Meu querido diário, não conte isso a ninguém escrita por Ninha


Capítulo 2
O que acontece quando um doido encontra um diário acidentalmente


Notas iniciais do capítulo

Consertado!



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— M-meu diário. Ele afasta de mim e solta minha outra mão, segurando novamente meu queixo. 

— Não, não. Sorriu. – Nada na vida é de graça. Disse andando pela sala.

— O que você quer? Quem é você?

— Você. Disse curto e grosso, sem aquele sorriso maldoso. – Sempre quis ter uma escrava.

— Que brincadeira é essa? Quem raios é você? Disse sem conseguir encara-lo na tentativa de me fazer acreditar que aquilo não estava acontecendo.

— Não entendo sua aflição em descobrir meu nome, que inferno. Disse agitado.  – Mas.. já que está curiosa, eu sou Rhayan. E olhou diretamente para mim.  – Porém, você deve me chamar de mestre já que. Mostrou o diário sacudindo-o. – Continuando, minha proposta será a seguinte: se você me obedecer, talvez, eu pense em lhe devolver, ah, mas você precisa realmente merecer. Fez com uma carinha cínica.

— Não! Puxei meu diário de suas mãos e só estava a capa.

— Você é tão burra assim? Fez uma pausa. — Se você aceitar a proposta, aqui está meu endereço. Me estendeu um papel pronto. — Sua obsessão pelo nervosinho é realmente bizarra, você escreve como uma criança desesperada por afeto. Saiu da sala me deixando sozinha.

Isso não aconteceu, meu único pensamento naquele instante, que ódio preciso saber quem ele é... Além do nome, Rhayan, isso lá é nome de gente?

Duas aulas se passaram, o tempo estava se arrastando e eu só pensava nele, nunca vi esse garoto antes!

Ele me fez perder um horário.

No intervalo as meninas começaram a falar sobre garotos e era a única coisa que eu não precisava naquele instante.

Após o intervalo houve duas aulas de história com o professor Toni, um cara seriamente tarado, vivia assediando a pobre da Melanina, para minha felicidade a aula acabou e ele mandou um trabalho em dupla para casa.

Melanina me convidou até a casa dela para fazer a atividade, e eu não me sinto a vontade para contar o que aconteceu, mesmo que ela pergunte, eu me toquei depois de uma frase do maldito.

"Sua obsessão pelo nervosinho" ENTÃO ELE CONHECE QUENTIN.

Possivelmente estávamos sozinhos aquela hora, Magali, a mãe de melanina é nutricionista e sai do consultório muito tarde, assim como seu marido, dono de uma padaria com ótimos pãezinhos. 

— Ai. Disse depois de tanto tempo calada. — Só você mesmo pra gostar de história, meu estômago tá infartando. Disse fingindo desmaio.

— Que menina dramática. Disse fazendo rosto de negação. — Pode ir.

— Ah. Me beijou na bochecha. — Vou fazer um lanche para nós duas! Saiu feliz.

Esperei ela descer as escadas, suspirei, e fui no quarto do irmão dela... Quentin... Que era do lado e que possivelmente sempre escutava tudo que dizíamos.

— Quentin. Bati a porta nervosa. — É...

— Mônica.. espere um minutinho

Ele abriu a porta e me puxou feliz para dentro do quarto dele, tinha um violão jogado na cama e pela bagunça, estava se vestindo quando me pediu para esperar na porta.

— Desculpe a bagunça, não consigo manter nada arrumado por muito tempo. Sorriu. — Quer alguma coisa?

— Você conhece Rhayan? Não é? Ele é da sua turma, eu acho.

Ele ficou sério e cruzou os braços.

— Você não sabe? Perguntou confuso. — Nós conhe... Interrompeu sua própria frase e seu olhar escureceu. — O que quer saber? 

Ele está me escondendo alguma coisa?

— E-eu, como ele é diariamente? 

— Ele é louco, doido, perturbado, problemático, estúpido. Quentin olhou sério pra mim. — E não fique perto dele ou vou contar a seus pais.

— M-m-mas... É que... Quem são os pais dele?

— Um tal de Maurício, sua mãe nunca falou dele? Chamavam ele de DC quando criança, dono de uma empresa que não lembro no momento, hotelaria, a mãe dele faleceu há muitos anos, quer dizer desapareceu. Me promete algo? Segurou-me gentilmente nos ombros. — Fique longe dele. Assenti com a cabeça. Cruzei os dedos e sai do quarto

Sei que não devia mentir pra ele, mas eu tive que fazer isso meu diário está com aquele projetil de psicopata!

— To subindo. Disse Mel me surpreendendo na escada.

— Mel, eu vou pra casa, está tarde. Falei enquanto pegava os livros e o celular para ligar pra minha mãe

— Tão cedo? Nem vai comer?

— Não, vou comer lá em casa.

Minha mãe veio me buscar e por coincidência Magali chegou ficou conversando na janela do carro, pouco tempo depois, fomos embora.

— Como foi seu dia filha? Minha mãe não estava muito interessada, estava muito cansada.

— Ótimo. Talvez se eu contasse ela iria dizer que eu não devia ter levado o diário. — Mãe? Ela olhou pra mim rapidamente. — Conheceu um DC quando era criança? Ela sorriu e corou um pouco

— Quando seu pai brigava comigo ele era um grande amigo, era apaixonado por mim, mas sempre amei seu pai mesmo com esse problemas e não ia dar certo com DC ele me contrariava muito. Senti ela um pouco chateada por lembrar

A semana passou rapidamente, ele me deixou em paz nesses dias, não olhava, não falava e não chegava perto,

Mas na sexta, bem na hora do intervalo, ele veio até mim com um enorme esplendor surpreendendo as demais pessoas e até mesmo a mim.

Ele sussurrou no meu ouvido dizendo:

— Eu aconselho a você não se atrasar, eu acordo bem cedo.

Assustador.

Quando saiu, vi cerca de mil olhares femininos me destroçando até os ossos, as meninas me perguntavam insistentemente, mas... Deixa elas fora disso.

Acordei cedo no sábado, morrendo de insônia, depois da ameaça, quem dormiria uma noite tranquila?

Tomei café da manhã e para minha surpresa, apenas minha mãe estava acordada, não perguntou para onde ia, talvez porque achasse que eu iria sair com as meninas, mas mandou-me levar um casaco, pois o tempo estava frio, obedeci ela e me despedi como se nunca mais fosse vê-la, afinal, nunca se sabe o que um psicopata faz.

Eles matam. A voz maligna dele me atormentava.

Segui o endereço, não conhecia nenhum ônibus que passasse por perto e acabei indo a pé, uma hora e meia de caminhada, ele morava num apartamento, chamado Sírios.

Tomei coragem e bati.

E em menos de um minuto ele me atendeu com um sorriso estampado no rosto e sem a camisa... Que c-corpo.

— Fico feliz que tenha tomado uma decisão sensata, quero brincar bastante com você.


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