Uma noite tranquila que me deixa uma sensação de alivio que eu tento não me apegar, afinal só foi uma noite.

Depois do jantar de aniversario de ontem, e de guardar os presentes que fizeram questão de me dar embora eu insistisse que não é necessário. O senhor John me presenteou com um vertido branco de alças e rendas nas bordas, que com certeza veio para em suas mãos através da Dora. Que me um anel que ela chama de “solitário”, com uma pedrinha branca, é discreto e simples. Eu gostei.

Do Jeremy ganhei dois presentes, ele me disse que dezesseis é uma aniversario muito legal e dar só um presente me deixaria triste ou coisa assim, eu concordei. Ele me deu uma caixa de legos do Star Wars. Um dos nossos filmes preferidos. E em uma outra caixinha vermelho sangue tinha um colar com um pingente de asas de anjo. A Dora me pediu para levantar os cabelos enquanto ela colocava em mim o colar, era como se eu conhecesse ou já tivesse usado. Foi nostálgico.

– Gostou? – o Jeremy me perguntava ansioso, eu dei o meu melhor sorriso e mais sincero e disse que sim.

Dessa vez acordei sem um copo de leite ao lado da cama, a janela devidamente fechada como eu a deixai, as coisas no seu devido lugar. Tudo muito estranho para o que eu estou acostumada, que sabe o pingente que eu ganhei tenha me trazido sorte, quem sabe.

Me levantei animada, hoje não tenho consultas com a psicóloga alias, essa semana eu não tenho, mais um ponto para a minha felicidade. Pelo que eu soube através da secretaria com a mesma cara de mal amada da patroa ela foi para um congresso e voltaria sabe Deus quando. Na verdade na outra semana mas eu não achei necessário informar a Dora, embora seja.

Ela bateu na porta do quarto para me avisar que gostaria de sair e me convidou para ir junto, aceitei já que o Jeremy não esta em casa, também havia saído mais cedo com o avo. Eu não queira ficar sozinha.

Tomei um banho rápido e analisei o meu vestido novo chegando a conclusão que é bonito demais para um passeio matinal, então optei pela minha calça boyfriend e um moletom preto com um emblema do Batman, e um oxford vermelho que eu não uso a um tempo.

Prendi o cabelo em um coque alto e esperei a Dora na sala, ela estava a umas meia hora no escritório e voltou de lá com um caderninho e uma lista.

– Vem Angel, vamos tomar café fora.

– E o que é isso. – falei apontando para a lista, não resisti a curiosidade.

– Ah, sim meu amor, é a lista de livros que nós precisamos comprar para você.

Não questionei, adamos duas quadras e chegamos a um Starbucks. Depois de merendarmos pegamos o metro lotado que me deixava claustrofóbica, com a Dora o tempo todo segurando a minha mão. Ela sente quando eu estou mal.

Subimos as escadas chegando ao centro que mais parecias mais um enorme bolo de pessoas. Sem as mãos da Dora nas minhas eu só me concentrava em manter os olhos nela.

De repente apareceu na nossa frente um enorme prédio, é a biblioteca pública de NY.

– Nós não vamos comprar os livros?

– Oh, sim mas antes eu preciso fazer umas pesquisas em uns livros que não vedem nessas novas livrarias.

Entramos no prédio gigante e silencioso, embora houvesse poucas pessoas a nossa entrada parecia incomodar sendo que todos olharam automaticamente. Ignorei e segui a Dora até ela cochichar que eu podia procurar qualquer coisa que ela iria falar com a atendente.

Combinamos de nos encontrar vinte minutos depois em uma mesa próxima a entrada.

Caminhei pelas paredes gigantes de livros perdida naquela imensidão. Quanto mais eu andava mais livros me aparecia. Mas um me chamou atenção, um livro preto sem nome na borda, mas era difícil puxa-lo. Estava alto e preso entre os outros. Sentir um calor atrás de mim e tentei manter a respiração normal. Mas foi difícil.

Olhei para trás e um cara alto sem muito esforço pegou livro. Ele invadiu meu espaço pessoal me fazendo escapar por baixo dos seu braço que estavam erguidos - bem musculosos pelo que eu reparei - minha cara deve ter sido engraçada demais a ponto de força-lo ame mandar um sorriso torto que fez meus joelhos fraquejarem.