Dear Diamonds escrita por Mia Lovegood, Apaixonada por palavras


Capítulo 7
Seja forte.


Notas iniciais do capítulo

APP:
Okay,aparecemos.
Depois de mais ou menos 145 dias.
E eu aposto que todo mundo que está lendo isso já está com as pedras na mão.
E eu não os julgo.
(Dramática?Que isso!)
Gente,sério,eu nem sei oque dizer.Foram 5 meses.Eu entendo.Eu....realmente...me desculpem.
Boa noticia:Eu e a Mia estamos de férias então prometo que vamos ser mais rápidas para postar.Sério.
E aí,quem leu A Escolha?E quem leu O Conto da Rainha?
Espero que gostem.Até lá em baixo

Hey gente! Mia aqui agora! Mil desculpas pela demora. Eu assumo: a culpa foi toda minha. Fiquei toda enrolada, me mudei, tinha que me preocupar muito com a escola - agora já posso dizer, oficialmente, que sou aluna do ensino médio (uhu!) - e ainda tinha o teatro. Esse capítulo eu que escrevi e, apesar de não ter amado, espero que não esteja tão ruim. Vamos compensar - ou pelo menos tentar compensar - vocês nessas férias. Boa leitura (:



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POV Adam

Onze dias. Esse foi o tempo que se passou desde a chegada das selecionadas. Era de se esperar que, depois de mais de uma semana, já tivesse me acostumado com tantas hóspedes em minha casa, mas não foi isso o que aconteceu. Até pelo contrário, toda vez que esbarro com uma delas no corredor levo um susto.

A todo o momento me pergunto como irei escolher apenas uma delas e isso ainda me parece uma missão quase impossível. Cada garota tem uma característica que me intriga e impressiona. São tão diferentes umas das outras! Tão únicas!

A cada dia a pressão para que eu diminua o grupo de remanescentes aumenta. Os assessores de meu pai dizem que estou passando a imagem de um herdeiro que não sabe o que quer. “Como pode o futuro herdeiro de um país tão promissor não saber fazer escolhas?” foi provavelmente a frase mais dita por Jeffrey Lynn, um importante ministro, na reunião hoje.

E o problema é exatamente esse: eu não sei o que quero. Desde pequeno, quando ouvia as histórias da seleção da minha mãe, esperava uma menina pela qual me apaixonaria a primeira vista. Só que isso não aconteceu e agora me encontro em uma situação ruim. Muito ruim.

Já revi a ficha de cada garota pelo menos cinco vezes, esperando que, talvez, leia algo terrível que me faça querer tirá-la imediatamente. Só que até parece que alguém vai colocar um defeito horrendo na inscrição de um concurso.

Eu preciso conversar com alguém. Preciso desabafar. O único problema é que não encontro ninguém que possa me ajudar. Meus pais acabaram de entrar no avião para irem à Itália para o aniversário da rainha. Minha irmã, Célia, não se apegou a nenhuma das garotas. Tudo bem, isso foi eufemismo, na verdade, ela odeia todas elas sem motivo aparente. E minha tia, Marlee, dirá que devo seguir meu coração e “deixar rolar”, o único problema é que não tenho muito tempo para isso.

A outra pessoa que vem em minha cabeça é Alison. Tenho certeza de que ela me diria algo que ajudaria. Só que desde a nossa conversa no dia em que conheci as selecionas, estou meio que ignorando ela e não poderia simplesmente bater na porta do quarto dela às 11 da noite como se não tivesse acontecido nada, porque é claro que aconteceu.

POV Alison

Diário,

Hoje foi estranho, de novo. Há dez dias tudo mudou e não aguento mais, não é a primeira vez que me pego pensando em pedir para sair daqui e desistir de tudo, porém tenho que ser forte. Adam continua me dando gelo e não sei como melhorar isso. As memórias de nossa última conversa voltam para minha cabeça todas as noites quando, enquanto tento dormir.

