Morganna escrita por brunodecnop, Morgana Hoffman


Capítulo 2
Morganna - Capítulo 1: Gente estranha...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Morganna na área, espero que gostem...



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Morganna

Por que todo mundo devia ser acordado com uma mão gelada na barriga, pelo menos uma vez na vida! Ainda mais em um lugar escuro, úmido e um tanto frio…

Levantei ás pressas e acabei batendo a testa em alguma coisa que eu (erradamente) esperava não ser outra testa. Estava acostumada com o escuro, então enxergar não foi o maior dos problemas… Ao olhar para o objeto que havia testado, levei o maior susto. Eu tinha batido em nada mais, nada menos que um garoto alto e magro, com olhos enormes e curiosos. Seu rosto parecia amassado de tanto dormir e os cabelos escuros estavam desalinhados. Me encarava descaradamente, de um modo extremamente constrangedor.

Ele reparou meu desconforto e começou a falar sobre panelas de pressão, corando após perceber a aleatoriedade do assunto… Eu conti a risada, mas soltei uma bufada irônica que o fez corar e me fitar novamente.

Começamos a conversar, ou melhor, discutir a nossa situação e o meu nome, nacionalidade, em pouco estaria perguntando até onde eu comprei a minha roupa. Logo após, quando pensamos em um modo de iluminar o local, ele saiu tirando a camisa e me dando para incendiar. Gente! Será costume tacar a fogo na camisa e ficar por aí exibindo o abdomem? De onde eu venho não é assim mesmo…

Percebi que nos encontrávamos em uma caverna, e decidimos segui-la, tentar achar uma saída. Estranhamente minha saia estava rasgada e destruída, o que me deixou preocupada, se a frente já estava ferrada, imagina a parte de trás… Se estava rasgada, ele não comentou nada. Fui me dirigir a ele, mas reparei que não havia perguntado seu nome. Estava ocupada demais lembrando da velha história falsa da minha vida. Espera, eu morava no Canadá, não é?

Ele saiu levando a camisa flamejante na frente enquanto eu fiquei atrás, esperando a oportunidade de lhe perguntar o nome. De repente me distraí com o movimento da musculatura de suas costas e tropecei em uma pedra. Eu devo ter quicado no chão, pelo barulho e pelo susto que o garoto levou. Ele virou num pulo e me viu de cara no chão, me oferecendo a mão para levantar. Eu devia estar vermelha como um pimentão pelo modo como meu rosto ardia. Ele segurava o riso até perceber que eu tremia.

–Você está bem? ele perguntou preocupado.

– Estou, obrigada. É que, eu não perguntei o seu nome...

– Rito.

– Rito?

–Sim, senhora.

– Rito, estamos andando a horas, esta caverna não tem um fim?

– Na verdade, logo a uns 10 metros a frente, tem uma saída tapada por uma pedra, que me parece bem pesada...

– Não custa tentar...

Eu me levantei, percebendo que estávamos sentados um de frente para o outro ainda de mãos dadas. Saí andando e me ajeitando, deixando o garoto sentado no chão contorcendo o cenho, em uma mistura de frustração, derrota e dúvida... Gente estranha...

Observei a pedra, grande e redonda, artificialmente esculpida e com um leve cheiro de agrião. Resultado de alguém que planejara perfeitamente nos deixar presos ali. Mal sabiam eles...

A pedra era um inimigo comum, era questão de planejamento, tática e fórmula. Estudar o inimigo, descobrir fracos e fortes, armar uma armadilha para o ponto forte, imobilizar, usufruir do ponto fraco e saborear a vitória. Típica estratégia de guerra. Ponto forte: peso e resistência. Ponto fraco: formato arredondado e chão úmido. Era o ponto óbvio de rola-la para o lado, mas ela o tapava pelo lado de fora da caverna. Eu teria de usar o maldito dom.

Ah, o Rito estava observando, teria de distraí-lo... Ou nocautea-lo... Chamei-o e esperei a criatura se aproximar para pedir que ele tentasse me ajudar a empurrar a pedra. Ele colocou as mãos na pedra e eu o golpeei no nervo sensível do pescoço...


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? Espero que sim!! Aproveitem...



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