Dear Diamonds escrita por Mia Lovegood, Apaixonada por palavras


Capítulo 8
A "pequena" Schreave


Notas iniciais do capítulo

APP :
OIE GENTE
Ookay...eu sei que nós não postamos rápido.Foi um mês e tanto.Mas já é um avanço,não? Demoramos cinco meses no último capítulo.
Quero desejar um ótimo 2015 para todos vocês!Ótimo ano,ótimo recomeço e blá-blá-blá
Espero que vocês gostem do capítulo e comementem.Sério,por favor,comentem um “estou aqui”,pelo menos.
É isso...
Até lá em baixo!
Beijinhos

Heey! Agora é a Mia. Como estão vocês? Feliz 2015 (meio atrasado)!!! Espero que gostem do capítulo!
Viram a capa nova? Olhem lá e contem pra gente o que acharam!!



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POV Célia

Todo mundo sabe que é duro ter treze anos (quase catorze, no meu caso). Tanto para os meninos, quanto para as meninas. Bem, eu sou uma menina. E eu ainda acho que para a gente - o grupo adolescente feminino - é ainda mais difícil.

Aquele drama com o sexo oposto, o cabelo que não cresce de jeito nenhum, as cólicas nas piores horas e o tédio... Coisas terríveis.

É, meninas de treze ano normais tem que passar por esses problemas todos os dias.

Eu invejo elas.

Muito.

Não dá para descrever com palavras minha vontade de ter que passar por esses dramas diários.

Mas é uma vontade que nunca será saciada.

Por que?

Ah é, o maldito sangue azul.

Ou seja: Eu sou da família real. Eu sou uma princesa. De Iléa, para ser exata. Um país que ocupou o espaço do querido Estados Unidos de vocês.

Eu li a expressão “sangue azul” em algum livro antigo (muito,muito,muito antigo) de história. Falava sobre os antigos reis, rainhas, príncipes e princesas. Era interessante.

Minha mãe não gosta da expressão “sangue azul”. Ela diz que não é todo mundo que nasce com ele. Alguns nascem sem e, mesmo assim, alcançam a realeza. Como ela.

Parei de usar essa expressão depois de um tempo.

Mas na minha cabeça,as duas palavras ainda martelam toda hora.

Sangue azul.

Sangue azul.

Sangue azul.

Essas duas palavras descrevem a minha vida por inteira. Tudo (tudo mesmo) gira em torno disso.

“Ah, você não pode fazer isso. É uma princesa.”

“Meu Deus, Célia! Seja mais elegante. Você é uma princesa.”

“Não, você não vai poder ir à festa da sua melhor amiga italiana. É uma princesa. Tem compromissos. Entende isso?”

Algumas pessoas querem ser da realeza e se esforçam para conseguir esse posto. Outras trombam com a realeza sem querer. Esse foi o caso da minha mãe.América Singer.Que nem queria participar da Seleção, mas mesmo assim se inscreveu e bem... o nome dela apareceu na lista das Selecionadas por vontade do destino. E a escolhida final foi ela.

Ela não queria ser da realeza. Mas algumas pessoas querem. Pessoas burras, na minha concepção.

Não é a maravilha que todo mundo acha que é.

E eu nunca gostei disso. Discutia demais com os meus – uma princesa precisa ser calma. Chamava atenção demais – uma princesa precisa ser discreta. Queria as coisas rapidamente – uma princesa precisa ser calma.

Eu nunca fui o que deveria ser.

Por isso, meus pais perguntaram se eu queria ir para uma escola interna italiana, onde minha melhor amiga (e princesa da Itália), Savina, estuda.

Nem pensei duas vezes. Aceitei a proposta.

Foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida.

*****

– Célia, minha querida - minha mãe disse.

Ela me abraçava apertado. Tão apertado que me machucava. Mas eu não me importava. Estava feliz em ver minha mãe, minha saudade por ela era imensa. Fazia três meses que não a via pessoalmente.

– Oi, mamãe.

– Filhinha... - Ela levanta meu rosto, gira-o para um lado e para o outro,apertando minhas bochechas, me olha de cima a baixo. Rio. Está chegando se estou bem fisicamente.

“ Ah, mamãe, fisicamente eu estou ótima. Mas isso não é o que mais importa, não?” penso.

– Estou bem, mamãe. Estou em casa.

Então ela me encara. Depois de ouvir essas cinco palavras, é como se tivesse despertado de um transe.Dá um passo para trás e me encara, com as duas mãos na cintura.

É claro.

Agora vem a bronca.

– O que você pensou que estava fazendo pegando um voo da Itália para Iléa com um completo desconhecido Célia Singer Schreave?

Usou o nome inteiro. Ferrou...

– Mamãe, o Inácio não é um desconhecido.

