Dear Diamonds escrita por Mia Lovegood, Apaixonada por palavras


Capítulo 5
Conhecendo-se.


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem? Postamos mais rápido dessa vez, não é? Acho que agora todas as selecionadas já vão ter pelo menos sido citadas na história... Esse capítulo eu, Mia, que escrevi, já que a APP escreveu o outro. Até lá em baixo, boa leitura!



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POV Amélia Fog

Tudo aqui é maravilhoso. Nesse momento estou sendo arrumada pelas minhas três criadas – que são muito simpáticas – para o primeiro momento que todas nós, selecionadas, teremos com o príncipe Adam. Pouca coisa foi mudada em mim durante a transformação que houve quando chegamos. Meu cabelo foi a única coisa que realmente parece diferente. Antes eu tinha um corte que considerava meio pré-histórico, ele era curto e em V nas costas, mas agora, por causa de apliques, ele está um pouco menos de dois palmos abaixo dos ombros. Achei que ficou lindo.

– Terminamos senhorita Amélia. – Disse Catarina, a mais jovem das minhas criadas.

Olhei-me no espelho. Provavelmente nunca tinha me visto tão bonita. Usava um vestido azul que fazia com que meus olhos se destacassem e um sapato nude. A maquiagem não era carregada, era perfeita. Eu estava até “com uma corzinha”.

– Vocês são maravilhosas. – Concluí. – Muito obrigada.

– Você não precisa agradecer. – Falou Hannah, outra das minhas três criadas. – Nós não fizemos nada demais. Apenas nosso trabalho.

– De qualquer forma, obrigada. – Falei com um sorriso sincero. – Mas agora acho que devo ir, ou vou me atrasar.

POV Adam Schreave.

– A azul. – Falou Marlee. – Vai deixar seus olhos ainda mais bonitos.

– Muito obrigado, tia.

Sim, eu a chamava de tia, Marlee era a melhor amiga de minha mãe, elas participaram da seleção juntas, mas por causa de uma confusão (acho que se pode chamar o que aconteceu com ela de confusão) que ocorreu, ela virou oito e passou a trabalhar no palácio. Apesar disso, a amizade delas permaneceu forte e eu cresci com Marlee sendo meio de que minha madrinha, ela sempre fazia doces maravilhosos para mim.

Ouvi três batidas firmes na porta. Só podia ser meu pai, o atual Rei de Iléa.

– Filho, posso entrar?

– Claro.

– Olá Marlee, olá Adam. – Ele disse.

– Bom dia, Majestade. – Falou minha tia. – Tenho que ir muito que fazer, são mais trinta e cinco pessoas para alimentar agora! Até mais!

Abracei-a e ela sussurrou “Você vai ser sair bem. Eu sei que vai” em meu ouvido.

– O que você falou com elas? – Perguntei.

– Fique calmo, você com certeza vai saber o que perguntar a cada uma delas quando as vir. Apenas seja educado e simpático. Seja você mesmo.

– Você já viu as fichas detalhadas delas?

– Na verdade, não. Apenas os nomes e as fotos. Todas são muito bonitas, aliás. – Ele falou erguendo uma de suas sobrancelhas e nós dois rimos. Nessa hora, a porta se abriu.

– Eu posso saber o motivo dos risos? – Perguntou minha mãe.

– Na verdade, não. – Meu pai logo respondeu. – Você está belíssima, América. – Mesmo depois de tantos anos, ele ainda a olhava de forma completamente apaixonada. E ela ainda corava quando recebia elogios do meu pai.

– Obrigada. Vocês também.

– Vocês estão atrasados.

– Mas ainda faltam dez minutos! – Falei olhando para um pequeno relógio que ficava em uma mesinha em meu quarto.

– Tempo suficiente para um abraço em família. – Falou meu pai.

É incrível o poder que um abraço de quem amamos exerce sobre nós, nesse momento me sentia como uma criança de oito anos.

– Agora, vamos. – Minha mãe falou quando nós três nos soltamos. – Você vai ser maravilhoso. – Essa parte era dirigida a mim.

...

– Podem abrir. – Falei para os guardas que estavam na porta que me separava das selecionadas.

Abri um sorriso e senti trinta e cinco pares de olhos encarando-me.

– Olá, senhoritas. Espero que estejam gostando do palácio. Vocês já tomaram café? – Perguntei, não sei como consegui não gaguejar.

– Majestade. – Elas falaram, em coro.

– Elas ainda não se alimentaram. – Liv, uma moça que devia ter cerca de 27 anos e que estava terminando de ser treinada por Sílvia para ser a “nova Sílvia” respondeu-me antes de qualquer uma das selecionadas. Ela tendia a ser simpática, mas impunha respeito e, apesar de jovem, era dotada de um grande conhecimento.

– Tudo bem, então seremos rápidos. Vou falar com cada uma de vocês em particular agora. Começando por você, senhorita – eu me lembrava de ter visto aquele rosto nas fichas que foram colocadas sobre minha escrivaninha – Amélia Fox.

