Fall For You escrita por Laura Weiller


Capítulo 6
Capítulo 6 - Érica POV Onn’s




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Depois que me despedi da Andressa, fui me encontrar com Phil. Ele me esperava na cafeteria de sempre. Philipe meu namorado; meu namorado ainda não conseguia me acostumar com isso; era estudante de advocacia, nos conhecemos por acaso. Eu estava na rua, quando ele me “atropelou”, me ajudou a recolher os papéis e depois pediu meu telefone, a princípio eu não dei, mais peguei o dele. Nunca pensei em ligar para ele, mas se passou uma semana, e enquanto eu saia da escola o vi.

 

- Você não me ligou. – Ele sorriu para mim. E então pude reparar em seus dentes brancos.

- Desculpa é que eu... – Coloquei uma mecha do meu cabelo pra trás. O que é isso Érica, desde quando fica tímida perto de um homem?

- Esqueceu! – Ele completou sorridente fazendo-me ficar vermelha. – Mais eu te perdoou se aceitar tomar um café comigo. – Ele estendeu o braço para mim, com os olhos brilhando e com um sorriso animado em seus lábios.

- E quem disse que eu preciso de seu perdão? – O desafiei.

- Tudo bem. Eu te perdoo do mesmo jeito, então vai tomar um café comigo ou não?

- E quem não me diz que você não é um assassino, maníaco sexual, um serial Killer? – Franzi a testa, ele caiu na risada, tornando seu rosto mais belo ainda, seu cabelo loiro contrastava com o sol o deixando mais dourado ainda. Aquela visão estava me deixando fascinada, seu sorriso perfeito, seus dentes brancos e as covinhas que formavam em sua bochecha ao sorrir. Pisquei algumas vezes e rezei para não estar babando.

 

- Como que você sabia que eu estudava naquela escola? Que sairia naquele horário? – Perguntei dando um gole no meu café.

- No dia que eu te vi, eu vi você entrando correndo na escola, nisso eu fui atrás de você e perguntei para recepcionista seu nome. E não sabia o horário que você sairia, então a recepcionista me disse o horário comum dos alunos saírem. Mas, como eu imaginava que você não é comum, sabia que iria se atrasar um pouco.  – Ele falou tudo isso olhando em meus olhos e com um sorriso brincalhão em seus lábioss, sabia que minhas bochechas estavam vermelhas e por causa disso abaixei meu olhar, fugindo do brilho de seus olhos.

 

Ficamos nos encontrando por um bom tempo, onde ele vivia dizendo que tinha achado a mulher de seus sonhos e eu dizia que ele precisava de óculos novos. E com aquele olhar penetrante - onde eu me perdia naquele verde intenso – ele dizia que não precisava de óculos, pois me amaria mesmo que fosse cego. Há três meses atrás ele me pediu em namoro, no começo fiquei na dúvida, deixei bem claro pra ele que minha carreira viria em primeiro lugar ele apenas disse que se eu não fizesse desse jeito ficaria descontente comigo. Ele tem sido mais do que um namorado, um companheiro e cada dia fico mais apaixonada por ele.

 

Desde quarta-feira que Laura vem agindo estranhamente, ela ficava muito quieta, com o celular sempre na mão que não parava de tocar e ela sempre falando em alemão. Eu e a Dré, estranhamos ora estava quieta demais, ora muito agitada, não estava agindo normalmente. Se bem que não podemos chamar ela de normal, o seu normal é fora do normal e como ela agia não era o normal dela. Entendem?

 

Na segunda Dré, resolveu ir para casa, eu fui ao encontro de Philipe. Ele estava sentado em uma mesa do lado da janela, cheguei por trás dele e tampei seus olhos dando um beijo em sua bochecha. Como sempre fui recebida com aquele sorriso enorme, que eu tanto gosto. Sentei em sua frente e fiquei o admirando, sério como ele conseguia ficar mais perfeito de terno? A roupa preta e sua pele branca combinavam perfeitamente. O brilho que ele trazia no olhar, a sua voz, seus lábios que mal se moviam ao falar, me deixam doida. Tive vontade de agarrá-lo ali mesmo, de puxar ele pela gola da camisa e o agarrar na frente de todo mundo. Mas me controlei.

 

-Phil? – Alisei sua mão, o fazendo olhar para mim. – Acho melhor eu ir para casa.

- Mais já? – Ele fez um pequeno bico, me fazendo derreter.

- Sim, eu preciso ir para casa. – Disse manhosa.

- Por quê? – Ele segurava minhas duas mãos.

- Eu não sei, só sinto que devo ir para casa. – Ele percebeu o tom de angústia em minha voz e me levou para casa.