–Para mim ele é sim. O que se passava na sua cabeça, Célia?

Reviro meus olhos.

– Não é você que vive dizendo que eu não ligo mais para vocês? Eu só estava com saudades da minha família. Quis fazer uma visita. É feriado na Itália, não teremos aulas. E, além do mais, tenho que chegar as 35 ...coisinhas que vocês trouxeram para de baixo do teto aqui de casa.

Vejo a raiva cintilar nos olhos da minha mãe. Raiva? Para que? Eu só disse a verdade.

–COISINHAS, CÉLIA? CADÊ O RESPEITO?

– Mãe, mãe... não precisa gritar. E porque raios eu tenho que ter respeito com elas?

– Respeito com elas e comigo também. Já estive na situação das pobres meninas.

Levanto uma sobrancelha.

–Pobres? Comendo e bêbedo de graça pelo tempo que meu irmão quiser? Sem nenhuma responsabilidade além de enganar o meu irmão? E tentar pegar a coroa?

Ela segura meu braço com força. Muita força mesmo.

Ela está com raiva.

Vai me puxando pelas escadas.

– Castigo, Célia. Hoje você vai ficar no quarto o dia inteiro.

*****

Querida Savina,

Cheguei em Iléa no horário do almoço. Cheguei bem, muito bem. É claro, com Inácio no mesmo avião que eu, como poderia ficar mal? Hahahahaha

Briguei com a minha mãe logo na primeira vez que conversamos. É claro, que não poderia esperar nada de diferente dela. Fez um barraco imenso só porque dei minha opinião.

Sempre foi assim. Nós sempre brigamos por opinião diferente

E, oras, eu disse a verdade sobre as selecionadas. Um bando de folgadas.

Minha mãe nunca levantou um dedo para mim. E eu a amo por isso. Mas, as vezes, acho que ela fica com raiva de mim. Raiva mesmo. Talvez um dia ela me bata.

E, por Deus, eu só disse minha opinião.

Não fui mal-educada com ninguém.

Por que ela não pode me entender uma vez na vida?

Acho que ela está ocupada demais sendo a rainha.

E não tem tempo para ser minha mãe.

Você se sente assim com sua mãe, a Rainha Nicoletta?

Com amor,

Célia.

POV América

Uma semana. Esse é o tempo que faz desde a volta de Célia e eu já não sei o que fazer. As vezes, acho que minha filha se esquece de que eu já fui uma selecionada também. Não é como se todas elas tivessem escolhido estar ali. Não é como se minha filha pudesse simplesmente julgá-las e tratá-las como bem entende sem saber sua história.

Sempre tentei mostrar o máximo da realidade para meus filhos. Príncipes e princesas precisam conhecer seu país para poder cuidar bem dele. Não podemos simplesmente fechar os olhos e esperar que tudo fique sempre em paz.

Nos últimos meses, Maxon tem suspeitado da reorganização do grupo de rebeldes sulistas, que não faziam nenhum grande movimento desde o dia do anúncio da escolha de meu marido, mas, há 60 dias, dois caminhões que traziam mantimentos para o castelo foram destruídos e seus motoristas foram deixados inconscientes na entrada do castelo com faixas vermelhas amarradas em seus braços durante a madrugada.

Preferimos não divulgar o acontecimento. Não que ache isso certo, mas não podemos alarmar a todos sem poder dizer melhor o que aconteceu, nossos caminhões são assaltados com frequência, e a volta dos rebeldes do sul é apenas uma suspeita.

– Rainha? – uma voz feminina tira-me de meus devaneios.

Olho para o lado e encontro uma das selecionadas. Ela é tem uma sorriso doce, cabelos loiros, pele pálida e olhos azuis, assim como os meus.

– Olá Catarine, como vai?

– Muito bem, obrigada. Gostaria de saber se posso me retirar do Salão das Mulheres agora, precisava tomar um banho.

– Desculpe, Senhorita Petrova, mas estão fazendo uma simulação com os guardas e pediram que continuássemos aqui até segunda ordem.

Já faziam pelo menos oito horas que estávamos aqui e nem eu aguentava mais.

– O que acha de conversarmos? - pergunto - Todas nós.

– Seria ótimo, posso chamar as outras meninas?

Apenas balanço a cabeça consentindo e a vejo se afastar.

Lembro-me da minha seleção. Das minhas dúvidas, do meu medo, de Aspen, de Celeste. Sei como essas meninas estão.

Noto que algumas delas já estão se aproximando. É hora de relembrar os velhos tempos.


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Notas finais do capítulo

APP: Então,o que acharam?
Merecemos comentários?
Beijinhos


Espero que tenham gostado. Comentem, por favor, isso nos anima a escrever mais!!
Beijos enormes,
—M.



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