Meu querido diário, não conte isso a ninguém escrita por Ninha


Capítulo 10
A canja ou o peixe? Eis a questão!




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— Quentin! Calma calma. Mel tentava acalmar os punhos nervosos do meu nervoso pretendente. — Você sabe bem que Rhay não vale o pão que come! Apenas fique calmo.

— É, ouça a caçulinha, fofo. Disse Rhay segurando o riso junto com as meninas.

— Gente, por favor. Disse com voz fraca. — Olhem meu estado.

— Eu devia ter lhe forçado a comer. Laika sorriu pra mim. — Só come a base de ameaça.

— Eu mandei mensagens pra obrigar ela a comer. Cerca de duzentas. — Sabe que esse animal não come nada. Mel soltou Quentin que se encontrava mais calmo. 

— Não a chame de animal. Disse Rhay zangado.

— Escuta aqui, rapaz. Puxou a gola do rapaz. — Se você quer namora-la, aprende a cuidar dela! SEU ESTOPO.

— O seu vocabulário é tão pobre. Disse Rhay se livrando de sua mão.

— Ah, eu vou acabar com seu rostinho de porcelana. Ameaçou.

— Quem disse que ele vai namorá-la? Você está apoiando ele, Mel?

— G-gente, por favor. Reclamou Franny acariciando meus cabelos. — Pobrezinha da Mônica, vocês só fazem discutir!

— Ela não comeu nada desde manhã! Eu vou preparar um almoço com todos os nutrientes que ela precisa, muita carne de animal. Sorriu Quentin.

— Não. Pronto, vai começar a briguinha de novo. — Ela precisa de energia.

— Eu, vou cozinhar!

— Não vai dar comida gordurosa para minha menina!

Ambos saíram do quarto enfezados, com a cara maior do mundo.

— Sabe que meu irmão é bem melhor que esse mimadinho rico aí, né?

— Mas, Rhay não era assim, ele costumava a ser muito meigo, era delicado até demais, lembra como ele era amigo do Quentin?

— Era? Mel olhou para nós com um ar de dúvida.

— Você não lembra mesmo? Questionei.

— São como água e óleo, é pouco difícil lembrar, desses aí como amigos. Disse Franny. 

Hoje ainda era segunda, só teria aula amanhã e eu ainda estava cansada, era bom ter todos por aqui, mas eu precisava de uma folga, até de minhas amigas... Eu preciso de uma folga de todos, minha cabeça ainda tá latejando!

— Mônica, a gente vai descer e ver se as facas estão no lugar.

Dei um sorriso preocupada e logo ganhei a paz que tanto queria, mas meu cochilo não parece ter durado 30 minutos quando vi aqueles dois diferentes sorrisos na minha cola.

— Eu fiz canja. Sorriu.

— Eu preparei peixe, faz muito bem para o cérebro e coloquei limão por causa de sua gripe.

— Diga "A". Quentin sentou no pé da cama e colocou uma colherada na minha boca.

— I-isso é tão bom!

— Sim, eu faço comidas extremamente gostosas, comigo você nunca vai passar fome.

— Comer essas tripas imundas de galinha! Que nojo. Disse sentando na outra parte da cama. — Abre a boca pra mim? Colocou o garfo na minha boca.

— Oh, que peixe maravilhoso.

— Gostou? Isso vai lhe deixar mais disposta.

— Mas, eu não vou aguentar comer tudo, desculpem.

— Então terá que comer o meu. Disse Rhay tomando a frente. 

— Não mesmo, essa comida de riquinho não dá força a ninguém.

— E essa sua de caipira dá?

Aí, uma discussão de meia hora me deu sono, ignorei-os e fui dormir.

Quando acordei tinha o remédio e um papelzinho com a letra da minha mãe ao lado, olhei o despertador e eram 11 horas da noite, certamente todos já estavam dormindo, puxei o papel curiosa para ver o que havia sido escrito.

"Querida, sinto muito, comi o peixe que o rapaz fez, ele cozinha muito bem!"

Que informação relevante... Resolvi abrir a gaveta do criado-mudo e peguei meu celular. Tinha aproximadamente 500 mensagens, certamente de Mel e Franny. Quando abri, acertei! Era só delas.

Pensando bem... Eu devia pedir o telefone dos rapazes! E de Renata também! Resolvi voltar a dormir.

E acordei com Monique encolhidinha agarrando meu braço e Carlinhos nos meus pés.

Ah, parecem uns anjinho quando estão quietinhos. Me senti tão disposta, sem ouvi a gritaria de ambos, mesmo sem saber como eles vieram parar no meu quarto, fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, resolvi deixar o cabelo solto, coloquei uma calça jeans e uma blusa preta básica.

— Bom dia, mamãe. Disse ansiando o café. 

— Ah, querida, me desculpe de novo pelo peixe.

— Mãe, tudo bem, acredita que o Quentin fez canja pra mim?

— Mas não tinha derrubado no chão? É isso que acontece enquanto estou dormindo? — E você me enganou, disse que estava bem... Mesmo que estivesse sendo muito bem cuidada por eles, me sinto inútil.

— Então não fique chateada, e vózinha, como está?

— A mesma simpatia de sempre. Reclamou. — Vou te deixar direto na escola hoje, quero justificar minha falta no trabalho ontem.

Tomei meu café da manhã e meus irmãos desceram sem nenhum pingo de ânimo, esperei eles terminarem de comer.

Não deu uma hora e estávamos todos no carro, e eu em frente a escola.

 Quando ia em direção a sala, passei pelo ginásio infestado de gente, imaginei que fossem os rapazes, mas não era.

Era uma luta entre um rapaz da minha sala e o Daniel do terceiro ano.

— Quem ganha? Perguntou Mel a Laika.

— Daniel, sem dúvida, esse garoto parece uma garota, não acha?

— O filho da Frufru tem um rosto bem feminino, mas ele ganha.

— Aposto cinco reais, que você não acerta.

Para a surpresa de todos nós, o filho da Frufru ganhou em menos de 30 segundos de luta.

 Franny mostrou a mão para Laika que lhe entregou o dinheiro.

Finalmente tocou, fui para minha sala com as garotas, a aula demorou para começar.

O filho da Frufru entrou na sala olhando diretamente nos meus olhos exprimiu uma doçura inexplicável.

— Quero que faça parte do meu clube!


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Notas finais do capítulo

Ah... Afinal, ele viu as ameaças do desgraçado do Rhay! Rs. Ficou com pena!



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