More Than Enemies escrita por Dobrevica


Capítulo 6
Capítulo 6 - The game.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora, sério, é que o jogo, pra mim, tinha que ser perfeito, por isso eu fiz uma coisa que eu só vou contar o que é nas notas finais.



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– Jo, chama a ruivinha e a loirinha pra sentar com a gente. – Como assim a Hanna e a Kat? Elas nem são populares. Fiz que não com a cabeça e ela revidou.

– Ok, eu mesma chamo. HANNA, KAT, venham sentar com a gente.

POV Hanna

Eu ouvi a voz vinda da mesa dos populares e não acreditei no que estava ouvindo.

– Hanna, ela ta chamando a gente? A gente? – Ela me olhava com uma cara de surpresa/wft?

– Sim, tá, eu to ouvindo também, a gente vai ou ignora? – Ela deu um grito agudo no meu ouvido, que deduzi como um sim, pegou as coisas e saiu andando até a mesa.

Revirei os olhos, peguei minha bandeja e fui até lá também. A cada passo que eu dava, eu me via a caminho do inferno, mas fui por causa da Kat. Alguns passos de distância, vejo o Jodiabo (sim, a mistura de Josh e diabo. Não é só a minha amiga que tem idéias boas.) Respira Hanna, por sua amiga, pela Kat. Sentei o mais longe possível dele. Ao meu lado a Kat, do outro lado uma cadeira vazia e ao lado da minha amiga uma menina que se apresentou como Annie. A mesa estava cheia, muito tumulto e conversa. Tentava sorrir e conversar com todos. Estava falando com um menino alto e moreno de cabelos escuros quando sinto alguém me cutucando. Me viro e vejo a visão do par... inferno!

– Que merda você quer? – Ele coloca as mãos no coração e seu rosto forma uma careta como se ele estivesse ofendido.

– Aw. Doeu. De que horas você vai lá pra casa hoje? – Pois é queridos, hoje é quarta, e eu vou dormir no covil da cobra.

– Vou depois da aula com você. – Falei indiferente.

– Então tá. Até mais tarde. – Ele sorriu maliciosamente e algumas pessoas me encaravam.

– Vocês namoram? – Disse a tal de Annie.

Eu gargalhei alto, do outro lado da mesa, Josh também ria alto, a menina nos olhava confusa, como algumas outras pessoas ao redor da mesa.

– Não mesmo, a gente se odeia. – Josh disse e ouvi alguns murmurarem “uhum” e “hhmmmm sei” mas ignorei. Revirei os olhos algumas vezes e fiquei ouvindo música.

Até que tocou, vi a Kat indo para a próxima aula com algumas meninas, provavelmente elas teriam aula juntas quando a puxei pelo pulso.

– Você viu o Der ou o Miles? – Ela acenou negativamente e perguntei a mais algumas pessoas que disseram que eles saíram mais cedo pra comprar alguma coisa.

O resto das aulas passaram voando, tive Química com a Annie, que foi mais divertido mas continuava sendo Química, depois das aulas fui pro lado de fora esperando o Josh já que eu ia almoçar na casa dele. Depois de meia hora já eram 12:30 e eu tinha treino de 2:00 da tarde. Estava andando de um lado para o outro na frente do carro daquele diabo e batendo o celular na palma da mão esquerda quando ele chegou com o cabelo bagunçado. Ok,ele ficou fofo com o cabelo desarrumado mas a camisa estava amassada e os tênis desamarrados. Eu quase pulo no pescoço dele e o mato, mas gritei com ele.

– QUE PORRA VOCÊ ACHA QUE TÁ FAZENDO? EU TENHO TREINO CARA! VOCÊ TAVA PEGANDO ALGUMA PUTA E ESQUECEU? – Ele arregalou os olhos assustado. Eu causo esse efeito assustador nas pessoas. Ok, ok. – EU TENHO TREINO DAQUI A POUCO. – Ele olhou pro relógio de pulso assustado, mas depois se acalmou, mas por que ele tava tão calado?

– Calma Hanninha, vamos, entre no carro. – HANNINHA? ELE QUER MORRER?

– Hanninha? Hanninha seu gay? Hanninha é a avó! – Ele começou a gargalhar e eu bufei e entrei no carro. – Vamos logo. - O caminho foi silencioso para a nossaa alegriaa!

