Antes Que eu tropeçasse para frente ele me apoiou colocando os braços em volta da minha cintura e me deixando mais sem graça do que gostaria de parecer.

– Droga. – eu resmunguei e ele continuou calado mas agora disfarçando o sorriso torto. Ele me soltou devagar me apoiando no chão, ele usava um boné que não me permetia ver o seu rosto. Mas o sorriso continuava visível.

Eu sussurrei um obrigado e ele me passou o livro, fez um reverencia com o boné e deu dois passos para tras saindo na imensidão dos livros, eu tentei ao menos esperar uns cinco minutos para poder lhar ao certo em que direção ele havia seguindo, contei um, dois, três potinhos na lagou e não aguentei. Larguei o livro em uma mesa e segui a direção que imaginei que ele segui-lo. E nada. Nem sinal do cara alto de boné. Corri entre as colunas e nada. Ele estava com uma blusa preta e um moletom cinza, era alto e não seria difícil de distinguir em um lugar como esse. Continuei correndo e quando me dei conta estava na única porta gigante da biblioteca, um grupo de estudantes me olhava com cara feia. eu queria perguntar se ele tinham visto ele mas como me viram se aproximando viraram a cara automaticamente.

Desisti e dei meia volta, havia esquecido a minha bolsa e o bendito livro. Mas antes de ir percebi uma senhora que limpava o chão com uma vassoura com o dobro do seu tamanho.

– Ah, você viu um cara com, com...quer dizer alto passar por aqui, ele usava um boné preto. Você viu?

– me faça o favor, isso aqui é um lugar serio garota. Não permitimos a entrada de pessoas com bonés, se ele tentasse entrar aquele cara ali – ele falou apontando para o homem que estava na do lado de fora da porta, ele era tão grande e apertava a pistola ao lado da cintura- esse homem impediria.

Terminou de falar e se virou.

Voltei para a mesa onde deixei a minha bolsa e só tinha a minha volta, o livro havia sumido. Droga. Olhei em volta e nada, coloquei um cadeira subi em cima e procurei o lugar do livro e tinha outro.

A Dora vinha caminhando em minha direção me chamando para irmos embora. Ela percebeu a minha alteração e perguntou se estava tudo bem, eu assenti que sim. Percorremos duas quadras até chegar na livraria que ela comprou os tais livros, toda vez que via alguém de boné tinha a impressão de ver o mesmo cara. A Dora me deu as mãos e descemos para o metro.

Já em casa fui para o quarto, tirei os sapatos jogando para um lado e a blusa jogando para o outro peguei a toalha e corri para o banheiro. Mas me dei de cara com espelho e quase dei um grito porque o meu colar nã estava ali, a minha asa não estava em volta do meu pescoço.

Me enrolei no roupão e saí do quarto olhando cada detalhe do chão, e nada. Até que o Jeremy gritou meu nome no segundo andar. Desci as escadas e ele estava no chão rodeado de papeis e pinceis, parecia estar pintando e quase desabei em choro. O presente dele não estava mais comigo.

Antes de me permitir abrir a boca ele levantou o colar sorrindo e eu soltei umar de aliviu.

– Jeremy...

– Sua boba, sua cara de susto foi muito engraçada. – eu me joguei no sofá e mandei uma careta. Me divertindo com a risada dele.

– Eu não sei como perdi.

– O fecho está solto. – o senhor John apareceu e pegou o colar - deixa comigo que eu arrumo ele, depois te devolvo. – assenti. Dei a voltae no terceiro degrau eu lembrei de perguntar como eles acharam.

– Um moço me entregou aqui enfrente de casa, nós chegamos uns quinze minutos depois de vocês. – enquanto o Jeremy falava a minha cabeça dava voltas e chegava novamente na biblioteca.

– E como ele era, esse moço?

– me sentei ao lado dele para que ele se concetrasse na conversa, foi a ssim que a Dora me ensinou.

– Ah.. ele usava um boné, você é muito distraída Angel, tome cuidado.

E continuou pintando.