Fall For You escrita por Laura Weiller


Capítulo 1
Capítulo 1 - Andressa POVs Onn’s


Notas iniciais do capítulo

Fic em reconstrução, espero que gostem.



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- Ahh... Droga, droga! – Exclamei assustada ao ver que já era 7:30. Levantei de uma vez e corri pro banheiro, procurando ser o mais rápida possível. Tomei um banho de cinco minutos e coloquei a primeira calça jeans que vi jogada no chão e a blusa do curso, fiz um rabo de cavalo mal feito enquanto a minha franja teimava em ficar caindo sobre o meu olho. Peguei minha bolsa e sai pela casa escovando os dentes, desci até a cozinha pegando um iorgute e tacando na bolsa, depois voltei correndo pro banheiro.

 

- Merda! – Gritei quando bati o joelho na porta do banheiro. Maravilhas, essas coisas só acontecem comigo, e ainda mais quando eu estou atrasada. Desci correndo para a sala procurando meus All Star – que estavam debaixo do sofá. Como eu odeio me atrasar, maldita hora que fui concordar com a Laa e resolvi ir pra festa. Se bem que não foi tão ruim, mas a anta aqui esqueceu que tinha faculdade no outro dia e virou o copo com uma bebida colorida que ela tinha posto na minha mão. Um dia eu te mato Laura Weiller!

 

Schrei! - bis du du selbst bist

 

- Ok! Onde está meu celular? – Gritei parada no meio da sala olhando pros lados.

- Grita mais alto eu ainda não acordei. – Laura apareceu no pé da escada ainda de pijama esfregando os olhos e se jogando no sofá.

- Cadê a Kinha? E você viu meu celular? – Perguntei para ela.

- Bom dia pra você também. – Ela disse sonolenta. Espero que fique de ressaca e com uma dor de cabeça daquelas. - A Kinha já saiu há muito tempo e olha que ela consegue fazer menos barulho que você. – O bom humor dela pela a manhã é a coisa mais agradável do mundo. Sorri para a anã.

- E porque ela não me acordou? – Perguntei levantando os pés dela do sofá - como é folgada - ouvindo meu celular berrar e nem pra me ajudar. Eu ainda a mato!

 - Ela tentou mais você só conseguia dizer “Oh, Bill deixe eu dormir mais um pouco, Bill meu amor eu estou com tanto sono” . – Ela pegou uma almofada e a abraçava dando alguns beijos e fazendo uma voz melosa. Continuei a ignorando e fui em direção a outra sala. – Acho que achei seu celular. – Ela disse com pouco caso. - E a Kinha. – Eu já estava no corredor quando a ouvi bocejando e dizer um “alô” sonolento, fui correndo e tomei o celular de sua mão.

- Alô? – Tive que afastar o celular do ouvido, Kinha gritava tanto que eu já conseguia a ver toda vermelha. Abri a porta de casa e ainda fui obrigada a ouvir um “Tchau” seguido de uma risada. Respirei fundo, numa tentativa frustrada de me acalmar e fui em direção ao elevador, ouvindo Érica brigar comigo.

- Droga! Quem é o idiota que está prendendo os dois elevadores no térreo? – Xinguei chamando o elevador insistentemente, depois de várias dedas e eu já estar sentindo meu dedo indicador dolorido resolvi ir pela as escadas. Sim, é uma maravilha descer quinze andares de escada... Correndo. Definitivamente hoje não é meu dia.

 

- Isso é muito estranho. – Na frente do meu prédio tinha um monte de garotas e uma van preta, se tivesse com mais tempo eu teria perguntado pro Senhor Alejandro; meu porteiro, fofoqueiro, gente boa, velho, feio, meio ranzinza, gosto de irritar ele, mexicano. Mais passei correndo pela portaria, espremendo-me no meio das meninas para sair, já que todas estavam querendo entrar.

 

- Ainda estou aqui. – Incrível como ela ainda não tinha desligado. - Ok. Vou pegar um táxi. – Coloquei o celular no bolso da calça, dei uns três passos e achei um táxi. Acho que minha sorte está mudando. Passei o endereço do teatro pro taxista e pedi para que ele fosse o mais rápido possível, enquanto ele corria eu fazia a minha maquiagem, fato que me lembrou um filme que eu não consigo recordar o nome agora.

 

- Andressa Franco do Couto! – Não sou recebida nem com um bom dia? Assim me deixa triste professor. – Isso são horas de chegar? – A cada grito a voz do amado Armand Gautier saia mais fina, ele veio ao meu encontro batendo aquele maldito cajado a cada passo - se ele sonhasse o que eu desejo fazer com aquele cajado já teria sido expulsa da academia há muito tempo.

- Desculpa, eu perdi a hora. – Abaixei a cabeça, tentando me controlar e segui pro meu lugar.

- Como que a senhorita Borges consegue chegar no horário certo e você não? Sendo que moram na mesma casa? – Ele fez questão de dizer casa o mais alto possível, a veia em sua garganta pulsava, e seu rosto já estava mais do que vermelho. Acho que se não fosse pelas aulas de iogas que a Laa me obrigou a fazer eu já teria avançado nele!

 

Bem, acho que não preciso descrever como que foi a aula, como sempre ele humilhou todos os alunos, se ele não fosse o melhor professor que se tem conhecimento em toda galáxia eu já teria o mandando ir pro raio que o parta! Direi o raio que o parta, algo super século de minha avó de cueca para não dizer outra coisa. Viu como eu sou uma menina educada? E tem mais eu não ganhei essa bolsa atoa, então não poderia desperdiçá-la. Não é qualquer um que consegue uma bolsa integral na melhor Escola de Teatro do Mundo!