Ela rapidamente levantou-se e segurou meu braço. Encaminhamo-nos a uma pequena varanda que tinha no salão que estávamos e indiquei para que ela se sentasse no banco da esquerda.

– Então, o que está achando do palácio?

– Muito bonito. – Ela respondeu com um leve sorriso. Amélia tinha uma aparência bonita. Seus cabelos eram loiros e longos e seu olhar marcante. Parecia ser uma pessoa decidida, eu gosto disso.

– E quanto a suas criadas? – Meu pai estava errado, eu não saberia o que perguntar a essas trinta e cinco garotas.

– Bem, duas delas são muito amáveis e simpáticas, mas a terceira... – Isso me deixou meio preocupado, as meninas deviam ser bem tratadas!

– Qual o nome dela?

– Bianca.

Esse nome não me parecia estranho.

– Como ela é?

– Olhos verdes, cabelos castanhos claros e um corpo magro. Na verdade, é bonita.

– Eu conheço-a. – Falei – Recordo-me de brincar com uma Bianca quando menor, mas faz anos que não a vejo.

Ela pareceu meio sem graça, repassei minha última fala mentalmente, como pude falar de outra menina durante o meu primeiro encontro com uma pessoa que possivelmente poderia vir a ser minha futura esposa.

– Desculpe-me. Isso foi meio nostálgico. Para ser sincero com você, eu não tenho muito contato com moças que falem minha língua ou tenham uma idade parecida com a minha há tempos, não sei bem como me portar.

Ela abriu um sorriso.

– Tudo bem.

– Feliz em estar aqui? – Perguntei.

– Sim, muito.

– Espero poder conversar mais com você depois. Mas agora eu acho que preciso conhecer as outras senhoritas. Foi um imenso prazer. – Falei beijando sua mão. – Você poderia, por favor, fazer a gentileza de chamar a selecionada que está na cadeira ao lado da que você estava sentada.

– Claro. Foi um prazer também, alteza.

Após uma breve reverencia, Amélia Fox saiu.

Passaram- se mais algumas meninas, todas mostraram ser simpáticas e educadas. Descobri que havia mais uma Amélia e que poderia facilmente virar amigo de muitas das meninas.

Uma menina havia acabado de entrar em meu campo de visão, ela vinha em direção da pequena varanda e era extremamente bela. Olhos azuis, cabelos castanhos e em sua franja, encontrava-se uma diferente mecha azul.

– Olá, príncipe Adam. – Ela disse.

– Olá, senhorita, Laurye. Como vai seu dia?

– Muito bom, e o seu?

– Até agora, também foi agradável. Você tem origem japonesa? – Perguntei, não aguentando a curiosidade, já que ela usava um vestido vermelho com um estilo que lembrava o do país e sapatilhas pretas. Uma meia calça cor de pele completava sua roupa.

– Não que eu saiba. Você perguntou por causa das roupas, estou certa?

– Sim. – Respondi.

– Eu apenas gosto do estilo.

– Fica bem em você. – Disse e ela sorriu.

Conversamos por mais alguns minutos, faltavam poucas selecionadas agora, depois de Laurye, falei com Bruna e Katherine, ambas foram muito agradáveis e gostei delas.

Quem entrava agora era Aniss.

– Bom dia, senhorita Aniss. – Falei com um sorriso.

– Bom dia, alteza. Tendo uma manhã divertida? – Ela perguntou, sorrindo também.

– Você não pode imaginar. Então, o que você gosta de fazer?

– Muitas coisas, mas tenho uma queda por cavalos.

– Um dia te levarei ao estábulo do castelo e podemos cavalgar.

– Vai ser divertido. – Ela disse.

– Espero que possamos fazer isso em breve. O que achou de seu quarto?

– A decoração é linda, lembra um pouco o meu quarto, na verdade.

– Saudades de casa? – Perguntei.

– Um pouco, mas estou feliz por estar aqui.

Não sabia qual a casta de Aniss, ela parecia muito refinada, mas pessoas de castas menores também podem ser refinadas, as castas não definem quem uma pessoa é, em minha opinião, e achei que talvez pudesse ser mal educado perguntar, então formos conversando sobre outras coisas por alguns minutos e nos despedimos momentaneamente. Outras cinco selecionadas falaram comigo. Faltavam apenas duas.

A penúltima foi Zoé, uma menina que aparentava ser doce e que, quando perguntei algo interessante sobre me contou que era vegetariana (N/A Eu, Mia, também sou) e falou sobre sua irmã gêmea, que morreu durante o parto. Não prolonguei muito esse assunto, parecia doloroso para ela falar sobre isso.

Não sabia quem era a última, ainda não havia visto todas as fichas, só algumas que estavam em cima da pilha. Quando a última moça chegou, levei um susto:

– Alison!?!?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?
Se sua selecionada não apareceu nem foi citada em nenhum capítulo da fic, por favor nos avise, são muitas fichas..
Espero que tenham gostado,
Beijoos!