Cheguei na casa dele e coloquei a mochila no sofá. Falei com a mãe dele e ajudei a fazer o resto do almoço. O Sr. Pucket chegou e sentamos a mesa. Fiquei do lado do Josh e de frente para a mãe dele, a pequena Claire do seu lado e o homem mais velho a cabeceira da mesa. As vezes olhava para a Claire e fazia uma careta e ela soltava uma gargalhada gostosa de ouvir. Josh ficou muito quieto o almoço inteiro, quando seu pai ou sua mãe falava, ele só concordava com a cabeça ou dava respostas curtas como “sim” ou murmurava um “uhum”. Estranho. Comi o mais rápido que pude e subi

. Tomei um banho relaxante mas rápido, e coloquei a roupa do treino. Era um short preto curto que tinha o número 2 na esquerda frontal, e a blusa regata, branca, com o nome da escola e patrocinadores na frente, o número 2 um pouco acima do seio esquerdo, e nas costas o número 2 gigante e em baixo grande também “Ruivinha” que era o apelido que a treinadora me deu no primeiro dia. Coloquei a joelheira na altura dos tornozelos e os tênis.

– Santhana, você pode me dar uma carona? – Perguntei encostada na escada. - Pede pro Josh, eu não vou sair agora.

– Certo. – Sai correndo pro quarto dele. Cheguei lá ele estava sem camisa dedilhando um violão. Nossa que gostoso! Não! Sim! Não, espera. Tô confusa. Balancei a cabeça e bati na porta que estava aberta.

– Oi, pode me levar pro treino? - E o que eu ganho com isso? – Ele estava com um sorriso malicioso nos lábios e me olhou de cima a baixo. Corei violentamente e ele riu.

– Todas as suas amigas vão estar assim? Eu quero ficar vendo vocês. – Revirei os olhos e assenti. Ele soltou um “isso” de comemoração e eu ri. O caminho foi meio lento mas resolvi tirar minhas dúvidas.

– Por que você estava tão calado no almoço? – Ele sorriu de canto.

– Por nada. Tá pronta pra jogar amanhã? – Ele estava virando a esquina da escola.

– Tô meio nervosa, mas por que muda de assunto? – Eu realmente estava curiosa, é de natureza.

– Não quero falar sobre isso.

– Ok.

– Só isso? – Ele me olhou confuso.

– Você não quer falar, não fala ué. – Dei de ombros.

– Tá.

–Tá.

O resto do caminho foi silencioso, chegamos lá e ele se sentou na arquibancada, elas me perguntaram por que ele estava ali eu apenas respondi.

– Ou ele vinha, ou eu não vinha. – Elas murmuraram um “Aah” em resposta e continuamos o aquecimento.

O treino foi MUITO puxado e quando acabou eu estava literalmente morta. Me joguei no chão da quadra ele chegou perto de mim.

– Que trabalheira. Fiquei cansado só de olhar, mas foi proveitoso. – Ele acenou e sorriu pras minhas amigas do time, que coraram, acenaram de volta e sorriram, revirei os olhos. - Ciúmes? – Ele sorriu convencido. Soltei uma gargalhada alta que a treinadora me olhou e eu corei.

– Nunca, agora, vamos, amanhã eu tenho um jogo importante. – Me levantei e me despedi das meninas e da treinadora. No carro eu perguntei a ele já que ninguém sabia me responder. - Você viu o Derick e o Miles hoje? – Ele negou com a cabeça.

– Eles não vieram hoje. Combinaram de sair. Vai saber. – Estranho, eles nem falam nem chamam, TRAIDORES.

O resto do caminho foi silencioso como o jantar, algumas conversas paralelas, mas nada demais. Depois eu subi sem me despedir de ninguém, tomei um banho, coloquei um pijama e me joguei na cama quarto de hóspedes e adormeci.

No outro dia de manhã, acordei entusiasmada, levantei com um pulo e tomei banho, troquei de roupa e desci com um sorriso estampado no rosto, me sentei na mesa.

– Bom dia querida, ta nervosa? – A Sra. Pucket me olhou transmitindo confiança.

– Por incrível que pareça, não. – Sorri e ela sorriu de volta. Um segundo depois Josh desceu e comeu pouca coisa.

– Cadê o papai? Foi trabalhar cedo? – A mãe dele assentiu com a cabeça e ele suspirou.

