Fall For You escrita por Laura Weiller


Capítulo 2
Capítulo 2 - Andressa POVs Onn’s


Notas iniciais do capítulo

Nina: http://images03.olx.com.br/ui/2/46/06/21984006_1.jpg
Harte: http://i49.tinypic.com/30ky4x0.jpg



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Laura nos disse que conhecia uma pessoa na gravadora e que tinha arranjado os autógrafos. Engoli pelo o fato de ser verdade ela conhecer várias pessoas de várias gravadoras. A menor sempre foi muito carinhosa e gostava de nos presentear, claro quando era aniversário, natal ou algum motivo que ela inventava; como a apresentação de uma pessoa nossa; dizia que não podia dar muitos presentes para não nos mimar. O dia que ela apareceu com o cd do Tokio Hotel, de quando eles ainda eram Devilish autógrafado quase infartei. Ela falou que achou em uma loja de cd na Alemanha.

 

Bem, acho que tenho que apresentar as duas, né? Laura é alemã, está em Paris fazendo faculdade de música na mesma escola que eu é a loira. Ela tem uma banda de rock, junto com o namorado e mais uns amigos gatinhos. Érica, nasceu na Inglaterra e como eu conseguiu uma bolsa na faculdade. Agora a mais importante do grupo, eu Andressa Franco do Couto, sou uma legítima americana, nascida na maravilhosa cidade de New York... “New York, New York” com três anos de idade mudei com meus pais pra Hollywood, papai é diretor e mamãe atriz de teatro. E como filha de peixe, peixinha é. Não pude negar os genes.

 

Quando cheguei em Paris, não tinha ideia de onde iria ficar, fui para um hotel e folheava um jornal quando vi o anúncio:

 

Aluga-se dois quartos. Dá-se preferência para mulheres jovens, entre 18 e 25 anos, não podem fumar! Apartamento com dois quartos para alugar, sendo ambos com banheiro, possui uma ampla cozinha, duas salas e uma sacada. Interessados procurar por Laura Weiller.

 

Não deu outra, no outro dia fui atrás do apartamento, conheci a Laa e me mudei, o aluguel dava pras minhas despesas. No começo fui sustenta pelo meus pais, mas logo consegui me estabilizar. Era um prédio de luxo, quando eu vi pela primeira vez pensei que estaria no lugar errado, toquei a campainha e fui atendida por uma menina de pijama das super poderosas e bocejando.

 

- Err... Quem é você? – Ela perguntou coçando o olho.

- Eu sou a Andressa, nos combinamos que eu viria aqui ver o apartamento, o porteiro deixou eu subir... – Fui interrompida.

- Oh my good, já são três da tarde? – Eu acenei com a cabeça. – Merda, perdi a hora. Entra, senta ai que eu vou tomar um banho e não roube nada, a Nina está de olho em você. – Olhei meio assustada pros lados e vi um filhotinho de gato persa me encarando. Depois de uma meia hora a menina apareceu com os cabelos molhados e uma roupa simples.

 - Nina, era pra você ficar de olho e não me trair. – Ela disse rindo, ao ver o filhote se esfregando em minhas pernas. Pegou ela e sentou-se do meu lado com o bichano no colo. – Bem, gosta de gatos?

- Não é dos meus favoritos, mas gosto. – Respondi um pouco receosa, tive a leve impressão de que se dissesse não ela me atacaria. Eu digo a Laura e não a gata. Ela foi fazendo um relatório e anotava tudo em uma prancheta. Se eu bebia, fumava, tinha namorado, como era minha família, onde tinha morado, o que estava fazendo aqui, do que gostava de ouvir, de comer, de vestir, se tinha alguma alergia, se tinha convênio. Respondi a todas as perguntas, um pouco aliviada por ter acabado.

- Bem, última pergunta é mais importante. Tem algum animal de estimação? – Perguntou colocando o filhote no chão.

- Eu tenho um cachorro, ele ainda é um filhotinho, só tem 4 meses. É um mini poodle. – Dei um sorriso amarelo.

- Como chama? – Ela perguntou com os olhos brilhando.

- Harte.

- Harte? Harte, Harte, Harte, Arde, Arde, Harte, Harte. – Ela fingiu um espirro fazendo nos duas gargalhar. – Ok, se ele se der bem com a Nina pode se mudar ainda hoje. – Respondeu sorridente.

- Acho que seu celular está tocando. – Disse assim que ouvi uma das músicas do Green Day soar pela a sala.

 - Ele está perdido em algum lugar, acho que está no sofá. – Ela se levantou, jogou umas almofadas no chão e achou ele. – Alô? O QUÊ? Não você ta brincando, vai diz que sim? – Ela pediu choramingando, fazendo-me rir. – Ta. Nein, acordei agora. Te espero, beijos. – Ela desligou o celular e olhou meio receosa pra mim. – Andressa, desculpe-me mas você não poderá se mudar ainda hoje, eu tenho ensaio da banda daqui a 20 minutos e depois temos um show, mas amanhã tem como ok? – Eu concordei, nem planejava mudar no mesmo dia ainda, queria olhar mais uns dois apartamentos. Cheguei a conclusão de que morar com a Laa era o melhor, mesmo ela sendo bem doidinha. Pelo menos aceitava animais, o local era perto da escola e do centro e o preço foi irresistível.

