Potterlock - A Pedra Filosofal escrita por Hamiko-san


Capítulo 3
Quadribol




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— Só acho que os alunos do primeiro ano deviam ter direito de se inscrever para os testes pro time de quadribol.

Sally resmungava entre uma garfada e outra. A mesa da Grifinória, em particular, estava empolgada em relação ao resultado dos testes para os novos membros do time. Um apanhador e um artilheiro, basicamente.

— Pra mim tanto faz - avisou Henry enquanto deliciava pudim de mel de sobremesa - A escola não ia deixar eu trazer minha Nimbus mesmo.

— Uau! Você tem uma Nimbus 2000!

— Meu tio me deu de presente nas férias.

— Cara... Eu não sabia que você era rico!

O garoto soltou uma risada sem graça:

— Toda minha família é. Temos até um condado. Podem ir pra lá um dia.

— Seria legal. - Disse John com uma bochecha estufada pela comida que, em seguida, engoliu - Aliais, sua família é de trouxas ou de bruxos?

— Os dois. Meu pai era trouxa e minha mãe era bruxa.

— Ah... Então bruxos e trouxas podem se casar.

— Na verdade bruxos mestiços são bem comum. - Sally explicou para o colega.

Sem nenhuma pretensão, a visão de John recaiu sobre um Sherlock que acabara de se aproximar da mesa da Corvinal sendo levado pelo braço por Filch, e ficou curioso em saber o que tinha acontecido. Viu aquele pálido rapaz sentar-se à mesa, apoiar o cotovelo nela, o queixo na mão e começar a comer pedaços de pão torrado fazendo expressão de marasmo.

Harry sentou-se do lado do irmão e se serviu de um pedaço de carne:

— Clara conseguiu. É a nova apanhadora do time.

— O primeiro jogo será semana que vem contra a Sonserina. - Sally comentou abrindo um sapo de chocolate, que logo pulou pela mesa - Espero que o time consiga se preparar até lá.

— É melhor mesmo. Levamos uma surra deles no ano passado.

John olhou para a mesa da Sonserina bem no momento que Moriaty, o aluno cuja genialidade se aproximava da de Sherlock, falava algo que deixava Kitty impressionada.

— Essa casa parece ser boa em tudo. - Comentou.

— Repita isso e eu uso a minha Comet 260 na sua cabeça. - Replicou Harry.

— Pelo menos assim você arranja uma utilidade pra ela.

— E deixo a sua cara melhor.

Uma briga entre irmãos estava prestes a começar, mas um grito encheu repentinamente o salão:

"TRAAAASGOS! NAS MASMOOOORRAS!"

Era o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Quirrel, que havia adentrado em pânico no salão e desmaiado no meio do lugar, fazendo-o virar uma algazarra. Os alunos começaram a gritar e sair de suas mesas sem saber pra onde ir. Alguns empunhavam a varinha, outros pensavam em se esconder de baixo da mesa e ainda havia aqueles que apenas gritavam. Dumbledore, percebendo que jamais seria ouvido, apontou a varinha para a garganta e logo sua voz se ampliou entoando um "SILÊÊÊÊÊNCIO!" por todo o local.

Os alunos se calaram de espanto.

— Monitores, levem os alunos aos respectivos dormitórios. – Pontuou o direitor – Eu e os professores averiguaremos isso.

Dumbledore saiu do lugar juntamente com Minerva, Sprout, Flitwick e os demais professores, inclusive Snape, que tinha acabado de chegar. John se encontrava na multidão de alunos da Grifinória, mas ao notar Sherlock se afastando do grupo da Corvinal passou pelo aglomerado de estudantes e o seguiu.

 

~O~

 

Sherlock corria pelos corredores com a varinha em punho e o olhar bem atento. Escondeu-se atrás da coluna mais próxima e mordeu o lábio inferior enquanto verificava se não tinha nenhum professor por perto. De repente um urro o fez dar um solavanco para trás e sair correndo de onde estava. Agiu bem a tempo, pois um trasgo munido de um tacape quebrou o pilar e quase levou o aluno junto.

O rapaz engoliu em seco ao se deparar com o que havia encontrado. Uma criatura com o quádruplo de seu tamanho e o quíntuplo de sua força. Normalmente não tinha medo de brigas, pois conseguia se dar bem em combates corpo a corpo com pessoas do seu mesmo peso. Até garantia lançar um feitiço em alguém um pouco maior. Mas aquilo era um desafio bem mais grave.