 

Abri a porta com um aperto no coração e quando a abri não acreditei no que via, tinha alguém deitado no sofá da sala, e eu tinha certeza de que não era nenhuma das duas meninas. Ai Deuzinho por favor que não seja nenhum ladrão. Deuzinho? OMG, tenho que parar de ficar copiando essas gírias idiotas da Laa. Fui andando na ponta dos pés. A pessoa usava roupas largas, estava descalço só de meia, o boné tampava seu rosto, o cabelo que era preto e algumas tranças caiam sobre seu ombro, levei a mão tentando abafar um grito. Tom Kaulitz estava em minha casa! Isso era mais que um sonho, ele estava deitado no meu sofá, olhei novamente para seu corpo esparramado pelo móvel e por um instante me controlei para não o atacar. Se ele estivesse em minha cama, mordi o lábio com o pensamento. Você tem um namorado Érica, um namorado lindo e que não fica tão sexy dormindo. Olhei no meu relógio de pulso, marcava dez horas da noite, fui despertada do meu transe quando ouvi uma voz abafada que vinha da varanda.

 

Fui andando lentamente até a mesma, onde a porta de vidro estava aberta, coloquei só minha cabeça para fora e novamente não acreditei no que vi, mas dessa vez fiquei sem reação. Bill Kaulitz estava ali, sentado no chão encostado na parede, com Laa deitada em seu colo, eles estavam cobertos por um cobertor rosa, Laura olhava pra frente. Bill alisava os cabelos dela, cantarolando uma canção, parecia que ela estava dormindo.

 

- Olá. – Ele sorriu para mim, pegou o travesseiro que estava em suas costas e colocou debaixo da cabeça da menor e se levantou. – Depois eu a levo para cima. – Disse me guiando para dentro da casa. – Você deve ser a Érica, prazer Bill. – Ele estendeu a mão para mim e ainda sorria, aquele sorriso tão lindo.

-S-sim, mais o que você, vocês fazem aqui? – Foi a única coisa que consegui dizer, ele sorriu timidamente para mim.

-Bem, eu sou irmão da Laa, eu e Tom. – Ele coçou a nuca timidamente. Eu não conseguia dizer nada, minha boca se abriu e meus olhos se arregalaram, então era isso, esse era seu segredo?

- Porque ela nunca me contou? – Disse me sentando na poltrona.

- Eu acho melhor vocês conversarem depois. Ela está muito nervosa. – Ele se abaixou na minha frente. – Por favor, quando conversarem, ouça - a com atenção. Já basta a briga com a outra. – Ele abaixou o olhar, notei em sua voz uma pontada de arrependimento.

- Mais porque ela mentiu para nos? – Perguntei segurando as lágrimas.

- Como seria para você ser comparada sempre com seus irmãos? Como seria que todas as pessoas que você conhece se aproximassem de você por interesse? – Seus olhos se encheram de lágrimas, ele se levantou rapidamente e foi em direção a varanda me deixando sozinha. Abracei minhas pernas, deixando as lágrimas tomar conta de minha face.

 

- Você está bem? – Senti uma mão quente sobre meu ombro, que me causou um arrepio por todo meu corpo, ao olhar para cima, lá estava ele. Tom. Com um olhar confuso, como de uma criança perdida, não contive e dei um pequeno sorriso.

- Sim, estou ótima. Acabei de descobrir que minha melhor amiga nunca confiou em mim. – Respondi ironicamente para ele ainda sorrindo.

- Nossa, to vendo que todas as mulheres dessa casa são extremamente irônicas. – Ele riu, aquela risada que eu havia sonhado tanto. Tomava posse do cômodo, invadia meus ouvidos, tomando conta do meu corpo. Meus olhos voltaram a se encher de lágrimas e eu não aguentei, deixei que elas caíssem. Ele me olhou confuso e se agachou na minha frente.

- Tudo isso porque ela não contou que era minha irmã? – Ele passou sua mão pela minha bochecha e novamente senti um arrepio enquanto ele secava minhas lágrimas.

- Não é só isso, o fato de ela ter mentido para mim durante todo esse tempo. Poxa, pensei que fossemos amigas, que ela confiava em mim.

- Mais ela confia. – Ele se sentou no sofá da frente.

- Confia tanto, que nunca me disse nada sobre sua família. Enquanto eu, só faltei escrever um relatório. Ela confia tanto na gente, que agia como se fosse sozinha no mundo. – Nesse momento não me aguentei e comecei a andar de um lado para o outro. – Ela confia tanto na gente, que chegou a dizer que não gostava de Tokio Hotel. Que disse que tinha um tio chamado Gordon, quando vimos uma carta com esse remetente. Então tudo isso foi mentira. O que mais ela esconde da gente? Só isso ou tem mais? – Eu não tinha mais controle sobre mim, gritava desesperadamente. – Confia, confia tanto que mentiu para mim, ela traiu toda a confiança que eu tinha nela. – Eu gritei as palavras na sua cara, ele estava parado em choque. Eu fiquei em pé com a respiração alterada, sem saber o que fazer.

 

- D-desculpa. – Olhei para trás, e Laa estava parada na porta da varanda – chorando – com Bill atrás de si. Gritar aquilo tudo foi como se tirasse um peso de minhas costas, mas quando a vi não sei se fiz tão bem em julgá-la tão precitadamente.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Depois não dizerem que eu não avisei: Cuidado com o Philipe! *lixa E como sempre, Reviews para deixar uma pobre criança feliz.