More Than Enemies escrita por Dobrevica


Capítulo 3
Capítulo 3 - Maybe a sport


Notas iniciais do capítulo

Little biiirds,
Eu tô meio ocupada com as provas da escola, mas eu vou tentar fazer o próximo o mais rápido possível.
Comentem por favor. Adoro os comentários de vocês gente, vocês não tem ideia. Bom, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433898/chapter/3

CAPITULO 3

POV Josh

– Posso jogar? – Disse a Hanna. Vi que ela tinha ficado na mesma fase por horas, ela não conseguia ver a saída e assim ia acabar morrendo.

– Não. Volta pra sala Josh, vai. – Ela fez um gesto com as mãos que indiquei ser de vaza daqui. – Não preciso de ajuda. Já estou quase passando. – Que mentirosa, ela está rodando feito peão. Comecei a rir da cara dela.

– Claro que não precisa de ajuda para ficar feito uma tonta no meio dos monstros. Vai, na próxima fase você mata o monstro grandão. – Ela revirou os olhos e me deu o controle. – Aliás, eu já zerei em todas as fases. Sei por onde passar. Por que você está jogando no difícil? – Ela me olhou e deu um sorriso irônico.

– Porque eu já zerei pelos níveis fácil e médio querido. – E jogou o cabelo ruivo para trás como se dissesse “Hey, eu sou foda”. E que cabelo ruivo.

– E eu já zerei por todos querida. – Mesmo não tendo cabelos compridos, repeti o gesto com as duas mãos e peguei o controle de novo. Quando dei por mim, já tinha passado a fase e estava batendo no chefe. Ela me olhou com um olhar tipo por qual causa, motivo ou circunstância você não quer me dar o controle?

– Hey, você disse que eu ia matar ele. – Dei pausa dando de ombros. Entreguei o controle a ela e com menos de 5 minutos ela já tinha passado a fase e estava na próxima.

Por que você não pratica um esporte? Tipo futebol ou natação? É melhor que ficar vomitando pra tirar o peso do estômago, e mais saudável. – Ela deu pausa no jogo virou para mim e deu um tapão no meu ombro. Eita mãozinha pesada. – Ou vôlei. Ai você pode imaginar mil Joshezinhos nas bolas quando for cortar.

– Olha aqui, eu não preciso da sua ajuda, muito menos da sua opinião. Por que você não vai embora e me deixa em paz? – Nossa essa doeu. E muito.

– Nossa grossa, por que você é assim? Só tô tentando ajudar. – Falei levantando e indo até a porta. – Se você continuar assim, ninguém nunca vai poder te ajudar garota se toca. – Quando eu estava na porta ela gritou de novo. Só que dessa vez seus olhos estavam cheios de lágrimas.

– Eu não preciso de ajuda de gente como você. Me deixa em paz. E quer um conselho? Deixa a Mel também. – Como ele ousa falar da minha irmã? E pensar que por 3 minutos eu me preocupei com essa, idiota.

– Olha garota, se você me ver na rua finge que eu morri, troca de calçada, se você me ver na escola me ignore. E se você quiser, muda de quarto, sei lá. Mas deixa a Mel fora disso. – Um nó se formou na minha garganta enquanto eu caminhava até a porta. Mil vezes idiota. Que raiva dessa puta. A pessoa tenta ajudar e ela ainda faz isso. Atravessei o gramado que separava nossas casas. Como eu queria me mudar, agora nesse momento. Ou viajar. Sei lá. Contanto que eu ficasse longe dessa louca. Entrei em casa e bati a porta com tudo, minha mãe e a Claire ainda estavam lá, falando com o pai da puta. Subi e meu pai estava no escritório. Tudo que eu não precisava era conversar. Andei o mais silencioso que pude, mas parece que o velho adivinha quando você chega.