O trasgo que invadiu o castelo estava lá e levantou o tacape, fazendo o garoto sair correndo pra não ser esmagado. Um estrondo se fez. Mais pilares foram quebrados, levantando poeira. A visão de Sherlock se embaralhou. Corria entre pedras partidas, urros, passos pesados e, à sua frente, um menino loiro com uniforme da Grifinória que chegava esbaforido.

— Sherlock!

— John? - De repente sentiu o trasgo agarrar-lhe o pé e sacudi-lo no ar - AARG! JOOOOHN!

John olhava para todos os lados sem conseguir pensar no que fazer ao ver o rapaz sendo sacudido como uma boneca de trapo pronta pra ser dilacerada com o pedaço de pau. Por sorte ver a arma fez surgir uma ideia e John sacou a varinha, bradando o único feitiço que lhe veio à cabeça:

— Wingardium leviosa!

O tacape se soltou como um fiapo da mão da criatura e levitou a uma considerável altura acima da cabeça dela para, em seguida, cair e acertá-la, deixando-a grogue com a pancada. O corpo do trasgo desabou no chão juntamente com sua presa.

— Sherlock! Sherlock, você está bem?

Sherlock rolou pro lado e se manteve estirado no chão, de peito pra cima e com uma expressão dolorida. John ajoelhou-se ao seu lado e o segurou pelos ombros.

— Ai... - Gemeu a vítima - Espero que eu não tenha atingido a cabeça.

— Por que saiu de perto do seu grupo? O que aconteceu?

Sherlock ficou algum tempo em silêncio, até que resolveu olhar para o rosto de quem o segurava.

— Eu já li sobre trasgos. Achei que podia enfrentar um sozinho.

John quase não acreditou.

— Como é?

— Aliais, por que está aqui?

— O que você acha? Eu fiquei preocupado com você, seu maluco!

Sherlock ergueu as sobrancelhas e se manteve mudo. Em seguida se sentou, apoiando um dos braços no joelho flexionado e encarando o chão:

— Não perca seu tempo com isso, John. - Murmurou, entretanto abriu um sorriso discreto nos lábios - Mas foi um belo feitiço.

— Foi? Sei lá. Agi por impulso.

Ouviram-se passos e os garotos imediatamente se levantaram, prontos pra fugirem. Sabiam que não apareceria alguém que concordaria com o que fizeram. E acertaram! A professora Minerva havia chegado e ao ver dois primeiranistas perto de um trasgo inconsciente, respirou fundo, com as narinas dilatadas, lançando um olhar de censura para ambos.

— O que... Fazem... Aqui? - Ela perguntou pausadamente.

— Desculpe, professora. – Sherlock se adiantou – Achei que poderia enfrentar o trasgo, mas não aconteceu de acordo com meus planos. Por sorte John estava aqui.

A professora fuzilou o rapaz com os olhos e, ao mesmo tempo, pediu paciência mentalmente.

— Holmes, o que você fez foi totalmente imprudente! Menos 10 pontos pra Corvinal e mais uma detenção pra você.

Pela cara que ela fez, a detenção tinha grandes chances de ser algo entediante.

— Quanto a você, Watson, saiba que alunos do primeiro ano não são páreos para trasgos.

— Sim, senhora.

— Por isso... Quinze pontos para a Grifinória.

John quase pôde sentir a face esquentar.

— Agora voltem para os seus dormitórios. - Ordenou a professora.

Os dois alunos caminharam de volta ao salão comunal e pelo visto alguém já tinha removido o professor Quirrel de lá.

— É uma pena que não somos da mesma casa. - Sibilou Sherlock massageando a nuca.

— Se fôssemos da mesma casa, teríamos cinco pontos a mais no fim de tudo.

— Dez pontos a menos do que sua casa já tem.

— Ao menos nós dois estaríamos em vantagem.

Pararam de andar. Dali em diante cada um teria que seguir seu caminho. Sherlock olhava pra ele compenetrado, numa expressão enigmática.

— Se você fosse da Corvinal, iríamos agora para o mesmo salão comunal e eu poderia ficar mais tempo com você.

E se antes John achava que sua face havia esquentado, agora ele tinha certeza. Observou o seu novo amigo ir embora e deixando-o sozinho com seus pensamentos.