– Você vai ver meu jogo? – Perguntei sorrindo. Não sei por que mas ver ele triste me deixava triste também. Ele sorriu fraco. - Vou sim. – Sorri e o resto do café foi silêncio. Sai com o Josh e na porta damos de cara com Derick e Miles.

– Oi ruivinhaaaaa! Anciosa? – Ele tinha uma caixa na mão.

– Não. – Fiz cara de forte e Derick começou a me fazer cócegas. – Tá t-tá, só um pouquinho. – Ele me parou de me fazer cócegas e fomos todos no carro do Josh. Eu atrás com o Miles, e o Derick na frente ao lado do Josh. Chegamos na escola e quando eu estava saindo do carro, Miles puxou meu pulso e nós quatro ficamos nos encarando em silêncio até que eu o quebrei.

– O que? – Os três sorriram como bobos e me entregaram uma caixa pequena, mas delicada. – Awn gente não precisava.

– Que isso ruivinha, é pra dar sorte. Abre. – Eu abri e tinha um par de brincos muito fofos e pequenininhos.

– Pequenos assim como você. – Josh falou e os outros dois caíram na gargalhada. Dei um tapa forte no braço dele. – Sério isso? - Sério isso? – Repeti a voz dele com um tom meio afeminado e ele revirou os olhos. Coloquei o par de brincos que ganhei e guardei os meus na bolsa.

POV Josh

~ Depois da escola, meia hora pro jogo ~

– VAMOS LOGO HANNA! – Gritei pra destrambelhada que se esqueceu de colocar as joelheiras. – Você vai chegar atrasada no próprio jogo! – Ela saiu de casa com o cabelo preso em um rabo de cavalo apertado, o uniforme do time e a bolsa de lado.

– Estou aqui. Vamos. – Entramos no carro. – Por que você ta assim? Não ta falando nada nas refeições, ignorando seu pai? – Essa pergunta me pegou completamente de surpresa.

A verdade é que eu to ignorando meu pai porque ele vem brigando muito com a minha mãe por besteiras, e eu não gosto disso, minha mãe é a mulher mais importante da minha vida e ele está maltratando muito ela. Só que eu não vou admitir isso para qualquer um, muito menos se esse qualquer um for ruiva.

– Problemas, pessoais. – Ela me encarou e ergueu uma sobrancelha. Dei partida no carro.

– Sabe que pode falar? Eu não conto para ninguém. Eu juro.– Respirei fundo.

– Meus pais estão brigando. – Ela me olhou incrédula.

– Mas eles não estão!

– Não na sua frente sua tapada. – Ela me olhou com uma cara confusa e se encostou no banco. Se encolhendo. Chegamos na escola e antes de eu conseguir sair ela me puxou pelo pulso.

– Desculpa.

– Tanto faz. – Tentei sair mas ela apertou mais o meu pulso.

– Não, sério. Não vou conseguir jogar se você não me desculpar. – Ela estava perto de mim, não perto o bastante para beijar ela mas, perto o bastante de eu poder ver com clareza seus olhos. Sorri para ela.

– Claro. – Sai do carro e ela saiu também. – Agora vamos, você vai acabar perdendo o jogo. Entramos na quadra e quando ela ia embora eu chamei a atenção dela. - Não perca esse jogo. Boa sorte. – Ela sorriu e eu beijei a bochecha dela.

– Inimigos né? – Sorrimos como bobos.

– Sempre. – Ela se afasta e vai se aquecer com as meninas do time, algumas sorriem para mim e eu maliciosamente sorrio de volta. Sento com meus amigos na arquibancada mais alta da quadra fechada. E eles estão falando, adivinhem?! Quem disse bunda das garotas dos dois times acertou.

Derick foi o primeiro a perceber minha presença ali.

– Elas ganham concerteza. – Ele afirma com a cabeça enquanto come um pacote com amendoins. Roubo alguns dele, e concordo.

– Concerteza, eu vi o treino ontem, elas são ótimas. – Abocanho mais alguns amendoins e o juiz apita para elas começarem o aquecimento.

Hanna fez dupla com Alice, uma altinha morena, e estão dando toques na bola, jogando uma para a outra, perfeitamente, quando trocaram para manchetes, onde a morena levantava a bola de manchete e a ruiva cortava, o corte rápido e preciso, ia direto para os braços preparados de Alice, que repetiam o processo.