 

École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, está era minha escola. A escola de artes mais famosa e consagrada do mundo, onde os maiores gênios da pintura, escrita e teledramartugia se consagram aqui. Por sorte consegui uma bolsa de estudo integral, nem acreditei, mandei um védeo meu encenando um texto escrito por mim mesma, onde expressava os sentimentos de uma mulher que foi abandonada pelo marido. Algo bem clichê, mas estava tão nervosa com a ideia de ganhar uma bolsa que não consegui escrever algo melhor. Até hoje, depois de um ano, ainda não sei a opinião deles, depois de três meses que enviei o vídeo recebi um telegrama, com uma passagem pra Paris e o documento dizendo que eu ganhei uma bolsa integral por tempo indeterminado. Quando estava com a carta em mãos, eu não conseguia falar, o ar faltava de meus pulmões, só conseguia chorar, as lágrimas rolavam pelo meu rosto com facilidade, enquanto sentia os braços quentes de minha mãe me envolverem.

 

- Quebrar as pernas, jogar ele numa bacia de ácido fervente ou oléo quente é melhor? – Érica me perguntou, o único problema e que eu não estava participando do seu plano para salvar a terra do velho rabugento. Estava perdida em pensamentos, só conseguia olhar pra escola e pensar como que minha vida mudará, o Museu do Lovre era tingido pelos raios solares que conseguiam o deixar mais bonito ainda. – Dré? – Ouvi a voz assustada da loira a minha frente.

- Sim? – Desviei meu olhar para sua face que estava com uma careta de susto, não aguentei e ri.

- Você não ouviu o que eu falei, né? – Ela olhou para frente e suspirou olhando para escola e pro museu. – São lindos.

-Sim. – Só consegui concordar com ela, terminamos nosso café e fomos para casa.

 

Já era quase seis da tarde quando chegamos, Érica foi correndo para cozinha preparar nosso jantar, hoje era seu dia – minha pele se arrepiou – não que ela fosse ruim na cozinha o problema era que ela é a cozinha se odiavam. Ela até que tentava uma amizade só que a nossa bela cozinha prezava por sua vida.

Tirando o fato que era desastrada, muito desastrada! Ela conseguia queimar, trocar o sal pelo açúcar, só não era pior que a Laura que até pra fritar um ovo conseguia sujar a cozinha inteira e queimar o coitado, mas como ela é uma menina inteligente nos seus dias de cozinhar ela pedia comida de restaurante ou pizza. Não querendo me achar, mas eu era a salvação da casa.

 

- E ai como que foram com o nosso amado professor? – Laura apareceu na sala se deitando sobre meu colo, abaixei minha mão e comecei a fazer um cafuné em seus cabelos encaracolados.

- Da próxima vez eu o mato. – Respondi sorrindo calmamente.

- Minha proposta de dar um bomba de presente pra ele ainda está de pé. – Ela sorriu e logo caiu na risada, provavemente estava lembrando de todos nossos planos para mata-lo, não aguentei e a acompanhei na risada.

- Hey, querem que a Senhora Whitney venha aqui de novo? – Érica apareceu com um avental rosa de babadinhos em sua cintura, onde vinha escrito no peito: “Cuidado, chefe em ação!”

- Mais o que é isso? – Laura pulou do meu colo rindo da loira, se jogou no sofá segurando a barriga e ficando vermelha.

- Um avental, nunca viu? – Ela voltou pra cozinha bufando.

- Ainda bem que o avental diz a verdade. – Respondi no meio das risadas.

- Hoje será pizza ou comida chinesa? – Laura perguntou cochichando, já sabia no que iria dar, a minha amada amiga loira iria estragar a comida e acabariamos ligando em algum lugar pedindo comida.

 

- Ok, peçam comida chinesa. – Estava eu e Laura paradas no batente da porta, vendo Érica jogar a comida fora.

- O que foi dessa fez? – Perguntei para ela abrindo a janela, já que a cozinha tava tomada por uma fumaça preta.

- Me distrai ouvindo música e queimei tudo. – Ela respondeu olhando pra dentro da panela.

- Parabéns, prêmio nobel para você. Conseguiu queimar até a panela. – A menor observava a panela com o fundo todo preto, quando recebeu um tapa. – Tia, minha mãe ta me batendo. – Ela choramingou e correu pro meu lado.

- Não reclame você mereceu. – Ela pegou o telefone e fez nossos pedidos.

 

A comida estava uma delícia, comemos ouvindo uma música mais calma por insistência de Laa, porque como ela disse: “Para uma boa digestão nada que uma boa música!”. E quando estava comendo ela gostava de ouvir algo mais calmo, como agora o cd do Mozart que tocava, a minha vontade de jogar-lo no lixo já passou, hoje ouço numa boa. Depois que comemos ela se levantou e voltou pulando, escondendo as mãos atrás das costas.

 

- Tenho uma surpresinha para vocês. – Ela ficava na ponta dos pés, com um sorriso de orelha a orelha. Nos a olhamos sorrindo, pela sua cara só podia ser uma coisa boa. – Fechem os olhos. – Ordenou e obedecemos, ela colocou um papel sobre nossas mãos. – Abram! – Abri e havia uma folha de caderno onde havia escrito: “Para minha fã mais linda, doida e boba, Dré. Georg, Tom, Gustav e Bill.” Meu coração disparou, o da Kinha era a mesma coisa onde dizia: “Para nossa loirinha energética e chata Kinha. Bill, Gustav, Georg e Tom.” – Nos duas pulamos do chão, e começamos a rir e gritar, seguravámos os papéis com força eu olhando sem acreditar.

- Como que conseguiu isto? – Perguntei quando não soluçava mais, ela deu de ombros e Érica a abraçou.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Estou reescrevendo a fic, espero que gostem das mudanças e como sempre deixem reviews pra me deixar muito feliz.