 

No outro dia me mudei. Uma semana se passou e ainda arrumávamos a mudança, toda hora mudávamos algo de lugar. Mais dois dias e outra pessoa foi atraída pelo anúncio irresistível de Laa. Era a nossa loira, Érica. Laura fez a mesma entrevista. Bem, já se passa um ano e exato 7 meses desde toda essa loucura.

 

Mais algumas fofocas sobre as meninas, Kinha é filha única; de pais separados; morava com a mãe em Londres quando se mudou para Paris, e sobre Laa, sei que ela tem dois irmãos, seu pai os abandonou quando pequenos e considera seu padrasto seu verdadeiro pai. Mesmo tendo uma relação amorosa com o pai, mas ela diz que ele sempre foi muito irresponsavél e é o seu pai de diversão. Nunca vi foto dos irmãos ou dos pais, e sempre que pergunto deles, ela logo muda de assunto. Diz que antes de vir para Paris eles brigaram e que estão sem se falar e prefere não tocar no assunto. Então eu respeito sua decisão.

Era sábado, o sol invadia meu quarto, enchendo meu corpo de calor e vida, me espreguicei e levantei calmamente, fui para o banheiro fazendo minha higiene básica, depois desci sentindo um cheiro agradável vindo da cozinha.

 

- Bom dia. – Kinha me respondeu colocando uma cesta de pães sobre a mesa.

- Bom dia. – Respondi ainda sonolenta, as duas preparavam o café animadas, que logo descobri que elas pegaram tudo da padaria apenas arrumaram a mesa.

- Meninas eu vou passar o dia fora hoje, devo voltar só a noite ou amanhã. Ok? – Laa perguntou mordendo uma torrada.

- Mais porque isto? – Perguntei assustada, ela nunca foi de dormir fora.

- Bem... E que... – Ela mordeu o lábio inferior como se buscasse uma resposta. – Eu vou visitar uns parentes. – Respondeu rapidamente.

- Seus pais estão na cidade? – A loira perguntou.

- E... não. Bem, preciso ir, beijos até mais tarde. – Ela se levantou apressadamente e correu indo pro quarto voltando com uma pequena mochila. Troquei um olhar cúmplice com a Érica nós perguntando quem que ela veria.

- Deveríamos? – Ela me perguntou franzindo a testa.

- Eu não sei. – Respondi sinceramente.

- Mais queremos, não? – Ela se levantou lentamente.

- Acho que sim. – Subimos as duas devagar, quase parando de respirar, com medo de que alguém chegasse, abrimos a porta do quarto de Laura – que vive destrancada – para variar estava uma bagunça, sobre sua escrivaninha vários papéis, a cama desorganizada e pelo chão roupa espalhada, nada fora do comum, só o baú que fica no pé de sua cama. Trancado.

- Onde será que ela guarda a chave? – Perguntou Kinha olhando ao redor. Eu fui até o banheiro e nada, ela olhou debaixo da cama e nada, peguei um urso de pelúcia seu, apertei e senti algo, tinha um pequeno buraco do qual tirei a chave, coloquei na fechadura e olhei para Érica, perguntando se deveríamos prosseguir.

– Bem, já estamos aqui. – Ela respondeu tentando esconder a ansiedade. Abri o grande baú, havia várias caixas, uma pilha de cds, peguei uma caixa preta abri ela e tinha várias cartas onde o remetente era: Simone e Gordon. Havia outra caixa preta, mais estava trancada é está eu sabia que não iríamos achar a chave que estava em seu pescoço, onde ela usava como um pingente.

- Parece que é a mãe dela. – Kinha começou a ler uma carta em voz alta.

 

Filha, estamos com muita saudades de você, agora com seus irmãos fora, está casa fica vazia. Quando que vem me visitar? Seus irmãos já disseram que se preciso vão te buscar! [...]E suas amigas, estou ansiosa pra conhecê-las, fala tanto delas, e ainda não entendo o porque de não ter contado nada a elas. Quantas vezes você mesma me disse que confia nelas? [...]

 Com amor, mamãe.

 

O que ela estaria nós escondendo? Um frio se passou pela minha espinha, guardamos as cartas rapidamente e saimos de lá sem dizer mais nada. Eu sabia que Érica  pensava a mesma coisa do que eu: Se confiava em nós, porque nós esconde, e o que esconde? Mil posibilidades se passaram pela minha cabeça. Ela seria uma Serial Killer? Uma doida? Possuiria problemas mentais, físicos? Chaqualei minha cabeça afastando estes pensamentos, seria isto mesmo? Não, não, não poderia, não Laura Weiller. Ou poderia? Deixei a música invadir meus ouvidos e se aposar de meu corpo, agora a única coisa que conseguia aprestar atenção era na voz doce do meu Bill.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente é o seguinto, desculpa pela as mudanças mas logo já estabilizo tudo, ok? E qualquer erro me avisem. =)