Depois de cinco minutos a treinadora chamou para elas cortarem. Na rede duas loiras levantavam a bola, revezando entre si. Hanna é a segunda por seu número ser o 2. Depois de um corte falho da capitã, número 1, cujo nome eu não me lembro, era a vez da ruivinha diaba. Depois de jogar a bola para a loira na rede, ela cortou precisamente na barriga da menina do outro time, sorriu de canto quando viu ela se curvar um pouco, sorri também, quando palmas invadiram o lado que eu estava na arquibancada.

– Por qual motivo todos dessa arquibancada estão aplaudindo? – Os aplausos acabam. – Estavam.

– Porque o corte da Hanna foi perfeito, e sempre se aplaudem coisas assim. – Ele dá de ombros. Murmuro um “hãaa ta” em concordância e continuo a ver o jogo. Após os saques elas se cumprimentando e blá bláblá começou o jogo. Finalmente.

Hanna estava na ponta, atacando quando levantavam para ela e defendendo a bola de uma menina gordinha do outro time, que ficou marcando-a até ver que ela era boa tanto na defesa quanto no ataque. A loira que estava levantando, levantou três vezes para Hanna que marcou três pontos seguidos. Mas o time adversário ainda estava com o placar mais alto que o nosso. Estavam 7 pontos na frente, quase completando 25, e a treinadora não parava de berrar com todas as garotas do time, inclusive a Hanna. O time adversário ganhou o primeiro set de 25x21 e elas desceram para o vestiário, tenho certeza que os ouvidos das garotas devem estar explodindo. A amiga da Hanna, Kat, senta perto de mim e do Derick. Quando vê o Miles com o resto do time falando sobre a gostosura das garotas, revira os olhos e senta.

– Elas estão ganhando? – Aponto para o placar. – 1x0, que pena, a Hanna deve estar mal.

– Vamos lá falar com ela? – Pergunto aos dois que assentem ao mesmo tempo. Vejo o olhar da Kat se desviar por um minuto e encontrar o do Miles, e os dois virarem os rostos rapidamente.

– Ahn, Kat? – Ela vira o rosto para o Derick e limpa uma lágrima que ameaçava descer pela bochecha. – O que ouve?

– Nada. – Ela sorri forçada. – Vamos ver a Hanna. Quando a Kat vira e sai andando, penso em ir atrás dela, mas antes olho pra o Derick que fuzila o Miles com o olhar.

– Cara, vamos. Deixa isso pra depois. – Ele assente e nós vamos até onde a Hanna está bebendo água.

– Amigaaaa! Desculpa não ter vindo antes, é que eu tinha uns problemas pra resolver e tals... – Ela desvia o olhar para a arquibancada, e encontra com os do Miles denovo. Ela vira o rosto para o da Hanna, que carrega uma expressão confusa.

– E aí como eu fui? – Ela pergunta com um sorriso de orelha a orelha no rosto tentando claramente mudar de assunto.

– Se tivesse sido boa tinham ganhado o primeiro set. – Os três me fuzilam com o olhar.

– Foi ótima ruivinha, o resto do time que foi ruim. – Ele me lança um olhar tipo “ajuda” e eu reviro os olhos.

– Ok, vocês dois vazem daqui, quero falar com a Underwood sozinho. – Dei uns tapinhas nas costas deles e o Der me olhou malicioso. Revirei os olhos e eles saíram andando. Me virei para a ruiva.

– Você precisa atacar na número 9. - Ela me olha incrédula.

– Não posso atacar nela, ela defende melhor do que eu, a minha melhor chance é na número 8 na defesa. – Solto uma risada da idéia dela.

– CLARO QUE NÃO, VOCÊ TÁ CORTANDO PRO CHÃO, CORTA MAIS PRA CIMA, VARIA A BOLA. – Ela me olhava assustada.

– Tá. Se não der certo vamos do meu jeito. – Sorri vitorioso e fui me juntar aos outros na arquibancada.

O jogo começou com o nosso time ganhando, Hanna seguindo meu conselho, a gordinha não conseguia pegar a bola por cima, e quando ia pegar a bola em cima, a ruiva largava e a deixava de queixo caído. Estávamos com 2 pontos a frente delas com 23. E então eu pensei.

É agora ou nunca.


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Notas finais do capítulo

Isso que eu queria dizer, o jogo vai ser dividido em dois, é vai. Nãao me matem. c: Brigada, de nada. Até a próxima.



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