Meu querido diário, não conte isso a ninguém escrita por Ninha


Capítulo 12
Esp: a mais teimosa das mulheres.


Notas iniciais do capítulo

"Ninha! Todos os dias?? TODOS MESMO?? TO CANSANDO JÁ SUA LOUCA DESOCUPADA."

— Calma! Eu estou focada num segundo projeto de originais (um mais maduro e experiente) e minha cabeça é muito pequena para vários, essa história é MUITO antiga, ela precisa de um fim, e eu não quero empaca-la novamente.
Hoje não é o fim dela e acho que não passará de 25 capítulos.
E uma leitora me deu uma excelente ideia, esse capítulo é um especial, aproveitem!



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Hoje é sábado, dia do reencontro de 20 anos! Ah, eu finalmente consegui convence-la, que mulher difícil.

Foi na manhã retrasada que recebi o convite pelo meu e-mail, a primeira coisa que fiz foi avisar a Mônica da reunião, mas ela não estava nenhum pouco afim de ir.

— Por que isso? Vemos nossos amigos o tempo inteiro. Disse com certo despeito.

— Nem todos, não vemos Carmen, nem Irene. Quando mencionei seu nome ela fez um bico, que eu enlouqueço quando vejo.

— Elas não são minhas amigas.

— Por favor, não saímos fazem meses, eu achei que seria especial, você fica tão bonita em vestido de gala, depois que nossa pequenina nasceu você nem me dá tanta atenção, principalmente depois de nossos gêmeos, eles são pequenos demônios.

— Você não devia se referir a seus filhos dessa maneira. Reclamou focada em pentear seus belos cabelos.

Sempre fui submisso aos desejos dela, obedeço ela sem pensar duas vezes, eu sempre vacilei na nossa adolescência e tento me redimir mesmo após anos, ela não da trégua, mas eu continuo a amando, apesar de muitas vezes não contar, ficarei discretamente ao seu lado em qualquer opinião.

— Bom, se você não for eu vou sozinho.

— Se quiser.

— Você sabe que não gosto de sair sem você! Apertei suas mãos corando e ela abriu aquele sorriso que eu amava, mas ainda não queria ir.

Por que mesmo depois de casado você ainda me deixa tão nervoso?

Minha última alternativa era chamar minha aliada, apesar de parecer com a mãe, tem o meu jeito mais calmo para resolver as coisas, embora não note é extremamente manipuladora no lado emotivo.

— Môniquinha. Invadi seu quarto.

— Que foi? Levantou o cobertor do rosto e permaneceu imóvel de preguiça. — Pai, se for fazer propaganda de Quentin me deixa em paz, eu não quero ouvir nenhum desses caras hoje, eu to de folga hoje.

— Problemas no amor?

— Eu não chamo isso de amor, chamo apenas de isso.

— Eu também tinha esses problemas.

— Pai, você passa as 24 horas do dia obedecendo a mamãe e fazendo tudo que ela manda o tempo inteiro.

— Mas ela já namorou com o pai do seu amiguinho psicopata.

— E daí? Abaixou o cobertor e deitou novamente. — Mamãe sofreu muito por você, você torturava ela quando estava confuso sobre seus sentimentos.

— O que você faz com esses dois então? Ela levantou o rosto em pânico. — Eu fazia isso para fazer ciúme e também, eu nunca amei mais ninguém além dela, mesmo que ela tenha namorado aquele de aura oposta a todas.

— Não precisava jogar na cara. Ela me olhou novamente. — O que quer?

— Ela não quer ir ao reencontro de 20 anos, eu quero sair com ela, gostaria que a convencesse.

— Ela não vai me ouvir, ela não ouve ninguém, ela é a mais teimosa das mulheres do mundo!

— Mas ela mima você, sempre faz tudo que você pede, inclusive o que seus irmãos pedem.

Ela concordou e durante o almoço, resolveu me ajudar tirando o perpetuo silêncio que estávamos.

— Mamãe, Mel me contou que os pais dela vão para uma reunião de reencontro, você vai com papai?

— Não. Disse com a maior secura que já vi responder nossa filha em 16 anos. — Não há motivos para ir.

— Bom, há vários, você só saí com papai quando tem alguma coisa no seu trabalho ou quando vai visitar a vovó, se não quiser ir a reunião por que pelo menos não saem para algum restaurante? Eu cuido das crianças.

— Eu simplesmente não quero sair.

— Que pena.

Pensei que ela falaria mais alguma coisa, mas minha filha tem uma preguiça de alma anormal para ajudar os outros. Decidi tomar uma atitude afogado de medo.

— Por que está tão amarga esses dias? Me levantei indignado. — Eu faço tudo o que você pede, eu que pedi para ter um filho com você! Ouvi os meninos derrubarem seus garfos. — Porque nem isso você queria! Hoje os mima mais do que eu, e também sempre focada na sua carreira, eu também trabalho! Mas tenho coração diferente de você, onde o perdeu, onde eu o perdi?

— Não levante a voz para mim! Você não é mais criança Menezes! Ela abaixou o rosto. — Eu não quero ir, rever pessoas que eu mesmo não me importo! Eu não preciso vê-los.

— Por que? Oh que olhar assustador ela deu.

Minha pequena Mônica tirou os gêmeos da mesa e saíram da cozinha, deixando todo o peso de encara-la para mim, traidores mirins.

— Quantos dias, quantos anos preciso repetir o mesmo monólogo para você. Gritou e cada vez mais me sentia diminuindo na mesa da cozinha, mas ela se acalmou e colocou a mão no rosto. — Desde que você apareceu, você sempre teve o cantinho do meu coração, eu suportei suas idas e vindas por anos, ainda estou aqui, não estou? Estamos juntos não estamos? Temos três filhos juntos. Ela fez uma longa pausa e me senti como em 20 anos atrás. — Eu amo você, seu grande idiota.

Aquele seu olhar... Ele não era pertencente aos ventos de um futuro egoísta que pensávamos no passado.

Quantos anos eu não via essa expressão? Queria toma-la para mim neste instante, mas somos adultos e temos filhos... Essa sempre foi a maior prova de amor que temos um do outro.

— Vamos ter nosso quarto filho como reconciliação? 

Ela virou um tomate e me deu um tapa que nunca senti na vida, mas segurava um risinho no canto de seus lábios vermelhos.

— Eu não quero que as crianças ouçam seu falatório de besteiras.

E pensar que eu achava que ela não seria minha, ela sempre foi... eu fui cego durante anos, ela é minha visão e minha única ambição.

Eu sou tão apaixonado por minha mulher!

EXTRA

No sábado depois da melhor tarde que passei com as meninas, sem nenhum rapaz decidi que minha vida é bem melhor sem eles.

Prometi a meus pais que chegaria antes que escurecesse para cuidar dos gêmeos.

Minha mãe usava um vestido vinho e meu pai um terno com gravata vinho, combinavam tanto que chegava a ser cafona.

Ambos me deram o beijo de sempre e saíram.

— Vamos guerreiros gêmeos, assistir desenhos e nos entupir de pipoca até amanhecer.


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