Meu querido diário, não conte isso a ninguém escrita por Ninha


Capítulo 3
A minha memória é péssima, sinto muito!


Notas iniciais do capítulo

Consertado!



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— B-brincar? Cocei a cabeça e ele me puxou pra dentro

A sala era algo magnifico, um piano se destacava, tinha um retrato em família todos sorrindo e uma varanda bem na frente da sala. Rhayan ficou em pé na minha frente e me empurrou contra o sofá, me beijou no pescoço, que tinha certo aroma alcoólico.

— E-ei, Rhayan. Me olhou com olhos famintos.

— Huh? O que eu disse sobre mestre? Puxou a minha blusa. – Você precisa ser reeducada. Violentamente  segurou meus seios. – Macios. Por um instante parou, avançou sobre eles mordendo.

— Não, eu não quero, por favor. Ele não me deu ouvidos e colocou a colocar a mão na minha calcinha começa a acariciar minha intimidade.

— Você está tão molhada que não acho que queira que eu pare. Sorriu sadicamente e mordiscou meus seios enquanto enfiava o dedo em mim completamente.

— Isso não está certo. Coloquei a mão no rosto. – Quentin tinha razão, você é realmente doente. Senti ele parar e vestir novamente minha calcinha. Quando tirei a mão do rosto ele me olhava assustado.

— Você não lembra mesmo de mim? Você me prometeu que seria só minha. Falou tão agressivamente que pensei que fosse me bater. – É o Quentin mesmo? Você realmente tem um péssimo gosto, mas vou fazer você ser minha novamente. Saiu de perto e vi a oportunidade perfeita para sair.

Ele é realmente um cara complexo, e demais para minha cabeça.

Mas... Ser novamente sua? 

Rhayan,

Rhay... RHAY! Gritei entusiasmada. LÓGICO!

Quentin não estava sendo sincero comigo na segunda, como imaginei, ele conhece o Rhay há anos, todos nós conhecemos esse cara há anos.

Ele mudou tanto, ele costumava a ser mais... Gentil

Lembro da festa de Quentin, ah, nunca o vi tão sorridente neste dia, imaginei que ele estava planejando algo, pois não parava de fechar os olhos e fazer pedidos. Até que ele planejou uma brincadeira de esconde-esconde. Quando estava prestes a me esconder, falta energia eu fiquei muito assustada no corredor, esperando que alguém iria vir me salvar, eu só tinha 8 anos e escutava a vozes de todos mas estava tão escuro e era logo a noite.

Senti uma mão me tocando naquele momento.

— Quem é você? Ouvi sua voz pela primeira vez. 

Eu estava chorando e não respondi.

— Vai ficar tudo bem, logo a energia vai voltar. Ele me levou para um quarto com uma brecha iluminada com a luz da lua. – Vem. 

Mas meu choro não parava, ele me pegou pelos cotovelos e me encara amistoso.

— Pare de chorar, sabia que lágrimas atraem monstro? Aquele comentário que me silenciou de vez.

— Monstro. Pulei para cima dele.

— Sim, pare de ser medrosa, monstros atacam gente fraca, você não é fraca, é?

— NÃO. Disse ansiosa sorrindo pelo jeito que ele me motivava.

— Você está bem?

Levantei minha cabeça para olha-lo e acabei sentindo seus lábios, mas a culpa foi dele, que olhava para mim, na hora, bom, que importa?

— S-sinto muito. Gritou nervoso e tocou meus lábios. - Eu machuquei sua boca, n-n-não né?

Naquela época interpretei com inocência.

Passou pouco tempo, me senti confortável e cochilei nos seus braços, quando acordei estava na cama de Melanina, sendo observada por ela.

— Hum?

— Está tudo bem, calma. Melanina me entregou um copo com água. – Você me deu um baita susto, ainda bem que ele te encontrou antes, pensei que você tivesse se machucado.

—Quem?

—Eu. Olhei e era um menino sério, que era muito branco e com feições bonitas

Eu gostei muito dele, ele era o mais gentil dos garotos da rua, sempre me comprava sorvete ou reclamava comigo quando eu me machucava.

Aos 10 anos o Quentin havia ganhado um campeonato de futebol, ele convidou todos os amigos e eu estava no meio e o melhor amigo dele tinha ido junto para comemorar, não participava do time, dizia que não gostava desse tipo de esporte.

— Eu vou me mudar. Disse focado no campo de futebol.

Eu fiz uma cara de choro e ele me abraçou imediatamente.

— Mas por que?

— Eu sabia que você ia chorar. Respirou fundo. — Meu pai, quer que eu volte a morar com minha outra família.

— Nunca mais vamos nos ver?

— Escuta. Ele levanta meu rosto com as duas mãos e me beija, quando se afastou vi seu rosto corado. — Mesmo distante vou pensar em você e não terá um dia que eu esqueça! um dia vou me casar com você e vamos fugir juntos de todo mundo.

— Vai voltar? Sorri.

— Sim, pra me casar com você. Ele sorri e sussurra. — Eu amo você, ninguém vai tirar isso de mim.

— Eu também.

Ele colocou uma pequena caixinha nas minhas mãos.

— Isso sempre vai ficar com você, eu comprei há alguns dias, mas só tive coragem de entregar hoje. Disse olhando para os lados tentando conter seu nervosismo. — E prometa que não vai ficar perto do Quentin.

— M-mas por que?

Ouço uma buzina de carro e eu novamente começo a chorar, ele nunca foi um menino de chorar e não iria ser agora esse momento, a última lembrança foi seu aceno tímido e sorriso meigo.

Nossa promessa de infância, ele não me deu chance de lembrar, se aproximou de mim como um sádico, esse é o novo Rhay! O que aconteceu com ele? O menino mais doce do mundo. 

Por que eu fui tão egoísta? Nunca o mencionei nas páginas de meu diário, agora, ele tem razão em me odiar e eu tenho razões para pedir desculpas.

Ele apenas quer amor, sempre foi um garoto carente. 

Eu o troquei pelo Quentin, eu não valho nada.

Andei mais alguns minutos de cabeça baixa, angustiada comigo.

 


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