.
Quando acordei, já era noite, resolvi descer para procurar alguém.
— Dormiu a tarde inteira, vai ficar com insônia hoje a noite.
— Ah, não diga isso. Olhei para "trás" e vi o Quentin. — V-v-você está ocupado, não é?
— Muito. Disse "curto" e "grosso". — Eu estou procurando o rei do mundo, o viu?
— Bem, eu o vi a talde com umas galotas.
— Isso é típico, deve estar com os outros monitores agora, amanhã cuido da sua dislalia... E de você.
"Meu querido diário, o Quentin é tão lindo, eu o persegui quando saiu do vestiário, ele não parece ter notado nenhum pouco, tive vontade de roubar suas roupas e..."
MEU DEUS! O MEU DIÁLIO!
— Que carinha é essa?
— Nada. Você vai ficar com medo de mim se coloca as mãos naquela "porcaria"! — Tenho que... Bom, pla lá. Apontei.
— E-ei, para onde?
— Cutucar o diabo. Disse baixinho. — Vou plocular as meninas! Tchau Quentinho.
NÃO! EU NÃO O CHAMEI DE QUENTINHO.
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