Seja forte. Essas seriam as palavras que meu pai diria se estivesse aqui no castelo comigo, tenho certeza. Eu juro, juro mesmo que estou tentando, estou até escrevendo aqui em você para tentar organizar minha cabeça. O único problema é que já não tenho certeza se é isso que quero. Porque o amor tem que ser tão complicado?

Já é tarde, preciso ir dormir.

Espero que amanhã seja menos estranho.

Espero não precisar mais da sua ajuda – sem ofensas, claro.

Tchau.

Fecho meu mais novo melhor amigo, um caderno levemente desgastado que minhas criadas conseguiram e que vem sendo meu diário. Começar um foi ideia de Lia, minha criada favorita, para que eu tivesse algum confidente durante meu período no palácio.

O relógio ao lado da minha cama indica que já são mais de onze da noite e, assim que fecho os olhos para tentar dormir, relembro da minha conversa com Adam.

Flashback – 10 dias atrás.

Zoé, uma selecionada que estava sentada ao meu lado, havia acabado de ir encontrar com o príncipe e eu estava cada vez mais nervosa. Não sabia o que esperar de Adam quando nos encontrássemos, mas, o conhecendo como conhecia, sabia que ou ia ser ótima ou péssima, já que com ele não costuma existir um meio termo.

– Ele é bem simpático, não precisa ficar nervosa – disse uma menina loira que havia sentado no lugar antes ocupado por Zoé. Só depois de alguns segundos reparei que era comigo que ela falava.

– Sou Alison, prazer. Você é a..? – tentei desviar o assunto, não me parecia a melhor opção responder algo como “Eu sei, já o conheço há muito tempo”. Uma das imposições feitas pelo rei para que pudesse ao menos me inscrever para a seleção foi que não devia falar com as outras meninas sobre minha árvore genealógica ou minha amizade com o príncipe, já que isso poderia criar confusões.

– Alícia Swan. Acabei de conhecer o príncipe e ele foi muito atencioso, tenho certeza que será com você também.

– É o que espero.

Fechei os olhos por um momento, me lembrando de como havia sido avisada que sobre como a reação de Adam podia ser ruim.

Calma.

Inspira, expira, inspira, expira.

– Zoé está voltando, é a sua vez – falou Alícia, sorrindo. – Boa sorte.

Agradeci e fui em direção ao sofá onde falaríamos com o príncipe.

– Alison?!?! – Era ele. Meu melhor amigo. O garoto que cresceu comigo. O homem pelo qual me apaixonei.

– Oi – tentei dar um sorriso.

– Não sabia que vinha me visitar – ele falou. Era possível que ele não tinha entendido o que eu fazia ali? – Como deve ter visto, as selecionadas chegaram hoje. Na verdade, a última menina que preciso conhecer provavelmente está vindo.

É, ele não tinha entendido.

– Adam – falei devagar, como quem explica algo a uma criança – eu sou a última selecionada.

– Como? – seus olhos estavam arregalados – Mas você é da família! Você é minha prima, Ali – agora era ele que parecia falar com uma criança.

– Meu pai é seu primo, Adam. E de segundo grau. Nosso grau de parentesco é tão distante que nem exames de DNA devem constar.

– Mas Ali, você não pode estar aqui. – confuso. Essa era a palavra que descrevia o príncipe agora.

– Não só posso como estou. Sempre gostei muito de você e sei que também gosta de mim.

– Como irmão – me interrompeu.

– Você nunca tentou gostar de mim de outra forma, tenho certeza que, se tentasse, conseguiria me ver como algo além de sua prima.

Porque ele não podia aceitar que estava ali de uma vez? Dar-me uma chance. Eu me esforcei demais para conseguir enviar minha ficha. Rezei muito para que ela fosse sorteada. E ela foi. Eu estou aqui. Sou uma das 35. Adam devia ficar feliz pela minha presença, não parecer aterrorizado com isso.

– Mas é minha melhor amiga!