 

~O~

 

A noite estava gelada e mesmo com luvas e um volumoso cachecol listrado de azul e branco enrolado até o nariz, Sherlock sentia que viraria um bloco de gelo em breve. Seguia um Filch resmungão e torcia para não ter que cumprir detenção com ele e com aquela gata que sempre o seguia, Madame Nor-r-a.

— Devia ser como nos antigos tempos em que os alunos podiam ficar amarrados nas masmorras. – Grunhia o zelador – Ainda sinto falta dos gritos.

Por motivos como esse.

— Ah, ali está! Hagrid!

Quando o rapaz olhou para o tal Hagrid apenas duas palavras vieram à sua cabeça: "Meio gigante". E esperava que ele fosse do tipo amigável. Rubeo Hagrid era grande em todos os ângulos, tinha uma longa barba preta que se confundia com os cabelos, e usava roupas que cheiravam a selva e bebida barata.

— Tome, esse é seu! - Filch empurrou o aluno para perto dele.

— Oi, Holmes! você andou dando trabalho, não foi? - Hagrid riu e deu uma tapa nas costas do garoto, tão forte que quase o derrubou no chão. - Eu estou com sorte! Realmente preciso de ajuda!

— Ah... Ai... Certo. Que tipo de trabalho um guarda-caças faz a noite?

— Há sangue de unicórnio espalhado pela floresta. Estou procurando a causa e vai ser bom ter mais um par de olhos.

Parecia entediante.

— Talvez não demore muito. - O aluno se consolava.

— Não vai. Vamos nos separar para ser mais rápido.

— Oh. Que criatura interessante você é colocando a vida de um aluno assim, em risco.

— Por acaso está com medo? - Hagrid riu por trás daquela barba preta que mais parecia uma moita.

— É uma boa pergunta.

— Não se preocupe. Na floresta também tem criaturas amigáveis, como os unicórnios.

— Que estão mortos, certo?

Um cachorro consideravelmente grande correu até Hagrid e apoiou as patas dianteiras sobre a barriga do guarda-caças para receber carinho. Sherlock levou um susto ao cogitar, de relance, que aquele cão poderia ser tão feroz quanto o de três cabeças que guardava o alçapão.

— Esse é o Canino, garoto. Se quiser pode levá-lo com você, caso se perca. Só não conte com ele pra defendê-lo. É um covarde.

— Ele é tão amigável quanto o de três cabeças que está dentro da escola?

Hagrid arregalou os olhos:

— Não era pra você ter visto o Fofo.

— ... Fofo?

— É, Fofo, e acho melhor você ficar longe dali, Holmes. Dumbledore não vai gostar de saber que andou arriscando a sua vida. - Apontou para a direção leste da floresta - Você procura por lá. Boa sorte.

Sherlock obedeceu, levando Canino consigo, que tinha o tamanho de um pônei.

— Boa sorte... E ele acha que eu estou colocando a minha vida em risco.

O cachorro latiu.

— O que você acha, Canino? Seu primo está guardando um tesouro nesse momento. O que Dumbledore guardaria de tão importante a ponto de alguém querer roubá-lo? - Passou a mão na coluna do animal enquanto andava - Talvez amanhã eu consiga ficar sozinhoa sós com John e possa falar sobre isso com ele.

Parou de andar ao ouvir um barulho mais espesso que o do vento.

Parecia uma última tentativa de relinche.

No chão, aos pés do aluno, havia um rastro de sangue prateado. Canino começou a latir e, em meio à névoa, uma figura encapuzada surgiu num salto e avançou sobre o aluno. Tudo foi muito rápido e nenhum traço facial conseguiu ser processado pela astuta mente da vítima. Apenas um detalhe foi captado: Dois fios de líquido prata escorrendo da boca, e Sherlock esperava poder viver para que isso tivesse alguma importância.

De repente a criatura se afastou vários passos. Em seguida ouviu-se um galope e a coisa que atacava o garoto fugiu, desaparecendo no meio da névoa.

Aliais, Canino também havia fugido.

— Garoto, é perigoso andar por aqui.

Sherlock tentava se recuperar da tontura enquanto localizava o dono da voz. Um centauro de maxilar quadrado, torax musculoso e olhos profundos.

— Obrigado... - Agradeceu ofegante, zonzo, confuso e com suor frio escorrendo da fronte - Aquilo não era um animal... Com certeza não era...

