Não faço a mínima ideia do que isso queira dizer mas pela cara dele não acho que seja uma boa noticia. Minhas pernas ficaram bambas e me apoiei no braço dele para descer as escadas.

Nick eu me lembrei de uma coisa. paramos a descida e ele perguntou o que era é que antes da nossa saída eu escutei um conversa da Dora, era algo como se livrar de mim. - minha voz travou

Eu sei do que se trata, mas não podemos conversar aqui.

Chegamos à sala e o policial estava com um investigador conversando algo inelegível, pararam quando nos viram.

Bem senhor Nick? É isso?

É sim, Niklaus ,mas pode me chamar de Nick, mais casual.

Como eu ia falando, é necessário fazermos o reconhecimento dos corpos e como você é o único familiar, achamos melhor nos acompanhar, depois mandaremos o que for aproveitável da casa para o endereço que o senhor nos passar. o policial sempre falava arrumando o bigode, percebi que até o Nick estava incomodado, mas quando ele falou que ele era o único familiar.

O que é isso na sua mão mocinha? ele olhou para caixa.

Ela esta comigo e também os conhecia, isso é só uma lembrança que eu gostaria de levar. Não vejo problemas em levar uma caixa de madeira. Ou tem?

O policial e o outro homem se entreolharam e ele acenou positivamente com a cabeça.

Ótimo, é tudo que eu preciso, vamos querida.

Andamos até o James que nos esperava do outro lado da rua em um carro preto parecido, se não do mesmo modelo que usamos antes. Entrei no banco traseiro e Nick assumiu o volante.

Acho que você já pode me explicar o que ta acontecendo.

Não pode James interrompeu .

Quem você pensa que é?

É mais seguro.

Não é não, as unicas pessoas que eu confiava morreram, depois de dois meses eu acordo em um hospital em outro estado, sou perseguida por dois lunáticos que me dão botas de grota da noite para usar me trazem para casa pela porta de um bar, me..

Ta bom, ta bom você ainda esta na metade da historia acho que já entendemos.

Então eu tenho no mínimo o direito de saber o que ta rolando.

Quantos mais informação mais responsabilidade.

Eu não me importo.

Você não acredita em mim.

Eu perguntei do Nick e não de você.

Que se dane porque o que ele falar eu falaria então.

Fala, por favor.

Nick parou o carro, no meio da conversa com o James nem percebi por onde estávamos indo e não reconheci onde paramos. Ele saiu do carro e abriu a porta para que eu saísse.

Paramos em um hospital, na verdade em um lugar que mais parecia um necrotério.

Eu dei a minha palavra anjinho, depois disso te conto tudo mas agora precisamos fazer isso.

Eu sabia que a pior parte estava por vir.

Olhei em um relógio que ficava depois da porta de entrada e passavam das onze da noite, Nick foi na frente e conversou com quem eu acredito ser um medico ou legista. Voltou depois de uns cinco minutos.

Para todos os efeitos você é só a minha acompanhante porque o meu emocional esta muito abalado ok?

Ok, eu percebi o quanto você tá mal. respirei fundo e tentei engolir qualquer ironia que vinha na voz dele

É serio anjinho. tomou uma feição mais seria.

E se perguntarem o seu nome não fala nada até lá eu invento uma coisa melhor.

Coisa melhor?

Não que o seu nome seja feio ou coisa parecida mas você é procurada agora e não pode ser reconhecida, as coisa ficariam mais complicadas.

Você é péssimo com explicações, como convenceu eles? deixei ele no vacou e segui uma enfermeira que apareceu nos chamando, entramos em um elevador e subimos um andar.

Parecia que tinha se passado um milênio até percorremos o corredor. Estava vazio e os nossos passo ressoavam pelas salas que estavam abertas.

Entrem. ela falou abrindo uma gaveta coberta por um pano branco.

Eu não me imaginava tão fraca até que a gaveta fosse completamente aberta. Coloquei as mãos no rosto o tampando completamente.

Eu senti as pernas bambas e a respiração ofegante, Nick se encontrou ao meu lado e perguntou se eu estava bem.

Eu só não consigo fazer isso. Por favor.

Tudo bem.

Depois de um tempo ouvi outras gavetas se abrindo enquanto a moça perguntava se ele reconhecia as pessoas que estavam ali. E doeu quando ele falou que sim, eram eles.