Morganna escrita por brunodecnop, Morgana Hoffman
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Morganna na área, espero que gostem...
Morganna
Por que todo mundo devia ser acordado com uma mão gelada na barriga, pelo menos uma vez na vida! Ainda mais em um lugar escuro, úmido e um tanto frio…
Levantei ás pressas e acabei batendo a testa em alguma coisa que eu (erradamente) esperava não ser outra testa. Estava acostumada com o escuro, então enxergar não foi o maior dos problemas… Ao olhar para o objeto que havia testado, levei o maior susto. Eu tinha batido em nada mais, nada menos que um garoto alto e magro, com olhos enormes e curiosos. Seu rosto parecia amassado de tanto dormir e os cabelos escuros estavam desalinhados. Me encarava descaradamente, de um modo extremamente constrangedor.
Ele reparou meu desconforto e começou a falar sobre panelas de pressão, corando após perceber a aleatoriedade do assunto… Eu conti a risada, mas soltei uma bufada irônica que o fez corar e me fitar novamente.
Começamos a conversar, ou melhor, discutir a nossa situação e o meu nome, nacionalidade, em pouco estaria perguntando até onde eu comprei a minha roupa. Logo após, quando pensamos em um modo de iluminar o local, ele saiu tirando a camisa e me dando para incendiar. Gente! Será costume tacar a fogo na camisa e ficar por aí exibindo o abdomem? De onde eu venho não é assim mesmo…
Percebi que nos encontrávamos em uma caverna, e decidimos segui-la, tentar achar uma saída. Estranhamente minha saia estava rasgada e destruída, o que me deixou preocupada, se a frente já estava ferrada, imagina a parte de trás… Se estava rasgada, ele não comentou nada. Fui me dirigir a ele, mas reparei que não havia perguntado seu nome. Estava ocupada demais lembrando da velha história falsa da minha vida. Espera, eu morava no Canadá, não é?
Ele saiu levando a camisa flamejante na frente enquanto eu fiquei atrás, esperando a oportunidade de lhe perguntar o nome. De repente me distraí com o movimento da musculatura de suas costas e tropecei em uma pedra. Eu devo ter quicado no chão, pelo barulho e pelo susto que o garoto levou. Ele virou num pulo e me viu de cara no chão, me oferecendo a mão para levantar. Eu devia estar vermelha como um pimentão pelo modo como meu rosto ardia. Ele segurava o riso até perceber que eu tremia.
–Você está bem? ele perguntou preocupado.
– Estou, obrigada. É que, eu não perguntei o seu nome...
– Rito.
– Rito?
–Sim, senhora.
– Rito, estamos andando a horas, esta caverna não tem um fim?
– Na verdade, logo a uns 10 metros a frente, tem uma saída tapada por uma pedra, que me parece bem pesada...
– Não custa tentar...
Eu me levantei, percebendo que estávamos sentados um de frente para o outro ainda de mãos dadas. Saí andando e me ajeitando, deixando o garoto sentado no chão contorcendo o cenho, em uma mistura de frustração, derrota e dúvida... Gente estranha...
Observei a pedra, grande e redonda, artificialmente esculpida e com um leve cheiro de agrião. Resultado de alguém que planejara perfeitamente nos deixar presos ali. Mal sabiam eles...
A pedra era um inimigo comum, era questão de planejamento, tática e fórmula. Estudar o inimigo, descobrir fracos e fortes, armar uma armadilha para o ponto forte, imobilizar, usufruir do ponto fraco e saborear a vitória. Típica estratégia de guerra. Ponto forte: peso e resistência. Ponto fraco: formato arredondado e chão úmido. Era o ponto óbvio de rola-la para o lado, mas ela o tapava pelo lado de fora da caverna. Eu teria de usar o maldito dom.
Ah, o Rito estava observando, teria de distraí-lo... Ou nocautea-lo... Chamei-o e esperei a criatura se aproximar para pedir que ele tentasse me ajudar a empurrar a pedra. Ele colocou as mãos na pedra e eu o golpeei no nervo sensível do pescoço...
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Mereço comentários? Espero que sim!! Aproveitem...