A Última Vez escrita por Miyuki Yagami


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Yo minna o/////////////////
Recebi reviews *---------*! Peço desculpas pela demora (apesar desse capítulo já estar escrito há dias), e também me desculpem pelo atraso das respostas dos reviews!!! Eu estou meio desorganizada (meio? Totalmente!!) e vou tirar o atraso das fics, ok? Eu sempre fico irritada com autores que não respondem os leitores!! Não vai ser por mais de dois dias, é sério.
Bem, ficou curtinho, mas ainda assim espero que gostem *u*
Boa leitura o//



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Entro contrariada na cabine. Quase piso em cima de Rin, Len e Meiko, que dormem estirados aos meus pés. Pulo e me sento no lugar anterior. Reabro o livro e tento virar a página. Meus dedos tremem tanto que mal consigo segurar o livro. Que azar... logo que consegui chegar até aqui, não consigo lê-lo. Queria tanto saber o que aconteceria com o vilão...

Escuto vozes do lado de fora da cabine e sei que os alunos levantaram. Devem estar confusos, interrogando uns aos outros se eles sabiam o que estaria acontecendo e se eles também apagaram subitamente e sem motivo algum.

Olho para fora, pela janela, e observo o amanhecer triste. Muitas pessoas costumam gostar de ver o nascimento do sol. É claro que elas só sentem isso, pois não estão vivas contra suas próprias vontades.

Não que eu tenha pavor ou ódio do nascer do sol, é apenas monótono para uma pessoa como eu.

Minhas mãos me irritam. Por que eu perdi o controle? Por que não consigo parar? Minha cabeça lateja e cruzo os braços para evitar minha visão irritante.

– Ficou tão abalada ao vê-lo? – perguntou. Isso teria me dado um bom susto há um tempo, mas estou acostumada com as habilidades excêntricas dele. Astuto, frio, habilidoso e mortal. Ele seria simplesmente o pior tipo de pessoa. Isto é, se ele fosse uma.

Eu nem ao menos o olho nos olhos.

– Você não tinha apagado? – pergunto.

Gakupo ri estrondosamente e eu o encaro. Seu cabelo roxo comprido está perfeitamente penteado e ele também usa as vestes de Crypton. Sem querer reparo que as roupas caem muito melhor para Kaito.

– Não sou fraco como eles. – Gakupo mexe nos companheiros com o pé.

– Eles também não dormiram. – rebati.

Gakupo suspirou.

– Tanto faz, tanto faz. – Ele deu de ombros. – Você causou muita confusão com aquela doninha.

– É um Ichneumon, uma fuinha. – corrijo. – E como é que você sabe?

Gakupo desvia o assunto e olha para a janela.

– Eu achei meu novo brinquedinho. – Ele sempre desviava o assunto. Não o suportava. – Vou descobrir o que ela é, e quando eu enjoar, sugarei sua alma.

Lembro-me da garota de cabelo rosa. Naquele instante eu não me toquei. Ela conseguia ver monstros... Certamente seria um.

No mundo há três categorias conhecidas. Humanos comuns, monstros, e caçadores de monstros. Os humanos são caçados por monstros que são caçados por caçadores de monstros que são caçados por humanos por serem “loucos”. É óbvio que os humanos comuns não veem os monstros, ou então não viveriam suas vidinhas pacatas.

Os monstros têm suas subclasses. São divididos em classes de 0 a 10, sendo 10 os menos poderosos e 0 os mais poderosos. O Ichneumon é da classe 9. Monstros da classe 10 são comuns, muito comuns. São os únicos monstros que os humanos comuns conseguem ver, e são fracos.

Os humanos comuns conseguem até mesmo domesticá-los. Cães são monstros da classe 10.

Eles não fazem ideia de como esses monstros eram mortais antigamente.

Os caçadores de monstros também tem sua própria divisão, e não tenho a menor ideia de como eles se dividem. Geralmente eles são meio monstro e meio humano, dado a sua habilidade de conseguir enxergá-los claramente.

Mas há também uns raros humanos, que possuem o poder de vidência. Eles conseguem enxergar os monstros e, muitas vezes, acabam ficando loucos por verem coisas que ninguém mais vê. Assim que os caçadores descobrem um novo humano raro, eles logo o resgatam e o treinam para virar caçador.

É até simples se olhar por todos os ângulos possíveis.

– Não, você não fará isso. – Nego com a cabeça. – Chega de sugar a alma dos outros. Não é por isso que está cumprindo pena conosco?

Gakupo resmunga algo incompreensível. Irrito-me.

– Você ainda não disse como sabe.

Gakupo sorri, sentindo pena de mim. Quem era ele para sentir pena de mim?

– Como você acha que todos apagaram? – perguntou. Eu o encarei, surpresa. Então foi ele...

– Por que você fez isso? – Ele dá de ombros. – Diga logo.

Gakupo ergue as mãos para demonstrar rendição.

– Calma, calma... – pede.

– Estou calma.

– Não parece. – murmura. – De qualquer maneira, foi idiotice minha ter apagado todos. Eu deveria ter deixados todos acordados e verem você com uma espada gigantesca lutando contra o vento.

Fico enrubescida.

– Obrigada. – sussurro. – Mas eu sei que não fez isso pra mim. O que você estava fazendo?

Ele volta a olhar pela janela.

– Você sabe que eles vêm seguindo nosso rastro, não sabe? – pergunta, sem esperar uma resposta. – Já sabem que ele está vivo, e que você está perto de matá-lo.

– E então?

– Eles vão deixar que você faça seu serviço, porém deixarão espiões por aí, você será vigiada em tempo constante e tudo poderá e será usado contra você no seu julgamento. Ou seja...

– Eles vão me deixar fazer o trabalho sujo por eles, e depois vão me capturar, não é? – Suspiro. – Típico. Mas eu vou escapar de novo.

Gakupo ri.

– Isso é algo que eu duvido muito. – responde.

– Quantas vezes eu já escapei deles? – pergunto.

– Não dá pra contar nos dedos.

Levanto as sobrancelhas.

– Vê?

– Não banque a convencida comigo, garota. – Gakupo sorri maliciosamente. – Você nunca superará o mestre.

– É o que veremos.

Gakupo se levanta e pula por cima do amontoado de seres denominados meus amigos. Ele abre a porta da cabine e dá uma piscadela.

– Continue viva, Miku. Vamos ver quem fica de pé até o fim. – Ele fecha a porta e me deixa sozinha para remoer o passado.


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Notas finais do capítulo

Ainda não tenho a data de postagem de nenhuma de minhas fics kkkkk.



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