– Filho, venha aqui. – Revirei os olhos, respirei bem fundo e entrei. As paredes do escritório dele são brancas e os móveis de madeira. Afastados na parede, uma coleção de livros em algumas instantes, no outro lado sua mesa, onde ele estava sentado, escrevendo algum relatório e bebendo um copo de café. – Qual o problema, me assustei quando ouvi a porta de casa batendo. – Teria de contar, seria até melhor desabafar. Respirei fundo e o encarei.

– Sabe os novos vizinhos? A ruiva e o pai dela? A casa ao lado onde a mamãe está com a Claire. – Ele fez que sim com a cabeça. – A garota tem problemas com bulimia papai, assim como a Mel. – Ele me olhou por alguns segundos, aquele assunto era delicado pra ele. A Mel morreu a três anos, com 18.

– E o que você tem a ver com ela? Josh Pucket, você gosta da vizinha? – Fiz cara de nojo. Como assim gosto da vizinha? Eca.

– Não pai, pirou? Gostar de uma garota que tem mais problemas que o Barack Obama e todos os Estados Unidos? – Ele fez cara de desentendido.

– Mas dá pra ver que você se preocupa com ela. – As vezes, dá vontade de bater no velho, só não faço porque ele é meu pai. Mas ele não estava completamente errado. Só via a Mel nela, por isso me preocupava. Nem preocupava, eu não sei o que sentia. Isso me irritava.

– Pai, eu não sou afim dela. Nem me preocupo. – Dei de ombros. – Vou dormir, amanhã tem inferno. Ops, escola. – Sorri pra ele, que deu um riso fraco. Fui pro meu quarto, tirei a roupa ficando só de cueca boxer. Me joguei na cama e apaguei.

POV Hanna.

Depois do que aquele idiota disse, fiquei tentando jogar e tentando impedir um rio de lágrimas de descer por meus olhos. Ok, eu queria muito chorar, mas não ia chorar por causa daquele idiota. Depois de finalmente conseguir passar a fase, salvei o jogo e subi. Quando me deitei o celular tocou do outro lado do quarto. Fui correndo e tropeçando nos meus pés. Deslizei a tela antes de ver quem era.

Ligação On.

– Alô.

– Alô Hanna, é a Kat.

– Oi garota, como conseguiu meu número?

– Você me deu sua sem memória. – Comecei a rir.

– Ah, claro que dei. Olha, você quer vir dormir aqui amanhã?

– Sim claro, mas por que?

– Preciso conversar. Desabafar. – Senti as lágrimas rebeldes descendo de novo mas me contive.

– Josh e idiotices?

– Aham.

– Claro que vou, até amanhã.

– Até.

Ligação Off.

Desliguei e me deitei na cama. Algumas lágrimas desceram e não as impedi, e chorei muito. Até que adormeci.

No outro dia de manhã acordei meio desnorteada, meus olhos um pouco inchados de chorar e meu nariz vermelho. Entrei no chuveiro e deixei a água quente fazer seu milagre. Depois de alguns minutos sai do chuveiro e coloquei um short jeans claro um pouco desfiado, uma regata preta e um casaco cinza. Nos pés os costumeiros tênis brancos. Desci, tomei os remédios e comi um pouco, me despedi do meu pai, e disse que ia sozinha. Sai de casa andando mesmo, não tinha pra que ir de carro, com um dia tão lindo assim. Algumas quadras depois de casa, ouço uma buzina, olho pro lado e vejo Miles e Derick no carro que voltei pra casa alguns dias atrás.

– Oi ruivinha, quer carona? – Derick sorriu e sorri de volta.

– Claro. – Entrei no carro, e o caminho inteiro foi o Miles falando como era legal fazer parte do time de futebol americano e o Derick concordando, o que foi muito estranho e tedioso.

Chegamos a escola e me despedi deles caminhando até a Kat que estava em uma mesa escutando música.

– Oi Katherine. – Sentei ao seu lado e ela me encarou.

– Kat, por favor. – Sorri e apontei pro celular.

– O que você está escutando?