– Sim, sou. Mas eu te amo, Adam – talvez não tenha sido a decisão mais sábia jogar isso na lata assim, só que, se ele continuasse falando como estava, eu ia acabar chorando, o que ia ser vergonhoso. Maldita TPM. (N/A: para quem não sabe, a TPM deixa muitas mulheres mais sensíveis).

Ele segurou meus ombros e falou, olhando nos meus olhos:

– Eu também, como melhor amigo.

Hey, Adam, eu não sou uma criança! Sou uma mulher, quase adulta, que acabou de dizer que te ama e esperava algo mais romântico da sua parte.

Segurar o choro estava cada vez mais difícil e, antes que me desse conta, uma lágrima solitária descia pelo meu rosto.

Sem pedir permissão, me levantei, fiz uma breve reverência e sai.

Fim do flashback.

Eu não conseguia dormir, não só por causa das lembranças, mas também por causa da dor. Já fazia mais de dez minutos que Lia havia descido para pegar um copo de água para mim. Eu estava morrendo de cólica e precisava de um remédio. E de uma bolsa de água quente. Porque precisa doer tanto? Como se não bastasse sangrar loucamente durante quase nove dias, ainda morria de dor. Isso é injusto. Porque só as mulheres que tem que sofrer com isso?

Três leves batidas na porta me deram um susto. Minha criada sabia que não precisava bater, até porque, no estado em que me encontro, levantar para abrir a porta está fora de cogitação.

– Entra. – falei o mais alto que consegui, mas sem gritar, já que não queria acordar as meninas dos quartos ao lado.

A porta foi aberta lentamente e, quando a pessoa entrou, levei um susto. Não era Lia. Era Adam.

– Resolveu parar de me ignorar? - nem tentei ser simpática, quem não olha na minha cara por mais de uma semana não pode esperar bom humor da minha parte, ainda mais com a dor que estava sentindo.

– Sempre tão doce – meu ex(?) melhor amigo disse de forma irônica.

– Sempre.

Esperei que ele se pronunciasse. O que estava fazendo no meu quarto tão tarde? Ficamos nos encarando por segundos que pareceram minutos, até que ele disse:

– Desculpa.

Olhei-o de forma surpresa. Apesar de tudo, Adam era orgulhoso e, para ele, dizer isso era difícil.

– Não devia ter me comportado como me comportei na nossa conversa – continuou – sei que tinha que ser mais compreensivo. É só que você me pegou de surpresa. Não esperava te ver aqui.

Não sabia o que dizer. Eu queria perdoar ele, não queria? Então porque não conseguia falar nada naquele momento?

Reparei que ele usava uma calça de moletom e uma blusa bastante desgastada, provavelmente já estava indo dormir quando resolveu vir.

– Alison? – ele esperava uma resposta minha. Desviei meu olhar de suas roupas e me deparei uma expressão de súplica.

Ele era meu melhor amigo, nada ia mudar isso.

– É claro que eu te desculpo - falei sorrindo. Logo senti seus braços me envolvendo em um abraço.

– Amigos? – apesar de já ter aceitado seu pedido de desculpas, Adam ainda estava receoso ao me perguntar isso.

– Até depois do fim.

Dessa vez quem sorriu com ele e parecia que ia falar algo quando ouvimos a porta sendo aberta por Lia, que trazia uma bandeja com a água e a bolsa térmica.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comentem, por favor.
Eu pedi muitas fichas (problemas com o computador), inclusive a da Alison, mas eu lembrava bastante coisa dela e espero não ter fugido muito da personagem (na verdade, esse temperamento, essas falas da Ali, eu pensei um dia que estava muito dentro de um personagem e gostei - apesar de na minha cabeça ter parecido melhor do que ficou quando eu escrevi). Vou tentar pegar as fichas que perdi com a APP... (Era a Mia até agora). Beijoos
APP:
Então,o que acharam?
Espero que tenham gostado!
Vejo vocês nos comentários
beijinhos



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