O centauro aproximou-se do cadáver do unicórnio, que agora estava numa poça de líquido prateado e espesso. Havia pesar nos olhos da criatura metade humana metade animal.

— Então é essa pessoa que mata os unicórnios... - Comentou Sherlock quando conseguiu se pôr de pé.

— Seja quem for, não está mais nem vivo nem morto. Unicórnios são criaturas puras. Quem bebe o sangue de um fica eternamente amaldiçoado e passa a ter uma meia vida.

— E mesmo assim alguém aceitou pagar o preço?

O farfalhar da mata cortou a conversa e das folhagens surgiu a imensa figura de Hagrid, acompanhada de Canino.

— Holmes! Você está bem?

— Ah, sim. Cumprir detenção não chega a ser ruim.

— Firenze, obrigado por proteger o aluno. - Hagrid aproximou o lampião do unicórnio - Outro? Quem fez isso?

Firenze se limitou a olhar o céu e suspirar:

— Marte está brilhante hoje.

Em seguida galopou para o norte, sumindo da vista deles. Hagrid bufou impaciente e se virou para Sherlock:

— Aprenda, garoto. Nunca peça informações a um centauro.

Apoiou a mão pesada no ombro do corvino e o acompanhou para fora da floresta.

 

~O~

 

O time da Grifinória treinava na manhã seguinte. Um sábado. John assistia a tudo de longe, sentado sob uma faia e sentindo a brisa ventilar seus cabelos. Sherlock, ao seu lado, lia um exemplar de Animais Fantásticos e Onde Habitam.

— Beber sangue de unicórnios? - John abraçou os joelhos e encostou o queixo neles - Isso é muito cruel, não?

— Aqui diz que o sangue deles tem alto poder curativo e regenerativo, mas o Ministério da Magia proibiu o uso por causa dos efeitos colaterais.

— Que são...?

— Não está claro. Só diz que unicórnios são criaturas puras e que o seu sangue amaldiçoa o bruxo que o bebe diretamente. Deve causar uma espécie de dependência.

— Isso não parece deixar alguém poderoso. Você sabe, ficar dependente de algo significa ganhar um ponto fraco bem visível.

— Talvez seja alguém que não tinha nada a perder. - Fechou o livro e se encostou mais na árvore - O rosto era humano... Eu acho. Fui pego de surpresa. E ele se afastou logo de mim quando ouviu o centauro.

Os batedores da Grifinória começavam a brigar, um culpando o outro pelo balaço ter acertado a apanhadora. O capitão do time tentava apaziguar a briga. Sherlock voltou a olhar para o amigo ao seu lado.

— Mas não era só sobre isso que eu queria falar com você.

— Ah, não? - O loiro correspondeu a mirada - O que mais descobriu?

— Não muita coisa e por isso quero que me ajude quando eu precisar, caso também queira descobrir o que tem de baixo do alçapão.

— Por isso Filch lhe trouxe pelo braço ontem? Você estava no andar proibido?

— Eu estava seguindo Snape. Ele passava por lá. Resolvi abrir a porta só pra ver se o cão de três cabeças estava bem, mas Filch me pegou antes. Depois trasgos invadiram o castelo.

— Sim, essa parte eu já sei.

— Não. Você só sabe o que eu lhe contei. Esse lugar tem muita segurança e trasgos são incultos demais. Alguém os deixou entrar. Só pode significar uma coisa. Queriam distrair a atenção para tentar roubar a pedra.

— Então... Você não queria enfrentar o trasgo?

Sherlock deu de ombros antes de responder:

— Eu achava que você iria querer me fazer desistir.

— Você realmente não tem jeito.

— Então? Vai me ajudar?

John voltou a assistir ao treino.

— Droga... Eu também estou curioso. – Admitiu o grifinório.

Sherlock acabou rindo e o amigo o acompanhou na singela risada.

 

~O~

 

No segundo sábado de Novembro houve o primeiro jogo de Quadribol da Grifinória. Sua desafiante era a Sonserina. Todo o estádio estava dividido com as respectivas cores das casas, além do lugar reservado aos professores e ao diretor. O vermelho e o verde enchiam o cenário com os gritos de torcida, entre eles os de John, Sally e Henry, todos com cachecóis vermelho e dourado no pescoço. Os três vibravam quando seus artilheiros acertavam o gol e torciam para que Clara avistasse o pomo de ouro antes de Anderson, o apanhador da Sonserina.