– Heart Attack. Demi Lovato. Quer? – Me empurrou o fone e comecei a escutar e a cantar baixinho.

So, I’m putting my defenses up

Cause I don't wanna fall in love

If I ever did that

I think I'd have a heart attack

(Armando minhas defesas

Porque não quero me apaixonar

Se alguma vez fizesse isso

Acho que teria um ataque cardíaco)

Estavamos tão distraídas fazendo cosplays da Demi que não percebemos que Miles e Derick estavam ali. Como bobo Miles olhava Kat a comendo com os olhos. Tocou e chamei a todos que estavam destraidos.

– Galera, tocou pra gente entrar, bora? – E entramos.

Não tive nenhuma aula com eles o que foi uma pena, na aula de Literatura, o meu vizinho pesadelo estava a algumas fileiras de mim, tentei não olhar e tenho quase certeza que ele vez o mesmo. No intervalo peguei um hambúrguer, e uma fruta. Sentei na mesa onde meus amigos já estavam sentados conversando.

– Oi galera. – Mordi meu hambúrguer e quase o coloquei para fora quando Derick falou.

– A gente falou com o Josh Han. E a gente apoia a ideia de você fazer um esporte. – Quando eles falaram aquilo eu quase desabei ali mesmo. Como assim eles apoiavam o Josh? Aquele idiota é meu dono e sabe o que é bom para mim?

– C-Como assim, achei que vocês fossem meus amigos. – Me levantei, eles ainda disseram alguma coisa que eu não lembro, ou não ouvi. Sai cambaleando e me vi na quadra. Sentei na arquibancada mais alta, e fiquei olhando algumas garotas jogando o esporte que aquele filho da mãe me sugeriu a praticar. Pensei que não podeira ser tão mal. Aproveitei que estava de regata e tirei o casaco, pedi para jogar e elas deixaram. Não era tão fácil assim, mas eu já sabia jogar o básico. Elas me ensinaram algumas coisas que eu não sabia quando pratiquei o esporte com 12 anos. O nosso time acabou vencendo e resolvemos jogar outra partida. Eu me sentia estranhamente bem. Por um momento esqueci que tinha que vomitar para me sentir bem. Sentia as calorias queimando no meu corpo. Tá, exagerei, mas a maior parte era verdade. Quando olhei sem querer para a arquibancada, Josh Pucket estava lá, sorrindo de lado, como se dissesse eu te avisei. Que idiota, mas um idiota nada feio. Concentra Hanna, concentra. Continuei jogando, quando olhei para a arquibancada de novo, Josh não estava mais lá. Idiota. No final do jogo, sentamos todas na arquibancada e conheci algumas. A loira se chamava Alice, a morena se chamava Rachel. Savannah e Samantha eram gêmeas e morenas.

– Por que você não entra no time? Não ira nem fazer teste, pelo que você jogou na quadra, você tem potencial, só precisa aprender algumas coisas. – Rachel disse e as outras concordaram com a cabeça.

– É, você deveria entrar Hanna. – Savannah sorriu para mim.

– É que, eu prometo que vou pensar. – Elas assentiram e sairam da quadra. Eu fiquei mas um tempo. Deitei ali mesmo e fechei os olhos. Precisava de um minuto pra relaxar. Fiquei pensando como eu fiz exatamente o que o Josh queria. Dei um meio sorriso bobo com aquele pensamento. Até que eu ouvi alguém sentando ao meu lado. E jogando a bolsa nos meus pés.

– Eu te ajudei, tá vendo, eu sou legal Hanna Underwood. E eu te desculpo por parecer com a minha irmã falecida, e eu me importar. O que eu não faço. E aí, vai entrar no time? – Abri os olhos e lá estava ele. O idiota gostoso do Josh Pucket.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Talvez Hitler só quisesse que a Hanna e o Josh parassem de brigar. ( *Spoiler*: O que não vai acontecer. )
Beeijos e até a próxima. ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "More Than Enemies" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.