Wake Me Up escrita por Camila Rebeca


Capítulo 13
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Eu não tive reação, seria mais fácil se um buraco negro se abrisse na minha frente.

Voltamos pelo mesmo caminho, pelo corredor silencioso. Eu optei por confiar no Nick, e não ver os corpos. Eu não aguento tanta dor, sou fraca demais.

Por mais sínico que o Niklaus seja ele me inspira confiança, embora eu nunca vá admitir isso. Na volta as minhas pernas estavam bambas e ele me apoiou. Me deixou sentada em uma sala de espera no primeiro andar enquanto resolvia problemas da documentação. Já que acreditavam que ele é a única pessoa da família.

– Foi resolvido que eles serão cremados.

– Mas eu quero enterra-los.

– Shii – eu estava gritando na sala e todos olharam.

– É mais fácil, acredite assim ele podem voltar. Não tive forças para continuar uma discussão.

Se passava demeia noite, estava frio lá fora e ele tirou o terno e colocou em volta de mim. O carro estava no mesmo lugar, James ficou no mesmo lugar perto do carro. Inconsequentemente lembrei da primeira vez que o vi, ele tinha um sorriso solar que me fez pensar em reencontra-lo, agora só me arrependo. Nos viu e abriu a porta do carro. Dessa vez assumiu a direção enquanto Nick ia como passageiro. Mesmo com a janela fechado meu corpo todo tremia.

– Vamos ficar aqui. – paramos em um hotel que eu reconheci, era o mesmo que eu vim com Dora a uns seis meses atrás visitar uma amiga que estava de passagem por NY. Era do outro lado da cidade. Tinha uma aparência rustica, era pequeno mais aconchegante.

Na entrada uma moça me atendeu e Nick já tinha quartos reservados. James me acompanhou até o meu quarto que ficava entre o deles. Me esperou entrar e foi para o seu.

Era um lugar arejado, as janelas estavam fechadas e eu deixei permanecer assim. Acendi todas as luzes possíveis e tinha uns quadros na parede. Eram anjos com grandes asas entrelaçadas. Me incomodaram então eu tentei tira-los mas não tive sucesso então peguei duas toalha s no banheiro e coloquei nelas. Melhor assim.

O banheiro era pequeno, mas tinha agua quente e era tudo o que eu precisava no momento. Foi o meu refugio por uma hora ou mais sei lá. Apenas me perdi no tempo e deixei a agua espantar meus fantasmas por um tempo.

Eu não tenho mais a Dora e nem o leite quente depois dos pesadelo então o plano é : não dormir.

Escondi a caixa do Jeremy em baixo da cama como ele gostaria. Depois me joguei na cama de roupão sem me preocupar com o cabelo molhado. Lembrei das milhões de perguntas que eu tenho que fazer para o Nick. E já que eu resolvi não dormi decidi que ele também não precisava.

Coloquei a mesma roupa e fui bater no quarto dele. Sei que o meu quarto fica entre o dele do James mas não sei qual é qual. Mesmo com o risco bater no quarto errado eu arrisquei. Tentei na posta direita e o Nick abriu, com um roupão preto e uma taça de vinho.

– Eu até te convidaria para entrar se você não tivesse idade para ser a minha filha, embora não aparente.

– Idiota. Pode começar a falar.

– Já tomou banho? Porque a sua cara não é das melhores – fez uma careta de desgosto apontando para mim.

– Depois de hoje o que você queria?

– Calminha anjinho só quis descontrair. – de repente ele deixou a taça cair e o liquido se esparramou no carpete branco. – esse cheiro.

James apareceu n afrente do seu quarto, com o nariz sangrando e a respiração ofegante. Nick correu para apoia-lo. Antes que tombasse no chão fiquei paralisada.

– Corre no seu quarto e pega a caixa, rápido Anjinho rápido.

Parei na porta do quarto que estava completamente destruído e não fazia nem cinco minutos eu havia saído dele, não tinha ninguém apenas as almofadas rasgadas e jogadas no chão. O quadro que eu cobri mais cedo agora estava coberto de um liquido da mesma cor que o liquido na taça do Nick, vermelho sangue.

Ele apareceu passando na minha frente e pegando a caixa em baixo da cama, que estava intacta.

– Ela vem comigo. – James parou na porta. Ele me pegou antes que eu protestasse

Corremos para fora deixando Nick para trás que apenas concordou com a cabeça. Eu fui carregada nos ombros do James. Mesmo fraco ele era bem mais forte que eu. Paramos em um bueiro que ficava a uns dezmetros do hotel. De longe tinha uma aparência normal mas o ar não escondia que havia algo estranho.

Ele me colocou no chão e abriu e tirou a tampa que era bem pesada. O nariz continuava sangrando e ele limpou com a manga da camisa.

– Nós, nós precisamos descer. Você primeiro. Só dessa vez confia em mim, o cehiro que eu sinto aqui em cima pode me matar, então eu preciso te tirar e sair daqui.

Então encarei a escada, depois da minha descida ele veio e tampou. Não ficamos na escuridão completa porque o lugar era iluminado.

– Agora me fala, que esta lá em cima.

– Assassinos. Mas já tá na hora de você voltar para casa.


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Notas finais do capítulo

Hey, o que estão achando? :)