— Mas que droga! Quase a Adler faz um gol! - Gritou Harry.

— Esse pomo tem que aparecer logo! - Dizia Henry debruçando-se sobre a balaustrada - Ou eles vão acabar empatando!

— Será que fizeram um pomo invisível por acaso? - Sally perguntava enquanto olhava os jogadores usando binóculos. - Ah! Ali!

Os gritos da plateia aumentaram quando os apanhadores avistaram o pomo de ouro e começaram a persegui-lo. A velocidade de ambos se equiparavam, mesmo que o modelo da vassoura da moça fosse um pouco inferior. Mergulharam no ar quando o pomo assim o fez e alçaram voo quando a pequena esfera alada emergiu.

De repente a vassoura de Clara freou bruscamente, quase derrubando a apanhadora. A torcida vermelha emudeceu e depois um falatório nervoso encheu a plateia quando o veículo começou a sacudir no ar, fazendo o possível para derrubar sua condutora. Clara agarrava-se ao cabo com dificuldade enquanto a vassoura toureava no céu com bastante potência.

— Mas o que aconteceu? - Sally observava tudo pelo binóculo - Será que a vassoura dela quebrou?

— Não quebrou! Está azarada! - Harry rangia os dentes. - Alguém quer que ela caia!

Os professores pareciam preocupados e uma equipe médica se organizava no solo do estádio.

— Mas quem está fazendo isso? - John observava à cena alarmado.

Sally percorreu o binóculo por toda a plateia da Sonserina e parou na da Corvinal, mas especificamente em uma pessoa.

— Agora esse cara passou dos limites! - Exclamou enfurecida.

— Que cara?

Ela ofereceu os binóculos ao colega e entoou "Corvinal". John procurou o que havia de estranho na direção para a qual ela olhava.

Sherlock Holmes movia os lábios com os olhos fixos em um ponto no céu.

— N... Não... Não pode ser.

— Precisamos fazer alguma coisa ou ela vai se machucar! - Harry passou pela plateia, provavelmente para falar com algum responsável.

De repente a vassoura de Clara deu um galope para o alto e se equilibrou no ar. A essa altura a apanhadora estava pendurada no cabo com as duas mãos, e quando se recuperou do choque, percebeu que Anderson estava perseguindo o pomo. Montou novamente na vassoura e tentou segui-lo.

O pomo voou em zig-zag sendo astutamente acompanhado pelo rapaz, cuja mão se encontrava estendida. Anderson desviou de um balaço, e ao olhar para trás percebeu que Clara estava em seu encalço. Acelerou e deu novamente um mergulho quando viu o pomo indo para o chão. A torcida acompanhou tensa os dois apanhadores praticamente colidirem com a grama, mas somente um pegou o pomo.

E a vencedora foi a Sonserina.

 

~O~

 

O refeitório foi invadido, primeiramente, pelo tive verde e prata, que logo faria uma grande festa de comemoração em seu salão comunal. Os demais alunos se dispersaram pelos corredores, alguns para acompanhar os membros do time perdedor e outros para fazerem algo mais interessante.

John se encontrava com uma multidão de alunos da Lufa Lufa por acaso. Estava a caminho da biblioteca e por coincidência estava cheio de lufanos naquela trilha.

Sentiu alguém segurar-lhe o pulso, e quando notou que esse alguém era Sherlock crispou os lábios num gesto involuntário.

— Eu estava procurando você. Descobri um jeito de saber o que Dumbledore está escondendo.

O loiro teve que engolir uma raiva crescente. Por fim se limitou a ranger os dentes e soltar-se da mão do rapaz para ir embora. Nesse momento, o rosto de Sherlock ganhou uma expressão de receio.

Uma presença incômoda se fez sentida. Quando o rapaz olhou para o lado, viu Jim Moriaty próximo de si.

— Eu sabia que poderíamos ser amigos. Até ajudou até meu time a ganhar.

— Não fiz isso por você.

— Ah, eu sei que não. - Jim aproximou-se mais do rapaz e cruzou os braços enquanto lhe sorria - Mas é isso o que eu gosto em você. Mal posso esperar pelo nosso próximo jogo.

Após dizer isso, seguiu a mesma trilha de John.

Continua


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Notas finais do capítulo

Aew, capítulo 3

Pelos meus cálculos há uns 4 capítulos depois desse aqui. No final das contas, não é uma fic grande.

Espero que tenha gostado. Abraços!